Uma manobra do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), promete reforçar sua base na Câmara Legislativa e dificultar a análise dos pedidos de impeachment e a criação da CPI para investigar o suposto esquema de corrupção. Devem ser publicadas hoje as exonerações da secretária de Desenvolvimento Social, Eliana Pedrosa (DEM), e do secretário de Habitação, Paulo Roriz (DEM). Os dois são distritais e reassumem suas vagas no Legislativo local. De volta à Câmara, Eliana assume o comando da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) no lugar de seu suplente Raad Mansouh (DEM), que será responsável por analisar os pedidos de impeachment contra Arruda. O presidente da CCJ, Rogério Ulysses (PSB), está afastado da comissão porque foi citado no inquérito que investiga o suposto pagamento de propina do governador para a base aliada. Mansouh, vice-presidente, assumiu no lugar. Na CCJ, são necessários três votos favoráveis aos pedidos de afastamento para que os processos sejam analisados em plenário. Por lá, apenas o deputado Chico Leite (PT) é da oposição. A juíza Júnia de Souza Antunes determinou que os oficiais de Justiça recuassem e adiassem para hoje a reintegração de posse da Câmara Legislativa do Distrito Federal. O primeiro prazo venceu às 17h de hoje. A decisão foi tomada após os manifestantes resistirem à ordem para desocupação do local. O presidente em exercício da Câmara, Cabo Patrício (PT), ligou para a juíza para avisar que não havia segurança necessária para fazer a desocupação hoje de forma pacífica. Na sexta-feira, dois oficiais de Justiça foram até a Câmara para tentar negociar com os manifestantes a desocupação do plenário da Casa. Mas eles decidiram ignorar a decisão judicial. O pedido de reintegração foi feito por Cabo Patrício. Os manifestantes dizem que manterão o acampamento até a Câmara colocar em votação os processos de impeachment contra Arruda."Não queremos atrapalhar ou parar os trabalhos da Casa, mas não podemos fingir que nada está acontecendo com o comando do DF”, disse a porta-voz do movimento, Lorena Fernandes. Fonte: Tribuna da Bahia
Dos 24 deputados, oito são alvo das investigações do Ministério Público e da Polícia Federal. Seis são considerados de oposição e independentes. Outros dez ainda são considerados da base aliada.Justiça adia reintegração de posse da Câmara
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terça-feira, dezembro 08, 2009
Arruda exonera secretários para evitar impeachment
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