FELIPE NEVES
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, ironizou neste domingo seus adversários ao dizer que eles deveriam rezar para sua vitória no segundo turno.
"Ao invés de eles ficaram com tanta bronca de mim, eles deveriam pedir a Deus que eu ganhasse para eu poder deixar o Brasil muito melhor", disse Lula.
Em comício na região de Cidade Tiradentes (zona leste de São Paulo), o presidente fez questão de enfatizar a questão da luta de classes, sempre se colocando como quem governa para a maioria, em contraponto ao PSDB, que, segundo petistas, governa para os ricos.
Nesta linha, Lula citou os programas Prouni, Bolsa Família e Luz para Todos. Segundo ele, "um presidente da República precisa governar para 190 milhões, não para 30 ou 35 milhões como acontecia neste país".
O presidente disse ainda que "a verdade nua e crua" é que os pobres nunca estiveram no projeto político da elite brasileira, apenas durante as eleições. "Em época eleitoral, pobre vale mais do que banqueiro. Mas, depois das eleições, o pobre não é convidado nem para tomar um cafezinho", ironizou.
Lula reafirmou sua convicção de que foi Deus quem quis levar a disputa presidencial para o segundo turno. Ele admitiu que no início ficou triste, mas diz que agora está feliz com essa situação. "No segundo turno é que a gente está podendo provar quem é quem", afirmou.
O petista rebateu as acusações da oposição de que quer dividir o país entre ricos e pobres. "Não quero dividir coisa nenhuma. Eu já nasci pobre", disse Lula, arrancando aplausos de centenas de militantes. "Se dependesse de mim, a gente não tinha pobres e ricos, só tinha ricos", reiterou.
Antes do discurso do candidato à reeleição, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), já havia dado o tom. De forma irônica, ele afirmou que o candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin, parece "personagem de uma propaganda do Itaú Personalité".
A coordenadora da campanha de Lula em São Paulo, Marta Suplicy, seguiu a mesma linha. Segundo ela, "votar em Geraldo Alckmin é aprofundar a diferença entre ricos e pobres neste país".
Durante o evento, o tema da corrupção --o escândalo do dossiê e a recente denúncia da revista "Veja" envolvendo o filho do presidente Lula-- não foi abordado pelos presentes.
Privatizações
O petista voltou a alfinetar Alckmin no tema das privatizações. Segundo Lula, a oposição está com "raiva" porque ele está trazendo à tona seu histórico.
"Eles não venderam mais porque não puderam", disse, em referência às gestões do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e de Alckmin em São Paulo.
Para Lula, os tucanos têm tradição de assinar papéis e depois agirem diferente. Por isso, afirmou, não dá para acreditar que eles não pretendem privatizar empresas como o Banco do Brasil e a Petrobras. "Eu não tenho duas caras. Nós não vamos privatizar nenhuma empresa desse país", disse Lula.
Tropa de choque
Participaram do encontro, além de Marta e Aldo, os ministros Luiz Marinho (Trabalho), Celso Amorim (Relações Exteriores), Matilde Ribeiro (Igualdade Racial), o senador Aloizio Mercadante, a primeira-dama Marisa Letícia, o deputado federal eleito Frank Aguiar e, pela primeira vez no palanque de Lula, o cantor e apresentador Netinho de Paula.
Ele declarou seu apoio ao petista dizendo que é importante votar em alguém do povo. "Um cara que viveu coisa que só gente que é do Gueto viveu", disse Netinho.
Certificado Lei geral de proteção de dados
domingo, outubro 22, 2006
Ligações de assessor revelam que Lula sabia, diz oposição
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Na reta final do segundo turno, a oposição usará os telefonemas de Gilberto Carvalho, chefe-de-gabinete no Palácio do Planalto, para o petista Jorge Lorenzetti, personagem central da crise do dossiê, para tentar mostrar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabia do dossiê contra tucanos.
O primeiro passo foi dado ontem, quando o sub-relator da CPI dos Sanguessugas, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), apresentou requerimento pedindo a convocação de Carvalho, do ex-ministro José Dirceu e do assessor especial da Presidência Rogério Aurélio Pimentel. A uma semana das eleições, Lula mantém vantagem de 19 pontos sobre o tucano Geraldo Alckmin, segundo o Datafolha. Porém, para a oposição, o fato de Carvalho ter ligado para Lorenzetti pelo menos duas vezes no dia 15 de setembro pode ajudar a reverter esse quadro.
Foi nesse dia que a Polícia Federal prendeu emissários petistas com R$ 1,75 milhão num hotel em São Paulo, dinheiro que seria usado no caso do dossiê. Neste dia, o nome de Lorenzetti ainda não havia aparecido nas investigações.
Anteontem, o delegado Diógenes Curado entregou relatório parcial sobre as investigações, apontando Lorenzetti como mentor do dossiê. Pelas apurações, Lorenzetti também conversou com Dirceu. Já Aurélio Pimentel foi incluído no pedido de convocação porque se reuniu com o ex-assessor Freud Godoy, exonerado após a divulgação do caso.
O deputado Carlos Sampaio considerou o relatório "pífio" e decidiu convidar o delegado para tratar do assunto. "Não há mais dúvidas de que o Palácio do Planalto sabia dessa operação criminosa", disse Sampaio.
Segundo ele, Carvalho deveria ter revelado de imediato a ocorrência da ligação: "Por que ele guardou esse segredo por quase 40 dias e só vem revelar isso agora, no momento em que chega a quebra do sigilo telefônico do Lorenzetti e no momento em que a PF o aponta [Lorenzetti] como o articulador de toda a operação?", disse.
