O falso padre alemão Wolfgang Schuler, que, desde 2003, apresenta-se como arcebispo polonês e membro de uma comissão que investiga irregularidades dentro da Igreja Católica, voltou a agir na capital baiana. O alerta é da Arquidiocese de Salvador, que, sete anos após descobrir suas ações, ainda tenta fazê-lo parar com suas falsas atividades sacerdotais.
Os feitos do falso padre foram muitos. Schuler já tomou café da manhã com irmãs no Colégio Sacramentinas, situado no bairro do Garcia, já marcou reunião com o cardeal arcebispo e primaz do Brasil, dom Geraldo Majella Agnelo; já se passou pelo próprio arcebispo; hospedou-se em mosteiros e chegou a celebrar missas. Conseguiu tudo isso passando-se por representante do alto clero da Igreja Católica.
Em 2004, Wolfgang Schuler chegou a ser detido por agentes da Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur). Após ser ouvido e julgado, foi extraditado para seu país de origem, a Alemanha.
Wolfgang chegou a celebrar missa em duas igrejas na capital e já morou no Mosteiro de Jequitibá, na Diocese de Rui Barbosa, no Mosteiro de São Bento em Salvador. “Suspeitamos que ele, desta vez, tenha se hospedado em alguma pousada do Centro da cidade”, afirmou o monsenhor Ademar Dantas.
Enquanto o falso padre alemão não é achado, dom Geraldo Majella alerta os católicos para que não deem hospedagem e, principalmente, não permitam que o alemão celebre missas. O caso está sendo apurado por agentes da Polícia Federal (PF), que ainda não dispõe de pistas que levem a ele.
Na última vez que havia agido em Salvador, em março de 2007, Wolfang Schuler, ao se apresentar como um arcebispo polonês, tomou café da manhã com as irmãs do Colégio Sacramentinas.
*Colaborou Raíza Tourinho
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