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terça-feira, agosto 21, 2007

Delegada que prendeu a gang dos grã-finos é exonerada

Por Silvana Blesa
A delegada Marilda Marcela da Luz foi exonerada da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos. Ela conduzia o caso da quadrilha dos grã-finos, que está envolvida com carros roubados e na morte do policial Yan Milton Oliveira. Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Carlos Alberto do Nascimento, “a delegada colocou na prisão várias pessoas e pediu a prisão de mais 12 indivíduos suspeitos de entregarem o bando, inclusive um elemento que tem parentesco com um diretor da Polícia Civil”. Na sua opinião, “trata-se de um caso grave. Colocaram a delegada para servir no Departamento de Polícia Metropolitana, Depom, num cargo meramente burocrático, de coordenação, justo num momento em que ela estava desmontando a quadrilha dos grã-finos. Só falta agora o delegado-chefe, João Laranjeira, dizer que ela foi promovida. O fato é que a segurança pública da Bahia está largada, com sucessivos casos de chacina e quando um policial, como da Luz, conduz uma investigação que dá resultado é afastado”. Ainda de acordo com Nascimento, há quase 50 delegados de último nível nos corredores da SSP sem nada fazer, enquanto Salvador se torna uma capital violenta”.
Estudante de direito é ouvido
; O estudante de direito Pedro Pedreira Mercês, de 19 anos, integrante da quadrilha dos grã-finos, prestou depoimento ontem pela manhã, na 2ª Vara da Infância e Juventude, logo após uma semana depois de ter sido solto pelo crime de receptação de veículo, ele e mais dois amigos estavam circulando com um carro modelo Stilo pertencente ao policial, Yan Milton depois de outros jovens terem matado e roubado o dono do carro. Ontem pela manhã, ele prestou esclarecimento de um crime cometido aos 15 anos de idade. Segundo o coordenador do Grupo de Diligências Especiais (GDE) , Edmilson Ramalho, Pedro e mais quatro amigos clonavam cartões de créditos e realizavam compras na Internet. Dos cinco, apenas dois estão cumprindo pena, medidas socioeducativas. No dia 17 de julho deste ano após uma denúncia feita contra Pedro,foi expedido um mandado de busca e apreensão, mas nada pôde ser feito, porque ele se encontrava detido na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV), antes de ser transferido para o Presídio Salvador em Mata Escura. Os agentes da GDE ficaram monitorando o estudante enquanto ele estava preso, para pegá-lo assim que saísse. O cumprimento do mandado de busca e apreensão iria acontecer na última quinta-feira, Pedro foi solto, porém, segundo Ramalho, a informação vazou e o pai de Pedro, o delegado Federal, Ubiratã Mercês, entrou em contato com o juiz e pediu que ele não fosse levado no final de semana, que na segunda-feira ele apareceria na 2ª Vara da Infância e Juventude acompanhado de seu advogado. Mas segundo informações, Pedro não se encontrava em casa e teria se mudado, daí foi expedido um mandado de busca e apreensão do mesmo. Mas o seu pai o apresentou ontem cedo, para esclarecer sobre as fraudes cometidas por ele e os colegas. Segundo o diretor administrativo, Hélio Aguiar, o processo está nas mãos da defensora Drª Carmem, que está de férias. De acordo com informações, Pedro teria que ficar detido na Case, uma espécie de presídio para menores infratores, até que saísse o julgamento, mas isso não aconteceu. O porquê? ninguém soube informar. (Por Silvana Blesa)
Fonte: Tribuna da Bahia

