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quinta-feira, junho 14, 2007

O governo que arranca 40% do cidadão

Por: Helio Fernandes

Distribui uma parte enorme para exportadores
Além da corrupção EXPLÍCITA, aberta, ostensiva, que o Brasil todo condena, existe a corrupção IMPLÍCITA, escondida, fechada, que o Brasil todo desconhece. Falo dessa SUBVENÇÃO que o governo está dando aos exportadores, por causa de uma justificativa que não justifica nada nem coisa alguma
Falo da AJUDA que o governo dará aos exportadores, que segundo eles mesmos convenceram, ESTÃO PERDENDO MUITO DINHEIRO, com a queda sistemática do dólar e o que chamam de VALORIZAÇÃO DO REAL.
Isso não é novidade, ainda se ouvem os ecos de uma sigla que o governo deu aos bancos, com dinheiro do cidadão-contribuinte-eleitor. Até hoje não esquecemos o PROER, sabemos a fábula que os bancos lucraram. Não foi neste governo, qual é diferença? Se todos são iguais nas vantagens, o povão é o único desigual nas desvantagens.
Fiquemos, por hoje, apenas na questão da exportação e da importação, que está nas rádios, jornais e televisões. O governo com o coração sangrando vê todas essas matérias, e chora por ser altamente generoso. O governo não explica, porque esses órgãos de comunicação (não seria melhor chamá-los de corporativismo?) também não explicaram coisa alguma. Então, façamo-lo, como diria o nada saudoso Jânio Quadros.
1 - Os exportadores PERDEM MUITO. Lógico, comparado com o dólar a 4, a 3, até a 2,50, nenhuma dúvida.
2 - Mas quando o dólar estava lá em cima, ganhavam fortunas, não devolviam nada ao governo, ou seja, ao contribuinte.
3 - Como a exportação e a importação obedecem ao mesmo dólar e à mesma cotação, os importadores ganham fábulas e não escondem a satisfação que ostentam orgulhosamente.
4 - Com raras ou raríssimas exceções, exportadores e importadores são os mesmos, portanto a queda da receita de exportação é COMPENSADA com o preço baixíssimo da importação.
5 - E ainda há mais e muito mais grave: os produtos brasileiros, para serem exportados, precisam da complementação da importação.
6 - Então, nesse caso, deveriam compensar o contribuinte, com o que ganham com os preços muito mais agradáveis da importação.
7 - Quando o real foi implantado em 1995, valia 84 centavos de dólar. Quer dizer: o exportador, por cada dólar vendido, recebia apenas esses 84 centavos, ninguém gritou, qual a explicação?
8 - Quando a moeda foi pelos ares com 20 dias do segundo mandato, o real já era trocado por 1 dólar e 21. Tradução: o exportador recebia mais 42 por cento do que recebia 3 anos antes.
9 - Agora, esses exportadores que já têm enormes vantagens, a começar pelo prazo para entrega do dinheiro ao governo (210 dias, fora "imprevistos") receberão montanhas de vantagens.
10 - 1 bilhão na mão, à vista, sem que ninguém saiba de onde vem o dinheiro. E 3 bilhões do BNDES, a juros que, de tão baixos, o governo tem constrangimento de explicar, por isso estou explicando.
PS - E o ministro Mantega, com medo do próprio futuro, diz audaciosamente na televisão: 3 bilhões? Que importância tem isso? Antigamente, o regime não era melhor, mas ele seria demitido, teria que ir trabalhar num banco.
Jackson Lago
Nunca falei com o governador, se passar por mim não sei quem é. Mas a palavra da grande figura que é Neiva Moreira, vale para mim.
Inacreditável mas rigorosamente verdadeiro: a Câmara está disposta, a qualquer custo, a fazer o que chamam de reforma política, mas é apenas reforma eleitoral. E é uma vergonha das grandes, pois existe muita oposição, gente que não aceita o VOTO DE LISTA, uma das maiores imoralidades que se conhece no Brasil. Então, como esses deputados compõem grupo assustador oferecem vantagens.
Qual a vantagem que oferecem? "Apenas" isto: se aprovarem o VOTO DE LISTA, esses 513 deputados que foram eleitos em 2006, participarão OBRIGATORIAMENTE da lista.
Quer dizer: não haverá eleição, pois com esse INCRÍVEL retrocesso, os 513 participarão exclusivamente da lista, e lógico, estarão eleitos, pois não terão adversários.
Só um exemplo: no Estado do Rio são 47 deputados federais, dos mais diversos partidos. Terão que entrar na lista de todas as legendas. Assim, os 47 de hoje, serão os 47 de amanhã.
Então, um País que há mais de 100 anos precisa de renovação, (que há mais de 40 anos chamo de RENOVOLUÇÃO) eternizará os deputados de agora, que serão os de amanhã ou depois de amanhã. Que vergonha, que vexame, que República.
Uma das pessoas que mais admiro, e por quem tenho o maior apreço, se chama Neiva Moreira. Conheço-o desde que chegou à Câmara (ainda no Rio, ninguém pensava em Brasília), entrou logo na Frente Parlamentar Nacionalista.
Nunca me pediu nada nem eu a ele, tínhamos e temos apenas a amizade. Ontem Neiva me disse no telefone: "Não se deixe enganar pelos que difamam o governador Jackson Lago. Somos amigos a vida toda, o que dizem dele, é infâmia, intriga, mentira da grande".
O senador Dornelles, anteontem, já tarde, fez discurso duríssimo contra o amaldiçoado VOTO DE LISTA. Além de todos os atos de traição ao cidadão, ainda querem ser escolhidos por eles.
Decreto de Sérgio Cabral autoriza o secretário de Educação a contratar 1.250 professores para o ensino fundamental.
Condições: 20 horas semanais, salário de 437 reais mensais. Contratação temporária por 12 meses. O ensino público pode funcionar nessas condições miseráveis e calamitosas?
Não é possível. O ministro Mantega não sai da televisão. Monótono, cansativo, chatíssimo como dizia o grande Mario Reis. E nunca diz nada. O Brasil já teve ministros da Fazenda inócuos, mas não como esse.
No dia 12 de junho (anteontem) o BC alterou o regulamento, mandando registrar, em moeda nacional, o capital estrangeiro, que conste dos registros contábeis da empresa brasileira, que recebeu os dólares.
Agora o BC determinou o que deve ser o outro lado: brasileiros que tenham bens e depósitos no exterior, têm que declará-los. Os dois prazos terminam dia 30. Mantega não sabe de nada.
Rigorosamente verdadeiro: em o Globo de ontem, o secretário de Segurança (?) Beltrame, afirmou: "As Forças Armadas não estão preparadas para a guerra contra os traficantes".
Acontece que foi seu chefe, o governador, que pediu a Lula, publicamente, a vinda dessas Forças. Não é a primeirta vez que Beltrame se choca com Sérgio. Não pode ser demitido? Ha! Ha! Ha!
Logo que surgiu a idéia de uma CPI para as empreiteiras, disse aqui, com total segurança: não há uma possibilidade em um 1 milhão dessa CPI ser constituída. Não saiu nem sairá.
E ainda acrescentei: CPI sobre empreiteiras tem que começar pelo menos nos anos 50. É impossível haver obra no Brasil, sem pagar comissão, e até adiantada.
Na Comissão de Ética, ontem, falou o advogado de Renan Calheiros, Eduardo Ferrão. Apesar de ser colega de escritório de Nelson Jobim, dominou geral.
Ontem o dólar ficou inalterado o dia inteiro. Abriu em 1,94, fechou em 1,942, sem alta nem baixa. Muito raro.
Já a Bovespa, por causa do Day Tarde, caiu muito, subiu muito. Chegou a uma queda de 0,60% fechou em mais de 2 por cento.
No Brasil o surrealismo se exibe sem constrangimento. O ex-presidente FHC, que teve um filho fora de casa, pediu o afastamento de Renan Calheiros, exatamente por causa disso.
O atual presidente do Senado está sendo investigado, não pela paternidade, e, sim, pelo fato de supostamente ter usado ligações para solucionar a questão.
Já a paternidade do ex-presidente foi altamente tipificada, pela intimidação contra a mãe do seu filho.Se ela não aceitasse ir para o exterior (escolheu a Espanha) logicamente seria demitida. Quer dizer: FHC foi o lobista dele mesmo, não com dinheiro mas com o Poder de presidente.
Embora a revista "Caros Amigos" e o jornalista Sebastião Nery tivessem feito várias matérias, não se soube que FHC tenha pago pensão. Surgiram apenas rumores de que teria usado um amigo para a intermediação. FHC, indefensável.
XXX
Wilson Andrade, filho de Haroldo de Andrade, anunciou: na próxima segunda-feira, seu pai estará novamente comandando o programa de debates mais visto do Rio. Depois de 40 anos na Rádio Globo, fundou sua rádio, que é a terceira do Rio. Ficou meses, teve alta, volta satisfeito.
XXX
No Complexo do Alemão, hoje existe alguém que tem a maior popularidade: é o governador Sérgio Cabral. Só se fala no nome dele.
XXX
O ex-presidente da Infraero, Eduardo Petengill, está coberto de razão: "Lei não impede corrupção". Uma coisa tão simples, que só agora foi descoberta. É preciso que surja uma forma ou fórmula de como fazer obras sem empreiteiras. Será possível? Se for, desaparecerão as CPIs.
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Debates duros ontem na Comissão de Ética do Senado, a respeito das acusações da Sujíssima Veja contra Renan Calheiros. Nada decidido.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Para PF, Vavá levava dinheiro

CAMPO GRANDE - Os depoimentos de Andrey Galileu Cunha, ex-homem de confiança de Nilton Servo - acusado de chefiar a máfia dos caça-níqueis -, ajudaram a Polícia Federal (PF) a concluir que Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cobrava dinheiro da máfia dos caça-níqueis para fazer lobby dentro do governo. Cunha disse que Vavá recebia dinheiro e favores de Servo e que o último pagamento que tem notícia foi feito em janeiro deste ano e foi de R$ 3 mil.
No depoimento, Cunha afirmou que "Vavá é amigo de Nilton e pedia favores a ele" e que "tem conhecimento de que Nilton chegou a dar R$ 3 mil para Vavá em janeiro de 2007". Na seqüência ele diz saber que "Vavá solicitou dinheiro a Nilton outras vezes".
Numa conversa entre Servo e uma pessoa identificada como Serra, no dia 14 de março, às 15h57, o suposto chefe do grupo relata que "de picado em picado arrumou para o Vavá uns 14, 15 paus". O interlocutor aconselha Servo a não arrumar mais dinheiro para o irmão de Lula, porque este "tem que mexer com o doce".
Na mesma conversa, que dura dez minutos, Servo comenta sobre um industrial de Manaus (AM) que está tentando um empréstimo de R$ 100 milhões no BNDES e "não está conseguindo resolver" e diz que vão tentar fazer lobby através de Vavá para conseguir a liberação.
Uma pessoa diretamente ligada à família de Cunha, que terá o nome preservado contou que Servo dava dinheiro periodicamente a Vavá, como forma de buscar contatos no governo e também para se aproximar do presidente Lula. Durante o depoimento da pessoa ligada a Cunha, foram mostradas fotos em que Servo aparece ao lado do presidente em um churrasco.
O encontro teria ocorrido em 2002, logo após Lula vencer as eleições. As fotos fazem parte de um álbum da família Servo. A imagem foi usada por Servo durante a campanha à Prefeitura de Bonito (MS), em 2004.
A reportagem apurou que os R$ 3 mil que Servo teria dado a Vavá em janeiro foram entregues num café, em São Bernardo do Campo. O encontro foi presenciado por um motorista que recebeu a incumbência de entregar para Vavá um envelope - com o dinheiro - levado por Servo. No local, havia câmeras de segurança.
O advogado de Vavá, Nelson Alfonso, afirmou ontem que ele não recebeu dinheiro de Servo. Para Alfonso, não há provas contra seu cliente. "Muita coisa foi dita, mas não há como provar. Vavá está sofrendo acusação, está sendo condenado como se fosse ilícito ser irmão do presidente da República."
Ele confirmou que Vavá é amigo do empresário Nilton Servo. "Vavá já reconheceu isso, que o Nilton é um amigo um pouco distante. Amizade não é pecado, até onde se sabe. Mas eles não têm negócios. Vavá não recebeu nada do Nilton. Nunca existiu lobby, ele vai a Brasília, já foi, mas não tem trânsito, não visita ministérios.
Não tem prova nenhuma de que ele recebeu dinheiro e nem de que oferecia facilidades em órgãos públicos. A Polícia Federal também não encontrou nenhum processo no Superior Tribunal de Justiça envolvendo Vavá em suposta exploração de prestígio." Sobre o grampo da PF que flagrou Vavá pedindo R$ 2 mil para Servo, o advogado foi taxativo.
"As gravações não provam nada, são meros indícios. Não houve crime nenhum. São 8 meses de gravação, tem gravação de todo mundo. Nesses 8 meses vou ter material para a defesa. A PF pegou trechos das gravações e requereu à Justiça prisão cautelar e mandado de busca. A PF editou as interceptações, os trechos que eles entregaram à Justiça."
Fonte: Tribuna da Imprensa

