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quinta-feira, novembro 14, 2019

Após Carlos Bolsonaro deixar redes sociais, postagens do presidente diminuem


Saída do “02” pode ser estratégia em razão de CPI das Fake News
Rayanderson Guerra
O Globo
Desde que o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) desativou suas contas nas redes sociais na terça-feira, dia 12, os perfis do presidente Jair Bolsonaro passaram a ter uma frequência menor de postagens.
Entre publicações de feitos do governo federal, entrevistas e republicações, Bolsonaro mantinha uma média de 13 posts por dia no Twitter — rede em que ele é mais ativo — de 1º de novembro até segunda-feira, véspera da pausa de Carlos dos meios digitais. De lá pra cá, o presidente tuitou apenas duas vezes na terça-feira e quatro na quarta.
POLÊMICAS – No Twitter, o presidente costuma fazer de 8 a 10 publicações por dia. Foco de polêmicas e princípios de crises que chegam ao governo federal, os posts do presidente desde o início de novembro têm se restringido a divulgação de obras e medidas da gestão Bolsonaro na Presidência.
Houve também comentários críticos à saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, após 580 dias preso. Foi pelas redes que o presidente se manifestou pela primeira vez após Lula deixar a cadeia.
MORO – No sábado, dia 9, o presidente publicou um vídeo no Twitter em que elogia o trabalho do ministro da Justiça, Sergio Moro, e, sem citar o nome de Lula, escreveu: ‘Não dê munição ao canalha, que momentaneamente está livre, mas carregado de culpa”.
“Amantes da liberdade e do bem, somos a maioria. Não podemos cometer erros. Sem um norte e um comando, mesmo a melhor tropa, se torna num bando que atira para todos os lados, inclusive nos amigos”, escreveu o presidente no Twitter.

LULA – Lula foi solto na última sexta-feira, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que reverteu o entendimento da Corte sobre a prisão após condenação em segunda instância. Ao ser questionado por jornalistas na manhã de sábado se o comentário se referia ao ex-presidente petista, Bolsonaro confirmou.
Bolsonaro também usou as redes sociais no domingo para comentar a eleição do presidente da Argentina, o kirchnerista Alberto Fernandez, com quem tem mantido uma relação conflituosa desde a campanha, e a renúncia do presidente da Bolívia, Evo Moralez, em meio à crise social no vizinho latinoamericano, na terça-feira.
FAKE NEWS – O presidente publicou na madrugada de quarta-feira que a L’Oreal, a Honda e a MWM, uma fábrica de motores, haviam anunciado o fechamento de fábricas na Argentina e a instalação no Brasil, após a eleição de Fernandez.
As empresas negaram a transferência das fábricas e, horas depois, a publicação de Bolsonaro no Twitter foi apagada. Na noite do mesmo dia, o presidente  pediu desculpas pela postagem , por meio do seu porta-voz.
INCÔMODO –  Carlos suspendeu suas páginas no Twitter, Facebook e Instagram. A assessoria do parlamentar não soube informar o motivo. Interlocutores de Bolsonaro no Palácio do Planalto atribuem ao presidente a saída do filho das redes sociais . Segundo esses aliados, Bolsonaro vinha mostrando incômodo com as publicações do “02”, em especial aquelas que criticavam o STF, instituição que ele vem deixando fora da linha de tiro, como informou a colunista Bela Megale. 
De estilo excêntrico, Carlos abastece as redes sociais da família e produz, de forma amadora, com um celular na mão, as transmissões ao vivo do pai na internet. O vereador deflagrou a primeira crise no coração do Palácio do Planalto ao usar o Twitter para atacar Gustavo Bebianno, ministro da Secretaria-Geral da Presidência.
ATAQUES – É de Carlos também a ideia de atacar mais ferozmente adversários de esquerda e a imprensa. A conduta causou conflito entre os que sempre defenderam uma estratégia mais moderada para Bolsonaro.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – 
A hipótese de que Carlos tenha dado um tempo nas redes sociais simplesmente pelo incômodo de Bolsonaro não bate. Ele não é tão “obediente” assim e guarda o trunfo de ser tido como peça fundamental para a eleição do pai. Alguns apostam em uma “desintoxicação”, mas que em tradução simultânea pode ser entendida como uma possível saída estratégica do “02”, aconselhado pelos seus advogados, já que pelo que tudo indica deverá ser convocado pela CPI das Fake News. Além disso, Joice Hasselmann está contando as horas para ratificar a ligação do “filho pitbull” com as milícias digitais. (Marcelo Copelli)

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