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domingo, janeiro 01, 2023

Primeiro discurso de Lula como presidente é marcado por promessa de reconstrução e justiça

 

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Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez neste domingo (1), o seu primeiro discurso como presidente eleito e empossado no plenário da Câmara dos Deputados. 

 

Durante sua fala, Lula reafirmou seu compromisso com a reconstrução do Brasil e falou sobre transparência, economia, justiça e cidadania. 

 

O presidente ainda salientou o cumprimento da Lei de Acesso à Informação e repudiou as ideias de armamento da população afirmando que vai revogar os decretos de ampliação de acesso as armas.

 

Ponto importante durante sua campanha, Lula ainda legitimou o livre exercício da religiosidade de toda população e prometeu punir os culpados pelas negligências durante a pandemia da Covid-19.

 

Leia o discurso na íntegra

 

"Pela terceira vez compareço a este Congresso Nacional para agradecer ao povo brasileiro o voto de confiança que recebemos. Renovo o juramento de fidelidade à Constituição da República, junto com o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros que conosco vão trabalhar pelo Brasil.

 

Se estamos aqui, hoje, é graças à consciência política da sociedade brasileira e à frente democrática que formamos ao longo desta histórica campanha eleitoral.

 

Foi a democracia a grande vitoriosa nesta eleição, superando a maior mobilização de recursos públicos e privados que já se viu; as mais violentas ameaças à liberdade do voto, a mais abjeta campanha de mentiras e de ódio tramada para manipular e constranger o eleitorado.

 

Nunca os recursos do estado foram tão desvirtuados em proveito de um projeto autoritário de poder. Nunca a máquina pública foi tão desencaminhada dos controles republicanos. Nunca os eleitores foram tão constrangidos pelo poder econômico e por mentiras disseminadas em escala industrial.

 

Apesar de tudo, a decisão das urnas prevaleceu, graças a um sistema eleitoral internacionalmente reconhecido por sua eficácia na captação e apuração dos votos. Foi fundamental a atitude corajosa do Poder Judiciário, especialmente do Tribunal Superior Eleitoral, para fazer prevalecer a verdade das urnas sobre a violência de seus detratores.

 

Queridos amigos e amigas,

 

Ao retornar a este plenário da Câmara dos Deputados, onde participei da Assembleia Constituinte de 1988, recordo com emoção os embates que travamos aqui, democraticamente, para inscrever na Constituição o mais amplo conjunto de direitos sociais, individuais e coletivos, em benefício da população e da soberania nacional.

 

Vinte anos atrás, quando fui eleito presidente pela primeira vez, ao lado do companheiro vice-presidente José Alencar, iniciei o discurso de posse com a palavra “mudança”. A mudança que pretendíamos era simplesmente concretizar os preceitos constitucionais. A começar pelo direito à vida digna, sem fome, com acesso ao emprego, saúde e educação.

 

Disse, naquela ocasião, que a missão de minha vida estaria cumprida quando cada brasileiro e brasileira pudesse fazer três refeições por dia.

 

Ter de repetir este compromisso no dia de hoje – diante do avanço da miséria e do regresso da fome, que havíamos superado – é o mais grave sintoma da devastação que se impôs ao país nos anos recentes.

 

Hoje, nossa mensagem ao Brasil é de esperança e reconstrução. O grande edifício de direitos, de soberania e de desenvolvimento que esta Nação levantou, a partir de 1988, vinha sendo sistematicamente demolido nos anos recentes. É para reerguer este edifício de direitos e valores nacionais que vamos dirigir todos os nossos esforços.

 

SENHORAS E SENHORES,

 

Em 2002, dizíamos que a esperança tinha vencido o medo, no sentido de superar os temores diante da inédita eleição de um representante da classe trabalhadora para presidir os destinos do país. Em oito anos de governo deixamos claro que os temores eram infundados. Do contrário, não estaríamos aqui novamente.

 

Ficou demonstrado que um representante da classe trabalhadora podia, sim, dialogar com a sociedade para promover o crescimento econômico de forma sustentável e em benefício de todos, especialmente dos mais necessitados. Ficou demonstrado que era possível, sim, governar este país com a mais ampla participação social, incluindo os trabalhadores e os mais pobres no orçamento e nas decisões de governo.

