José Carlos Werneck
Em mais uma declaração sem a menor importância, a não ser causar muita polêmica, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, declarou que gostaria que a abstinência sexual fosse um tema abordado nas escolas. Em entrevista à BBC News Brasil, Damares disse que tratar da questão poderia evitar a infecção de jovens pelo vírus HIV e a gravidez precoce. Na entrevista, a ministra discorreu sobre aborto, elogiou um programa da ex-presidente da República, Dilma Rousseff e reclamou da pecha de “ministra maluca”.
“Eu gostaria que a abstinência fosse também um método a ser discutido em sala de aula. Eu gostaria muito de conversar sobre isso com os jovens”, disse ela na entrevista.
SEXO PELO PRAZER – “Estamos vendo uma campanha muito grande do sexo pelo prazer, tão somente pelo prazer, mas voltar a falar do afeto, trazer o afeto para esse debate, acho que é o método mais eficiente para a não gravidez, não é a camisinha, não é o DIU, não é o anticoncepcional, o método mais eficiente é a abstinência. Por que não falar sobre isso? Por que não falar de retardar o início da relação sexual? Eu defendo essa tese.”
Segundo ela, há meninas de 13 anos “que chegam a ficar com oito em uma única noite” em bailes funks. Apelando para o romantismo, a ministra disse: “Por que não pensarmos num novo momento, a meninase guardar? Ou o próprio menino, se preservar para o seu grande amor?”, disse, enfatizando ter sido tachada de “maluca” por aqueles que objetivam atingir o Governo.
INCOERÊNCIA – Damares esteve na Argentina para participar de uma reunião com parlamentares antiaborto e, na mesma ocasião, disse que a legislação sobre aborto no Brasil deveria continuar como está. Apesar disso, afirmou que é pessoalmente contra o aborto inclusive para vítimas de estupro. Para ela, essa mulher sofre duas vezes, porque é “vítima” do estupro e, ao mesmo tempo, é uma “carrasca” ao praticar o aborto.
Ao falar sobre atenção à gestante, Damares elogiou o programa “Rede Cegonha” do governo Dilma Rousseff, destacando que a iniciativa era “incrível”.
“A que abortou, abortou. Aquela que não quer o bebê, ela tem programas de adoção no Brasil. Mas claro aquela que optou por não abortar, ela traz uma criança. E a gente não vê política pública para essa mulher. A gente tem o aborto garantido para a que optou por abortar, mas não tem assistência para a outra”, ressalvou.
NO TINDER AMOROSO – A ministra relatou que pretende se casar e que até já tirou uma foto “para o Tinder”. Indagada sobre o que considera uma família, tergiversou, mas afirmou que todos os arranjos familiares devem ser protegidos, principalmente, as crianças que ali vivem.
” Eu, por exemplo, sou uma família atípica. Eu sou uma mulher solteira. Solteira não, divorciada, abandonada, querendo casar. Eu até já tirei a foto para ir para o Tinder. Cortei cabelo. Eu ia para o Tinder de ministro, mas aí vi que só sobra um (risos). E eu acho que ele é divorciado. Aí eu ia para o Tinder de milionário, não pode. Tem que ter no mínimo US$ 200 milhões de dólares no fundo”, disse a ministra.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A ministra está de bobeira. Se entrar no Tinder dos piadistas, logo encontrará um namorado. Tudo o que ele diz pode ser transformado em piada. O candidato ao romance com ela vai achar que encontrou uma alma gêmea. E serão felizes para sempre, rindo a valer. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A ministra está de bobeira. Se entrar no Tinder dos piadistas, logo encontrará um namorado. Tudo o que ele diz pode ser transformado em piada. O candidato ao romance com ela vai achar que encontrou uma alma gêmea. E serão felizes para sempre, rindo a valer. (C.N.)