domingo, agosto 19, 2007

Perícia da PF vai apontar furos na evolução do patrimônio de Renan

Renato Casagrande - SenadorO laudo da Polícia Federal sobre a documentação entregue pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para tentar comprovar que tinha dinheiro para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso deverá apontará falhas na evolução patrimonial do senador – o que poderá dificultar ainda mais a defesa dele. As informações são do senador Renato Casagrande (PSB), um dos relatores do processo contra que trata deste assunto no Conselho de Ética do Senado. O socialista, que também faz uma apuração paralela do caso, defende que Renan vá ainda esta semana prestar esclarecimentos ao conselho, após a apresentação do relatório da PF, e prevê que o relatório sobre o caso fique pronto ainda este mês. Confira os principais trechos da entrevista de Casagrande ao jornal A GAZETA. A Polícia Federal deve entregar o relatório sobre a documentação no início desta semana. Já é possível saber quando esse primeiro processo será encerrado? A previsão de entrega do relatório no Conselho de Ética é até o final de agosto. Já tivemos um atraso, por solicitação da Polícia Federal e por documentos que chegaram atrasados. Iam nos entregar na terça-feira, dia 14, e agora nos informaram que vão entregar nesta segunda-feira. Deve ser à noite, e devemos nos reunir na terça, já com a perícia em mãos. Eu defendo junto ao presidente do Conselho, senador Leomar Quintanilha, que nesta semana mesmo que está se iniciando, que nós possamos ouvir o senador Renan Calheiros. Vamos receber a perícia, vamos dar o conhecimento dela ao senador, ele vai ter a oportunidade de estudá-la, verificar a avaliação dos peritos. E acho que até quinta ou sexta-feira, na minha avaliação – depende do próprio senador Renan, que não é obrigado a ir ao conselho –, mas acho que até sexta poderíamos ouvi-lo. Se ele for nesta semana que está se iniciando, já na outra semana, nós poderemos entregar o relatório. O senador acredita que Renan poderá, se quiser, depor no Conselho, esta semana? Acho que ele já pode ir. Os fatos já são de conhecimento dele. Ele tem um assistente técnico acompanhando a realização da perícia. Ele não tem nenhuma necessidade de atrasar, se assim desejar, ir ao conselho e atrasar seu depoimento e suas explicações. Estou defendendo, já defendi com o presidente do conselho, e vou defender reunião de terça-feira, às 10 horas, da comissão de investigação que vamos ter com o presidente. Precisamos acertar com o presidente do Senado a sua ida, na quinta ou na sexta-feira desta semana, ao conselho, para que ele dê suas explicações.O caso vem prejudicando a o funcionamento do Senado. Há pressa em resolver este processo? O Senado tem pressa. A Casa está num momento de definição de pauta importante. Estamos com a pauta obstruída pelo comportamento, pela decisão política de alguns partidos de fazerem obstrução da pauta. Temos matérias importantes que vão para votação agora em setembro, assuntos da reforma política, temos assuntos referentes à CPMF, à DRU. Então, o Senado tem que votar matérias e tem que resolver o caso do seu presidente. O caso do presidente causou um constrangimento institucional, porque é o presidente do Senado que está envolvido, não é um outro senador. E a força da presidência acaba interferindo nos processos dentro da Casa. O fato de haver três relatores nesse processo não pode dificultar o andamento do caso? A idéia é que, recebida a perícia, marcada a oitiva com o senador Renan Calheiros, a comissão já pode começar a elaborar seu relatório, já tem instrumentos. Já tem os depoimentos do Cláudio Gontijo (lobista da Mendes Júnior acusado de pagar as despesas de Renan), do advogado de Mônica Veloso, os documentos da Mônica Veloso. Então, teremos a perícia da Polícia Federal e teremos o trabalho que desenvolvemos em paralelo. Eu estou fazendo um trabalho de investigação independente da Polícia Federal. Esse trabalho poderá já a partir dessa semana ser transformado em relatório. Vamos começar a discutir o relatório na terça-feira. No decorrer da semana vamos discutir o mérito. Pode ser que nessa discussão, você tenha divergências dentro da comissão. Se isso acontecer, o relatório da comissão é um só. O senhor está fazendo uma apuração em separado e tem tido contato com os técnicos da Polícia Federal que vêm fazendo a perícia da documentação apresentada por Renan Calheiros. O que a análise desses dcumentos apontam, dentro do que pode ser revelado? Tenho feito contatos permanentes com os peritos da Polícia Federal e tenho, com minha assessoria, feito levantamentos das movimentações bancárias do senador Renan Calheiros, das suas declarações de Imposto de Renda. Nas conversas com os peritos, tratamos de procedimentos, prazos, mas também do mérito de matéria. Acredito que a perícia vai responder basicamente todos os 30 quesitos que nós fizemos. Pelo que vejo, que estou analisando, parte dos 30 quesitos será respondida positivamente a favor do senador Renan Calheiros. Mas parte desses quesitos ainda vão deixar dúvidas com relação a alguns pontos da defesa do senador Renan Calheiros. Por exemplo, teremos que ainda buscar no depoimento do senador, com toda certeza, explicações sobre a sua evolução patrimonial. Ele apresentou declarações de Imposto de Renda, e não está esclarecido de forma clara, consistente, com relação àquilo que ele teve de renda nos últimos anos com aquilo que ele acumulou de patrimônio. Acho que esse é um ponto que gera dúvidas e que a comissão de investigação e o Conselho de Ética vão ter que se debruçar, para saber se os dados são estes ou se o senador Renan consegue comprovar que a informações dos documentos que ele apresentou são consistentes. A evolução e o acúmulo do patrimônio do senador de acordo com a renda dele é um ponto em que nós vamos nos debruçar porque ainda há dúvidas sobre este assunto. Mas o senhor acredita que o senador terá condições de se explicar as dúvidas sobre o patrimônio? Por isso defendo a ida dele ao Conselho. Será a última oportunidade que ele, o Conselho de Ética e a comissão de investigação vão ter antes do relatório. A comissão avalia se houve ou não quebra de decoro parlamentar, e se ele teve dinheiro para pagar a pensão da filha ou não, se precisou de dinheiro da Mendes Júnior ou não. E este debate de sua evolução patrimonial ser compatível com sua renda é fundamental para sabermos se tinha renda ou não para pagar a pensão. Os estudos que eu estou fazendo e que a Polícia está fazendo ainda deixam dúvidas. Teremos números consistentes sobre este assunto até terça-feira. Acho que esse é o ponto definidor do nosso parecer, do parecer da comissão de investigação. Em relação à venda da gado sobre empresas supostamente fantasmas, isso ficou esclarecido? Talvez isso tenha que ter uma apuração mais aprofundada. A Secretaria da Fazenda de Alagoas já mandou documento comprovando uma operação de sonegação envolvendo o Mafrial e as empresas que compravam gado do senador Renan. A perícia certamente não vai poder nos dizer se o senador tem ou não responsabilidade sobre isso. A perícia avaliou a relação do Renan com as empresas que emitiram cheques ao senador Renan, e ele emitiu recibo e nota fiscal para essas empresas. Não há como saber se há responsabilidade do senador Renan neste fato, mas já há uma investigação da Secretaria Estadual da Fazenda de Alagoas que aponta a possibilidade de um esquema patrocinado pelo Mafrial para sonegar tributos. Isso poderia se desdobrar em outra investigação que talvez não tenha relação com o caso Renan Calheiros. Em relação aos outros dois processos, como está o andamento deles? Eles podem influenciar nesse processo que o senhor está relatando? Esse caso que envolve a aquisição de rádios, uso pelo senador Renan e pelo empresário João Lyra de "laranjas", tem a ver com o nosso. Se até o dia do relatório tivermos alguma comprovação de que ele usou laranjas para comprar as rádios, isso pode ajudar a consolidar nossa opinião sobre o assunto, porque envolve diretamente o patrimônio do senador Renan Calheiros. O segundo caso, a compra da fábrica de refrigerantes pela Schincariol, é um caso que tem primeiramente mais a ver com o deputado federal Olavo Calheiros, irmão do senador Renan. O terceiro caso, portanto, poderá ajudar a elucidar a nossa posição quanto ao pagamento de pensão.

A evolução e o acúmulo do patrimônio do senador de acordo com a renda dele é um ponto em que nós vamos nos debruçar porque ainda há dúvidas sobre esse assunto O Senado tem que votar matérias e tem que resolver o caso do seu presidente. O caso do presidente causou um constrangimento institucional
Fonte: Gazeta Online

Amor não correspondido termina em morte, em Vila Velha

Um amor não correspondido terminou em morte na madrugada deste domingo, no bairro Cobilândia, em Vila Velha. A diarista Alcione Aparecida Fernandes, 27 anos, foi assassinada com três tiros na rua Papa João XXIII.Segundo informações de testemunhas, a diarista estava em um forró quando um homem que se interessava por ela, a abordou. Os dois tiveram uma discussão e, em seguida, o acusado efetuou três disparos de arma de fogo.Um rapaz que estava no local e presenciou a cena, tentou socorrer a vítima, no entanto o criminoso mandou que ele se afastasse porque o caso não era com ele. O acusado ainda fez mais dois disparos, mas os tiros mascaram e ele fugiu em um táxi.Quando o criminoso saiu do local o rapaz tentou socorrer novamente a diarista, mas ela já estava morta. A testemunha foi levada para a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), para prestar esclarecimentos.Na DHPP, uma sobrinha da diarista disse, apenas, que o suspeito já havia tentado, várias vezes, namorar com a vítima. Mas Alcione nunca quis manter um relacionamento com ele. A DHPP já identificou o acusado, mas ele ainda não havia sido localizado
Fonte: Gazeta Online