 

Ao longo desta campanha eleitoral vi a esperança brilhar nos olhos de um povo sofrido, em decorrência da destruição de políticas públicas que promoviam a cidadania, os direitos essenciais, a saúde e a educação. Vi o sonho de uma Pátria generosa, que ofereça oportunidades a seus filhos e filhas, em que a solidariedade ativa seja mais forte que o individualismo cego.

 

O diagnóstico que recebemos do Gabinete de Transição de Governo é estarrecedor. Esvaziaram os recursos da Saúde.

 

Desmontaram a Educação, a Cultura, a Ciência e Tecnologia. Destruíram a proteção ao Meio Ambiente. Não deixaram recursos para a merenda escolar, a vacinação, a segurança pública, a proteção às florestas, a assistência social.

 

Desorganizaram a governança da economia, dos financiamentos públicos, do apoio às empresas, aos empreendedores e ao comércio externo. Dilapidaram as estatais e os bancos públicos; entregaram o patrimônio nacional. Os recursos do país foram rapinados para saciar a estupidez dos rentistas e de acionistas privados das empresas públicas.

 

É sobre estas terríveis ruínas que assumo o compromisso de, junto com o povo brasileiro, reconstruir o país e fazer novamente um Brasil de todos e para todos.

 

SENHORAS E SENHORES,

 

Diante do desastre orçamentário que recebemos, apresentamos ao Congresso Nacional propostas que nos permitam apoiar a imensa camada da população que necessita do Estado para, simplesmente, sobreviver.

 

Agradeço à Câmara e ao Senado pela sensibilidade frente às urgências do povo brasileiro. Registro a atitude extremamente responsável do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal de Contas da União frente às situações que distorciam a harmonia dos poderes.

 

Assim fiz porque não seria justo nem correto pedir paciência a quem tem fome.

 

Nenhuma nação se ergueu nem poderá se erguer sobre a miséria de seu povo.

 

Os direitos e interesses da população, o fortalecimento da democracia e a retomada da soberania nacional serão os pilares de nosso governo.

 

Este compromisso começa pela garantia de um Programa Bolsa Família renovado, mais forte e mais justo, para atender a quem mais necessita. Nossas primeiras ações visam a resgatar da fome 33 milhões de pessoas e resgatar da pobreza mais de 100 milhões de brasileiras e brasileiros, que suportaram a mais dura carga do projeto de destruição nacional que hoje se encerra.

 

SENHORAS E SENHORES,

 

Este processo eleitoral também foi caracterizado pelo contraste entre distintas visões de mundo. A nossa, centrada na solidariedade e na participação política e social para a definição democrática dos destinos do país. A outra, no individualismo, na negação da política, na destruição do Estado em nome de supostas liberdades individuais.

 

A liberdade que sempre defendemos é a de viver com dignidade, com pleno direito de expressão, manifestação e organização.

 

A liberdade que eles pregam é a de oprimir o vulnerável, massacrar o oponente e impor a lei do mais forte acima das leis da civilização. O nome disso é barbárie.

 

Compreendi, desde o início da jornada, que deveria ser candidato por uma frente mais ampla do que o campo político em que me formei, mantendo o firme compromisso com minhas origens. Esta frente se consolidou para impedir o retorno do autoritarismo ao país.

 

A partir de hoje, a Lei de Acesso à Informação voltará a ser cumprida, o Portal da Transparência voltará a cumprir seu papel, os controles republicanos voltarão a ser exercidos para defender o interesse público.

 

Não carregamos nenhum ânimo de revanche contra os que tentaram subjugar a Nação a seus desígnios pessoais e ideológicos, mas vamos garantir o primado da lei. Quem errou responderá por seus erros, com direito amplo de defesa, dentro do devido processo legal.

 

O mandato que recebemos, frente a adversários inspirados no fascismo, será defendido com os poderes que a Constituição confere à democracia. Ao ódio, responderemos com amor. À mentira, com a verdade. Ao terror e à violência, responderemos com a Lei e suas mais duras consequências.

 

Sob os ventos da redemocratização, dizíamos: ditadura nunca mais! Hoje, depois do terrível desafio que superamos, devemos dizer: democracia para sempre!

 

Para confirmar estas palavras, teremos de reconstruir em bases sólidas a democracia em nosso país. A democracia será defendida pelo povo na medida em que garantir a todos e a todas os direitos inscritos na Constituição.