Polícia Militar e Força Nacional ampliam ação no Alemão

Depois de 43 dias de operações na Vila Cruzeiro, favela adjacente ao Complexo do Alemão, a Secretaria de Segurança decidiu ampliar o cerco a todas as saídas do conjunto de favelas da Zona Norte. A região foi ocupada no início da manhã de ontem por 450 policiais, 150 deles da Força Nacional de Segurança. Os outros 300 são PMs de 17 batalhões do Rio. A operação foi batizada de Cerco Amplo.
De acordo com o subsecretário de Integração Operacional, Roberto Sá, a nova estratégia da polícia é parte da segunda etapa do planejamento de ocupação da Vila Cruzeiro, o principal reduto do Comando Vermelho. A favela é contígua ao Complexo do Alemão, de onde partem os reforços que têm mantido a violenta resistência do tráfico à polícia nos últimos dias. Os confrontos já deixaram 17 mortos e 65 feridos.
A decisão foi tomada na noite de segunda-feira, numa reunião do secretário José Mariano Beltrame e da cúpula da segurança com o governador Sérgio Cabral. Naquele dia, o comandante da PM, coronel Ubiratan Ângelo, teve de encerrar às pressas um encontro com diretores de escolas no Complexo do Alemão e deixar o local sob forte tiroteio.
O governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), que ontem assinou convênio com a Ong Ibiss liberando R$ 850 mil para atividades esportivas na Vila Cruzeiro, afirmou que a operação policial é o caminho para o segundo passo de seu plano para a região. "Nossa orientação é continuar a combater a criminalidade para acabar com esse mando dos criminosos em comunidades. Isso é intolerável", afirmou. "Este é um trabalho sem trégua".
A Força Nacional chegou ao complexo de favelas às 8h50, ocupou os acessos à Favela da Grota. Os soldados foram recebidos com explosões de bombas artesanais e responderam com disparos de fuzil. Ao mesmo tempo, a polícia entrou na Vila Cruzeiro, onde também houve confronto. O comércio foi parcialmente fechado e as aulas foram suspensas nas escolas próximas. Homens, mulheres e até crianças foram revistadas pelos homens da Força Nacional.
"Estou com medo de andar por aqui. Entrei pela Grota para visitar a minha avó, isso aqui não era assim antes. Parece que nunca vai ter fim", disse o estudante R.P, de 13 anos, que havia sido revistado por agentes da FNS. A polícia ocupou "mais de 20 acessos", nas palavras de Roberto Sá.
Pela primeira vez, o Batalhão Florestal atuou simultaneamente, vasculhando as trilhas nas matas da Serra da Misericórdia, apontadas como rotas de fuga dos criminosos. Os policiais tinham mandados de prisão a cumprir e ordem judicial para desocupar três construções usadas como casamatas pelo tráfico. Os policiais militares não localizaram as casas.
Na Vila Cruzeiro, os tiroteios eram ouvidos do asfalto e os confrontos pareciam ocorrer a poucos metros. Sebastião Ribeiro de Souza, de 51 anos, trabalhava numa praça, na Avenida Nossa Senhora da Penha, quando foi atingido por um tiro no braço direito, à tarde. Ele foi levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas e não corre risco de morte.
O HGV recebeu uma mulher, vítima de espancamento, segundo o registro do hospital. S.M.L.N, de 49 anos, contou que estava em casa, na Vila Cruzeiro, com dois netos de 12 e 7 anos, e dois sobrinhos de 6 e 3. "Dois PMs forçaram o portão para entrar e queriam arrombar a porta. Eu fiquei nervosa porque estava sozinha com as crianças", contou. Ela trancou as crianças num cômodo e foi agredida. "Levei três ou quatro tapas no rosto. Sou irmã de policial militar. Estava com as crianças porque elas não têm aulas desde que essa guerra começou. Nunca me senti tão humilhada", disse ela, que ficou com hematomas. A Corregedoria da PM está investigando o caso.
Malucos
Apesar das trocas de tiros esparsas, o clima era tenso. Pelos rádios comunicadores, traficantes diziam que a vida de um policial valia R$ 5 mil. Outro dizia que agentes da Força Nacional não tinham coragem de entrar na favela. "Eles não são malucos de colocar a cara aqui dentro", provocavam.
Um morador irritou-se com a movimentação policial: "Lá dentro (no Complexo) ninguém entra. Ficam aqui apreendendo passarinhos", disse um morador, revoltado com a prisão por tráfico de animais de Jorge Oliveira Costa, de 70 anos, presos por agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, que aproveitaram a movimentação da FNS e da PM para apreender 16 pássaros silvestres negociados por Costa.
Fonte: Tribuna da Imprensa

quarta-feira, junho 13, 2007

A CERTEZA DA IMPUNIDADE

Por SOARES

A corrupção desvia recursos que deveriam estar aplicados em serviços e obras públicas e afeta principalmente o cidadão pobre.Como resultado direto, portanto, a corrupção produz o aumento da pobreza e das desigualdades sociais

É curioso este país.O Congresso, nestes últimos tempos, mais tem se assemelhado a uma sala de delegacia de polícia em dia de muitas ocorrências do que a uma casa legislativa. Decorrente deste fato, a crônica política não tem sido muito diferente de uma crônica policial. Infelizmente. Seria melhor se ao invés de estarmos falando de corrupção, propinas, desvio de verbas e outras mazelas estivéssemos discutindo projetos, planos de ação, e tratando das tão necessárias e urgentes reformas , capazes de tirar o país da estagnação econômica e da degradação social: a reforma do Estado, nela incluída a reforma tributária, a reforma educacional, a reforma trabalhista e a reforma política. Mas assim não tem sido. Tal como a violência nos grandes centros urbanos tem se espalhado de forma assustadora, a corrupção tem se reproduzido como um vírus e parece estar cada vez mais fora de controle. Omitir este fato nas crônicas políticas, como se estivéssemos num mundo de puros e idealistas, é de alguma forma estar conivente com o que ele tem de danoso. Por isto, somos praticamente forçados, mesmo contra a vontade, a voltar freqüentemente ao tema. Por sinal, assunto é o que não falta. Semana após semana, dia após dia, os fatos se sucedem numa velocidade espantosa, fazendo com que o que até ontem era manchete de primeira página na imprensa, hoje tenha caído quase no esquecimento. As denúncias de que um irmão do presidente foi flagrado em pleno envolvimento com uma quadrilha que atua no ramo dos caça-níqueis quase fez cair no esquecimento uma denúncia muito mais grave - a que envolve parlamentares e empreiteiras, conforme revelado na denominada Operação Navalha da PF. Os fatos levantados pela PF, apesar de mostrarem apenas a ponta do iceberg, são mais contundentes, pois afetam o próprio Congresso como instituição, além de envolver uma soma ainda não avaliada, mas certamente fabulosa, de dinheiro público desviado.O caso está a merecer uma investigação muito mais consistente e profunda do que tem sido até agora. O senador Renan Calheiros é o símbolo mais evidente neste processo promíscuo e imoral. . Até agora suas explicações , frontalmente contestadas por sua ex-amante Mônica Veloso, são um acinte a qualquer mortal que tenha um mínimo de inteligência. Mas parece terem convencido à maioria de seus colegas no Senado. É o que se deduz da pressa com que eles tratam de inocentar o político alagoano, e o medo que demonstram quanto a qualquer tentativa de aprofundamento do caso, em especial a instalação de uma CPI.Na Comissão de Ética, num arremedo de investigação, o relator do caso, Epitácio Cafeteira, julga?desnecessário? ouvir os depoimentos do senador acusado e de Mônica. Deve ter o dom da onisciência. É fato reconhecido de que são promíscuas as relações entre empresas que prestam serviços ao governo e parlamentares. O que acontece nos bastidores todos comentam, mas ninguém assume.O fato é que obras públicas, que passam pelo crivo de parlamentares principalmente na elaboração do orçamento, são, em regra, superfaturadas e o fruto deste superfaturamento repartido generosamente entre as partes envolvidas, ou seja, os donos das empreiteiras e os políticos. O senador Pedro Simon, ao final da ?CPI dos Anões do Orçamento,? em 1993, já havia alertado para a atuação destes ?empresários? e sugerido a instalação de outra CPI que, ao seu ver, complementaria e consolidaria o trabalho da anterior- a ?CPI dos Corruptores?, segundo suas palavras. A CPI foi abortada no governo de Fernando Henrique pela maioria do Congresso.O senador gaúcho nos últimos anos ainda voltou a insistir, com uma certa dose de ingenuidade, na necessidade desta CPI. Em vão. Por motivos que vão se tornando cada vez mais óbvios,a poucos congressistas interessa mexer neste vespeiro . Mas o perigo nesta sucessão de escândalos que assola o noticiário, está no fato de se tornarem tão repetitivos a ponto de fazer com que os cidadãos se tornem insensíveis e percam a capacidade de se indignar E é o que já parece estar acontecendo. O fato é que a corrupção é o pior câncer que pode ocorrer no tecido político e social de um país. Ela desvia recursos que deveriam estar aplicados em serviços e obras públicas e afeta principalmente o cidadão pobre, carente de hospitais e postos de saúde, escolas, saneamento, segurança e transporte.Como resultado direto, portanto, a corrupção produz o aumento da pobreza e das desigualdades sociais. Mas se o cidadão comum aos poucos vai perdendo a capacidade de se indignar diante deste quadro de roubalheira generalizada, o que dizer então de políticos e empresários envolvidos diretamente nesses escândalos? Eles que, de alguma forma, têm acesso aos recursos públicos, continuam a dançar conforme a música. Sabem que apesar de todo o alvoroço provocado pelas ações do MP, da PF, e pelo noticiário da mídia, estão protegidos por uma legislação feita sob medida para punir com severidade os pobres e tratar com benevolência aqueles que possuem uma robusta conta bancária.Um bom time de advogados, treinados a usar em favor de seus clientes as brechas, artifícios e recursos que a lei possibilita, se encarrega de levar a decisão final para as calendas gregas. A certeza da impunidade faz com que todos eles, apesar do estardalhaço provocado por cada denúncia , continuem, lépidos e fagueiros, a trilhar o caminho da corrupção.Infelizmente, no Brasil o crime ainda compensa. 130607 http://blogdofasoares.blogspot.com/
Email:: fasoares15@bol.com.br URL:: http://blogdofasoares.blogspot.com/
Fonte: CMI Brasil
A juíza da 7ª Vara da Fazenda Pública Estadual de Belo Horizonte, Mariângela Meyer Pires Faleiro, deferiu uma liminar requerida por um candidato a um cargo público e determinou que ele realize as demais etapas do concurso e apresente o diploma de conclusão do curso de direito na data da posse, caso seja nomeado. Da decisão, que tem caráter provisório, cabe recurso.De acordo com a assessoria do TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), na ação, o candidato declarou que fez concurso para o cargo de delegado e foi aprovado nas primeiras etapas. Na fase seguinte, foi exigida a apresentação de títulos comprobatórios de seus conhecimentos, juntamente com o diploma de graduação do curso de direito. No entanto, o candidato ainda está cursando o 9º período do curso de direito. Foi informado pela comissão do concurso que, se não apresentasse os documentos exigidos, seria reprovado sem participar das etapas seguintes. O candidato então recorreu à Justiça, pedindo uma liminar que garantisse seu prosseguimento em todas as fases do concurso, independentemente da apresentação do diploma de conclusão do seu curso superior. Segundo a juíza Mariângela Meyer, a questão já é “sumulada” pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e prevista na Constituição Federal. “O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser exigido na posse e não na inscrição para o concurso público”, ressaltou. Na decisão, a magistrada ressaltou que a liminar tem o caráter provisório e está vinculada à condição de que o candidato deve apresentar toda a documentação exigida no edital, até a data da posse. Não o fazendo, a medida será revogada ou perderá o seu efeito. “Tais documentos devem ser apresentados, obrigatoriamente, até o dia da posse, sob pena de não ter ele preenchido os requisitos para tanto”, observou.
Fonte: Última Instância

Estado é obrigado a fornecer medicamento para diabético, diz TJ-MS

O Estado do Mato Grosso do Sul foi obrigado a fornecer insulinas e medicamentos que não são disponibilizados pela rede pública de saúde e têm um custo mensal de aproximadamente R$ 600 a um portador de Diabetes Mellitus, tipo 2. A decisão é da 2ª Turma Cível do TJ-MS (Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul), que negou provimento ao recurso interposto pelo Estado contra decisão de primeiro grau que favoreceu um portador da doença.Segundo informações do TJ-MS, na ação o autor afirma que não possui condições financeiras suficientes para custear a despesa com os remédios e sem o devido antídoto a saúde dele pode ter dados irreversíveis à saúde. O não cumprimento da decisão resultará em multa por dia de atraso no fornecimento.No entendimento da inicial, saúde é direito constitucional e pertence ao Estado o dever de cumprir com a obrigação. No voto se fez constar que por força do artigo 196 da Constituição Federal, o Estado, seja em âmbito federal, estadual ou municipal, é obrigado a fornecer a todo e qualquer cidadão, sem distinção, os medicamentos de que necessita.Além disso, a antecipação de tutela (dar razão a uma das partes antes de analisar o mérito da questão) foi aplicada para oferecer condição de sobrevivência, considerando principalmente que ficou provado nos autos a verdade da necessidade do medicamento ao apelado.
Fonte: Última Instância