Mensalão: relator teme grampo

Um dia depois de VEJA revelar, em sua reportagem de capa desta semana, que metade dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) suspeitam que seus telefones sejam monitorados ilegalmente, mais um magistrado do STF vem a público para manifestar desconfiança semelhante. Joaquim Barbosa, relator do caso do mensalão, afirmou que pode ser ele também vítima de grampos ilegais. "Hoje há uma sensação generalizada em Brasília, entre as pessoas que ocupam uma função importante, de violação de privacidade. É um fato muito grave", disse o ministro, em declaração publicada pelo jornal Folha de S. Paulo em sua edição deste domingo.
De acordo com Barbosa, a quem cabe decidir a partir de quarta-feira, junto de seus colegas, se o Supremo abre ou não processo criminal contra os 40 denunciados de envolvimento no esquema do mensalão, o fato de ser ele o relator do caso torna-o mais vulnerável. "Teoricamente o risco aumenta, mas não tenho nenhum elemento para afirmar que possa ter acontecido ou esteja acontecendo", disse o ministro, segundo a Folha.
A suspeita de Barbosa vem se juntar àquelas levantadas por outros cinco dos 11 magistrados da mais alta corte do Judiciário brasileiro. De sete ministros ouvidos por VEJA, Celso de Mello, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello, Sepúlveda Pertence e Carlos Ayres Britto declaram temer que suas conversas ao telefone sejam gravadas por uma certa banda podre da Polícia Federal (PF), que depois utilizaria estas gravações contra os ministros, no caso de suas ações não atenderem aos objetivos desta banda podre. Ao jornal paulista, Marco Aurélio declarou que “estamos vivendo uma época um tanto quanto psicodélica.A escuta clandestina merece a condenação da própria sociedade".
Mensaleiros no alvo - A denúncia é grave porque chega ao Supremo, nesta semana, o caso do esquema que envolvia membros do governo, outros políticos, altos funcionários da República e empresários, em que o governo pagava mesada a deputados da base aliada em troca de apoio político. Na denúncia que vai ao STF, o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, apontou a existência de uma "organização criminosa", e indicou quais crimes cada um dos 40 denunciados teria cometido. Mesmo suspeitando ser alvo de grampos clandestinos, o relator Joaquim Barbosa já sinalizou, durante a semana passada, que deve acolher a denúncia contra os mensaleiros.
Fonte: revista veja

STF faz debate prévio sobre denúncia do mensalão

KENNEDY ALENCARColunista da Folha Online
A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Ellen Gracie, tem discutido informalmente com os demais colegas uma eventual posição comum a respeito da denúncia do mensalão. Ellen já teve conversas informais com ministros do tribunal e já chamou alguns para encontros desse tipo na segunda e na terça. Há até a possibilidade de uma reunião de todos fora da agenda oficial.
A partir de quarta, o STF decidirá se aceitará dar início a uma ação penal contra os 40 denunciados, se excluirá alguns da acusação feita pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, em março de 2006 ou se rejeitará a denúncia como um todo --esta uma possibilidade praticamente impossível, pois parte dos acusados já confessou delitos como prática de caixa dois.
A tendência do relator do caso, ministro Joaquim Barbosa, é aceitar a denúncia dos 40 acusados.
O STF tem 11 ministros, mas, como Sepúlveda Pertence pediu aposentadoria recentemente, 10 integrantes do tribunal deverão apreciar nas próximas duas semanas a denúncia do mensalão --o mais grave escândalo de corrupção dos quase seis anos de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A discussão prévia desejada por Ellen não é novidade. Ela já agiu assim em casos rumorosos, buscando afinar o discurso do Supremo. Oficialmente, Ellen e o tribunal dirão que essas conversas versam sobre aspectos formais da complexa decisão que será tomada.
No entanto, é mais do que isso. A troca prévia de avaliações entre ministros é comum na Suprema Corte americana. É uma forma de todos os ministros terem idéia da conduta de cada colega antes da hora da verdade.
No caso do mensalão, por exemplo, o relator da denúncia enviou aos seus colegas um resumo de sua posição. Dessa forma, pode receber comentários antes da apresentação oficial e até esclarecer dúvidas. Existem rumores de que a ministra Carmem Lúcia deseja pedir vista, o que atrasaria a decisão sobre a denúncia.
Nos bastidores, há discordância no STF em relação à tendência de Joaquim Barbosa de aceitar da denúncia contra todos os 40 acusados.
Barbosa, cujo pensamento jurídico é afinado com o dos integrantes do Ministério Público, crê que bastariam indícios para a acatar a denúncia, pois essa decisão não equivaleria a uma condenação antecipada. Na ação penal, os acusados poderão se defender e provar a eventual inocência.
No entanto, o ministro Cezar Peluso já chegou a dizer em conversas reservadas que o processo criminal não deve servir de palco para a produção de provas. Ou seja, o STF deve aceitar a denúncia se achar que existe consistência na acusação e não como forma de produzir provas por meio de mais investigação.
Ciente do simbolismo político da denúncia do mensalão e da repercussão na opinião pública, Ellen estimula a discussão prévia. Sua intenção é aparar arestas e dar alguma uniformidade à decisão, para tentar evitar eventual racha explícito do tribunal.
Essa possibilidade, porém, não pode ser descartada, pois as conversas informais não são garantia de acerto a ser cumprido a partir de quarta.
A avaliação da denúncia sobre o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, por exemplo, divide opiniões no STF. Na visão de ministros ditos mais formalistas, não haveria provas contra Dirceu, o que justificaria eventual exclusão da denúncia.
Na avaliação de outros, os indícios contra o ex-ministro e a sua posição de grande influência no governo e no PT seriam suficientes para que respondesse a uma ação penal.
Na denúncia, Dirceu é apontado como o chefe de uma quadrilha que comprou apoio no Congresso. Acusado dos crimes de formação de quadrilha, peculato e corrupção ativa, o ex-ministro nega todos.
Entre outros denunciados, estão o ex-tesoureiro Delúbio Soares, o publicitário Marcos Valério, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha.
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Linha de corte
Se pesar mais o ingrediente político na decisão do STF, dificilmente o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu será excluído da denúncia do mensalão. Se pesar mais o ingrediente técnico, Dirceu terá chance de se salvar.
Para o Palácio do Planalto, a decisão sobre o ex-ministro equivalerá a um julgamento político da gestão Lula no escândalo. Se Dirceu vier a responder a uma ação penal, a leitura será de que o governo participou, sim, do esquema de compra de votos no Congresso. Afinal, Dirceu foi um poderoso ministro da Casa Civil.
Na hipótese de exclusão de Dirceu da denúncia, o governo avalia que receberia uma espécie de absolvição política. O mensalão continuaria a ser a mancha mais incômoda, mas o governo teria discurso para tentar deixar o escândalo mais circunscrito ao PT e às estripulias da dupla Delúbio Soares e Marcos Valério. Seria reforçada a tese "Lula não sabia".

