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sábado, dezembro 14, 2019

Quarto indígena guajajara morto em um mês e meio indica a gravidade da situação


O indígena em uma emboscada no início de novembro: atentado fez outras duas vítimas fatais da mesma etnia no sábado Foto: Reprodução / Mídia Ninja
Paulo Paulino Guajajara foi morto em uma emboscada
Leandro Prazeres e Vinicius SassineO Globo
Mais um indígena foi assassinado no Maranhão, o quarto em menos de um mês e meio. De acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), a vítima é Dorivan Soares Guajajara, residente da terra indígena Arariboia e mais conhecido como Cabeludo. Ele foi morto junto com Roberto do Nascimento Silva, conhecido como Crioulo e que não era indígena.
Tanto a Funai quanto a Polícia Civil do estado confirmaram nesta sexta-feira o assassinato, que ocorreu na Vila Industrial, na cidade de Amarante (MA). Conforme entidades de defesa dos direitos dos indígenas, Dorivan é da etnia guajajara, a mesma dos outros três assassinados na região.
FORÇA NACIONAL – Ataques a índios guajajara na área levaram a Funai a pedir ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, autorização para o envio de tropas da Força Nacional de Segurança Pública à região. O ministro autorizou o envio da força para a terra Cana Brava, por 90 dias, e não para a Arariboia, onde são mais comuns as ofensivas de madeireiros ilegais e os conflitos entre indígenas e não indígenas.
Policiais civis estão na região onde houve as mortes para fazer uma perícia. Ainda não há mais detalhes sobre as circunstâncias da morte.
A Funai divulgou uma nota sobre a morte do indígena e descartou a possibilidade do assassinato ter sido motivado por crime de ódio, disputa por madeira ou por terras. A fundação, no entanto, não divulgou as circunstâncias das mortes. O órgão disse que estar à disposição para contribuir nas investigações.
GOLPES DE FACÃO – Fotos que circularam em grupos de WhatsApp mostram dois corpos em uma área de gramado com ferimentos compatíveis com golpes de facão.
A região onde a nova morte foi registrada é marcada pela tensão entre índios e madeireiros. O assassinato de indígenas nos últimos dois meses começaram em novembro, quando Paulo Paulino Guajajara foi morto a tiros enquanto caçava. Ele era integrante de um grupo de indígenas conhecido como “guardiões da floresta”, que tentava impedir a invasão de terras indígenas por madeireiros.
No último sábado, outros dois índios da etnia guajajara foram mortos em um atentado no município de Jenipapo dos Vieiras (MA). Outros quatro índios ficaram feridos. Foi depois dessas mortes que Moro autorizou o envio da Força Nacional à região.
NOTA DA FUNAI – A Funai lamenta a morte do indígena Dorivan Soares Guajajara, residente na TI Arariboia, e mais conhecido como Cabeludo. Ele estava em companhia do não indígena Roberto do Nascimento Silva, o Crioulo, vítimas de um brutal assassinato.
A Funai acompanha o caso junto às instituições de Segurança Pública, garantindo que as investigações respeitem toda a legislação alusiva aos povos indígenas.
Segundo a polícia, o caso ocorreu na Vila Industrial do município de Amarante, Maranhão, e estão descartadas todas motivações de crime de ódio, disputa por madeira ou por terras.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A nota da Funai é altamente contestável. Não se pode atribuir à mera coincidência o fato de quatro índios da mesma etnia serem assassinados em apenas um mês e meio. Este tipo de constatação “oficial” é muito estranho e depõe contra a Funai, que deveria ser mais responsável. E cabe à Polícia e ao ministro Moro intervir para apaziguar a situação. A opinião pública que resultados, mas só recebe embromação. Esse tipo de crime arrasa a imagem do país no exterior. (Marcelo Copelli.)

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