Lula diz que seu irmão é "lambari" em meio a "pintados" investigados pela PF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou as suspeitas de tráfico de influência relacionadas ao seu irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, indiciado pela Polícia Federal dentro das investigações da Operação Xeque-Mate. Lula reafirmou que duvida da participação de seu irmão em irregularidades. Segundo ele, Vavá não é lobbista e está "mais para ingênuo". O presidente ainda afirmou que não cabe a ele ficar respondendo sobre o que entra e sai dos jornais em relação ao tema."A Polícia Federal pede a quebra do sigilo telefônico de uma pessoa e se prepara para encontrar um cardume de pintados. O Vavá nessa história me parece mais um lambari que foi pego. Qual a vantagem? Ele é um lambari especial, é irmão do presidente da República", disse. "Quero saber se há algum atendimento, se há alguma coisa do Vavá em algum órgão do governo. Para mostrar que ele não era lobbista, é que eu duvido que tenha alguma coisa do Vavá, não nesses dois anos, mas nesses quatro anos e meio, que tenha sido atendida."Indagado sobre as ligações de seu outro irmão, Frei Chico, à Vavá para alertar sobre as investigações, Lula respondeu que não tem controle sobre ele. "Primeiro, que eu não tenho controle sobre Frei Chico. Ele é dois anos mais velho que eu. Ele é que deveria ter controle sobre mim. No Nordeste, irmãos mais velhos constumam mandar nos mais novos. Não acredito que o Vavá seja lobbista. E vou dizer porquê. Se vocês conheceram o Vavá ele está mais para ingênuo do que para lobbista", disse. "Frei Chico conversou com o Vavá. Eu quero mais é que conversem, eles são irmãos. Eles tem mais é que conversar: antes, durante e depois."O presidente Lula ainda afirmou que sempre orientou seus irmãos a encararem como "picaretas" empresários que os procurassem direitamente para pedir "favores". E alertou ao irmão Vavá que "só pelo fato de ele ser meu irmão, ele teria que ter mais responsabilidade, ele deveria saber as implicâncias que tem". A Operação Xeque-Mate cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Vavá, mas ele não foi preso. O irmão do presidente aparece em uma gravação cuja íntegra não confirmada pela Polícia Federal.Deflagrada no último dia 4, a Operação Xeque-Mate resultou na prisão de 80 pessoas. Treze já estão em liberdade desde a última sexta-feira, quando foram prorrogadas as prisões temporárias de apenas 67 presos. Todos prestaram depoimentos na Superintendência da PF, em Campo Grande. As informações servirão para o delegado Custódio embasar seu pedido de prisão preventiva. Cinco suspeitos continuam foragidos.Autor: Elaine Patrícia CruzFonte: Agência Brasil
Fonte: Juristas

Google e Ministério Público Federal fazem acordo

Um convênio de cooperação acertado entre o Ministério Público Federal de Pernambuco (MPF-PE) e a Google Inc. vai facilitar a investigação, a punição e o combate aos crimes digitais. O acordo operacional será assinado nesta quarta-feira (13) e vai agilizar a apuração de delitos cometidos pela internet, como, por exemplo, em comunidades do Orkut - maior site de relacionamento do país - que incitam o rascismo e a pedofilia.Com a medida, que já vem sendo utilizada por Ministério Públicos estaduais do Brasil, o acesso a dados cadastrais dos internautas será sistematizado, ficando mais fácil e ágil. O acordo será formalizado às 9h30 na sede do MPF - PE com a presença do procurador-geral de Justiça Paulo Varejão e do procurador da Google no Brasil, o advogado Durval de Noronha.Da Redação do PERNAMBUCO.COM

Lula estabelece mais um recorde

Por: Augusto Nunes

O jornalista Ruy Castro navegava distraídamente pela internet quando localizou, nas águas da Wikipédia, uma "lista de escândalos de corrupção no Brasil". Ao conferir o achado, topou com uma relação de 222 episódios ocorridos entre 1974, no início do governo Ernesto Geisel, e a primeira quinzena deste junho, já na segunda etapa da era Lula.
Na edição do dia 11, o colunista da Folha de S.Paulodivulgou as marcas alcançadas pelos sete servidores da nação. A competição é liderada por Luiz Inácio Lula da Silva, com 101 ocorrências. Vai superar o recorde com a entrada da Operação Xeque-Mate na procissão de pecadores, que ainda exibe no último andor a Operação Navalha.
Com bom desempenho, mas longe do campeão, aparecem em seguida Fernando Henrique Cardoso (44 pontos), Itamar Franco (31), Fernando Collor (19), Ernesto Geisel (10), João Figueiredo (11) e José Sarney (seis). No acervo de Sarney, ressalvou Ruy Castro, não figura a farsa da licitação para as obras da Ferrovia Norte-Sul, desmascarada pelo jornalista Janio de Freitas. Outra omissão relevante suprime do legado de Figueiredo a bomba detonada no estacionamento do Riocentro por terroristas fardados.
Nas páginas reservadas aos governos militares, o autor do levantamento ignora a fronteira que separa casos políticos e casos de polícia. As ocorrências do governo Geisel, por exemplo, misturam o Caso Atalla e o Caso Lutfalla - genuínos monumentos à corrupção erguidos por bandos de figurões federais, políticos ladrões, mafiosos no comando de partidos, caciques regionais e empresários bandidos - com assassinatos hediondos (Caso Vladimir Herzog e Caso Manoel Fiel Filho) ou projetos políticos que mudariam o país para melhor, como "a abertura política".
Tais falhas se tornam desprezíveis diante da relevância de constatações reafirmadas, com minúcia e consistência, pela lista da Wikipédia. Na ditadura ou na democracia, seja o presidente militar ou civil, rouba-se muito no Brasil. As quadrilhas federais sempre encontraram meios de saquear os cofres públicos. Pecam sem remorso, violam as leis sem sobressaltos por saberem que a impunidade aqui prevalece desde o desembarque da primeira caravela.
A leitura da lista avisa que as coisas vão mal: a turma toda está por aí, gastando fortunas tungadas do povo. E confirma que, no Brasil, o que está ruim sempre pode piorar. A Polícia Federal passou a investigar e prender com competência e rigor, dirão os devotos de Lula. Mas ninguém é condenado, replicam os fatos. Nem mesmo amigos e parentes do chefe escapam da mira dos investigadores, lembrarão os bons companheiros. Está provado que Lula não tem nada com isso.
Ele nunca sabe de planos criminosos em andamento. Consumados, exige provas. Confrontado com montanhas de evidência, avisa que espera a decisão da Justiça. Mas absolve liminarmente meliantes de estimação.
Foi assim com José Dirceu, Antonio Palocci, Delúbio Soares, Silvio Pereira, José Genoino, João Paulo Cunha, Severino Cavalcanti e tantos outros mensaleiros. Foi assim com o tesoureiro portátil Paulo Okamotto, o churrasqueiro particular Jorge Lorenzetti, o padroeiro Roberto Teixeira. E assim sempre será: Lula é amigo dos amigos.
É também homem de família, e por isso reage com desdém ou indignação a histórias mal contadas envolvendo doações em dinheiro que beneficiaram parentes próximos. Foi assim com a filha Lurian e o filho Lulinha. Assim tem sido com o irmão Vavá, que transformou carteira de identidade em gazua.
O Brasil inteiro sabe disso há dois anos. Menos Lula.
Fonte: JB Online

Parisinhas, uni-vos!

Por: José Simão

BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! Brasília Urgente: os vendedores de bilhete da Loteria Federal estão reclamando. Quando eles gritam 'Olha a federal! Olha a federal', sai todo mundo correndo! E vocês viram a foto do Lula acendendo a tocha do Pan? Um leitor me disse que o Lula acendeu a tocha no bafo. Rarará. Porque tá sempre de fogo! E diz que o problema do Lula é não poder xingar a mãe do Vavá. Mas já xingaram muito a mãe do Vavá por causa do Lula! E essa: 'Zôo de Itatiba fará exame de DNA pra descobrir quem é o pai do bebê hipopótamo'. Perda de tempo. O pai do hipopótamo é o Renan Calheiros. Só falta achar o nome pro filhote e estipular o valor da pensão. E o Clodovil, ops, a Clodovéia teve alta. A vida da Clodovéia é cheia de altas e baixas. Altas e baixarias. Aliás, altas baixarias. Rarará! É sempre assim: dá baixaria, fica em baixa, se interna e leva alta! Parisinhas, uni-vos! Em solidariedade a Paris Hilton, todas as parisinhas do mundo deviam fazer uma vigília. No shopping, claro. Botavam um cartão de crédito no chão e acendiam uma vela! 'Visa, Mastercard e American Express! Libertem Paris Hilton.' E a Paris declarou para Barbara Walters que agora encontrou Deus. Claro, ela não tá mais badalando, vai encontrar quem? A Britney Spears? O dono da Universal? E já dei a definição de patricinha: um chiclé de bola com cartão de crédito! Rarará. É mole? É mole, mas sobe. Ou, como diz o outro: é mole, mas chacoalha pra ver o que acontece! Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha heróica e mesopotâmica campanha 'Morte ao Tucanês'. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês. É que tem uma charrete de aluguel em Poços de Caldas com a placa 'MITSU BICHO'! Rarará! Mais direto, impossível. Viva o antitucanês. Viva o Brasil! E atenção! Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. 'Autista': irmão do companheiro Lula aumentando o valor das propinas. Rarará! O lulês é mais fácil que o inglês. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje, só amanhã. Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno. E Vavaindo que eu não vou!
Fonte: O POVO

Seduzindo o Consumidor

Samanta Petersen de OPOVO.com.br

Os Sex Shop são um mercado que vem vencendo o preconceito e se afirmando como negócio, atraindo público em busca de prazer e auto-conhecimento
Os Sex Shop têm o Dia dos Namorados como o seu melhor período de vendas. Nesta época os namorados aproveitam para incrementar o relacionamento e dar presentes que serão usados pelos dois. E dentre os presentes que elas e eles mais procuram para o dia estão lingeries, cosméticos e joguinhos. "Para o dia dos Namorados temos um incremento de vendas de até 60%" enfatiza Joelson Rodrigues Alves, gerente da Anjo Sado. Já para a proprietária da Via Libido, Elisabeth Andrade, o dia dos namorados é como se fosse época de Natal. Mesmo comemorando às vendas, os proprietários ainda lembram que apesar da diminuição do preconceito e da vergonha em freqüentar uma loja que vende "brinquedos para adultos", ainda é preciso um certo de discrição para trabalhar neste mercado. "Ainda existe um certo preconceito, mas de uns tempo para cá o sexo vem sendo um assunto que é comentado mais abertamente e às pessoas já entendem que o que vendemos é prazer, alegria e diversão", analisa Clecil Lima, proprietário da Putz, o primeiro Sex Shop de Fortaleza. E enquanto alguns clientes não se importam em passear pelo sex shop, outros preferem a discrição de um atendimento individualizado dentro da própria loja e até mesmo em casa. E para atender cada tipo de cliente existem sex shoppings que se diferenciam pelo forma de atendimento. Numa primeira olhada a Anjo Sado parece uma loja de lingerie, mas ao se entrar na loja pode-se começar a perceber que está é apenas fachada para os mais de cinco mil itens disponíveis. E para quem prefere não ser identificado, a loja possui uma sala vip ou então visitas à domicílio. Já a Via Libido procura ser uma loja "normal", onde o cliente entra, olha, escolhe e compra. "O que procuramos fazer é ser o mais discreto possível, guardando logo o que o cliente vai levar", explica a proprietária da loja, Elisabeth Andrade. Se o cliente não se sente bem em entrar e procurar o que deseja, a loja oferece a venda pela internet e também por catálogo. Para quem procura discrição total, a Putz é uma boa escolha. No Sex Shop só entra um cliente por vez enquanto o outro espera em uma ala reservada. "A nossa loja é voltada para um público discreto ou tímido que não quer encontrar ninguém. Que não quer que outro cliente fique olhando o que ele está escolhendo", destaca Clecil. Neste mercado quem mais parece ter perdido o preconceito são as mulheres. "Cerca de 80% do nosso público é feminino. Às mulheres procuram algo pra apimentar mais o relacionamento", garante Joelson Rodrigues Alves. E as mulheres não são apenas as que mais compram, elas também investem no mercado. É o caso de Elisabeth Andrade que há dez anos trabalha no ramo. "O primeiro Sex Shop que eu entrei foi o meu. Hoje estamos sendo testemunha da mudança que vem ocorrendo quando se trata de sexo, especialmente, em relação à mulher que busca cada vez mais o prazer, o conhecimento do próprio corpo e o do outro também".
Fonte: O POVO

