Roberto Nascimento
O ministro da Economia, Paulo Guedes, pode ser tido como Posto Ipiranga, mas não é essa Brastemp que o presidente Jair Bolsonaro pensava que era. Guedes está gerindo mal a economia do país com essa receita neoliberal, que já vinha arrasando o Chile e também a Argentina, causando a derrota do presidente Mauricio Macri, que tentava a reeleição.
A situação estava tão ruim na terra de nuestros hermanos que o velho peronismo voltou e já decretou moratória de um ano no pagamento da dívida nacional.
VOTO NA ESPERANÇA – A mão que afaga é a mesma que apedreja, dizia o poeta Augusto dos Anjos. O povo vota na esperança, mas quando vê a sua situação piorar, retira o apoio e sai às ruas pedindo mudança. Vejam o caso da presidente Dilma Rousseff, acossada pelos movimentos de rua em 2013 e 2014.
Paulo Guedes, espertamente, já ensaia suas desculpas em cima do coronavírus, mas o fato concreto é que a economia patinava e patinou todo o ano de 2019 com a condução equivocada imposta por ele.
Suas pautas principais sempre foram em cima de restrições de direitos trabalhistas e previdenciários, para beneficiar empresários. E para tentar favorecer o segmento bancário, tentou implantar o regime de capitalização que deu errado no Chile.
COISA PÚBLICA? A pergunta que surge é a seguinte: por que os nomeados para cargos públicos, como Guedes, trabalham exatamente contra a coisa pública? Reside aí, a razão dos nossos males e o sofrimento do povo, principalmente dos brasileiros mais pobres.
Vejam o caso emblemático do Guedes. No início de março, acenou com um bônus da crise, da ordem de R$ 200,00 para os trabalhadores informais, que não poderiam trabalhar. Mas, o Congresso não gostou e aumentou para R$ 600,00, com aval do presidente, que se sensibilizou pela matéria.
PASSEANDO NA ORLA – O ministro Guedes, magoado por não ter sido ouvido no bônus dos trabalhadores informais, voou para o Rio de Janeiro e foi visto caminhando com a esposa, pela orla de São Conrado, uma das mais belas vistas do oceano Atlântico do Rio de Janeiro.
Estou começando a sentir vergonha do meu país, com tantas nulidades que nos governam.