Avião da Gol com equipe de Zezé Di Camargo e Luciano sofre incidente

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da Folha Online
Um avião da Gol teve problemas na decolagem no aeroporto Santa Genoveva, de Goiânia. O vôo tinha como destino o aeroporto internacional de Guarulhos (Grande SP) e levava a equipe da dupla Zezé Di Camargo e Luciano.
Luciano e Zezé não estavam a bordo. Ambos seguiam para Unaí (MG) em seu jatinho, onde farão show ainda hoje.
Folha Online
Mapa de Goiás mostra a região onde o avião da Gol abortou a decolagem neste domingo
O avião estava em alta velocidade, pronto para decolar, no final da pista, quando houve uma movimentação brusca. "Estava prestes a decolar quando parou abruptamente", afirma Arleyde Caldi, assessora da dupla.
Ela estava no avião com Flávia Fonseca, mulher de Luciano, e o DJ Puff, convidado para uma festa de aniversário promovida pelos cantores. Flávia teve escoriações no braço.
Flávia comprou outra passagem de avião, desta vez da TAM, para voltar à capital paulista às 18h. "A maioria dos passageiros está no saguão do aeroporto sem nenhuma informação, sem saber em que vôo vai voltar."
Ela conta ainda que conversou com o marido. "Falei com Luciano. Ele está histérico, muito preocupado."
O avião está em solo. A Gol não se pronunciou. A equipe da dupla saía de Goiânia no vôo 1355, que tinha saída programada para as 14h e chegada a Cumbica prevista para 15h30.

domingo, agosto 05, 2007

Presidente, vá se danar!

Por Adriana Vandoni

Circula pela internet um texto meu com o título adulterado. Quero aqui explicar aos leitores que o artigo “Presidente, vá se danar!” foi publicado no dia 25 de julho de 2005, portanto, há dois anos. Jamais escreveria um texto com o título tão chulo como na versão adulterada, não por puritanismo ou por respeito ao presidente, mas é que apesar de ter a certeza de que Lula merece cada um dos palavrões que brasileiros de bom senso e saco cheio, atribuem a ele, eu não sou Marta Suplicy, não vulgarizo para criticar.Agradeço a todos os mais de 30 mil e-mails que já recebi e que ainda estou recebendo, tanto os de apoio como os críticos, com esse eu me compadeço. Aos muitos brasileiros que sentiram no texto um grito de todos e que se expressaram penhorando apoio, meu muito obrigada.O artigo, como tem dois anos, está defasado diante de tantos escândalos de corrupção envolvendo os homens do presidente Lula, diante de tanta incompetência e falta de responsabilidade, diante de tamanha covardia que ele vem demonstrando à nação. Por tudo isso, continuo com o firme propósito de mandar o Presidente se danar.Presidente, vá se danar!Não sei se é desespero ou ignorância. Pode ser pelo convívio com as más companhias, mas eu, com todo o respeito que a "Instituição" Presidente da República merece, digo ao senhor Luis Inácio que vá se danar. Quem é ele para dizer, pela segunda vez, que tem mais moral e ética "que qualquer um aqui neste país"? Tomou algumas doses a mais do que o habitual, presidente?Esta semana eu conheci Seu Genésio, funcionário de um órgão público que tem infinitamente mais moral que o senhor, Luis Inácio.Assim como o senhor, Seu Genésio é de origem humilde, só estudou o primeiro grau e sua esposa foi babá. Uma biografia muito parecida com a sua, com uma diferença, a integridade. Ao terminar um trabalho que lhe encomendei, perguntei a ele quanto eu o devia. Ele olhou nos meus olhos e disse:- Olha doutora, esse é o meu trabalho. Eu ganho para fazer isso. Se eu cobrar alguma coisa da senhora eu vou estar subornando. Vou sentir como se estivesse recebendo o mensalão.Está vendo senhor presidente, isso é integridade, moral, ética, princípios coesos. Não admito que o senhor desmereça o povo humilde e trabalhador com seu discurso ébrio.Seu Genésio, com a mesma dificuldade da maioria do povo brasileiro, criou seus filhos. E aposto que ele acharia estranho se um dos quatro passassem a ostentar um patrimônio exorbitante, porque apesar tê-los feito estudar, ele tem consciência das dificuldades de se vencer. No entanto, Lula, seu filho recebeu mais de US$ 2.000.000,00 (dois milhões de dólares) de uma empresa de telefonia, a Telemar. E isso, apenas por ser seu filho, presidente! Apenas por isso e o senhor achou normal. Não é corrupção passiva? Isso é corrupção Luis Inácio! Não é ético nem moral! É imoral!E o senhor acha isso normal? Presidente, sempre procurei criar os meus filhos dentro dos mesmos princípios éticos e morais com que fui criada. Sempre procurei passar para eles o sentido de cidadania e de respeito aos outros. Não posso admitir que o senhor, que deveria ser o exemplo de tudo isso por ser o representante máximo do Brasil, venha deturpar a educação que dou a eles. Como posso olhar nos olhos dos meus filhos e garantir que o trabalho compensa, que a vida íntegra é o caminho certo, cobrar o respeito às instituições, quando o Presidente da República está se embriagando da corrupção do seu governo e acha isso normal, ético e moral?Desafio o senhor a provar que tem mais moral e ética que eu!Quem sabe "vossa excelência" tenha perdido a noção do que seja ética e moralidade ao conviver com indivíduos inescrupulosos, como o gangster José Dirceu (seu ex-capitão), e outros companheiros de partido, não menos gangsteres, como Delúbio, Sílvio Pereira, Genoíno, entre outros.Lula, eu acredito que o senhor não saiba nem o que seja honestidade, uma prova disso foi o episódio da carteira achada no aeroporto de Brasília. Alguém se lembra? Era início de 2004, Waldomiro Diniz estava em todas as manchetes de jornal quando Francisco Basílio Cavalcante, um faxineiro do aeroporto de Brasília, encontrou uma carteira contendo US$ 10 mil e devolveu ao dono, um turista suíço. Basílio foi recebido por esse senhor aí, que se tornou presidente da república. Na ocasião, Lula disse em rede nacional, que se alguém achasse uma carteira com dinheiro e ficasse com ela, não seria ato de desonestidade, afinal de contas, o dinheiro não tinha dono. Essa é a máxima de Lula: achado não é roubado.O turista suíço quis recompensar o Seu Basílio lhe pagando uma dívida de energia elétrica de míseros 28 reais, mas as regras da Infraero, onde ele trabalha, não permitem que funcionários recebam presentes. E olha que a recompensa não chegava nem perto do valor da Land Rover que seu amigo ganhou de um outro "amigo".Basílio e Genésio são a cara do povo brasileiro. A cara que Lula tentou forjar que era possuidor, mas não é. Na verdade Lula tinha essa máscara, mas ela caiu. Não podemos suportar ver essa farsa de homem tripudiar em cima na pureza do nosso povo. Lula não é a cara do brasileiro honesto, trabalhador e sofrido que representa a maioria. Um homem que para levar vantagem aceita se aliar a qualquer um e é benevolente com os que cometem crimes para benefício dele ou de seu grupo e ainda acha tudo normal! Tenha paciência! "Fernandinho beira-mar", guardando as devidas proporções, também acha seus crimes normais.Desculpe-me, 'presidente', mas suas lágrimas apenas maculam a honestidade e integridade do povo brasileiro, um povo sofrido que vem sendo enganado, espoliado, achacado e roubado há anos. E é por esse povo que eu me permito dizer: Presidente, vá se danar!
Fonte: prosa & política