Raio Laser

Tribuna da Bahia e equipe
Freio de…
É atribuído em parte ao governador Jaques Wagner (PT) o recuo de seu partido na decisão de se afastar do governo João Henrique (PDT) na longa reunião realizada pelo diretório municipal da agremiação na última segunda-feira. Em encontro com os líderes das principais correntes representadas no colegiado momentos antes da reunião que entrou pela madrugada, Wagner teria dito que respeitaria qual fosse a decisão da legenda, mas fez algumas ponderações.
...arrumação
Uma das reflexões lançadas ao grupo pelo governador é que uma eventual escolha pelo desembarque da administração municipal poderia repercutir na sua base de sustentação na Assembléia Legislativa, já que o PMDB, partido ao qual o prefeito deve se filiar, é um de seus principais aliados. Mas uma segunda ponderação calou mais forte no destacado time que o ouviu: a de que continuaria mantendo uma relação de apoio institucional à Prefeitura, mesmo que a opção fosse pelo rompimento com João Henrique.
Com a barriga
Após o encontro com o governador, foi com um sentimento pelo afastamento da administração João Henrique (PDT) levemente enfraquecido que os setores mais empenhados nesta tese se dirigiram à reunião do diretório municipal na segunda-feira à noite. E o clima que se esperava exaltado, com discursos apaixonados contra e à favor a manutenção da aliança com o chefe do Executivo Municipal, acabou arrefecendo. Pelo menos temporariamente.
Vou não vou
Apesar do tom cauteloso de Jaques Wagner com relação à administração municipal, foi uma postura considerada “vacilante” por parte do deputado federal Nelson Pelegrino durante o encontro de segunda-feira o que segurou a legenda no governo municipal. Provavelmente influenciado também pelas ponderações do governador, Pelegrino fez discurso igualmente refletido chamando a atenção para o risco de o PT sair da administração isolado e desunido internamente, quadro impensável para que assuma, por exemplo, a candidatura da sigla a prefeito.
“Felomenal”
Raimundo Varela deixou de ser a única vedete da televisão no mundo político. O repórter Zé Bim, do programa Se Liga Bocão, para tirar o sono do apresentador Zé Eduardo, também está na alça de mira de muitos partidos baianos. Como alvo de propostas que vão de uma simples candidatura a vereador até à condição de candidato a vice em chapas majoritárias.
Associação Comercial
Cerca de mil empresários, sócios da Associação Comercial da Bahia, vão às urnas amanhã, no período das 9h às 18 horas, para eleger a diretoria, o conselho superior e a comissão de contas da secular entidade para o biênio 2007/2009. A única chapa inscrita é liderada pelo empresário Eduardo Morais de Castro, da firma Morais de Castro & Cia, que opera na importação e exportação de produtos químicos e petroquímicos, com quase 50 anos de atividade. Ele substituirá a empresária do ramo de óticas, Lise Weckerle, a primeira mulher a presidir a instituição nos seus 196 anos de fundação. Dentre outros, compõem a chapa, como vice-presidentes, os sócios Hilton de Moraes Lima, João Lopes de Araújo, Marcos de Meirelles Fonseca, Nelson Teixeira Brandão e Renato Augusto Novis. A solenidade de posse acontecerá no dia 16 de julho, às 18 horas.
Infância
O procurador-geral de Justiça, Lidivaldo Britto, assinou ontem um acordo de cooperação com a delegada Regional do Trabalho substituta, Norma Nascimento, e a procuradora-chefe substituta do Ministério Público do Trabalho, Adélia Marelin, por meio do qual pretende desenvolver a atividade de prevenção e repressão à exploração de crianças e adolescentes, realizando também um trabalho de conscientização e sensibilização da comunidade, para que sejam melhor elaboradas estratégias de enfrentamento ao trabalho infantil e proteção ao trabalho adolescente.
Sutilmente
Com seu principal líder apontado como nome preferencial do PMDB para uma eventual candidatura a vice na chapa de João Henrique, a tendência do deputado federal Walter Pinheiro, maior estrela da Democracia Socialista (DS), adotou postura low profile na reunião da última segunda em que o PT discutiu o desembarque da administração municipal. A ponto de ser vítima de comparações às avessas com o caso Luizianne Lins, a prefeita petista de Fortaleza que se elegeu contra a v ontade dos principais líderes de seu partido.
Por um triz
Por um triz, a Articulação de Esquerda, corrente do presidente do PT, Marcelino Galo, não decidiu pôr em votação a proposta de sair do governo João Henrique na reunião da última segunda-feira. Por um triz, não, apenas por considerar o recuo de Nelson Pelegrino e buscar preservar a unidade interna da legenda, corrigiu ontem privilegiada fonte petista, convicta de que, se o tema fosse votado, fatalmente a tese da debandada teria vencido.
CURTAS
* Unidade - Evitada no encontro de segunda-feira, a votação sobre a proposta de sair do governo João Henrique será levada a efeito no próximo encontro do diretório municipal do partido para decidir o tema, marcado para o dia 26, data em que setores do partido já esperam ter amadurecido o suficiente o debate interno para conseguir uma posição coesa da legenda, qualquer que seja ela. * Auto-ultimato - Na reunião do diretório municipal do PT na segunda-feira passada, o secretário municipal de Saúde, Luís Eugênio, uma das duas indicações da legenda ao governo de João Henrique, avisou em discurso que, doa a quem doer, sua permanência na administração não passa desta sexta-feira. Sob pena de amargar uma verdadeira desmoralização. . * Ironia - Sob orientação ou não do seu chefe maior, o prefeito João Henrique (PDT), o secretário municipal da Fazenda, Oscimar Torres, fez grandes estragos ontem nas figuras do seu colega da Saúde, Luis Eugênio, e de seu antecessor na pasta, Reub Celestino, mas não deve ficar impune. Estaria exatamente na Ebal, órgão estadual da cota do PMDB e atualmente comandado por Celestino, o nome a respeito do qual se fala muito para substituir Torres. * Efeito - Embora com peso relativamente pequeno nas discussões sobre a saída do governo João Henrique, prefeitos petistas também influenciaram na decisão de segunda-feira, ao deixar claro que o rompimento da aliança poderá comprometer composições estratégicas em outros municípios de interesse do PT. * Roupa suja - Considerado o grande vitorioso do primeiro round da briga com o PT, João Henrique precisa botar as barbas de molho apenas com relação ao documento que o partido prepara para discutir a repactuação de sua relação com o governo municipal. Gurpos mais afoitos da legenda defendem que o texto traga a público os motivos das críticas que a legenda faz à atual administração, a exemplo dos recursos destinados pela gestão atual a áreas como Saúde e Educação. * A polêmica ... - A polêmica das placas foi o tema dominante ontem na cidade. A Prefeitura de Salvador, através da Sucom, citou a empresa Linhares de Outdoor, para que providenciasse a imediata retirada de dez placas publicitárias em pontos da cidade, divulgando a “Revista Metrópole”, do apresentador Mário Kertèsz. A razão seria uma foto estampada na capa da revista com uma figura muito parecida com o prefeito João Henrique usando uma caracterização de palhaço. O prefeito não gostou e sua área de comunicação embarcou na tese de mandar tirar o outdoor. * ...das placas - A decisão acabou dando ao radialista uma mídia inesperada. A curiosidade pela revista cresceu e agora todo mundo quer saber o que tem nela. Na esfera municipal, a ordem foi silenciar e fazer de conta que a iniciativa foi da empresa que tem a concessão para exploração das placas. A empresa, que é concessionária pública, não quis falar sobre o assunto. O caso promete render até porque os dois lados se julgam ofendidos.

Lula defende irmão e ataca a Polícia Federal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender ontem o irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, e diz não acreditar em seu envolvimento na máfia dos caça-níqueis: “Não acredito que Vavá seja lobista porque ele está mais para ingênuo do que para lobista”, afirmou. Vavá foi indiciado na segunda-feira acusado por tráfico de influência no Executivo e exploração de prestígio no Judiciário, segundo informações da PF. “Conheço-o há 61 anos e duvido que ele tenha feito algo”, disse. E afirmou sobre o irmão que “num cardume de pintados, o Vavá parece um lambari nessa história”, disse. “Qual é a vantagem? É que é um lambari especial porque é irmão do presidente da República.” Segundo ele, não há intermediários fazendo lobby para empresários: “Quando esses caras querem fazer negócio, procuram direto o ministro”. Lula voltou a defender o trabalho da PF nas investigações e diz que não há favorecimento: “Todos os meus irmãos sabem o comportamento. Não existe favor a irmão, amigo ou adversário”. Lula também falou sobre o outro irmão, José Ferreira da Silva, o Frei Chico, que teria ligado para prevenir Vavá, de acordo com a Polícia Federal. Lula disse que não tem controle sobre seus dois irmãos, até porque eles são mais velhos que ele. “Eles é que deveriam ter controle sobre mim porque são mais velhos do que eu. E é assim que ocorre no Nordeste. Os irmãos mais velhos cuidam dos mais novos”, afirmou. Apesar da defesa que fez dos irmãos, Lula disse que se eles erraram, devem pagar por isso. “A lei é para todos”, afirmou, mas emendou: “Se o Vavá foi a algum Ministério e entregou um papel, duvido que tenha conseguido fazer um lobby na vida. Pois o conheço há 61 anos. Duvido que ele tenha feito algum lobby no governo”, afirmou. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou duramente o papel da Polícia Federal na divulgação de processos que correm sob sigilo. “Estou vivendo um momento de reflexão, porque temos uma escuta telefônica que faz parte de um processo, que deveria ser sigiloso. Ao delegado (da PF) cabe investigar e não ficar passando informação para a imprensa”, criticou. Segundo o presidente, a Polícia Federal “é uma instituição que tem um poder enorme e, por essa razão, sua responsabilidade aumenta, e destacou que não é possível que eventuais problemas internos da instituição possam servir de instrumento para a divulgação de processos sigilosos”.
Greve de professores acirra clima político
Nos últimos dias, a greve dos professores repercutiu politicamente mais ainda, principalmente com os boatos da ameaça de prisão do presidente da APLB, Rui Oliveira, e a preocupação com a possível perda do ano letivo por parte dos alunos. O diretor da APLB, Joel Câmara, estranha a situação. “Nem os governos passados agiram dessa forma. Como voltar, se a greve existe justamente porque o governo não quis negociar?”. Já o secretário de Educação, Adeum Sauer, acusa que foram os sindicalistas que abandonaram as negociações. Ontem, através de sua assessoria, ele negou as acusações de que o governo tenha ameaçado de prisão o presidente do sindicato, Rui Oliveira. Na Assembléia Legislativa, João Carlos Bacelar (PTN) disse: “Estranhamos a posição do governador Jaques Wagner, um sindicalista que teve a APLB como aliada, e agora nega um aumento justo e não recebe os representantes dos professores”. Já Zé das Virgens, líder da bancada do PT, cauteloso, advertiu que houve precipitação do sindicato em se afastar da mesa de negociação.
Fonte: Tribuna da Bahia

Geddel diz que transposição é decisão tomada

“A igreja não governa”
O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (BA), disse ontem que a obra de transposição do Rio São Francisco é uma “decisão política do governo” e que, por isso, não adianta alguma ala da Igreja Católica e movimentos sociais contrários quererem a sua paralisação, porque não estão “legitimados para governar”. Segundo Geddel, manifestações contrárias à obra, como a greve de fome feita pelo bispo de Barra (BA), frei Luiz Cappio, há quase dois anos, não terão efeito. O ministro disse que os críticos devem entender que a delegação para a obra é do governo e que eles poderão apenas “melhorar o projeto”. Ele afirmou que as críticas à transposição ocorrem por “ignorância e falta de entendimento” sobre o projeto. “Quem está legitimado para governar é quem, nas praças públicas, nas universidades, conseguiu a delegação popular para governar. Esse foi o presidente Lula, que me convocou para, com a sua delegação, pôr em prática a obra, dialogando e aberto para críticas, mas ciente de que nós vamos fazer a obra.” Geddel começou ontem, por Minas Gerais, uma “caravana” da nascente à foz do São Francisco. Ele partiu com a disposição de tentar mostrar aos que se opõem à transposição nos Estados por onde passa o rio (MG, BA, SE, AL e PE) que não há nenhum dano a esses territórios e que as exigências que fazem sobre a necessária revitalização já acontece. Ele disse que está disponibilizado R$ 1,3 bilhão para obras de revitalização até 2010. Muitas dessas obras, disse, já estão em curso nos cinco Estados e outras ainda dependem de projetos enviados por prefeituras. São obras na área de saneamento e recomposição de matas ciliares, principalmente. O valor representa 26% do total orçado para a transposição (cerca de R$ 5 bilhões). É também com esse argumento econômico que ele vai tentar acalmar os líderes políticos dos Estados críticos à obra, como o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), com quem Geddel se reuniria à noite. “Recebi de forma expressa do presidente Lula a ordem para dizer que ele garante que recursos não vão faltar para a revitalização, desde que haja projetos.” Ambientalistas mineiros seguem se opondo. Durante a entrevista que concedeu em um hotel em Belo Horizonte, integrantes de uma ONG contestaram a obra. Do lado de fora, dez faixas foram estendidas, sendo oito sem assinatura. Algumas faziam referência a eventuais casos de corrupção, citando a Gautama, empreiteira sob investigação da Polícia Federal. “Operação Navalha ainda não cortou a transposição, mas cortará”, dizia uma delas.
Ministro anuncia as obras
O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, anunciou, ontem, a liberação de cerca de R$ 142 milhões para serem aplicados em diversas obras que vão contribuir para a revitalização do Rio São Francisco. Os recursos vão beneficiar os municípios de Bombuí e região, Lagoa da Prata e São Roque de Minas, todos em Minas Gerais. Eles serão aplicados na recuperação da mata ciliar, assorea-mento do Rio, contenção de encostas, educação ambiental, além de saneamento. As verbas vão ser aplicadas também no programa SOS São Francisco e o Parque Nacional Serra da Canastra. Hoje à tarde, Geddel estará em Bom Jesus da Lapa, onde deverá divulgar as ações do governo federal nos municípios baianos banhados pelo Velho Chico e os respectivos valores discriminadamente. O programa de visitas do ministro ontem começou por volta das seis horas da manhã. Ele esteve inicialmente em Bombuí, onde foi recepcionado por lideranças políticas e populares. De lá seguiu de helicóptero, para São Roque, na nascente do São Francisco, na Serra da Canastra, e à tarde voltou a dar novas explicações sobre a proposta de transposição do rio, em Pirapora, ainda em Minas. No município, Geddel foi alvo de uma pequena manifestação contrária ao projeto do governo federal na entrada do hotel em que ficou hospedado. Hoje, o ministro faz uma viagem no barco Benjamim Guimarães, de Pirapora a Barra do Guaicuí. (Janio Lopo - Editor de Política)
Decisão do PT “acalma” coalizão
A decisão do Partido dos Trabalhadores (PT) de, pelo menos por enquanto, permanecer na base de apoio ao prefeito João Henrique, embora tenha dividido correntes petistas soou como música aos ouvidos das principais legendas de coalizão. O PSB, que se mostrou insatisfeito pela forma unilateral em que o PT estava agindo, é só sorrisos. Assim como o PCdoB, que já descartou até mesmo a possibilidade de candidatura própria em prol da repactuação com a administração municipal. Quanto ao PMDB, partido considerado hoje, pelo seu crescimento, como grande promessa das próximas eleições, está em clima de festa para receber o seu mais novo filiado, o prefeito, que, na próxima segunda-feira oficialmente veste a camisa do time peemedebista. Esta foi a decisão mais acertada, conforme o deputado estadual socialista Capitão Tadeu (PSB). “Este não é um momento de rompimento, mas sim de se unir forças. Portanto, o PT não poderia agir sozinho e abandonar o bloco que elegeu João Henrique. A hora é de se corrigir os rumos da prefeitura, de se repensar uma forma de atuação e recuperar a simpatia popular”, enfatizou. A deputada federal Lídice da Mata (PSB), inclusive, já havia, demonstrado sua preocupação com os riscos de uma ruptura unilateral por parte do PT. Para o comunista Javier Alfaya (PCdoB), a aposta é na unidade de forças que sustenta os governos Jaques Wagner e João Henrique. Na sua opinião, a princípio esta coligação é que deve sustentar a disputa das eleições de 2008. “E assim como o PT, continuamos com o prefeito”, destacou. A possibilidade de candidatura própria só se justifica, conforme Javier, “se nós aplicarmos em Salvador a política nacional de lançarmos o máximo de candidatos, onde houver dois turnos”. O presidente regional do PMDB, Lúcio Vieira Lima, por sua vez, avalia a atitude como “bastante madura”, já que, segundo ele, o partido faz parte do governo e não tinha nenhuma razão explícita para “abandonar o barco”. “Agora é partir para a conversa e se colocar em prática a repactuação das alianças e metas para a administração municipal”, enfatizou. O próprio líder do PT na Assembléia Legislativa, Zé das Virgens, afirmou que “para mim, quem faz aliança tem que seguir até o fim”. Já o oposicionista João Carlos Bacelar (PTN) disse que “tomara que não seja uma atitude que fira a ética, apenas para se manter no poder, preservar os cargos na administração e depois abandonar e lançar candidato”. No próximo dia 27, o diretório municipal se reúne novamente quando será decidido o rumo. (Fernanda Chagas)
Relator da CPI vê um novo apagão aéreo
O relator da CPI do Apagão Aéreo da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), vai recomendar ao governo federal o aumento no repasse de recursos para obras de infra-estrutura nos principais aeroportos do país. Maia vai incluir a recomendação no relatório final da CPI por considerar que, sem mudanças na estrutura aeroportuária, os brasileiros serão vítimas de um novo “apagão” no setor aéreo. “Se não tivermos a infra-estrutura necessária, teremos um apagão no setor. Não significa que os investimentos não foram adequados. Mas é necessário fazer novos investimentos nessa área. O papel da CPI é propor sugestões”, disse. Em depoimento à CPI, ontem, o brigadeiro José Carlos Pereira, presidente da Infraero, admitiu que um “apagão” pode atingir o transporte aéreo de cargas nos próximos três anos se não forem realizados investimentos no setor. Pereira disse, no entanto, que o governo prevê investimentos até 2008 que vão impedir uma crise no transporte aéreo de cargas até 2015.
Fonte: Tribuna da Bahia