 

SENHORAS E SENHORES,

 

Hoje mesmo estou assinando medidas para reorganizar as estruturas do Poder Executivo, de modo que voltem a permitir o funcionamento do governo de maneira racional, republicana e democrática. Para resgatar o papel das instituições do estado, bancos públicos e empresas estatais no desenvolvimento do país. Para planejar os investimentos públicos e privados na direção de um crescimento econômico sustentável, ambientalmente e socialmente.

 

Em diálogo com os 27 governadores, vamos definir prioridades para retomar obras irresponsavelmente paralisadas, que são mais de 14 mil no país. Vamos retomar o Minha Casa Minha Vida e estruturar um novo PAC para gerar empregos na velocidade que o Brasil requer. Buscaremos financiamento e cooperação – nacional e internacional – para o investimento, para dinamizar e expandir o mercado interno de consumo, desenvolver o comércio, exportações, serviços, agricultura e a indústria.

 

Os bancos públicos, especialmente o BNDES, e as empresas indutoras do crescimento e inovação, como a Petrobras, terão papel fundamental neste novo ciclo.

 

Ao mesmo tempo, vamos impulsionar as pequenas e médias empresas, potencialmente as maiores geradoras de emprego e renda, o empreendedorismo, o cooperativismo e a economia criativa.

 

A roda da economia vai voltar a girar e o consumo popular terá papel central neste processo.

 

Vamos retomar a política de valorização permanente do salário-mínimo. E estejam certos de que vamos acabar, mais uma vez, com a vergonhosa fila do INSS, outra injustiça restabelecida nestes tempos de destruição.

 

Vamos dialogar, de forma tripartite – governo, centrais sindicais e empresariais – sobre uma nova legislação trabalhista. Garantir a liberdade de empreender, ao lado da proteção social, é um grande desafio nos tempos de hoje.

 

SENHORAS E SENHORES,

 

O Brasil é grande demais para renunciar a seu potencial produtivo. Não faz sentido importar combustíveis, fertilizantes, plataformas de petróleo, microprocessadores, aeronaves e satélites. Temos capacidade técnica, capitais e mercado em grau suficiente para retomar a industrialização e a oferta de serviços em nível competitivo.

 

O Brasil pode e deve figurar na primeira linha da economia global.

 

Caberá ao estado articular a transição digital e trazer a indústria brasileira para o Século XXI, com uma política industrial que apoie a inovação, estimule a cooperação público-privada, fortaleça a ciência e a tecnologia e garanta acesso a financiamentos com custos adequados.

 

O futuro pertencerá a quem investir na indústria do conhecimento, que será objeto de uma estratégia nacional, planejada em diálogo com o setor produtivo, centros de pesquisa e universidades, junto com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, os bancos públicos, estatais e agências de fomento à pesquisa.

 

Nenhum outro país tem as condições do Brasil para se tornar uma grande potência ambiental, a partir da criatividade da bioeconomia e dos empreendimentos da socio-biodiversidade. Vamos iniciar a transição energética e ecológica para uma agropecuária e uma mineração sustentáveis, uma agricultura familiar mais forte, uma indústria mais verde.

 

Nossa meta é alcançar desmatamento zero na Amazônia e emissão zero de gases do efeito estufa na matriz elétrica, além de estimular o reaproveitamento de pastagens degradadas. O Brasil não precisa desmatar para manter e ampliar sua estratégica fronteira agrícola.

 

Incentivaremos, sim, a prosperidade na terra. Liberdade e oportunidade de criar, plantar e colher continuará sendo nosso objetivo. O que não podemos admitir é que seja uma terra sem lei. Não vamos tolerar a violência contra os pequenos, o desmatamento e a degradação do ambiente, que tanto mal já fizeram ao país.

 

Esta é uma das razões, não a única, da criação do Ministério dos Povos Indígenas. Ninguém conhece melhor nossas florestas nem é mais capaz de defendê-las do que os que estavam aqui desde tempos imemoriais. Cada terra demarcada é uma nova área de proteção ambiental. A estes brasileiros e brasileiras devemos respeito e com eles temos uma dívida histórica.

 

Vamos revogar todas as injustiças cometidas contra os povos indígenas.

 

Queridos amigos e amigas,

 

Uma nação não se mede apenas por estatísticas, por mais impressionantes que sejam. Assim como um ser humano, uma nação se expressa verdadeiramente pela alma de seu povo. A alma do Brasil reside na diversidade inigualável da nossa gente e das nossas manifestações culturais.