segunda-feira, julho 30, 2007

Só sendo falta de assunto

Por: J. Montalvão
Nós queremos é um Jeremoabo de progresso, paz e liberdade, e não um Jeremoabo de oportunistas e incompetentes, cuja fonte de sobrevivência é mamar nas tetas da viúva, esse tempo está passando.
Ontem vi uma notícia veiculada no Jornal Correio da Bahia do dia 27 do corrente mês onde fala de um assunto lido, relido e divulgado para toda população de Jeremoabo e municípios circunvizinhos, aliás, diga-se de passagem, de modo incorreta por intermédio do ex-padre Moura e corrigida e explicada posteriormente pelo Doutor Adelmo e por esse próprio site. Estou me referindo ao desconto em favor da CEF.Outro assunto que me chamou atenção foi concernente de denuncia do vereador Antonio Chaves, com efeito, retardado a respeito de fantasmas, pois o seu líder o ex-prefeito aquele nome (João Batista Melo de Carvalho foi quem fabricou todo tipo de fantasmas, falcatruas),Fraudes e improbidades que se possa imaginar.É o velho ditado, dois pesos e duas medidas, para os amigos tudo, vistas grossas, para os inimigos a lei.Essa “estória” de vai perder o mandato contado pelo ex-padre há muito ficou desacreditada, pois quem não se lembra quando no período eleitoral ele usava a rádio Vaza Barris ou então carro de propaganda eleitoral do seu ex-patrão ou chefe, e bradava abertamente que o senhor João Ferreira não poderia ser candidato a prefeito, pois havia dado fim ao trator da prefeitura, ou então que tinha desviado verbas no apagar das luzes do seu mandato, inclusive distribuíram covardemente altas horas da noite folhetos ou decisão Judiciária a respeito do assunto.Aqui na região o ex-prefeito bate o recorde a respeito de processos contra ele a refeito de malversação com o dinheiro publico, e todo aos coniventes caladinhos, procurando desviar atenção da população propalando processos contra o Dr. Spencer que ninguém tem a certeza se existe cabimento.Eu vendo e observando toda essa falta do que fazer falta de coisas importantes para tratar, só me lembro do comício de João Ferreira quando Gedel aqui esteve, e os inocentes úteis acreditando no que o ex-padre falava, bradava com todo o vigor, que se houvesse aquele comício o candidato João Ferreira seria preso, houve o comício e até hoje ninguém foi preso, apenas o nariz do pinóquio que a cada dia cresce mais.Será que o ex-padre, e a turma do ex-prefeito já esqueceram que qualquer protesto ou contra o pequeno príncipe dava logo cadeia, que diga Chiquinho da Super Pão, que só porque exprimiu sua liberdade de expressão por pouco também não seguiu o destino dos demais, cadeia.Nós queremos é um Jeremoabo de progresso, paz e liberdade, e não um Jeremoabo de oportunistas e incompetentes, cuja fonte de sobrevivência é mamar nas tetas da viúva, esse tempo está passando.

MP pede afastamento do prefeito

O Ministério Público da Bahia pediu à Justiça o afastamento do prefeito de Jeremoabo, Spencer José de Sá Andrade (PP), acusado de improbidade administrativa. O gestor é acusado de não repassar para a Caixa Econômica Federal (CEF) os valores descontados dos salários de funcionários públicos que adquiriram empréstimo consignado na instituição financeira. Este tipo de empréstimo, mediante convênio entre a prefeitura e o banco, é descontado em folha.
A ação contra o prefeito foi movida pelo promotor Leonardo Cândido Costa, da 1ª Promotoria de Justiça da comarca de Jeremoabo. Na ação, ele informou que “vários funcionários (da prefeitura) receberam correspondência, indicando inclusão (dos nomes) no Sistema de Proteção de Crédito (SPC), quando todos receberam suas respectivas remunerações com os descontos das parcelas do referido financiamento”.
“Além do que, as parcelas pagas pela prefeitura junto à Caixa Econômica Federal sempre foram com atraso, provocando o pagamento de juros e multa moratória, gerando sensível prejuízo à administração pública municipal”, acrescentou Leonardo Cândido Costa. Ele disse ainda que, caso o prefeito seja mantido no cargo, o prejuízo à administração pública municipal poderá ser maior.
Spencer José de Sá Andrade é acusado ainda, em outra ação, de contratar uma empresa fantasma – a Pergaminho – para comprar material de escritório. A denúncia foi feita pelo vereador Antônio Chaves (PRP). “São várias as denúncias contra o prefeito. Ele demonstra não ter nenhum zelo com o dinheiro público, nem compromisso com os moradores de Jeremoabo”, declarou. O gestor é acusado ainda de utilizar o pedreiro da prefeitura para fazer obras em sua residência.
Fonte: Correio da Bahia