Acordo extingue cartel em Ribeira do Pombal

Para extinguir o cartel do “gás de cozinha” em Ribeira do Pombal (a 256 km de Salvador), o Ministério Público estadual firmou um acordo com as empresas revendedoras de gás liqüefeito de petróleo (GLP) do município, estabelecendo que os preços cobrados pelo botijão de 13 kg poderão variar até o limite de 18,5% sobre o valor da aquisição do produto junto às distribuidoras. Até então, a margem de lucro média – denunciada em uma ação civil pública em dezembro – chegava a 33,33%, e os preços de revenda praticados pelas empresas eram basicamente os mesmos.
Em resposta à ação do MP, o juiz Antônio Fernando de Oliveira, da Vara Cível de Ribeira de Pombal, acatou, também em dezembro, pedido de liminar para extinção do cartel na cidade, mas os revendedores José Ailton do Nascimento, Lourivaldo Fiel de Almeira Júnior, Nadilma Santos da Silva, José Rivaldo de Santana e a empresa Serrinha Comércio de Gás Ltda descumpriram a decisão da Justiça, e agora terão que pagar multa no valor de seis salários mínimos.
As revendedoras que descumprirem o acordo pagarão multa de R$ 300 por dia. Já os 30 salários mínimos da multa aplicada às empresas por não cumprirem, por cinco meses, a decisão da Justiça, serão revertidos em favor de três entidades assistenciais do município: o Projeto Cruzeiro, o Projeto João de Barro e a Casa do Menor Aprendiz.
*Com informações do MP/BA.
Fonte: iBahia.com

Problemas nos pés podem sinalizar doenças graves

Adriana Jacob
Sapatos apertados, saltos altos, tênis impróprios. Quase ninguém se lembra de como trata os próprios pés em meio às preocupações cotidianas. Normalmente, os membros inferiores só são lembrados quando dão sinais dolorosos de que algo vai mal. Calos, joanetes, unhas encravadas, inflamações e até problemas de coluna podem ser sinais de que não apenas os pés, mas partes importantes do corpo estão com problemas.
“Uma simples rachadura no pé pode ser a porta de entrada para qualquer microorganismo, um sinal de falha no sistema imunológico”, alerta a fisioterapeuta Inês Oliveira. Muitos desses sintomas entretanto, acabam passando despercebidos. “Existe uma preocupação tão grande com o rosto, o cabelo, a aparência, que as pessoas esquecem de olhar e de cuidar dos pés, apesar deles serem tão importantes, afinal são a nossa base”, afirma Inês, que é especialista em massoterapia.
Hábitos como o uso de salto alto e de sapatos com bico fino por períodos prolongados, por exemplo, podem trazer conseqüências para todo o corpo. “O uso de calçados inadequados provoca uma alteração biomecânica, causando problemas na coluna, porque você muda seu centro de gravidade”, explica a fisioterapeuta. Ela explica que, para compensar a mudança de postura exigida pelo salto, a coluna acaba tendo que se adaptar.
Um mecanismo que começa com uma maior pressão no antepé e o encurtamento do tendão de aquiles. Através das cadeias musculares, esse desvio alcança a coluna e chega até mesmo à boca. “É possível observar uma alteração anatômica que atinge desde a base até o crânio da pessoa”, acrescenta Inês.
Entre os males associados a um simples calçado inadequado estão inflamações da musculatura do pé, encurtamento muscular e formação de calos. Em casos como o do salto alto, vale ressaltar que o grande problema não é o uso esporádico, mas a utilização contínua e por tempo prolongado desse tipo de calçado.
Até mesmo decisões aparentemente simples, como que meia usar e o tipo de tênis para cada situação, podem fazer a diferença para a saúde dos pés. Para quem trabalha em canteiros de obras, o uso de uma meia inadequada vai propiciar a formação de suor e de um ambiente úmido, escuro e aquecido, que pode atrair microorganismos prejudiciais à saúde.
Podologia - O tratamento, em grande parte dos casos, pode ser feito por um podólogo, profissional especializado no cuidado com os membros inferiores. “O podólogo vai determinar o tratamento mais adequado para cada caso e tratá-lo, com material totalmente esterilizado, dos calos e unhas encravadas”, explica a fisioterapeuta, que é uma das sócias do Bamboo Podologia e Bem Estar, centro localizado no Salvador Shopping, que oferece a modalidade como um de seus principais serviços, além de mimos como o ofurô e spa para os pés.
A massoterapia também pode ser associada ao cuidado com os membros inferiores, com reflexos positivos para o equilíbrio de todo o corpo. A reflexologia podal, técnica de massagem para os pés que observa a ligação de cada ponto do membro inferior com órgãos do corpo, é uma das modalidades de tratamento que contribuem para a saúde dos pés e para o bem-estar do organismo. “A massagem faz com que a pessoa desenvolva uma consciência corporal grande, para que ela perceba o que não está bem em seu corpo, em sua postura, e possa bloquear esse estímulo”, completa Inês.
Fonte: Correio da Bahia

