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terça-feira, janeiro 28, 2020

Rombo nas contas externas do país atinge US$ 50,8 bilhões e é o pior desde 2015

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Vista geral de contêineres do BTP (Brasil Terminal Portuário) no porto de Santos (SP)
As exportações caíram em 2019 e vão ter nova queda em 2020
Deu na Reuters
O déficit em transações correntes do Brasil fechou 2019 a US$ 50,762 bilhões (R$ 212 bilhões), no pior desempenho dos últimos anos, com alta de 22,2% sobre 2018, devido à queda do superávit da balança comercial, divulgou o Banco Central nesta segunda-feira (dia 27). O maior rombo das contas externas antes disso havia sido registrado em 2015, quando o déficit foi de US$ 54,472 bilhões, equivalente a R$ 227,4 bilhões.
O buraco nas transações correntes em 2019 passou a 2,76% do PIB (Produto Interno Bruto), sobre 2,20% em dezembro do ano anterior. Apesar da piora, ele seguiu coberto pelos investimentos diretos no país (IDP), que alcançaram US$ 78,559 bilhões no ano passado.
UM ANO RUIM – A autoridade monetária já havia justificado que as transações correntes foram prejudicadas em 2019 pelo pior desempenho da balança comercial, num ano marcado pela desaceleração da economia na Argentina, peste suína afetando a China e a demanda por soja brasileira, além da dinâmica envolta em incertezas do comércio mundial em meio às tensões protagonizadas por Estados Unidos e China.
Além disso, o ano passado também foi afetado por ruídos em relação aos números das transações correntes. No início de dezembro, o governo anunciou uma correção para cima no registro das exportações de setembro a novembro, atribuindo a uma falha humana uma subnotificação de US$ 6,488 bilhões (R$ 27 bilhões) que havia ajudado a piorar o resultado da balança comercial brasileira divulgado originalmente.
Ao fim, o superávit da balança comercial encerrou 2019 em US$ 39,404 bilhões (R$ 164,5 bilhões), recuo de 25,7% sobre 2018, diante de uma queda de 6,3% nas exportações e diminuição de 0,8% nas importações, apontou o BC.
REMESSAS EM QUEDA – Em 2019, as remessas de lucros e dividendos de multinacionais instaladas no Brasil caíram 14,8% sobre o ano anterior, a US$ 31,126 bilhões (R$ 129,9 bilhões). Esse foi o principal fator a guiar a retração de 4,8% no déficit em renda primária, a US$ 55,989 bilhões (R$ 233,8 billhões).
Na conta de serviços, houve redução no ano tanto nos gastos líquidos de brasileiros no exterior, com recuo de 5,4% frente a 2018, a US$ 11,681 bilhões (R$ 48,7 bilhões), quanto nas despesas líquidas de aluguel de equipamentos, que caíram 8,2%, a US$ 14,483 bilhões (R$ 60,4 bilhões). Fundamentalmente por conta desses dois movimentos, o déficit em serviços diminuiu a 1,7% em 2019, a US$ 35,141 bilhões (R$ 146,7 bilhões), apontou o BC.
Em dezembro, o déficit em transações correntes foi de US$ 5,691 bilhões, BEM pior que a expectativa de um déficit de US$ 4,5 bilhões (R$ 18,7 bilhões), conforme pesquisa da agência Reuters com analistas. A conta de investimentos diretos alcançou US$ 9,434 bilhões (R$ 39,3 bilhões), abaixo da projeção de US$ 11 bilhões (R$ 45,9 bilhões).
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Números não mentem, a não ser que sejam manipulados na origem. Esses resultados das transações correntes demonstram que não existe razão para tanta euforia com a recuperação da economia. Até porque a expectativa este ano é de o superávit da balança comercial voltar a cair de forma expressiva. Todo cuidado é pouco, o país precisa encarar sua realidade. (C.N.).

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