 

Estamos refundando o Ministério da Cultura, com a ambição de retomar mais intensamente as políticas de incentivo e de acesso aos bens culturais, interrompidas pelo obscurantismo nos últimos anos.

 

Uma política cultural democrática não pode temer a crítica nem eleger favoritos. Que brotem todas as flores e sejam colhidos todos os frutos da nossa criatividade. Que todos possam dela usufruir, sem censura nem discriminações.

 

Não é admissível que negros e pardos continuem sendo a maioria pobre e oprimida de um país construído com o suor e o sangue de seus ascendentes africanos. Criamos o Ministério da Promoção da Igualdade Racial para ampliar a política de cotas nas universidades e no serviço público, além de retomar as políticas voltadas para o povo negro e pardo na saúde, educação e cultura.

 

É inadmissível que as mulheres recebam menos que os homens, realizando a mesma função. Que não sejam reconhecidas em um mundo político machista. Que sejam assediadas impunemente nas ruas e no trabalho. Que sejam vítimas da violência dentro e fora de casa. Estamos refundando também o Ministério das Mulheres para demolir este castelo secular de desigualdade e preconceito.

 

Não existirá verdadeira justiça num país em que um só ser humano seja injustiçado. Caberá ao Ministério dos Direitos Humanos zelar e agir para que cada cidadão e cidadã tenha seus direitos respeitados, no acesso aos serviços públicos e particulares, na proteção frente ao preconceito ou diante da autoridade pública. Cidadania é o outro nome da democracia.

 

O Ministério da Justiça e da Segurança Pública atuará para harmonizar os Poderes e entes federados no objetivo de promover a paz onde ela é mais urgente: nas comunidades pobres, no seio das famílias vulneráveis ao crime organizado, às milícias e à violência, venha ela de onde vier.

 

Estamos revogando os criminosos decretos de ampliação do acesso a armas e munições, que tanta insegurança e tanto mal causaram às famílias brasileiras. O Brasil não quer mais armas; quer paz e segurança para seu povo.

 

Sob a proteção de Deus, inauguro este mandato reafirmando que no Brasil a fé pode estar presente em todas as moradas, nos diversos templos, igrejas e cultos. Neste país todos poderão exercer livremente sua religiosidade.

 

SENHORAS E SENHORES,

 

O período que se encerra foi marcado por uma das maiores tragédias da história: a pandemia de Covid-19. Em nenhum outro país a quantidade de vítimas fatais foi tão alta proporcionalmente à população quanto no Brasil, um dos países mais preparados para enfrentar emergências sanitárias, graças à competência do nosso Sistema Único de Saúde.

 

Este paradoxo só se explica pela atitude criminosa de um governo negacionista, obscurantista e insensível à vida. As responsabilidades por este genocídio hão de ser apuradas e não devem ficar impunes.

 

O que nos cabe, no momento, é prestar solidariedade aos familiares, pais, órfãos, irmãos e irmãs de quase 700 mil vítimas da pandemia.

 

O SUS é provavelmente a mais democrática das instituições criadas pela Constituição de 1988. Certamente por isso foi a mais perseguida desde então, e foi, também, a mais prejudicada por uma estupidez chamada Teto de Gastos, que haveremos de revogar.

 

Vamos recompor os orçamentos da Saúde para garantir a assistência básica, a Farmácia Popular, promover o acesso à medicina especializada. Vamos recompor os orçamentos da Educação, investir em mais universidades, no ensino técnico, na universalização do acesso à internet, na ampliação das creches e no ensino público em tempo integral.

 

Este é o investimento que verdadeiramente levará ao desenvolvimento do país.

 

O modelo que propomos, aprovado nas urnas, exige, sim, compromisso com a responsabilidade, a credibilidade e a previsibilidade; e disso não vamos abrir mão. Foi com realismo orçamentário, fiscal e monetário, buscando a estabilidade, controlando a inflação e respeitando contratos que governamos este país.

 

Não podemos fazer diferente. Teremos de fazer melhor.

 

SENHORAS E SENHORES,

 

Os olhos do mundo estiveram voltados para o Brasil nestas eleições. O mundo espera que o Brasil volte a ser um líder no enfrentamento à crise climática e um exemplo de país social e ambientalmente responsável, capaz de promover o crescimento econômico com distribuição de renda, combater a fome e a pobreza, dentro do processo democrático.