Máquinas caça-níqueis operam livremente por toda a cidade

Operação da PF traz à tona situação preocupante do jogo na Bahia


Carmen Azevêdo
A Operação Xeque-Mate da Polícia Federal, que investiga crimes de contrabando, corrupção e tráfico de drogas ligados às máquinas caça-níqueis, trouxe à tona uma realidade disseminada na Bahia – que é, no mínimo, preocupante. Os equipamentos estão espalhados por toda a capital baiana, apesar da existência de áreas de concentração como a Rua Carlos Gomes, no centro, ou nas imediações da Praça Dois de Julho, no Campo Grande. Mesmo que separadas por tapumes de madeira para que se tornem invisíveis para quem transita pela rua, basta adentrar as lotéricas da Paratodos: são mais de dez caça-níqueis em cada uma delas disponíveis aos jogadores.
Em um dos estabelecimentos visitados pela reportagem, na Rua Carlos Gomes, as máquinas enchem os olhos daqueles que apostam todas as suas economias no jogo. “Se eu tiver dinheiro no bolso, jogo todos os dias”, diz veementemente um motorista de ônibus de 37 anos que prefere não ser identificado. “Antes de me aposentar, eu nem sabia o que era isso. Mas depois, venho todos os dias. Hoje mesmo trouxe R$700 para apostar”, afirmou, mostrando o montante na carteira de dinheiro.
O jogador contou também que o prejuízo já chega a R$30 mil se for somar as perdas diárias desde que iniciou as apostas. “Mas não deixo de pagar minhas dívidas por causa do jogo. Pago minhas contas primeiro, depois aposto”. Já a aposentada Ivete Magalhães da Silva, 62 anos, diz que, apesar de não ser viciada, aproveita para jogar quando passa próximo ao local. Mas arrisca montantes bem menos vultosos. “Só jogo R$10, R$15 por dia. Essas máquinas são enganação”, dispara.
Boato - Em outro estabelecimento, localizado na Avenida Sete de Setembro, uma das funcionárias informou que, há cerca de um mês, os jogadores ficaram decepcionados ao encontrarem o local sem os equipamentos. As máquinas foram retiradas devido a boatos de que haveria apreensão. “Mas nós não nos intrometemos nisso. É a fabricante que recolhe as máquinas para não ter prejuízos. Um mês depois ela colocou os equipamentos de volta”, esclareceu.
Segundo o proprietário de uma lotérica popular localizada no Politeama, que também não quis ser identificado, cada estabelecimento ganha 25% sobre os valores arrecadados com as máquinas caça-níqueis. “É um contrato padrão. A proprietária fica com 75% e a lotérica, com o restante”, define. Ele disse ainda que as operações da Polícia Federal no Brasil têm afastado antigos jogadores das casas. “O faturamento caiu muito, as pessoas ficam com medo de jogar. Esta semana, mesmo, tive R$800 de prejuízo”, acrescentou.
A proprietária das máquinas – que, segundo funcionários de lotéricas populares, é exclusiva no fornecimento dos caça-níqueis na cidade –, é a O.M. Recreativa. A reportagem tentou contato com a empresa, mas não obteve retorno.
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LEGISLAÇÃO
Em termos de legislação sobre máquinas caça-níqueis, a produção de Salvador tem sido escassa. Ao contrário de outros municípios do estado, como Feira de Santana, a Câmara de Vereadores não tem projetos sobre o tema aprovados nem tramitando. Em Feira, o vereador Roberto Tourinho propôs, desde o final de 2005, um projeto de lei que suspende o alvará de licença de funcionamento de estabelecimentos que contenham máquinas caça-níqueis. “Em Feira de Santana, devem existir cinco mil máquinas dessas, em estabelecimentos próximos às escolas. Isso contribui para a evasão escolar”, justifica.
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Equipamentos têm produtos contrabandeados
Os caça-níqueis podem conter componentes que não são produzidos no Brasil e a importação é proibida por lei. O inciso III do art. 209 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal define que as máquinas de caça-níqueis, ou outras programadas para os jogos de azar, procedentes do exterior, devem ser apreendidas. O disposto se aplica também para peças e acessórios importados, cujo destino seja comprovadamente para composição dos equipamentos.
A operação Coringa, realizada pela Polícia Federal em 2004, se baseou nos resultados de cinco meses de investigações e apreendeu 64 máquinas de jogos, dentre caça-níqueis e vídeo-pôquer. A Delegacia de Prevenção e Repressão a Crimes Fazendários (Delefaz/SR/BA) determinou a operação para coibir os crimes de contrabando, crime contra a economia popular, formação de quadrilha, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro e contravenção penal.
À época, quatro mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo juiz federal Alexandre Buck Medrado Sampaio, da 2a Vara da Seção Judiciária da Bahia. Eles foram cumpridos nas sedes das empresas, em Salvador e Lauro de Freitas, além das residências dos dois sócios. Entre as empresas que participavam da operação, estavam Jockey Apostas de Corridas de Cavalo Ltda., Loc Machiness Representações e Locações de Equipamentos Ltda., Work Team Importação Exportação e Comércio Ltda., Nova Bingo Locação de Aparelhos Ltda., Fanomaq Ind. e Com. de Máquinas Eletro-Mecânica Ltda.
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Divergências na Justiça
Mas se o Artigo 50º da Lei de Contravenções Penais inclui a exploração de jogos de azar em local público ou acessível às pessoas, o que explica tantas máquinas espalhadas não só na capital baiana, mas nos demais municípios do estado e outras metrópoles brasileiras? Segundo juristas e sites especializados, a classificação das máquinas caça-níqueis como contravenção penal é matéria polêmica. Algumas decisões judiciais consideram a atividade como ilícita por constituir jogo de azar (aquele em que o ganho ou perda depende exclusiva ou principalmente da sorte do apostador ou jogador).
Contrárias a elas, no entanto, estão as decisões que dispensam a busca e apreensão dessas máquinas, por considerarem a atividade similar à dos bingos ou outros tipos, descritos no art.195, III, da Constituição Federal. Neste caso, só é considerado crime contra a “economia popular” se for constatada adulteração no hardware ou software com vantagem ilícita para uma das partes. Como a Justiça diverge nas decisões, para que as máquinas sejam objeto de busca e apreensão, é necessário que um magistrado conceda a liminar autorizando a ação.
“O que não justifica a corrupção de juízes na concessão de liminares, como aconteceu na Operação Furacão. A decisão depende da compreensão do juiz, existe muita discussão jurídica acerca do tema”, ressaltou o presidente da Associação dos Magistrados da Bahia (Amab), Rolemberg Costa. Para ele, o que solucionaria o problema em definitivo é a uniformização do tratamento jurídico dado ao assunto.
Uma das conseqüências dessas liminares que favorecem a exploração de caça-níqueis é o fato de que a Polícia Federal na Bahia já não realiza operações de busca e apreensão desde o ano de 2004. “Como os juízes sempre concediam liminares a favor da exploração das máquinas, não houve mais nenhuma operação”, informou a assessoria de imprensa do órgão.
A ausência de operações está aliada ao contexto obscuro da responsabilidade da investigação. A Polícia Federal de Mato Grosso do Sul, que lidera a operação Xeque-Mate no Brasil, afirmou que cabe à Secretaria de Segurança Pública dos estados, mais especificamente à Polícia Civil, realizar investigações sobre o que envolve a exploração das máquinas e explicou que a PF só está apurando os equipamentos por estarem associados a outras perícias que envolvem tráfico de drogas, contrabando e corrupção.
Por sua vez, a Secretaria de Segurança Pública também se exime do papel. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, a isenção de responsabilidade se baseia no art. 144, parágrafo 1o, inciso I, da Constituição Federal, que estabelece os crimes que devem ser averiguados pela PF, além do regimento interno da corporação. Ainda de acordo com a assessoria, cabe à PF investigar os crimes que tenham disseminação por todo o território nacional, e a exploração desses equipamentos é um deles.
Enquanto continua o impasse entre as polícias, o Ministério Público do Estado (MPE/BA) tem encabeçado investigações sobre a exploração das máquinas no interior da Bahia. Sobre as averiguações em Salvador, no entanto, a reportagem tentou obter informações com o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco), Paulo Gomes, mas não obteve retorno.
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Interdição em outros municípios
Em alguns municípios baianos, como Ilhéus, a Justiça tem partido do pressuposto de que as casas de bingos e demais jogos de azar não tem autorização do poder público para funcionar. Com base no parecer da procuradora da República, Fernanda, Oliveira e do advogado da União Carlos Manoel Pereira Silva, a Justiça Federal determinou interdição do bingo permanente Moacir Sérgio Assunção ME e a indisponibilidade das máquinas caça-níqueis.
“O cidadão comum, que imagina que esses jogos são submetidos a controle e fiscalização do poder público, não sabe que se trata de máquinas programadas para não perder, cuja aleatoriedade dos sorteios é uma farsa, vale dizer: são programadas para devorar a escassa poupança popular, destruindo lares e abrindo as portas do crime”, afirmou a procuradora, segundo consta em documento encaminhado pelo MPF/BA. A decisão, datada do último dia 21, acolhe parcialmente pedido liminar do Ministério Público Federal (MPF) em Ilhéus e da Advocacia Geral da União (AGU) por meio de ação civil pública proposta à Justiça em 4 de maio.
No dia 25 de maio, agentes da Delegacia de Polícia Federal no município apoiaram a ação de oficiais de Justiça que interditaram um estabelecimento de exploração do jogo de azar eletrônico. Cumprindo um mandado de interdição, expedido pela Justiça Federal, foi fechada a casa denominada Bingo Sports, no centro da cidade, onde foram encontradas máquinas caça-níqueis.
No município de Pau Brasil, a 551km de Salvador, em uma operação conjunta realizada no último dia 24 pelo MPE/BA, polícias Civil e Militar, foram apreendidas 21 máquinas caça-níqueis. Segundo o promotor de Justiça Alexandre Lamas da Costa, a operação foi desencadeada depois que chegaram ao Ministério Público notícias sobre a exploração de jogos de azar no município. De acordo com ele, termos circunstanciados foram lavrados na delegacia local contra as pessoas que detinham as máquinas, mas ninguém foi preso considerando que esse tipo de contravenção penal é de menor potencial ofensivo.
Euclides da Cunha, a 315km de Salvador, também sediou operações na segunda quinzena de maio, quando foram apreendidos 88 equipamentos em estabelecimentos comerciais. Os representantes do Ministério Público no município consideram que a exploração das máquinas caça-níqueis em estabelecimentos comerciais, ou em qualquer outro lugar acessível ao público, vem “servindo apenas para o enriquecimento ilícito de grupos de pessoas, as custas do desenfreado vício que toma conta das aposentadorias dos idosos, dos parcos salários dos chefes de família e da projeção ilusória de ganho fácil incutida na cabeça dos adolescentes.”
Em Porto Seguro, a Delegacia de Polícia Federal e o Ministério Público do Estado desencadearam uma ação conjunta no dia 2 de maio, na região sul da Bahia. Policiais federais cumpriram um mandado de busca e apreensão expedido contra diversas casas de bingos localizadas no município. O resultado foi a apreensão de R$9.945 em espécie e 55 máquinas eletrônicas.
Fonte: Correio da Bahia

Operação navalha rubro-negra

Por: Helio Fernandes

Marcio Braga contra o patrimônio do Flamengo
Prezado Conselheiro Rubro-NegroNós, Conselheiros, estamos sendo induzidos a aprovar uma das maiores negociatas envolvendo o patrimônio do Clube: a entrega de 27.000 m2 de terreno da Gávea, por 50 anos, para exploração de um shopping center. Assim como a Nepente, uma planta que exala um agradável perfume para atrair insetos e comê-los, os Homens de Negócio do Flamengo, que querem negociar parte de nosso patrimônio na Gávea para construção de um shopping center, exalam, com oportunismo, o perfume do projeto de Revitalização da Gávea. Afinal, quem seria contra a revitalização da Gávea?
Conselheiro, este perfume está repleto de mentiras e omissões montadas pelos Srs. Marcio Braga, Artur Rocha, Gilberto Cardoso e Veiga Brito, os Homens de Negócio do Flamengo. Assim, vejamos:
1. Como já era de seu conhecimento, desde 1995 tentam usurpar essa área do Flamengo para construir um shopping center. Na época, irresponsavelmente receberam adiantamentos. O shopping center não foi construído e foi gerada uma dívida cujo valor atinge algumas dezenas de milhões de reais e que culminou no Processo nº 2002.001.075410-9, na 6ª Vara Cível, a ação movida pelo Consórcio Pinto de Almeida-Multishopping contra o Flamengo.
2. Os Homens de Negócio do Flamengo reativaram a idéia da construção do shopping center alegando ser a única fonte de recursos para revitalizar a Gávea. Não é verdade. Um trabalho sério e idôneo viabiliza um estádio para 35.000 pessoas.
3. Os Homens de Negócio do Flamengo querem fazer a licitação por "carta-convite" porque uma "Licitação Pública sob a Modalidade de Concorrência" e de forma transparente põe em risco o plano articulado por eles.
4. O objetivo dos Homens de Negócio do Flamengo é ter como vencedora da licitação as autoras da ação acima referida.
5. Após eloqüente discurso, Marcio Braga, se dizendo detentor de Fé Pública, afirmou repetidamente que o projeto consistia de um estádio para 30.000 pessoas com lojas. Nunca um shopping center. Mentiu.
6. No Processo nº 02/270.078/05 em que a Secretaria Municipal de Urbanismo aprovou o projeto do Flamengo, todos os despachos tratam o projeto como "um shopping center e um estádio". Os Homens de Negócio do Flamengo tinham conhecimento dos despachos. Conclusão: mentiram aos Conselheiros. (Marcio Braga mais uma vez mentiu.)
7. O despacho de 27 de dezembro de 2005, do então Secretário de Urbanismo Alfredo Sirkis, transcreve claramente: "Em 02/12/05 foi formalizado pedido de licença para obras de modificação com acréscimos, do Clube e de construção de uma nova edificação que abrigará o estádio de futebol e um shopping center".
Os Homens de Negócio do Flamengo tinham conhecimento deste parecer. Conclusão: mentiram aos Conselheiros.
8. O processo nº 03/005.302/2005 de 16 de dezembro de 2005 da Secretaria Municipal de Transporte, através da Companhia de Engenharia de Tráfego - CET RIO em seu parecer de 11 de janeiro de 2006 dá a seguinte conclusão: "o projeto será dividido em 3 partes, a saber, estádio para 22.200 espectadores, um shopping incluindo cinemas para 2.664 lugares e um ginásio com capacidade para 3.780 espectadores".
Os Homens de Negócio do Flamengo tinham conhecimento deste parecer. Conclusão: mentiram aos Conselheiros.
9. Não bastassem tais fatos, os Homens de Negócio do Flamengo também sabiam que o projeto do shopping center possibilitaria uma receita de luvas superior a R$ 60 milhões e receitas de aluguéis das lojas e do estacionamento superior a outros R$ 40 milhões por ano ou R$ 400 milhões de reais em 10 anos. Essas informações foram propositadamente omitidas aos Conselheiros para que o grupo vencedor da licitação por carta-convite proponha uma doação de R$ 10 milhões ao Flamengo. Já sabemos que esse dinheiro virá de parte das receitas de luvas das lojas do shopping center do Flamengo.
10. O Sr. Artur Rocha afirmou publicamente que o Flamengo nada receberia de aluguéis do shopping center e do estacionamento. Apenas troca do terreno por obras. Marcio Braga sabia disso e omitiu dos Conselheiros. A pergunta que fica no ar: Por quê? Se, a coisa é boa para o Clube, porque mentem, omitem ou segregam informação aos Conselheiros?
11. Os Homens de Negócio do Flamengo compartilharam das muitas reuniões com o escritório de arquitetura que elaborou o projeto estádio-shopping center que é o mesmo da Pinto de Almeida. Ambos possuem seus endereços na Rua Miguel de Frias 77, Icaraí, Niterói. Coincidência, não?
12. Conselheiro, o projeto aprovado e cuja licença de obra expira em 28 de junho de 2007 é composto de um shopping center com 212 lojas, 12 cinemas, 1.617 vagas e 1 mini-estádio para 22.200 pessoas.
Conselheiro, um mini-estádio com essa capacidade é inviável. As despesas e custos de operação e de manutenção são altos e as rendas líquidas não justificam o Flamengo ceder, por 50 anos, 27.000 m2 de valiosíssima área na Gávea. Ademais, o Engenhão será mais uma opção para jogos que comportem até 45.000 espectadores.
Conselheiro, não podemos nos permitir cometer os erros irreparáveis como os feitos por outros Clubes. Não permita essa negociata com o patrimônio do Clube. Conselheiro, a Gávea é Nossa.
Esse manifesto denúncia foi elaborado pelo sócio proprietário e membro do Conselho Deliberativo, Paulo Cesar Ferreira, junto com dezenas de outros.
O Flamengo não é apenas um clube e sim uma instituição com ramificações no Brasil todo, por isso é chamado de Nação rubro-negra. Não pode ficar na mão de incompetentes-preguiçosos como Marcio Braga e alguns seguidores.
PS - Como repórter, sócio proprietário há mais tempo do que Marcio Braga tem de credibilidade e conselheiro desde não sei quando, publico o manifesto, solidário. E pedindo aos sócios e conselheiros que não entreguem o patrimônio e o destino do Flamengo a esse tabelião que jamais trabalhou na vida.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Delegados da PF contestam poder do STJ

BRASÍLIA - Numa reação da corporação, a Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol-Brasil) encaminhou ontem uma ação ao Supremo Tribunal Federal (STF) contestando o regimento interno do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que recentemente permitiu à ministra Eliana Calmon tomar providências como ouvir investigados da Operação Navalha e afastar do caso três delegados.
Também é questionada uma lei de 1990 que prevê as normas para tramitação de processos criminais no STJ e no STF. Se o pedido for aceito, há o risco de serem anulados os depoimentos prestados à ministra pelos investigados na Operação Navalha, que apura um esquema de fraudes em licitações públicas.
Segundo a Adepol, teria ocorrido uma usurpação de competência da Polícia Federal, o que pode comprometer a imparcialidade do processo. "A iniciativa de assunção das audiências de testemunhas e indiciados pelo magistrado na fase que antecede a instrução processual penal agride o devido processo legal na medida em que compromete o princípio da imparcialidade que lhe é típico, resultando em prova ilícita e usurpa a atribuição investigatória exclusiva de polícia judiciária da União, a cargo da Polícia Federal", sustenta a Adepol na ação direta de inconstitucionalidade (Adin) protocolada no STF.
A associação argumenta que supervisionar uma investigação não significa que o juiz pode presidir o inquérito sob pena de ser criado um "juiz inquisidor". A entidade pede que seja concedida uma liminar para suspender as partes do regimento do STJ e da lei que permitem atuações como a de Eliana Calmon no inquérito da Operação Navalha. Se no mérito o STF concluir que essas regras são inconstitucionais, podem até ser anulados os depoimentos tomados pela ministra.
De acordo com a Adepol, é necessária a concessão dessa liminar para evitar que ocorra uma ameaça à cidadania. "A aplicação desse ato normativo poderá acarretar conseqüências indesejadas em relação ao cidadão investigado que doravante poderá ser alvo de constrangimento ilegal por parte de atuação de magistrados, sem atribuição para presidir inquéritos policiais", alega a associação.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Justiça mantém pagamento de verba indenizatória

