Thiago Pereira
Logo de início, os candidatos foram questionados sobre os planos para Saúde, Segurança e Educação, e se priorizariam alguma dessas áreas. Serra elegeu a segurança como um dos principais problemas do Brasil, e afirmou que criaria um ministério especialmente para o combate a violência em solo brasileiro. "O crime organizado é cada vez mais nacional. O combate não pode ser regional. Vou criar o Ministério da Segurança Pública em meu mandato", disse o ex-governador de São Paulo. Já Marina Silva destacou a Saúde como a área mais carente de investimentos no Brasil. "Milhões de brasileiros continuam na fila, milhões continuam esperando um mês ou um ano para uma consulta ou cirurgia", afirmou a ex-ministra.
Dilma e Serra foram os principais alvos das perguntas dos candidatos, o que, inclusive, foi alvo de reclamação de Plínio de Arruda, que acusou os candidatos de promoverem um "blocão", isolando os demais presidenciáveis do debate. "O Serra e a Dilma são os únicos perguntados. Até aqui há desigualdade. Eu também quero ser perguntado. Os dois candidatos fazem um blocão e isolam eu e a Marina. Se for assim eu só vou fazer perguntas à candidata do PV", disse o procurador aposentado.
Em uma das questões destinadas à candidata do PT, José Serra citou a capital baiana. "O porto de Salvador está esgotado. Está operando além de seus limites, tanto que as cargas da Bahia precisam ser enviadas para Pernambuco ou São Paulo para deixar o país", afirmou Serra. A petista rebateu comparando os governos Lula e FHC. De acordo com Dilma, nos últimos oito anos foram realizados investimentos nas estradas, portos e aeroportos que o governo antecessor deixou de fazer. A ex-ministra também comparou os dois governos nas áreas de Saúde, economia e programas sociais.
Por fim, os candidatos foram perguntados por jornalistas convidados que assistiram o debate da platéia e posteriormente tiveram dois minutos para falar diretamente com os telespectadores. Ricardo Boechat, mediador do debate, confirmou a realização de um outro debate no caso de segundo turno nas eleições presidenciais.
Fonte: Tribuna da Bahia