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sábado, setembro 11, 2010

Xando Pereira/Agência A TARDE
O aumento do trigo chegou à mesa dos consumidores baianos, que já estão pagando mais pelo pãozinhoAlana Fraga l A TARDE

O pãozinho francês, também conhecido como cacetinho, acordou nesta sexta-feira, 10, pesando um pouco mais no bolso dos consumidores baianos. O reajuste no preço do alimento mais comum na mesa do brasileiro varia entre 15% e 20%, segundo o Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitarias de Salvador (Sindipan). O aumento atinge ainda massas, biscoitos, bolos e demais derivados da farinha de trigo.

O reajuste do preço do pão foi ocasionado pelo aumento do valor do trigo. De julho a agosto, o principal ingrediente do pão sofreu uma alta de 43% no mercado internacional, e agora os fabricantes decidiram repassar o valor aos consumidores. “O aumento (do pão) é motivado, principalmente, pela alta no preço da farinha de trigo, que representa quase 80% do custo do pão”, justifica o presidente do Sindipan, Mário Pithon.

Apesar do aumento, alguns consumidores não chegaram a sentir a diferença na hora da compra. Foi o caso da professora Márcia Maria Feitosa, 40 anos. Moradora do bairro de Ondina, ela compra em média cinco pães por dia na mesma padaria, onde o quilo do produto passou de R$ 7,59 para R$ 7,80. “Eu soube que haveria esse reajuste, mas a diferença é muito pouca. Não deu para sentir”, afirma.

Já o advogado José Teixeira, 45, percebe a diferença de preços quando compra o pão em delicatessen e em padarias de bairros. “A diferença chega a ser de 50%. Quando compro seis pães na delicatessen, pago em média R$ 4, enquanto que em uma padaria eu pago cerca de R$ 2 pela mesma quantidade. É uma disparidade muito grande”, avalia.

Numa delicatessen no bairro da Graça, o consumidor já encontrou o quilo do pão, que custava R$ 8,40, por R$ 9,87.

No entanto, em alguns estabelecimentos ainda é possível encontrar o pão com o mesmo valor. Em uma padaria no bairro do Caminho das Árvores, por exemplo, o quilo do pão, que custa R$ 7, ainda não sofreu qualquer reajuste.

Segundo a gerente do estabelecimento, Sônia Santana, a previsão é que o preço aumente nos próximos dias. “Já compramos farinha mais cara há um mês”, afirma Sônia. Na padaria, são utilizadas cerca de cinco sacas (60 kg cada) por semana na produção dos pães.

“Quem não aumentou pode estar querendo aproveitar o fim de semana para conquistar algum cliente em relação ao seu concorrente do lado e sentir como o mercado vai ficar. É claro que ninguém gosta de aumentar os preços dos seus produtos, mas, em algum momento, com certeza ele vai subir, senão quebra”, destaca Pithon.

Leia reportagem completa na edição impressa do Jornal A Tarde deste sábado,

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