 

Nosso protagonismo se concretizará pela retomada da integração sul-americana, a partir do Mercosul, da revitalização da Unasul e demais instâncias de articulação soberana da região. Sobre esta base poderemos reconstruir o diálogo altivo e ativo com os Estados Unidos, a Comunidade Europeia, a China, os países do Oriente e outros atores globais; fortalecendo os BRICS, a cooperação com os países da África e rompendo o isolamento a que o país foi relegado.

 

O Brasil tem de ser dono de si mesmo, dono de seu destino. Tem de voltar a ser um país soberano. Somos responsáveis pela maior parte da Amazônia e por vastos biomas, grandes aquíferos, jazidas de minérios, petróleo e fontes de energia limpa. Com soberania e responsabilidade seremos respeitados para compartilhar essa grandeza com a humanidade – solidariamente, jamais com subordinação.

 

A relevância da eleição no Brasil refere-se, por fim, às ameaças que o modelo democrático vem enfrentando. Ao redor do planeta, articula-se uma onda de extremismo autoritário que dissemina o ódio e a mentira por meios tecnológicos que não se submetem a controles transparentes.

 

Defendemos a plena liberdade de expressão, cientes de que é urgente criarmos instâncias democráticas de acesso à informação confiável e de responsabilização dos meios pelos quais o veneno do ódio e da mentira são inoculados. Este é um desafio civilizatório, da mesma forma que a superação das guerras, da crise climática, da fome e da desigualdade no planeta.

 

Reafirmo, para o Brasil e para o mundo, a convicção de que a Política, em seu mais elevado sentido – e apesar de todas as suas limitações – é o melhor caminho para o diálogo entre interesses divergentes, para a construção pacífica de consensos. Negar a política, desvalorizá-la e criminalizá-la é o caminho das tiranias.

 

Minha mais importante missão, a partir de hoje, será honrar a confiança recebida e corresponder às esperanças de um povo sofrido, que jamais perdeu a fé no futuro nem em sua capacidade de superar os desafios. Com a força do povo e as bênçãos de Deus, haveremos der reconstruir este país.

 

Viva a democracia!

 

Viva o povo brasileiro!

 

Muito obrigado."

Bahia Notícias

PF derruba drone não registrado durante posse de Lula na Esplanada dos Ministérios

Domingo, 01/01/2023 - 17h00

Por Redação

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Foto: Reprodução/Twitter

Um drone que sobrevoava a Esplanada dos Ministérios neste domingo (1), durante a cerimônia de posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi derrubado pela Polícia Federal. As informações são da Folha de S. Paulo.

 

De acordo com a publicação, o forte esquema de segurança elaborado proíbe a utilização de drones na região, exceto aqueles das forças de segurança ou autorizados e cadastrados pela equipe de transição, com os operadores acompanhados.

 

A Folha ainda informou que o dispositivo derrubado pela Polícia Federal não estava registrado. Agentes de segurança também contam com armas antidrone para ajudar na segurança da posse.

 

Segundo o jornal, a estrutura de segurança conta com a participação de órgãos do Distrito Federal e do governo federal. Uma central de monitoramento das forças de segurança atua na Esplanada dos Ministérios durante todo o evento.

Bahia Notícias

Saiba quem são as pessoas que subiram com Lula a rampa do Planalto

 

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Foto: Reprodução/TV Globo

Representantes de grupos sociais e a cadela “Resistência” subiram a rampa do Palácio do Planalto com Lula e Janja na cerimônia de posse neste domingo (1) e entregaram a faixa de presidente para Lula.

 

Saiba quem são as pessoas que passaram a faixa para o presidente:

 


Francisco tem 10 anos e mora em Itaquera, periferia de São Paulo. É corintiano roxo, faz natação, em 2022 ficou em primeiro lugar no campeonato da Federação Aquática Paulista (1° região)

Em 2019 esteve em Curitiba para dar "Bom dia Presidente Lula". Em 2019 também esteve no Jogo MST - Amigos do Lula e Amigos do Chico Buarque, nessa ocasião foi a primeira vez que viu o presidente de perto, ficou encantado. Filho de uma Assistente Social e um Advogado que atuam nas causas sociais. Depois de assistir ao filme com a vida do presidente Lula e com a atenção e carinho que recebeu do presidente no Natal dos catadores, Francisco diz que também pode ser presidente.

