Foto: Reprodução / Vida e Ação
A conduta do Ministério da Saúde sobre o uso da hidroxicloroquina em pacientes diagnosticados com coronavírus será alvo de um inquérito aberto pelo procurador Alexandre Schneider, do município de Bento Gonçalves. Para o procurador, há "inúmeras evidências empíricas" acerca da "eficácia" do medicamento.
Segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Painel, a investigação foi aberta quando o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta ainda comandava a pasta da saúde. Ao contrário do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que defende o uso do remédio, Mandetta resistia a recomendar a adoção generalizada do medicamento.
A cloroquina é alvo de polêmica em diversos países do mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas contraindicou o uso para pacientes de Covid-19.
No Brasil, a Fiocruz desenvolve um estudo sobre o remédio e, por conta disso, seus cientistas também viraram alvo de inquérito. O mesmo procurador, junto a outros dois colegas, abriram a investigação depois que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), terceiro filho do presidente, acusou os pesquisadores de fazerem o estudo para desqualificar a medicação.
O advogado Celso Vilardi, responsável por defender os cientistas no processo, disse que eles vão "responder com absoluta serenidade e mostrar que cumpriram as normas técnicas. Tanto é que o estudo que fizeram foi publicado em uma das revistas científicas mais importantes do mundo". Nesta semana, a pesquisa foi publicada na Jama Network Open, da American Medical Association.
Bahia Notícias