Antonio Carlos Rocha
Tenho visto nas redes sociais, os mais diversos erros de Gramática. E lembro que, em meus estudos de Teologia, fiquei conhecendo São Bonifácio, monge beneditino nascido na Inglaterra por volta de 673, evangelizador da Alemanha e que foi assassinado na Holanda ao rezar uma missa no Dia de Pentecostes, aos 82 anos, e hoje é um santo venerado pelas Igrejas Católica e Ortodoxa. A festa litúrgica dele é no próximo dia 5 de junho. Foi ele quem escreveu a primeira “Gramática em Latim”, lá na antiga Inglaterra.
Então, na qualidade de estudioso e pesquisador da Gramática, resolvi seguir a trilha de São Bonifácio e vez por outra vou postar aqui umas doses gramaticais, com a devida aquiescência dos nossos leitores e companheiros.
UMA BOA DOSE – E pode-se falar em uma boa “dose gramatical”, porque, na linguagem do povão, antigamente as palavras gramática e cachaça eram sinônimas.
Nossa primeira dose é um livro que me acompanha há décadas, “Breviário da Conjugação de Verbos”, do professor e historiador Otelo Reis (1890/1948), pela editora Francisco Alves.
No final, o livro registra 1219 verbos. E como o autor bem diz no início de sua obra: “Conjugar um verbo é expor sistematicamente todas as formas em que ele pode ser empregado”.
VISITAÇÃO – Estou escrevendo essa crônica em 31 de maio, que vem a ser o Dia de Nossa Senhora da Visitação, que assim nos veio acompanhada de São Bonifácio, uma honra a visita dos dois.
Aprendi com o grande escritor Eça de Queiroz a estudar a vida dos santos como se fossem personagens literários. Deste modo, vejo a Bíblia como um romance, uma grande manifestação literária, artística e cultural, e peço desculpas e perdão aos que discordam do meu ponto de vista.
Na Bíblia, encontramos palavras e verbos pouco usados e que hoje são até mais raros de se pronunciar. Por exemplo: “Urdir”, que significa enredar (de enredo), tramar.
UMA ESPERANÇA – Seria tão bom se os nossos políticos ficassem “urdindo” leis boas para o povo brasileiro. Mas não, em sua grande maioria, eles preferem ficar “tramando” leis só para eles e para as já bem nutridas elites, agravando as desigualdades sociais.
Esse “enredo” já está mais do que urdido, os representantes do povo nos Três Poderes precisam se compenetrar de suas responsabilidades na defesa do interesse público.
O problema é que o brasileiro é tão bonzinho…, como dizia a atriz Kate Lira nos antigos programas humorísticos de TV. Aliás, essa abreviatura TV poderia até significar “Tribuna Virtual”. Sim, mas eu prefiro a TI “Tribuna Influente”, onde todos podemos interagir.