 


 

Aline Sousa, tem 33 anos, catadora desde os 14 anos e a 3ª geração de catadora na família. Sua mãe e avó materna são catadoras da mesma cooperativa.  Mãe de 6 meninos e 1 menina, em 2012 Aline foi eleita diretora Secretária da Rede CENTCOOP-DF e 3 anos depois a primeira Presidenta da Rede. Hoje está no seu terceiro mandato. Ingressou no Movimento Nacional de Catadoras como articuladora nacional em 2013 representando os catadores e catadoras do DF.  Atualmente é responsável pela Secretaria Nacional da Mulher e Juventude da Unicatadores.

Beneficiária do programa Minha Casa Minha Vida onde desde 2009 e mais outras 30 famílias de catadores que também foram contemplados.

 

 

O cacique Raoni Metuktire, que dedicou sua vida à defesa da Amazônia e dos povos da floresta. Bepkrakti, mais conhecido por Raoni Metuktire, é reconhecido por indígenas e ribeirinhos como um dos principais representantes da luta pela preservação da floresta e dos povos amazônicos e dedicou sua vida a defesa da vida e dos territórios desses povos. Da aldeia Kraimopry-yaka, onde nasceu, o cacique rodou o mundo pedindo paz.  Além Raoni é sinônimo de resiliência! Recentemente, o cacique sobreviveu à três grandes desafios: a morte da sua esposa, Bekwyiká, uma infecção intestinal e um quadro de #Covid19. Aos 90 anos, Raoni segue firme e forte, sempre buscando a paz!

 


 

 

Weslley Viesba Rodrigues Rocha, de 36 anos, é metalúrgico do ABC desde seus 18 anos. Atualmente trabalha na Delga, em Diadema. Tendo passado também por mais duas empresas da categoria: Tecnobank Indústria Metalúrgica e Balanças Toledo. Natural de Diadema, Weslley é casado e pai de dois meninos, Cauã de 18 anos e Apolo de dois meses. Formou-se em Educação Física com o auxílio do Programa de Financiamento Estudantil (Fies). 

Também possui na sua formação os cursos técnicos profissionalizantes de Desenho Técnico, Matemática Aplicada, Eletricista e Comandos Elétricos, do SENAI da Escola Livre para Formação Integral “Dona Lindu”. 

Apaixonado por cultura Wesley também é DJ em um grupo de RAP chamado ‘Falange’ e conta sua caminhada e luta através da música.




 

Murilo de Quadros Jesus, 28 anos, filho de Margarida Cristina de Quadros e Júlio César de Jesus. É professor, formado em Letras Português e Inglês (UTFPR) e mora em Curitiba. Atuou como professor de português como língua adicional na Universidad de La Sabana (Bogotá, Colômbia) entre 2016 e 2017 e foi bolsista Fulbright como professor de português na Bluefield College (West Virginia, EUA) entre 2021 e 2022.



 

Cozinhar é a paixão da dona Jucimara Fausto dos Santos, paranaense nascida em Palotina e hoje morando em Maringá. Desde sempre dedicou sua vida a cozinha e foi num concurso de culinária na Vigília Lula Livre que Jucimara foi chamada pra fazer pão. Dedicada e fazendo tudo com muito amor e acabou ficando cozinhando lá por dez meses.  Hoje cozinha para na Associação dos Funcionários da Universidade Estadual do Maringá e quando tem condições faz pão para doação.

 




 

Ivan Baron, jovem Potiguar que desde cedo teve que aprender o significado da palavra “RESISTÊNCIA”, aos 3 anos de idade teve meningite viral, doença que causou a sua Paralisia Cerebral, que apesar do nome, nunca lhe paralisou.

Referência na luta Anticapacitista e considerado um dos embaixadores da Inclusão nessa sociedade tão excludente, ele se coloca no lugar de ensinar com afeto, carinho, mas também de maneira firme para que ninguém fique para trás!

 

 

Flávio Pereira, 50 anos, nascido em 7 de maio de 1972, natural de Pinhalão, estado do Paraná. Profissão Artesão. Filho de Iraci Rosa Pereira e José Paulo Pereira. Esteve na vigília Lula Livre nós 580 dias ajudando nas atividades do cotidiano.