PT quer encurtar mandato de Berzoini

SÃO PAULO - Depois de mais de um ano discutindo a possibilidade de encurtar o mandato de sua atual direção, o PT deverá de fato alterar o seu estatuto e agendar novas eleições internas ainda este ano. Apesar de reconhecer que ainda existem algumas divergências em relação ao assunto, o presidente do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP), afirma que as discussões ocorridas nos últimos meses demonstram que as principais correntes da sigla tendem a endossar a proposta.
“Há uma tendência de a maioria querer fazer a eleição ainda este ano. Até porque os que defendem essa posição entendem que isso é melhor para pacificar o partido”, afirmou o presidente da legenda, acrescentando que a nova eleição deverá ocorrer no final de novembro ou no início de dezembro. De acordo com Berzoini, ainda existem algumas “polêmicas” em relação ao assunto, mas a mudança tende a ser ratificada durante o 3º Congresso do PT, que ocorrerá nos dias 31 de agosto, 1º e 2 de setembro, em São Paulo.
O congresso é a única instância do PT com poder para alterar a data da eleição, já que a mudança exigirá também uma modificação das normas estatutárias da legenda. Pela regra atual, a nova eleição só deve ocorrer em 2008, quando termina o mandato de três anos obtido pela direção partidária, há dois anos.
Junto com a mudança de data, a tendência é de que seja aprovada uma nova duração dos mandatos, para evitar a coincidência com eleições majoritárias. No ano que vem, por exemplo, a nova diretoria do PT teria de ser escolhida em meio às eleições para prefeito e vereador em todo o país. Apesar de já ser debatida há algum tempo no PT, a idéia de encurtar o mandato da direção atual ganhou força no final do ano passado, quando eclodiu o escândalo do dossiê Vedoin, em setembro.
Diante da notícia de que militantes do PT tentaram comprar um dossiê para prejudicar candidatos tucanos naquela eleição, a ala mais à esquerda do PT passou a sugerir a mudança nas regras internas, como forma de remover Berzoini do comando partidário. Passado o desgaste provocado pelo episódio, o antigo Campo Majoritário – grupo integrado por Berzoini e por nomes como o do ex-ministro José Dirceu – endossaram a idéia. Dentro da corrente, entretanto, a expectativa é de que Berzoini dispute um novo mandato à frente do partido.
“Isso acabou fazendo com que o antigo Campo Majoritário, por esse caminho torto, coincidisse com aquilo que nós defendíamos”, comentou o secretário de Relações Internacionais Valter Pomar, representante do grupo Articulação de Esquerda.
Fonte: Correio da Bahia

Protesto em São Paulo é marcado por gritos de ‘Fora Lula’

Manifestantes elegem presidente como único responsável pela tragédia da TAM em Congonhas


SÃO PAULO - Gritos de “fora Lula” marcaram a manifestação que reuniu cerca de seis mil pessoas na Zona Sul de São Paulo para protestar contra o caos aéreo e homenagear as vítimas do acidente com o Airbus A-320 da TAM, que provocou a morte de 199 pessoas no último dia 17, no Aeroporto de Congonhas. Os manifestantes carregavam ramalhetes de flores e portavam cartazes pedindo respeito à vida e aos direitos dos cidadãos. Também haviam cartazes com fotos de algumas vítimas do acidente, portadas por familiares.
Os participantes do ato se concentraram no Parque do Ibirapuera, no espaço entre o Monumento às Bandeiras e o Obelisco e se dirigiram a Congonhas, onde realizaram um ato ecumênico no local próximo ao prédio da TAM Express, contra o qual se chocou o Airbus A-320, que fazia o vôo JJ 3054, procedente de Porto Alegre.
O movimento foi organizado por pelo menos oito entidades, entre as quais o Cria Brasil (Cidadão Responsável, Informado e Atuante). O líder do Cria Brasil, Marcio Neubauer, disse que o principal objetivo do protesto é mobilizar a sociedade pela defesa de seus direitos.
“A sociedade está carente de respeito. É muito importante saber que o povo brasileiro se mobiliza”, afirmou, referindo-se à presença considerável de pessoas, apesar do frio da e chuva que caiu no início da manhã. “Esta é uma centelha, é um começo.”
Inicialmente tímidos, os gritos de “fora Lula” foram aumentando ao longo da caminhada, como palavra de ordem dos participantes, ao final dos discursos que eram feitos no caminhão de som que encabeçava a manifestação. Nas proximidades do Detran, um dos oradores, anunciado como parente de uma das vítimas do acidente, disse que a partir de hoje exigiria responsabilidade por parte das autoridades do país, “sem corrupção, sem mensalão”.
“Espero que a dor sirva de energia e motivação para que as pessoas cobrem seus direitos e lutem pelo fim do descaso.” Além de protestarem contra o caos aéreos, os participantes do ato saudaram o Corpo de Bombeiros e os funcionários do Instituto Médico-Legal (IML) pelo trabalho no resgate e na identificação dos corpos das vítimas. Um grupo de manifestantes também distribuiu folhetos exigindo “o fechamento definitivo e imediato do aeroporto de Congonhas” e defendendo que seja implantado um parque no local.
Fonte: C0rreio da Bahia

Protesto em São Paulo é marcado por gritos de ‘Fora Lula’

Manifestantes elegem presidente como único responsável pela tragédia da TAM em Congonhas


SÃO PAULO - Gritos de “fora Lula” marcaram a manifestação que reuniu cerca de seis mil pessoas na Zona Sul de São Paulo para protestar contra o caos aéreo e homenagear as vítimas do acidente com o Airbus A-320 da TAM, que provocou a morte de 199 pessoas no último dia 17, no Aeroporto de Congonhas. Os manifestantes carregavam ramalhetes de flores e portavam cartazes pedindo respeito à vida e aos direitos dos cidadãos. Também haviam cartazes com fotos de algumas vítimas do acidente, portadas por familiares.
Os participantes do ato se concentraram no Parque do Ibirapuera, no espaço entre o Monumento às Bandeiras e o Obelisco e se dirigiram a Congonhas, onde realizaram um ato ecumênico no local próximo ao prédio da TAM Express, contra o qual se chocou o Airbus A-320, que fazia o vôo JJ 3054, procedente de Porto Alegre.
O movimento foi organizado por pelo menos oito entidades, entre as quais o Cria Brasil (Cidadão Responsável, Informado e Atuante). O líder do Cria Brasil, Marcio Neubauer, disse que o principal objetivo do protesto é mobilizar a sociedade pela defesa de seus direitos.
“A sociedade está carente de respeito. É muito importante saber que o povo brasileiro se mobiliza”, afirmou, referindo-se à presença considerável de pessoas, apesar do frio da e chuva que caiu no início da manhã. “Esta é uma centelha, é um começo.”
Inicialmente tímidos, os gritos de “fora Lula” foram aumentando ao longo da caminhada, como palavra de ordem dos participantes, ao final dos discursos que eram feitos no caminhão de som que encabeçava a manifestação. Nas proximidades do Detran, um dos oradores, anunciado como parente de uma das vítimas do acidente, disse que a partir de hoje exigiria responsabilidade por parte das autoridades do país, “sem corrupção, sem mensalão”.
“Espero que a dor sirva de energia e motivação para que as pessoas cobrem seus direitos e lutem pelo fim do descaso.” Além de protestarem contra o caos aéreos, os participantes do ato saudaram o Corpo de Bombeiros e os funcionários do Instituto Médico-Legal (IML) pelo trabalho no resgate e na identificação dos corpos das vítimas. Um grupo de manifestantes também distribuiu folhetos exigindo “o fechamento definitivo e imediato do aeroporto de Congonhas” e defendendo que seja implantado um parque no local.
Fonte: C0rreio da Bahia