BRASÍLIA - O Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) deferiu ontem liminar que suspende a decisão da 3ª Vara da Justiça Federal, que havia determinado o fim do pagamento de verba indenizatória a deputados e senadores. A liminar atende a Advocacia-Geral da União (AGU), que por meio da Procuradoria-Geral da União (PGU), entrou com uma ação para garantir o pagamento da verba indenizatória aos parlamentares.
De acordo com nota divulgada pela assessoria de comunicação da AGU, a verba permite a atuação dos parlamentares, já que representa uma garantia ao desempenho das atividades nos estados de origem, o que fortalece o regime representativo.
Na decisão, a presidente do TRF-1, desembargadora federal Assusete Magalhães, reconheceu a presunção de legitimidade e de legalidade do ato da Câmara dos Deputados que instituiu a verba indenizatória há mais de seis anos. A presidente do TRF-1 acrescentou que a suspensão do pagamento da verba poderia causar grave lesão à ordem pública, em especial à ordem administrativa.
De acordo com a assessoria da Câmara dos Deputados, a verba indenizatória é um benefício de até R$ 15 mil, que pode ser usado em despesas de aluguel, manutenção de escritório, alimentação do parlamentar, serviços de consultoria e pesquisa, contratação de segurança, assinatura de publicações, de TV a cabo, internet, transporte e hospedagem do parlamentar e de seus assessores. O benefício é concedido mediante solicitação à Primeira-Secretaria da Mesa e comprovação das despesas por meio de notas fiscais.
Fonte: Tribuna da Imprensa

terça-feira, junho 12, 2007

JOGO DOS BODES: GOVERNO ARMA NOS BASTIDORES PARA QUE PF SE CONCENTRE EM VAVÁ E .

Por Por Jorge Serrão 12/06/2007 às 20:58
...Dario para a PF esquecer os outros do PT. O governo Lula da Silva patrocina o ?Jogo dos bodes expiatórios?. O maior temor da cúpula petista é com o vazamento de provas que mostrem as ligações perigosas dos deputados Antônio Palocci Filho, José Genoíno, Zeca do PT, Olívio Dutra, Waldomiro Diniz e Rogério Buratti, entre outros menos votados, com a máfia dos jogos.
12/06/07 A CPI dos Bingos recolheu indícios de problemas nos negócios entre os empresários de jogos e a Caixa Econômica Federal. Os bingos foram grandes doadores para campanhas eleitorais do PT. Em depoimento no inquérito da Operação Xeque-Mate, o delegado Marcelo Vargas Lopes, da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, ressaltou que a tolerância com o jogo naquele estado foi respaldada em lei estadual e na contratação de uma empresa feita pelo governo Zeca do PT, durante seu primeiro mandato (1999-2002). Com base na lei estadual do bingo, o governo petista contratou a Jana Promoções, do empresário Jamil Nami - cujo filho foi preso na Operação Xeque-Mate. Todo o esquema mafioso do jogo no Brasil era gerenciado fora do eixo Rio/São Paulo, para chamar menos atenção. Mas a jogada da jogatina levou um ?xeque-mate? da PF , a partir de informações obtidas com ajuda externa, de órgãos oficiais de inteligência e de investigadores privados dos EUA. Os norte-americanos suspeitavam que o esquema dos jogos produzia excedentes que ajudavam a financiar os tráficos de drogas e de armas, além de colaborar com esquemas de planejamento de ações terroristas e lavagem de dinheiro. Para tirar o foco das investigações sobre os petistas, o governo induz a PF a entrar no jogo da impunidade. A estratégia consiste em concentrar todos os problemas apenas nas costas do irmão Vavá e do homem de ?inteligência? do PT, Dario Morelli Filho. Os bodes expiatórios aliviariam a barra dos outros. Ontem, a PF deixou vazar a transcrição de uma escuta que fabrica um novo ?ator? para a conversa de Vavá com o tal ?Roberto? que tentou convencê-lo a procurar Lula. Na nova versão, o tal Roberto seria José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Lula. E não, como já se chegou a supor, o advogado e também compadre de Lula, Roberto Teixeira, um dos homens com maior trânsito no Palácio do Planalto. Para onde a PF aponta O diretor da PF, Paulo Lacerda, considera que a participação do compadre do presidente na quadrilha é maior do que se acreditava. Conforme as investigações, ele se valia de suas ligações com o PT e das amizades dentro do governo federal para blindar a quadrilha e ampliar os negócios. "Ele está envolvido até o pescoço com o chefe da organização". Na tese de Lacerda, Vavá seria um ?inocente útil nas mãos da quadrilha comandada por Dario Morelli Filho. Morelli era sócio do empresário Nilton Cezar Servo no esquema de exploração de máquinas caça-níqueis desmontado pela Operação Xeque-Mate. Outro ministro sob suspeita A Polícia Federal tem gravados pelo menos três telefonemas entre o lobista Sérgio Sá, peça estratégica no esquema do empreiteiro Zuleido Veras, e o ministro das Cidades, Márcio Fortes. O ex-presidente do PP, Pedro Corrêa, é acusado de traficar influência nas Cidades para liberar dinheiro à construtora Gautama. O ministro foi citado uma vez em relatório da Operação Navalha - que já derrubou Silas Rondeau (Minas e Energia). O teor dos diálogos, ainda mantidos em sigilo, revela intimidade entre os interlocutores. Operação Abafa O presidente do Conselho de Ética do Senado, Sibá Machado, considera ser desnecessário ouvir Cláudio Gontijo, lobista da Mendes Júnior, e a jornalista Mônica Veloso no processo contra o presidente da Casa, Renan Calheiros. Renan teria tido despesas pessoais pagas pelo lobista, que dava todo mês R$ 12 mil a Mônica, mãe de uma filha do senador. Renan jura que o dinheiro era dele, e não oriundo da construtora Mendes Júnior. Mortos Muito vivos Um dos expoentes do primeiro escalão do regime militar, o ex-ministro e ex-senador Jarbas Passarinho suspeita que estão muito vivos alguns guerrilheiros do Araguaia, 32 anos depois do fim do conflito entre o Exército e integrantes do PC do B. Segundo Passarinho, os mortos-vivos freqüentam todas as listas de desaparecidos políticos. Agora, os familiares deles entram no lucrativo esquema de pedido de indenização.
Email:: alertatotal.blogspot.com
Fonte; CMI Brasil

Raio Laser

Tribuna da Bahia e equipe
Novo round
Nem bem cicatrizaram as feridas decorrentes da grande disputa que envolveu a escolha de seu novo presidente, o DEM baiano já deve se meter em nova contenda, desta vez por conta da sucessão municipal do próximo ano. Com dois pré-candidatos praticamente definidos no partido e dois outros em legendas que tradicionalmente orbitaram em torno do PFL, a escolha do nome que os democratas vão apresentar à Prefeitura de Salvador não se avizinha nada fácil.
Candidatíssimo
Ouriçadíssimo para representar o DEM na sucessão do prefeito João Henrique, o deputado estadual João Carlos Bacelar já não esconde mais o interesse de entrar na disputa, apesar de pertencer ao PTN, um dos partidos que sempre fizeram parte da base de apoio de carlistas e soutistas na Bahia. E já começa lançando um desafio na direção do deputado federal José Carlos Aleluia (DEM), cujo trabalho para se tornar o candidato de todo o grupo se intensificou nos últimos dias.
Provocação
“O deputado José Carlos Aleluia é um nome respeitável, competente, que representa uma grande possibilidade de resolver os problemas de nossa cidade, mas o grupo precisa sair unido para esta disputa”, afirma Bacelar, mais insuflando do que buscando apaziguar os ânimos entre os políticos do DEM, para depois informar que tem interesse em colocar seu nome para apreciação do partido do senador ACM e do governador Paulo Souto.
Critérios
Segundo o parlamentar, entretanto, a sua participação no processo só se dará na medida em que forem definidos critérios claros para a escolha do candidato. Bacelar dá uma pista do que podem ser os elementos para escolher o candidato do grupo à sucessão do prefeito João Henrique. Uma avaliação de cenário, com a identificação dos nomes naturalmente mais fortes à disputa, além da definição da estrutura com que o partido vai contar, são pontos que defende. Ouvir os vereadores é outra sugestão sua.
Confusão
Até no DEM causaram confusão as declarações da ex-prefeita Lídice da Mata (PSB) criticando o anúncio do PT de que desembarcaria da administração municipal. Com nomes como o deputado federal José Carlos Aleluia, José Sérgio Gabrielli e João Carlos Bacelar como pré-candidatos, o partido só conseguia fazer uma interpretação: Lídice é candidata, mas ainda não quer entregar o jogo.
Primeiro...
Depois que Lídice da Mata (PSB) desferiu ontem o primeiro ataque ao PT por conta do anúncio de que o partido deve desembarcar da administração do prefeito João Henrique, a legenda deve colocar as barbas de molho, dizia ontem deputado com amplo trânsito nos partidos de centro-esquerda baianos. Para ele, foi apenas o começo de uma série de petardos que os petistas receberão se a tes e de deixar o governo municipal realmente prevalecer.
...de uma série
Depois do PSB de Lídice da Mata, com suas duras críticas ao anúncio da saída do PT do governo João Henrique (PDT), quem também deve sair em defesa do prefeito contra o partido do governador é o PC do B, cujo plano de indicar o candidato a vice numa eventual chapa da ex-prefeita à Prefeitura de Salvador está mais do que robusto.
Perdão
O secretário estadual Carlos Martins (Fazenda) telefonou ontem ao presidente da Assembléia Legislativa, deputado Marcelo Nilo (PSDB), se dispondo a ir à Casa falar sobre o perdão concedido pelo governo do Estado à Intelig e à Telefônica. Apesar de ter sido concedido no atual governo, o acordo foi celebrado na gestão passada. Os motivos, Martins pretende revelar.
À bala
O deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM) resolveu ontem mirar no governo Wagner e no PT. Disse que os primeiros meses da administração são marcados por fracassos e inoperâncias, principalmente em áreas consideradas estratégicas, a exemplo da educação, saúde e segurança pública. “Na educação, temos a greve dos professores e as indicações políticas para dirigentes escolares. Na saúde, hospitais estão sem médicos. E na segurança pública, existe a iminência de uma greve nas polícias”, disse o parlamentar.
CURTAS
* Incompatibilidade - Sobre o reajuste oferecido pelo governo ao funcionalismo público, o deputado ACM Neto afirmou que a proposta não está de acordo com a história do PT. “O governo ofereceu um reajuste acanhado ao funcionalismo público estadual, incompatível com a história do PT, com a bandeira de luta política do próprio governador”, provocou o parlamentar. * Solo - No PMDB, entretanto, o apoio à reeleição de João Henrique não se condiciona a nenhum tipo de aliança com os petistas. Se eles de fato decidirem ter candidato próprio à sucessão do prefeito, só terão a chance de se encontrar com o PMDB no segundo turno – se houver. . * Madre de Deus - Os 18 anos de emancipação política de Madre de Deus, que serão comemorados nesta quarta-feira foram destacados na Assembléia Legislativa pelo deputado Sandro Regis (PR), através de uma moção de congratulações enviada à Mesa Diretora da Casa. Deputado estadual mais votado no município nas últimas eleições, Sandro elogiou a atual administração municipal, promovida pela prefeita Eranita de Brito Oliveira. “Com estilo dinâmico, transparência e moralidade, ela vem realizando um excelente trabalho. Por esse motivo, não poderia deixar de registrar o nosso reconhecimento a essa grande mulher que vem exercendo com brilhantismo o cargo de prefeita de Madre de Deus”, afirma o parlamentar. * Salários - Relator do projeto de lei do governo federal que regulamenta o piso salarial para os professores da educação básica, o deputado baiano Severiano Alves (PDT) vai propor o valor de R$ 850 como valor mínimo para os profissionais do magistério, depois de percorrer nove estados discutindo o assunto. Um relato completo sobre a proposta ele faz amanhã, no Colégio 2 de Julho, em audiência pública que vai reunir a deputada federal Alice Portugal (PC do B), membro da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, de representantes das secretarias estadual e municipal de Educação, da APLB, CUT, e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, entre outras entidades. * Sai em outubro - Escrita pelo diretor de Jornalismo da Record, Douglas Tavolaro, a biografia autorizada do líder máximo da Igreja Universal e dono da emissora, Edir Macedo, será lançada em outubro no Brasil. A biografia também será lançada em outras línguas, como o espanhol e o inglês. O livro promete contar bastidores da compra da emissora nos anos 80, além de momentos tensos da Igreja. * Superado - Um pequeno desentendimento, ou melhor, um verdadeiro contrasenso quase põe a perder a aliança firmada entre o PP e o PR para integrar sutilmente a base de apoio do governador Jaques Wagner (PT) na Assembléia Legislativa. Felizmente, mas a muito custo, o problema foi resolvido a tempo.

