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sábado, julho 03, 2010

Fifa, CBF, Globo e Ricardo Teixeira, tudo a ver

Delmiro Gouveia:
“Helio, segundo o jornalista Erich Beting, que teve acesso à informação, o contrato assinado entre a Fifa e a Rede Globo prevê, em uma de suas cláusulas, que a emissora tenha direito a realizar entrevistas exclusivas com atletas inscritos do Mundial de 2010. Situação esta que não se aplica às outras emissoras, como a ESPN, Band e BandSports.

Estaria então a CBF infringindo uma norma contratual ao vetar que jornalistas da emissora façam uso de seus direitos.

Na verdade, é tudo um grande absurdo. A Fifa não pode pautar e restringir a imprensa de qualquer país. É evidente que, por interesses tantos, a Rede Globo não realiza uma cobertura jornalística que possa prejudicar, de alguma maneira, a imagem daqueles com quem mantém vínculo comercial. Seja a Fifa ou a CBF.

O direito de informar ou de ser informado não pode ser decidido nos escritórios daquele que se tornará notícia durante o evento. No final, quem sai perdendo, como sempre, são os consumidores de informação, que recebem apenas o que lhes é permitido receber, nunca o que realmente acontece de verdade.”

Comentário de Helio Fernandes:
Concordo com tudo, mesmo porque, Fifa, CBF e Organização Globo, pura redundância. O Beting é bom repórter, jovem e correto, aprendeu jornalismo em casa.

A Globo deve ter incluído no contrato, cláusulas que a favorecessem. Assim, a Fifa não poderia vetar as entrevistas exclusivas, da mesma forma que não poderia restringir o trabalho jornalístico. Mas os donos dos jornalões, que geralmente não são jornalistas, se beneficiam de tudo.

Agora vou fazer uma revelação total, a raiz de tudo que aconteceu e que explica e consolida a informação do Beting.

Mais ou menos há 2 anos, a Fifa fechava os acordos para a transmissão da Copa 2010 para os mais diversos países. A Globo já apresentara sua proposta: 90 milhões de dólares pela EXCLUSIVIDADE PARA O BRASIL. A Record, assustando a Globo, ofereceu 180 milhões de dólares. Como a Record é o pânico da Globo, esta se movimentou.

Tirou Ricardo Teixeira de uma festinha familiar, colocou-o num avião imediatamente, só parou quando chegou a Zurich. E depois de conversar com Blatter, telefonou para os “patrões”, dizendo: “A Fifa aceitou a proposta da Globo”. Qual era a proposta?

A Fifa aceitava os 90 milhões no lugar dos 180, a Globo abria mão da EXCLUSIVIDADE, todos os canais abertos podiam transmitir, menos a Record. Por isso, ao contrário das outras Copas, a transmissão é geral, naturalmente sem a Record.

A Organização acertou em cheio. No jogo Brasil-Coreia do Norte, a audiência da Globo foi de 44 pontos no Ibope. E nos outros jogos, também. Teixeira pagou uma parte do que deve à Globo desde 2001, quando houve a CPI que indiciou o presidente da CBF em 7 crimes financeiros.

***

PS – Como aconteceu com Daniel Dantas, não se falou mais nisso, “lá em cima”, Teixeira deve ter resolvido. E um dia, o poderoso chefão da Globo, telefonou para Teixeira, explicando: “Temos que dar matéria sobre a CPI, mas de leve e sem massacrar”. Só uma vez em quase 7 meses.

PS2 – Estou escrevendo esta matéria às 9 horas, não quero deixar o Delmiro Gouveia e outros, sem resposta, a matéria, para depois, ficaria “velha”.

PS3 – Logo depois da Holanda, escreverei sobre a vitória do Brasil. Gosto muito do Cruyff como jogador, mas não precisava ter exagerado na tolice.

PS4 – Posso estar me arriscando, mas esta seleção da Holanda está com 36 e 32 anos de atraso em relação a 1974 e 1978. Até já.

Fonte: Tribuna da Imprensa

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