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Para o presidente Jair Bolsonaro (PSL), a Corte Suprema precisa ter um representante da igreja evangélica. Ele fez a declaração durante sua participação em evento da Assembleia de Deus Ministério Madureira, em Goiânia, nesta sexta-feira (31).
“Se me permitem plagiar a ministra Damares, eu também sou terrivelmente cristão. Então, com todo respeito ao Supremo Tribunal Federal, eu pergunto: existe algum, entre os 11 ministros do Supremo, evangélico? Cristão assumido? Não me venha a imprensa dizer que eu quero misturar a Justiça com religião. Todos nós temos uma religião ou não temos. E respeitamos, um tem que respeitar o outro. Será que não está na hora de termos um ministro no Supremo Tribunal Federal evangélico?”, declarou.
Na ocasião, Bolsonaro também criticou o processo de criminalização da homofobia que ocorre no Supremo Tribunal Federal (STF). Embora ainda falte o voto de cinco ministros, a Corte já formou maioria com seis votos favoráveis a tipificação da homofobia como crime (saiba mais aqui). O presidente, no entanto, demonstrou que é contra.
“O Supremo Tribunal Federal agora está discutindo se homofobia pode ser tipificado como racismo. Desculpe aqui o Supremo Tribunal Federal, que eu respeito e jamais atacaria o outro poder, mas, pelo que me parece, estão legislando, [...]. O estado é laico, mas eu sou cristão”, opinou.
Ao longo de seu mandato, o presidente deve poder indicar dois novos ministros para o STF, já que Celso de Mello e Marco Aurélio Mello terão que se aposentar - de acordo com a legislação atual, os ministros precisam deixar o posto aos 75 anos. Com isso, Bolsonaro já deixou claro que vai indicar seu atual ministro da Justiça, Sergio Moro, ”para a primeira vaga que tiver”.