Bolsonaristas atacam Exército após música tocada na posse de Lula

Bolsonaristas atacaram o Exército por postagem no Twitter com

Bolsonaristas atacaram o Exército por postagem no Twitter com "toque da alvorada" feita na sequência da posse de Lula. (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino) 



Momentos após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomar posse em cerimônia no Congresso Nacional neste domingo (1°), bolsonaristas atacam o Exército por postagem no Twitter com "toque da alvorada".

Os militantes bolsonaristas ficaram na frente dos quartéis em todo o país após vitória de Lula pedindo intervenção militar e gritando palavras golpistas.

Segundo o vídeo, o toque da alvorada é um som tocado com uma corneta em quartéis e marca o início de uma jornada de trabalho. O vídeo, que primeiro foi publicado no Youtube, não cita em nenhum momento a posse do petista, mas destaca que com a chegada do primeiro dia do ano, o "Exército Brasileiro deseja a todos um feliz 2023".

De acordo com publicação do UOL, em uma hora de postagem, os comentários na postagem já passavam dos 2 mil, em sua maioria críticas ao Exército por não ter dado um golpe militar e evitado a posse de Lula.

Também foram usadas as hastags #braçofraco #mãotraira ao criticar e classificar como covardia a não adesão a tentativa de golpe.

"'Mão Amiga' de quem? Do Bandido? Cadê vocês defendendo a nação? Deixaram a quadrilha voltar à cena do crime", escreveu uma mulher em tom de crítica. "Caxias deve estar se revirando na tumba ante a covardia e omissão! Deplorável!!!", diz outro usuário.

Publicação do UOL questionou o novo comandante do Exército, no salão nobre do Palácio do Planalto, sobre o movimento golpista em frente ao Quartel de Brasília. O general Arruda confirmou que ainda não havia movimentação no momento da posse de Lula, mas não chegou a comentar o que pretende fazer sobre o caso.

Lula afirma que vai revogar o teto de gastos

Em discurso de posse, o presidente Lula (PT) afirmou que acabará com o teto de gastos, que, em sua fala, considerou uma 'estupidez'.

“O SUS é provavelmente a mais democrática das instituições criadas pela Constituição de 1988. Certamente por isso foi a mais perseguida desde então, e foi, também, a mais prejudicada por uma estupidez chamada Teto de Gastos, que haveremos de revogar”, disse Lula.

O que é o teto de gastos?

O teto de gastos é um mecanismo para limitar o crescimento das despesas públicas à inflação registrada no ano anterior. Também chamada de “novo regime fiscal”, a Emenda Constitucional, que tem vigência de 20 anos, poderia ser revista a partir de 2026.

Na prática, o teto congelaria os gastos públicos por, pelo menos, dez anos, já que o aumento em despesas deve seguir a inflação.

Outro nome que o teto de gastos costuma levar é “âncora fiscal’, porque “segura” os gastos do governo em um determinado patamar.

Lula promete novo PAC

Também em seu discurso, Lula afirmou que retomará o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), marca de seus dois primeiros governos.

"Em diálogo com os 27 governadores, vamos definir prioridades para retomar obras irresponsavelmente paralisadas, que são mais de 14 mil no país. Vamos retomar o Minha Casa Minha Vida e estruturar um novo PAC para gerar empregos na velocidade que o Brasil requer", afirmou Lula.

O que é o PAC?

O programa consiste em um conjunto de medidas destinadas a incentivar o investimento privado, aumentar o investimento público em infraestrutura e remover obstáculos – burocráticos, administrativos, normativos, jurídicos e legislativos – ao crescimento.

Punições por descaso na pandemia

O novo presidente também afirmou que o governo Bolsonaro cometeu genocídio durante a pandemia da covid-19 e que as responsabilidades serão apuradas e os responsáveis serão punidos.

Lula subiu o tom do discurso ao falar da pandemia e fez defesa do Sistema Único de Saúde antes de falar das investigações.

Yahoo

Eduardo Bolsonaro e apoiadores criticam pronunciamento do “presidente” Mourão


Com Bolsonaro rumo aos EUA, Mourão fará pronunciamento em rede nacional  neste sábado | Brasil e Política | Valor Investe

Mourão leva o troco, depois de atacar Lula e Bolsonaro

Deu no Estado de Minas

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou, em suas redes sociais, na noite deste sábado (31/12), que, a cada momento que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) precisa de apoio, “mais máscaras caem”. A afirmação foi feita momentos depois do pronunciamento à nação feita pelo presidente em exercício, Hamilton Mourão (Republicanos).

