Em Jeremoabo entra governo sai governo e a luta de alguns professores por melhorias nunca tem fim.
Hoje tentei encontrar um resposta para essa eterna luta sem fim, sem exito e sem união.
Encontrei a resposta na matéria acima intitulada de autoria da professora Rosângela Cadidé.
"A falta de união entre os professores"
Nos Estados onde os professores fizeram greves para buscar melhorias salariais, infelizmente percebemos, por parte dos governantes, total descaso e desrespeito à classe trabalhadora, tendo, na maioria das vezes, que voltar ao trabalho sem conquistas. Mas, por que essa derrota, se nós somos maioria e, os governantes, minoria?
-------------------------------Somos vítimas da traição de
muitos colegas professores
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muitos colegas professores
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A resposta é simples: a falta de união entre os professores. Isso enfraquece qualquer movimento e, além disso, perdemos a credibilidade perante a sociedade. Cito como exemplo esta última greve, que ocorreu em nosso Estado. Muitas escolas não aderiram ao movimento. Assim, qualquer pessoa sensata pensaria: “se têm professores trabalhando é porque está tudo bem!.” Qual a consequência dessa desunião? No meu entender, entre os inúmeros fatores, há dois que particularmente nomeio como principais.
Primeiro: a traição por parte de alguns colegas de profissão. O que chamo de traição? Professores que conhecem a nossa realidade, a nossa luta e, quando são convidados para assumir cargos de confiança (secretarias) na área da educação, acabam esquecendo que são educadores, ignoram toda essa realidade e muitas vezes tomam decisões contrárias e que não favorecem a classe. Esquecem que esses cargos não duram para sempre e logo voltarão para a realidade sobre a qual poderia ter contribuído para melhoria.
Fico a pensar: “o que passa pela cabeça de uma pessoa assim? Será que o dinheiro e o status superam o amor à profissão e a própria dignidade enquanto pessoa?” Com certeza, “essa pessoa”, para não dizer traidora da própria classe, não será bem visto pelos colegas ao retornar para o trabalho em sala de aula. É por isso que admiro uma das principais qualidades do ser humano: a honestidade, pois uma pessoa honesta jamais trairia a sua classe, principalmente por saber e ter vivenciado o que é o dia a dia do professor. Certamente, desistiria do cargo de confiança.
Segundo fator: eleição dos nossos representantes políticos (vereadores, prefeitos, deputados, senadores, governadores e presidente da República). Essa é uma parte complicada da história, pois é difícil separar o joio do trigo. Geralmente procuramos depositar confiança em alguém que tem como prioridade o trabalho pela educação. Assim, temos muitos professores que foram eleitos tendo a maioria dos seus votos de seus colegas de profissão, porque confiaram em suas propostas e, principalmente, porque também são da área. Mas, infelizmente, quando estão no poder esquecem das promessas. É uma vergonha! Devemos pensar em maneiras para fortalecer novamente a nossa classe. Sendo a principal delas a união. (nosso grifo)
União para impor o que queremos, já que somos a maioria. União para realizar o que é hoje uma utopia: greve nacional, em que todos os professores do nosso país das redes municipais, estaduais, federal e particulares parassem suas atividades para reivindicar um piso nacional justo e digno ao nosso trabalho. Gostaria de saber a opinião dos leitores deste blog acerca do assunto. Afinal, qual seria o valor justo do salário de professor?
Rosângela Fernandes Cadidé é professora há 10 anos das redes pública e particular, formada em Letras com Especialização em Recreação e Lazer pela Universidade Federação de MT e escreve neste blog às sextas - rosangelacadide@hotmail.com
https://www.rdnews.com.br/artigos/professores-sao-desunidos-e-isso-enfraquece-qualquer-movimento/29499