Compras pela web serão pagas com a voz

Um novo sistema pretende informatizar ainda mais as compras on-line, dispensando a disponibilização de dados pessoais e bancários a cada compra, substituindo-os pela voz do comprador. O novo serviço, chamado de Voice Pay, usa análise biométrica da voz para autenticar os usuários. Segundo a companhia, a tecnologia é confiável e garante todos os pagamentos.
Nick Odgen, criador do sistema, afirma que ele tornará as compras on-line mais fáceis, reduzindo as fraudes. Para usar o Voice Pay, o usuário primeiro precisa criar uma conta, ligando de seu celular para estabelecer um usuário e senha e dar dados do cartão de crédito. O consumidor tem que repetir uma série de números gerados ao acaso, para a autenticação da voz, e então está pronto para as compras.
Segundo o site da publicação 'Technology Review', as pessoas podem fazer compras on-line com o sistema, clicando em seu link nas páginas das lojas parceiras. Ao entrar no sistema, este liga automaticamente para o número de celular registrado na conta.
Cada vez que acessa o sistema, o usuário tem que repetir dois números de quatro dígitos gerados na hora. O Voice Pay analisa as freqüências da voz e as compara com a registrada na conta. Se tudo estiver certo, o atendimento automático confere os detalhes da compra, e o usuário precisa apenas concordar dizendo ‘sim’ para seguir com a transação.
Os consumidores também podem fazer compras apenas com o celular, sem estar on-line. Basta fornecer ao Voice Pay o código do produto, que será disponibilizado em uma propaganda, por exemplo.
O sistema biométrico utilizado foi desenvolvido pela empresa Voice Vault, cujo software analisa 117 parâmetros diferentes das vozes para construir um perfil único. Este independe do que a pessoa fala e do som ambiente, afirma Vance Harris, chefe de tecnologia da Voice Vault. As fraudes devem ser reduzidas dramaticamente, pois não é necessário digitar dados bancários durante a transação.
Desde que o sistema foi lançado um mês atrás, 120 mil usuários registraram contas. Mas eles só poderão realizar as transações quando as lojas instalarem o link do Voice Pay em suas páginas na internet.
*Com informações do G1
Fonte: iBahia.com

segunda-feira, junho 11, 2007

O golpe do comissariado

Por: ELIO GASPARI

NESTA SEMANA , possivelmente amanhã, o comissariado do Partido dos Trabalhadores poderá fechar questão na defesa da instauração do voto de lista para as eleições de deputados. Estará dado um poderoso passo para a cassação do direito dos cidadãos escolherem seus representantes na Câmara. Aos trancos e barrancos, esse direito está aí desde o século 19. A nomenklatura do PT, assim como as do PSDB e do DEM, querem impor um sistema pelo qual os eleitores ficarão obrigados a votar nos partidos, elegendo maganos colocados numa lista de acordo com as preferencias dos donatários das siglas. É um sistema que se parece mais com as ordenações manuelinas do século 16 do que com a tradição do sistema eleitoral brasileiro.
\n Hoje o eleitor escolhe um candidato e seu voto vai para o grande panelão da\n sigla pela qual ele concorre. O total de votos obtidos pelo partido num\n Estado é dividido por um quociente que relaciona o tamanho do eleitorado com\n o número de vagas em disputa. São empossados os candidatos que tiveram maior\n votação. Nesse sistema vota-se num, mas freqüentemente ajuda-se a eleger\n outro. No Rio, os 51 mil votos dados ao tucano Márcio Fortes, ex-presidente\n do BNDES, socorreram o pecúlio de Silvio Lopes,\n o ex-prefeito de Macaé que teve a colaboração de 14 parentes na administração\n da cidade.\u003cbr\>\n Não haverá mais o voto no candidato. Nem em Fortes, nem em Lopes. Se o PT paulista puser o Professor Luizinho (59 mil votos em 2006) na frente de\n Arlindo Chinaglia (170 mil votos), Luizinho\n terá precedência.\u003cbr\>\n A pergunta é obvia: quem faz a lista e quem a ordena? Os partidos, com suas\n obras e suas pompas. Um bom exemplo de democracia partidária está na forma\n como o PT tratou o assunto. Uma\n pesquisa da Fundação Perseu Abramo mostrou que 63% da militância do partido\n defende a manutenção do atual sistema eleitoral. A bancada de 83 deputados\n discutiu a proposta e dividiu-se, com leve vantagem para a lista. O\n comissário José Dirceu assombrou-se: "Andam propondo que a bancada do PT seja liberada para votar a reforma política, ou\n seja, cada deputado ou deputada vota segundo sua convicção. Quer dizer, estão\n propondo o fim do PT. É demais!" (Dirceu retificou essa afirmação ao\n perceber que, com o fechamento da questão, as convicções irão às favas e seu PT sobreviverá.)\u003cbr\>\n O comissariado petista convocou duas reuniões da Comissão Executiva.\u003cbr\>\n Uma para amanhã, outra para quinta-feira. Como seus 21 membros querem o voto\n de lista, a bancada e um pedaço da militância poderão ser atropeladas. Isso\n no PT que é relativamente\n democrático. Nele os defensores das listas expõem-se à contradita. No PSDB e\n no DEM, há grão duques cabalando o golpe eleitoral sem botar o rosto na\n vitrine.",1]
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Hoje o eleitor escolhe um candidato e seu voto vai para o grande panelão da sigla pela qual ele concorre. O total de votos obtidos pelo partido num Estado é dividido por um quociente que relaciona o tamanho do eleitorado com o número de vagas em disputa. São empossados os candidatos que tiveram maior votação. Nesse sistema vota-se num, mas freqüentemente ajuda-se a eleger outro. No Rio, os 51 mil votos dados ao tucano Márcio Fortes, ex-presidente do BNDES, socorreram o pecúlio de Silvio Lopes, o ex-prefeito de Macaé que teve a colaboração de 14 parentes na administração da cidade.Não haverá mais o voto no candidato. Nem em Fortes, nem em Lopes. Se o PT paulista puser o Professor Luizinho (59 mil votos em 2006) na frente de Arlindo Chinaglia (170 mil votos), Luizinho terá precedência.A pergunta é obvia: quem faz a lista e quem a ordena? Os partidos, com suas obras e suas pompas. Um bom exemplo de democracia partidária está na forma como o PT tratou o assunto. Uma pesquisa da Fundação Perseu Abramo mostrou que 63% da militância do partido defende a manutenção do atual sistema eleitoral. A bancada de 83 deputados discutiu a proposta e dividiu-se, com leve vantagem para a lista. O comissário José Dirceu assombrou-se: "Andam propondo que a bancada do PT seja liberada para votar a reforma política, ou seja, cada deputado ou deputada vota segundo sua convicção. Quer dizer, estão propondo o fim do PT. É demais!" (Dirceu retificou essa afirmação ao perceber que, com o fechamento da questão, as convicções irão às favas e seu PT sobreviverá.)O comissariado petista convocou duas reuniões da Comissão Executiva.Uma para amanhã, outra para quinta-feira. Como seus 21 membros querem o voto de lista, a bancada e um pedaço da militância poderão ser atropeladas. Isso no PT que é relativamente democrático. Nele os defensores das listas expõem-se à contradita. No PSDB e no DEM, há grão duques cabalando o golpe eleitoral sem botar o rosto na vitrine.
\n Arma-se a hegemonia das máquinas partidárias. Salve José Dirceu e José\n Genoino, ex-reis do PT. Alô Eduardo\n Azeredo, ex-príncipe do PSDB. Viva Roberto Jefferson, imperador do PTB. Avoé\n Valdemar Costa Neto, sultão do PL. Alvíssaras, Pedro\n Corrêa, ex-faraó do PP.\u003cbr\>\n O golpe eleitoral tem tudo para ser aprovado pelos parlamentares de um\n Congresso bafejado por hábitos de apropriações desmoralizantes. Não custa\n lembrar as palavras de Renan Calheiros na última posse de Lula: "Quem morreu não foi a democracia, não\n foi a ética, quem apodreceu foi o nosso sistema político uninominal". A\n menos que "sistema político uninominal" seja um codinome da\n "gestante", o doutor Calheiros quer adaptar as regras do jogo às\n conveniências de sua parentela.\u003cbr\>\n O cambalacho ilumina os deputados porque uma gambiarra determinará que as\n listas partidárias da eleição de 2010 sejam encabeçadas pelos parlamentares\n eleitos em 2006. Em poucas palavras: A prorrogação do mandato para cerca de\n 80% da Câmara.\u003cbr\>\n Tungada no direito de escolher seus candidatos, a patuléia será convidada a\n pagar a conta. Criando-se o financiamento público das campanhas, os\n contribuintes pagarão R$ 7 por eleitor alistado.\u003cbr\>\n Argumenta-se que se a choldra pagar, acabarão as caixas paralelas.\u003cbr\>\n Parolagem. As caixas da malandragem só acabarão quando seus beneficiários\n tiverem medo de ir para cadeia. Sem grades, sempre que houver alguém querendo\n dar dinheiro a candidato, haverá algum mensaleiro mordendo o mercado. O\n financiamento público das campanhas eleitorais brasileiras será mais um caso\n de taxação das vítimas.\u003cbr\>\n Estima-se que, com os mimos da reforma, o PRB poderá ficar com R$ 8 milhões.\n Pouca gente sabe, mas PRB é o Partido Republicano Brasileiro, que elegeu um\n só deputado. O MDB, com 93 cadeiras, embolsará R$ 136 milhões. Isso sem\n contar o prestígio acumulado em diretorias da Petrobras,\n da Caixa Econômica e do Banco do Brasil.\u003cbr\>\n Depois de tanta notícia ruim, uma boa. Há duas boas vozes petistas contra o\n voto de lista. São o ",1]
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Arma-se a hegemonia das máquinas partidárias. Salve José Dirceu e José Genoino, ex-reis do PT. Alô Eduardo Azeredo, ex-príncipe do PSDB. Viva Roberto Jefferson, imperador do PTB. Avoé Valdemar Costa Neto, sultão do PL. Alvíssaras, Pedro Corrêa, ex-faraó do PP.O golpe eleitoral tem tudo para ser aprovado pelos parlamentares de um Congresso bafejado por hábitos de apropriações desmoralizantes. Não custa lembrar as palavras de Renan Calheiros na última posse de Lula: "Quem morreu não foi a democracia, não foi a ética, quem apodreceu foi o nosso sistema político uninominal". A menos que "sistema político uninominal" seja um codinome da "gestante", o doutor Calheiros quer adaptar as regras do jogo às conveniências de sua parentela.O cambalacho ilumina os deputados porque uma gambiarra determinará que as listas partidárias da eleição de 2010 sejam encabeçadas pelos parlamentares eleitos em 2006. Em poucas palavras: A prorrogação do mandato para cerca de 80% da Câmara.Tungada no direito de escolher seus candidatos, a patuléia será convidada a pagar a conta. Criando-se o financiamento público das campanhas, os contribuintes pagarão R$ 7 por eleitor alistado.Argumenta-se que se a choldra pagar, acabarão as caixas paralelas.Parolagem. As caixas da malandragem só acabarão quando seus beneficiários tiverem medo de ir para cadeia. Sem grades, sempre que houver alguém querendo dar dinheiro a candidato, haverá algum mensaleiro mordendo o mercado. O financiamento público das campanhas eleitorais brasileiras será mais um caso de taxação das vítimas.Estima-se que, com os mimos da reforma, o PRB poderá ficar com R$ 8 milhões. Pouca gente sabe, mas PRB é o Partido Republicano Brasileiro, que elegeu um só deputado. O MDB, com 93 cadeiras, embolsará R$ 136 milhões. Isso sem contar o prestígio acumulado em diretorias da Petrobras, da Caixa Econômica e do Banco do Brasil.Depois de tanta notícia ruim, uma boa. Há duas boas vozes petistas contra o voto de lista. São o
\n Há poucas semanas ele foi à tribuna da Câmara e advertiu:\u003cbr\>\n "Em vez de realizarmos campanhas nas ruas discutindo e debatendo com o\n eleitor, levando-lhe nossas propostas, ouvindo o que ele tem a dizer -o que\n é, inclusive, muito importante para reciclarmos nossos pontos de vista-,\n vamos levar essa disputa da formação da lista para dentro dos partidos. E\n salve-se quem puder, porque, lá dentro, a briga vai se dar em outros\n termos".\u003cbr\>\n Quais termos? Perguntaria Delúbio Soares.\u003c/span\>\u003c/font\>\u003c/p\>\n \u003c/td\>\n \u003c/tr\>\n\u003c/table\>\n\n\u003cp\>\u003cfont size\u003d\"4\" face\u003d\"Tw Cen MT\"\>\u003cspan style\u003d\"font-size:14.0pt\"\> \u003c/span\>\u003c/font\>\u003c/p\>\n\n\u003c/div\>\n\n\u003c/div\>\n\n\n",0]
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deputado Carlos Zarattini e o senador Eduardo Suplicy. Zarattini foi o quinto mais votado na bancada do PT de São Paulo. Poderia ser um crítico silencioso da maracutaia, pois se ela for consumada, seu mandato será prorrogado.Há poucas semanas ele foi à tribuna da Câmara e advertiu:"Em vez de realizarmos campanhas nas ruas discutindo e debatendo com o eleitor, levando-lhe nossas propostas, ouvindo o que ele tem a dizer -o que é, inclusive, muito importante para reciclarmos nossos pontos de vista-, vamos levar essa disputa da formação da lista para dentro dos partidos. E salve-se quem puder, porque, lá dentro, a briga vai se dar em outros termos".Quais termos? Perguntaria Delúbio Soares.

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