Direção terá participação em eleições municipais

BELO HORIZONTE - O presidente do PT, Ricardo Berzoini, defendeu sábado, durante a abertura do 3º Congresso Estadual do partido, em Belo Horizonte, a participação da direção nacional da legenda na definição dos candidatos a prefeitos nas principais cidades mineiras. A fala de Berzoini ocorreu em meio a uma disputa interna entre petistas envolvendo a eleição para a prefeitura da capital mineira no próximo ano.
A escolha do candidato à sucessão do prefeito da capital, Fernando Pimentel (PT), poderá ter reflexo na eleição para o governo do estado em 2010. Em jogo estão os interesses do próprio Pimentel e do ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias.
Ao mesmo tempo em que trabalha para se viabilizar como candidato natural do partido ao Palácio da Liberdade, Pimentel estimula a candidatura de Patrus em 2008. Mas o ministro já deixou claro que só pretende deixar a Esplanada para disputar o governo estadual.
Se sair vitorioso nas urnas novamente, o PT completará um ciclo de 20 anos à frente da prefeitura da capital mineira, iniciado justamente com a eleição de Patrus, em 1993. "Pela importância de Minas Gerais, o diretório nacional tem todo interesse em cooperar com uma estratégia política capaz de nos levar à vitória em cidades importantes que já governamos e outras que queremosgovernar", observou Berzoini, durante a abertura do congresso.
Não por acaso, a necessidade de fortalecimento e unidade do partido foi a tônicados discursos. "Nós, em Minas Gerais, não vamos nos dividir. Estaremos juntos em 2008 e em 2010", assegurou Pimentel. "O debate livre e fraterno não nos impedirá de construir nossa unidade", reforçou o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, outro nome forte do partido cotado para a disputa pela prefeitura de Belo Horizonte.
Já Patrus ressaltou o maior desafio do PT mineiro é derrotar os tucanos e assumiro Palácio da Liberdade em 2010. O ministro criticou o governo Aécio Neves (PSDB), afirmando que o estado "não trabalha o desenvolvimento regional, não entrou no campo social".
Tilden
No encerramento do congresso estadual, os petistas votariam uma resolução com as principais decisões. Entre elas, um possível afastamento ou pedido de licença ao ex-embaixador do Brasil em Cuba, Tilden Santiago, que, a convite de Aécio, aceitou o cargo de assessor para assuntos ambientais da presidência da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
Embora as lideranças regionais evitem críticas públicas, a decisão do ex-embaixador causou desconforto no partido. Tilden reagiu dizendo que não aceita ser "bode expiatório" para encobrir os erros da legenda nas eleições do ano passado e espera se reunir com a executiva estadual durante a semana.
Pimentel, que mantém bom relacionamento com Aécio e não faz parte da executiva, saiu em defesa do ex-embaixador. Disse que o cargo é "técnico" e não vê necessidade dele se licenciar.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Lula, mesmo ausente, é vaiado no encerramento

Eram exatamente 19h05 de ontem quando foram declarados oficialmente encerrados os Jogos Pan-Americanos do Rio. A sentença partiu do presidente da Organização Desportiva Pan-Americana, o mexicano Mario Vázquez Raña, que conseguiu ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fosse sonoramente vaiado mais uma vez, mesmo não estando presente no Estádio do Maracanã - bastou o dirigente citar o apoio do governo federal.
A cerimônia de encerramento tinha um desafio: o de, ao menos, igualar em emoção e encantamento a festa que marcou a abertura dos jogos. E o que se viu, na noite deste domingo, foi uma cerimônia bela mas morna, já com um indisfarçável gosto amargo de final. Pouca música executada ao vivo e uma espetacular queima de fogos deram o tom de despedida.
A festa começou com uma homenagem às vítimas do acidente aéreo da TAM, no dia 17: nove policiais militares que participaram do resgate das vítimas entraram em campo carregando a bandeira nacional que seria hasteada. Um momento tocante homenageado pela rara aparição da lua em meio à chuva.
Depois de entoado o hino oficial dos Jogos e de uma apresentação de índios guaranis (tudo em playback), diversos atletas entraram em campo e a atenção recaiu sobre os cubanos que ainda ficaram no País - transportados em 11 ônibus até o Maracanã, eles novamente carregavam bandeiras de seu país e do Brasil. Na delegação brasileira, a Bandeira Nacional foi levada pelo nadador Thiago Pereira, dono de seis medalhas de ouro no Pan.
O estádio se escureceu então para a exibição de melhores momentos dos jogos, exibidos nos telões - na verdade, uma seleção de grandes vitórias brasileiras. E uma das últimas, a do maratonista Franck Caldeira, teve uma entrega de medalhas em grande estilo, com todo o estádio aplaudindo o atleta, que entrou em campo mancando.
O momento político da festa veio com o discurso do presidente do Comitê Organizador do Pan (CO-Rio), Carlos Arthur Nuzman, que, ao final do discurso, desabafou: "Missão cumprida!" Ao seu lado, o presidente da Organização Desportiva Pan-Americana, o mexicano Mario Vázquez Raña, protagonizou a cena que todos esperavam.
Ainda pouco à vontade com a picardia carioca, que traduziu a palavra 'hoy' (hoje, em espanhol) como um cumprimento, Raña não escondeu uma certa satisfação ao agradecer o governo federal. Ao citar o nome do presidente Lula, uma sonora e persistente vaia ecoou pelo Maracanã, o mesmo acontecendo quando citou o prefeito César Maia.
Raña comandou ainda a entrega da bandeira pan-americana para representantes da cidade de Guadalajara, sede dos jogos de 2011, apresentada em um vídeo promocional e por um show típico, exibido no palco, daqueles que entretêm turistas. Era a senha de que a aventura carioca de sediar tão grande evento estava chegando ao final.
Depois de enfrentar a suspeita de que teria sido apagada pelas chuvas na semana passada, a pira olímpica se extinguiu definitivamente com um gesto simbólico da cantora Alice Caymmi e seu pai, Danilo, que, cantando O Vento (canção de Dorival Caymmi), assopraram e extinguiram a chama, às 19h30.
A cidade voltava à sua realidade - depois de dias marcados por alegrias e reclamações, o atribulado sonho do Rio de sediar um evento esportivo de grande porte, finalmente, chegara ao final. Restaram o funk de Fernanda Abreu e o eco da voz rasgada de Elza Soares, encerrando a cerimônia ao som de "Aquarela do Brasil".
Fonte: Tribuna da Imprensa

