Uma parte da ala governista e do PT considera a possibilidade de formar uma chapa para reeleição de Jacques Wagner que agregue o senador César Borges (PR) e o conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM) Otto Alencar, que está prestes a se filiar ao PP. Os ex-carlistas ainda não se posicionaram. Em entrevista recente ao Bahia Notícias, o senador Cesar Borges afirmou que sua chapa só deve ser definida após o carnaval, ele ratificou ainda o discurso de que o seu caminho natural é uma união com o ex-governador Paulo Souto (DEM), mas declarou que “não se fecha a porta aos mais novos amigos”. Enquanto isso segue os rumores.
Tanto o senador César Borges, quanto o conselheiro do TCE Otto Alencar, são "crias" do ex-governador Antônio Carlos Magalhães (ACM) e chegaram a ocupar o cargo de gorvernador da Bahia, por obra e graça do falecido líder do antigo PFL. O "flerte" dos petistas com os ex-carlistas deixa evidente uma coisa: os antigos oposicionistas ao "carlismo" não conseguiram formar quadros políticos confiáveis e agora, no governo, estão à mercê dos "filhotes" do defunto, para se manterem no poder. Outra hipótese é a de que Wagner começou a fazer bom proveito da "herança maldita" de que ele tanto se queixa.
Entre ganhar as duas vagas no senado com os "meninos de ACM" ou perder uma delas com uma chapa formada por petistas e partidos aliados (de esquerda), acho mais coerente a segunda opção, para que Wagner não repita o erro de Waldir, que devolveu a Bahia, de mão beijada, ao carlismo que ele tanto combateu. É bom ficar de olho no futuro.
Por Davi Ferraz (Com Informações do BN)