EGO E AMBIÇÃO – “Meu conselho aos mais jovens: não deixe que o ego e a ambição por poder te sigam. Se isso ocorrer, você jamais será líder”, continuou o filho do presidente.

O deputado afirmou que a crítica de Mourão é uma demonstração de “ambição de poder” e que ele jamais será um líder.

Já o deputado estadual Bruno Engler (PL-MG) foi mais forte nas suas críticas ao político gaúcho. Ele afirmou que a fala de Mourão é uma sinalização aos traidores de Bolsonaro.

AOS PALAVRÕES – “Mourão resolver abraçar os traidores! Um bosta! Assim como os bundas moles que um dia juraram defender o Brasil!”, postou o deputado Engler em seu Twitter.

Outros apoiadores de Bolsonaro passaram a chamar o senador eleito pelo Rio Grande do Sul de “víbora, traidor e oportunista”. E houve confusão NA área militar de Brasília neste sábado, após O discurso de Mourão dar discurso, interpretado como “desistência” pelos bolsonaristas.

Os repórteres Alan Rios e Mariana Costa, do Metrópoles, informaram que bolsonaristas protagonizaram mais cenas de violência. Em reação à fala, os bolsonaristas que acompanharam a fala saíram do ponto de concentração no QG e foram em bando para casas de generais, naquela área militar.

PUNHOS CERRADOS – A tropa de choque do Exército precisou ser acionada. Em vídeos compartilhados nas redes, manifestantes se dividiram entre quem apoiava e quem hostilizava membros das Forças Armadas no local, relataram os jornalistas do Metrópole.

Apoiadores de Jair Bolsonaro ostentavam pedaços de paus, bandeiras com mastros de ferro e punhos cerrados enquanto andavam pela área do QG.

No carro de som, discursos de violência. “Se ele [Lula] tentar subir a rampa, eu mato ele! Ele e o ‘Xandão’”, disse uma mulher ao microfone.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Como diria Miguel de Cervantes: “Tudo isso para quê? Para nada…”(C.N.)

Uma das maiores missões de novo governo é reduzir o altíssimo Custo Brasill


Fila de caminhões passa dos 40 quilômetros

É preciso acabar com a eterna fila de caminhões nos portos

Vicente Limongi Netto

Renan Filho tem nas veias a marca do trabalho incansável pela coletividade. Deputado federal, governador por dois mandatos, senador eleito e, agora, ministro dos Transportes do governo Lula. Com 43 anos de idade, Renan Filho não utiliza truques verbais para omitir opiniões. É direto e transparente.

O DNA de Renan Filho enfatiza o bom político, a capacidade do diálogo. A defesa do bom combate e das causas elevadas.

MUITAS METAS – Para ele, o Brasil precisa modernizar os novos contratos de concessão de portos, rodovias, ferrovias e aeroportos. Fazer mais parcerias público-privadas (PPPs) e valorizar a agenda da iniciativa privada.

Trabalhar para o Brasil voltar a crescer. Expandir a malha rodoviária. Escoar a produção com eficiência. O novo ministro dos Transportes pretende trabalhar junto ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para destravar, a seu ver, um dos maiores gargalhos que atrapalham o crescimento do Brasil, a infraestrutura de transportes da produção nacional.

Esse gargalho é o principal responsável pelo chamado Custo Brasil, que prejudica nossas exportações.

FELIZ ANO NOVO! – Um 2023 radiante para todos. Sem atropelos. Com êxitos e saúde. Com mais paixão, menos sofreguidão; mais amor, menos rancor; mais sinceridade, menos canalhice; mais união, menos traição; mais certezas, menos dúvidas; mais verdade, menos hipocrisia; mais vigor, menos covardia.

E mais emprego, menos miséria; mais comida, menos pobreza; mais otimismo, menos obstáculos; mais firmeza, menos vacilação; mais eficiência, menos incompetência; mais respeito, menos humilhação; mais lucidez, menos ignorância; mais ardor, menos mesquinharia; mais diálogo, menos indiferença.

E que todos nós possamos viver e trabalhar em paz.

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