Processo contra ex-rei da soja se arrasta há três décadas

Por: Helio Fernandes

Um caso envolvendo morte, documentos contraditórios e suposta invasão de terras pelo ex-rei da soja Olacyr Francisco de Moraes tramita, há quase três décadas, na Vara Cível da Comarca de Arenápolis, no Mato Grosso. Olacyr, que já capitaneou, em meados da década de 90, um conglomerado de 40 companhias, entre fazendas, armazéns, hidrelétricas, um banco e uma empreiteira, é acionado na Justiça pelo advogado e produtor Newton Zacarias do Amaral Brandão.
Ele alega que, na década de 70, teve suas terras invadidas de forma violenta por jagunços a mando do ex-rei da soja, apesar de dispor de documentação e provas testemunhais da ocupação pioneira da área.
Uma das principais reclamações de Newton, que embarga desde 1979 as sucessivas decisões da Justiça em favor de Olacyr, é a não observação dos laudos periciais, que comprovam sua posse "mansa e pacífica", por mais de duas décadas antes da invasão.
Apesar de dispor do domínio do lote "Cachoeira", conforme compromisso de compra e venda quitado, desde 1953, e a posse pacífica de outros três lotes, onde tinha plantações regulares de arroz e lá foi considerado desbravador, em janeiro de 1976 Newton Brandão teve suas terras ocupadas por homens armados que, na época, admitiram trabalhar para a empresa Pecuama - Pecuária da Amazônia S.A., então detentora de um dos maiores financiamentos do Polocentro na região, na época de propriedade de Olacyr de Moraes, e cujo suposto objetivo seria tomar à força as terras dos fazendeiros com as quais fazia divisa.
Brandão luta na Justiça para retomar suas propriedades. Entretanto, até o momento, seus documentos, testemunhas e laudos periciais parecem não ter sido suficientes para persuadir os responsáveis pelo caso de que a situação atual é irregular, "sobrepondo-se em terras legítimas de produtores que lá se encontravam há vários anos, devidamente tituladas pelo Estado na década de 1950", conforme atesta, em petição, o próprio Newton.
A imprensa, na ocasião, relatou as atrocidades cometidas durante a ocupação das terras, descrevendo os assassinatos e as barbáries sofridas pelos trabalhadores rurais da Fazenda Diamante, de propriedade do reclamante.
Desordens e mortes na década de 70
Conforme noticiado em janeiro de 1976, e registrado na região de Sucuruína, interior do Mato Grosso, na época vários jagunços armados de carabinas e revólveres invadiam fazendas, queimando casas de colonos e cometendo várias outras atrocidades, principalmente na área de Diamantino, distante 330 quilometros de Cuiabá.
Na última noite do ano de 1975, o trabalhador Gildo Montanhole, que prestava serviços braçais nas fazendas da região, sua mulher, Nerinda Xavier, a "Goianinha", e a filha Silvana, de apenas um ano e meio de idade, foram atacados por jagunços armados na volta para casa. Após intenso tiroteio, Gildo foi assassinado com vários tiros no rosto.
Nerinda, que recebeu um tiro abaixo da orelha esquerda, foi jogada dentro de uma vala sobre o corpo da criança, que nada sofreu. Por volta da meia-noite daquele dia, os corpos foram encontrados por trabalhadores que passavam no local, graças ao choro da criança que, sob o corpo da mãe baleada, quase se afogava na lama.
Newton Brandão providenciou a remoção de Nerinda e sua filha para o Hospital de Diamantino. Um dia após, o fazendeiro registrou queixa na polícia, em Cuiabá. Em seguida, foi preso Austiclino Correa, um dos jagunços participantes da emboscada, que afirmou que o assassino de Gildo fora José Justino, e que ambos trabalhavam para a Fazenda Pecuama - Pecuária da Amazônia S.A.
Novo ataque
No dia 2 de janeiro de 1976, Newton que se encontrava ainda em Cuiabá, teve sua fazenda invadida por oito homens, que seriam da polícia, comandados por um jagunço da Pecuama, e que obrigaram 15 trabalhadores a parar oito tratores e três semeadeiras, interrompendo a plantação de arroz. Segundo relato do chefe do serviço de máquinas, na ocasião, Sebastião Barbosa Neto, os homens armados afirmavam que estavam no local para limpar as terras, e que a Pecuama iria tomar conta daquelas lavouras no dia seguinte.
Sebastião disse, também, que o jagunço, líder do ataque, se passava por tenente, os ameaçava com armas e com a presença de um avião que dava rasantes na região. Outros trabalhadores relataram que foram algemados e vítimas de violência. No mesmo dia, a "polícia" e os jagunços invadiram outros ranchos, a mando da Pecuama, que segundo Newton, já configurava como réu de várias ações por invasão de terras.
O advogado Norberto Ribeiro Rocha chegou a declarar que "o mais grave é que a Pecuama invade as áreas cujos proprietários estão de posse dos documentos e cultivando a terra há muitos tempo (...) . Os jagunços da Pecuama chegam, ameaçam e muitas vezes matam, e fica por isso mesmo. Os proprietários dessa fazenda têm muito dinheiro e contam com o apoio da polícia", concluía o advogado.
Área de conflito foi titulada em 52
Olacyr de Moraes adquiriu uma área de 15.000 hectares de terras, dividida em cinco lotes e cuja disposição estaria localizada sobre as posses de Newton, segundo o laudo do perito Gilmar Pinto Cabral, e constante no processo como uma "matrícula superposta".
A partir de atos de violência e ocupação das terras, em uma tentativa de regulamentar sua situação, Olacyr deu entrada, em 1977, a uma ação de manutenção de posse da área invadida. Dois anos anos após, depois de várias tentativas extra-judiciais, Newton entrou com uma ação de embargos de terceiros, que foi ignorada pela Justiça, e permanece até hoje em tramitação.
Newton Brandão afirma que a área de conflito, e de sua propriedade, foi totalmente titulada pelo Estado do Mato Grosso nos idos de 1952-53, e devidamente localizada através de marcos naturais, especialmente, o Ribeirão Vermelho, o Km 304 da Rodovia Cuiabá-Porto e outros acidentes geográficos, enquanto os supostos títulos de Olacyr datam de 1966, os quais mencionam "Fazenda Boa Vista" e Estância Suíça", totalmente desconhecidas dos moradores da região onde se localiza a posse, e não mencionam nenhum marco natural, acidente geográfico ou qualquer identificador de localização, podendo estar em qualquer lugar.
As terras atualmente estão ocupadas por terceiros, uma vez que Olacyr as permutou. Segundo Newton, "transferiram a posse (...), numa indiscutível afronta à lei e ao direito real do requerente".
Fonte: Tribuna da Imprensa

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