Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

segunda-feira, setembro 27, 2010

Danielle Villela, do A Tarde On Line


Faltando apenas uma semana para as eleições, os candidatos Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) participaram neste domingo, 26, do penúltimo debate televisivo entre os presidenciáveis, promovido pela TV Record. Assim como nos demais encontros, a candidata petista deu ênfase às realizações do governo do presidente Lula, enquanto os adversários recorreram principalmente aos casos recentes de corrupção para criticá-la.

Debate entre os presidenciáveis na Record

Já no primeiro bloco, composto por perguntas diretas entre os candidatos, Plínio de Arruda Sampaio questionou Dilma Rousseff sobre o escândalo envolvendo a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra. “A corrupção bateu na sala ao lado. Ou você é conivente ou você é incompetente”, acusou. A candidata petista respondeu defendendo o fortalecimento de instituições como a Polícia Federal e a investigação de todas as denúncias. "Ninguém está acima de qualquer suspeita. O importante é que não se deixe nada sem apurar", disse.

O candidato tucano também atacou a petista ao afirmar que as agências reguladores têm sofrido um processo de privatização e loteamento político. "O tempo de aprovação de um genérico triplicou da época em que estava no governo. É vender dificuldade para cobrar facilidade?". Dilma retrucou se dizendo a favor da "meritocracia e profissionalismo".

Ao responder uma pergunta formulada por Dilma Rousseff sobre geração de emprego, Marina Silva criticou os baixos índices de empregabilidade entre os jovens e os altos índices de emprego informal. "Em nome dos acertos, não podemos ser complacentes com os erros", alfinetou. A petista, por sua vez, deu destaque aos números relativos ao aumento da classe média, do salário mínimo e da conceção de crédito durante seus discursos.

Debate entre os presidenciáveis

Polêmica e aplausos - Mantendo o posicionamento irônico e polêmico dos demais debates, Plínio arrancou aplausos da plateia em diversos momentos. "Se os Estados Unidos e Israel têm bomba atomica, o Irã tem direito. Nós temos que parar com essa hipocrisia", provocou ao responder uma pergunta de Serra sobre a política externa do governo Lula. O candidato do PSOL classificou ainda como "megalomaníaco" e "ingênuo" o posicionamento de mediação do governo brasileiro em questões conflituosas, como no Haiti. O tucano aproveitou para censurar a relação de proximidade entre Brasil e Irã, considerado regime ditatorial.

Plínio também provocou Marina Silva, acusando-a de querer agradar a "gregos e troianos" e evitar posicionamentos sobre questões espinhosas como legalização de drogas, do aborto e do casamento homossexual. "Você está fazendo uma enorme demagogia aqui", pressionou. Na resposta, a candidata sustentou a realização de plebiscitos, alvo de críticas de Plínio e também arrancou aplausos da plateia. "Confio na democracia, confio na opinião publica para, a partir do debate, sem satanização, a gente encontrar uma solução", defendeu.

Debate presidenciáveis

Segundo bloco - No segundo bloco do debate, três jornalistas da Record formularam perguntas sobre papel de Fernando Henrique Cardoso na campanha de José Serra, construção de moradias populares, mensalão do PT e do DEM-DF, capacidade administrativa, "tática do medo" na campanha, impactos ambientais de obras do Plano de Aceleração do Crescimento e cobertura das eleições pela imprensa.

Serra negou que esteja escondendo o ex-presidente FHC de sua propaganda eleitoral e acusou o atual governo de adotar uma postura de "ingratidão" em relação ao antecessor. O tucano também desmentiu que esteja adotando uma estratégia de alimentar o medo contra Dilma Rousseff ao comentar pergunta sobre depoimento gravado por Regina Duarte na campanha de 2002.

A petista, por sua vez, sustentou a capacidade de realização das metas do programa "Minha Casa, Minha Vida" e voltou a defender investigações das denúncias do caso do mensalão, da quebra do sigilo fiscal na Receita Federal e os escândalos na Casa Civil. Plínio rebateu, acusando-a de ser uma pessoa "fabricada pelo Lula". O candidato do PSOL ainda atacou Marina Silva, afirmando que a ex-ministra do Meio Ambiente não tem "coragem para enfrentar os interesses dos poderosos".

Depois de responder e comentar os questionametos dos jornalistas, os candidatos voltaram a realizar perguntas entre si, abordando temas como educação, analfabetismo, segurança e meio ambiente. Dilma Rousseff adotou um posicionamento mais enfático e, por duas vezes, atacou a adversária do Partido Verde (PV). "A gente não pode falar o que acha, a gente tem que falar o que vai fazer", alfinetou. A petista ainda retrucou questionamento sobre corrupção afirmando que Marina Silva também conviveu com indicação de cargos e venda de madeira ilegal quando estava à frente do Ministério do Meio Ambiente.

Plínio voltou a arrancar aplausos da plateia ao propôr salário mínimo de R$2 mil reais e questionar a política de valorização salarial e os programas sociais do governo Lula. "Numa concorrência da Petrobras, ele [Eike Batista] ganhou mais do que um ano do Bolsa Família", ironizou.

O debate durou cerca de duas horas, divididas em quatro blocos. Os quatro principais candidatos à Presidência da República voltam a se encontrar suas propostas na próxima quinta-feira, 30, em debate realizado pela Rede Globo.

Fonte: A Tarde

Em destaque

Saiba quem são os desembargadores alvos de operação da PF que investiga esquema de venda de decisões judiciais

  Saiba quem são os desembargadores alvos de operação da PF que investiga esquema de venda de decisões judiciais terça-feira, 26/11/2024 - 1...

Mais visitadas