O coordenador da campanha tucana, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), cobrou explicações: "O que está aí é suficiente para caracterizar que os homens do presidente estão envolvidos nisso. Se o presidente não sabe de nada como sempre afirma, ele já não é o presidente. É só um demagogo". O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), vê crime eleitoral. "Depois de sua mulher, Gilberto Carvalho é a pessoa mais próxima do presidente, quase um irmão. Com essa proximidade, não será possível retirar do presidente da República a responsabilidade pelo crime eleitoral cometido".
Já o senador Heráclito Fortes (PFL-PI) fez um trocadilho: "Acho que tínhamos no Brasil um outro PCC e não sabíamos. É o Palácio Comanda o Crime".
O senador também retomou o caso da morte do prefeito Celso Daniel, de Santo André (SP), para criticar Gilberto Carvalho. "As justificativas que ele deu [no caso Celso Daniel] são exatamente as mesmas de agora. Um telefonema para se informar. Os argumentos se repetem." Carvalho era secretário de Governo de Celso Daniel em Santo André quando este foi morto, em 2002. Escutas telefônicas da época mostram seu empenho para que prevalecesse a tese de crime comum. Ele foi acusado, pelos irmãos de Daniel, de repassar propina de empresários de ônibus ao PT, o que ele negou em acareação.
Na mesma linha foi seu colega José Agripino (PFL-RN). "O Gilberto Carvalho é figura marcada desde o caso Celso Daniel. Os telefonemas e os antecedentes são a presença do gabinete do presidente da República na trama do dossiê", afirmou.
Na reta final do segundo turno, a oposição usará os telefonemas de Gilberto Carvalho, chefe-de-gabinete no Palácio do Planalto, para o petista Jorge Lorenzetti, personagem central da crise do dossiê, para tentar mostrar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabia do dossiê contra tucanos.
O primeiro passo foi dado ontem, quando o sub-relator da CPI dos Sanguessugas, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), apresentou requerimento pedindo a convocação de Carvalho, do ex-ministro José Dirceu e do assessor especial da Presidência Rogério Aurélio Pimentel. A uma semana das eleições, Lula mantém vantagem de 19 pontos sobre o tucano Geraldo Alckmin, segundo o Datafolha. Porém, para a oposição, o fato de Carvalho ter ligado para Lorenzetti pelo menos duas vezes no dia 15 de setembro pode ajudar a reverter esse quadro.
Foi nesse dia que a Polícia Federal prendeu emissários petistas com R$ 1,75 milhão num hotel em São Paulo, dinheiro que seria usado no caso do dossiê. Neste dia, o nome de Lorenzetti ainda não havia aparecido nas investigações.
Anteontem, o delegado Diógenes Curado entregou relatório parcial sobre as investigações, apontando Lorenzetti como mentor do dossiê. Pelas apurações, Lorenzetti também conversou com Dirceu. Já Aurélio Pimentel foi incluído no pedido de convocação porque se reuniu com o ex-assessor Freud Godoy, exonerado após a divulgação do caso.
O deputado Carlos Sampaio considerou o relatório "pífio" e decidiu convidar o delegado para tratar do assunto. "Não há mais dúvidas de que o Palácio do Planalto sabia dessa operação criminosa", disse Sampaio.
Segundo ele, Carvalho deveria ter revelado de imediato a ocorrência da ligação: "Por que ele guardou esse segredo por quase 40 dias e só vem revelar isso agora, no momento em que chega a quebra do sigilo telefônico do Lorenzetti e no momento em que a PF o aponta [Lorenzetti] como o articulador de toda a operação?", disse.
O coordenador da campanha tucana, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), cobrou explicações: "O que está aí é suficiente para caracterizar que os homens do presidente estão envolvidos nisso. Se o presidente não sabe de nada como sempre afirma, ele já não é o presidente. É só um demagogo". O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), vê crime eleitoral. "Depois de sua mulher, Gilberto Carvalho é a pessoa mais próxima do presidente, quase um irmão. Com essa proximidade, não será possível retirar do presidente da República a responsabilidade pelo crime eleitoral cometido".
Já o senador Heráclito Fortes (PFL-PI) fez um trocadilho: "Acho que tínhamos no Brasil um outro PCC e não sabíamos. É o Palácio Comanda o Crime".
O senador também retomou o caso da morte do prefeito Celso Daniel, de Santo André (SP), para criticar Gilberto Carvalho. "As justificativas que ele deu [no caso Celso Daniel] são exatamente as mesmas de agora. Um telefonema para se informar. Os argumentos se repetem." Carvalho era secretário de Governo de Celso Daniel em Santo André quando este foi morto, em 2002. Escutas telefônicas da época mostram seu empenho para que prevalecesse a tese de crime comum. Ele foi acusado, pelos irmãos de Daniel, de repassar propina de empresários de ônibus ao PT, o que ele negou em acareação.
Na mesma linha foi seu colega José Agripino (PFL-RN). "O Gilberto Carvalho é figura marcada desde o caso Celso Daniel. Os telefonemas e os antecedentes são a presença do gabinete do presidente da República na trama do dossiê", afirmou.
Um terço da nova Câmara é de milionários
THIAGO REIS
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
da Agência Folha
Um em cada três deputados federais eleitos é milionário. Levantamento feito pela Folha mostra que, dos 513 parlamentares que assumem o cargo em 2007, 165 declararam ter patrimônio superior a R$ 1 milhão.
São 49 milionários eleitos a mais do que em 2002 (quando foram eleitos 116 milionários). Dos 165 deputados com mais de R$ 1 milhão, 74 são novatos e 91 estão na atual legislatura.
O patrimônio médio do parlamentar eleito também aumentou: foi de R$ 2,2 milhões para R$ 2,5 milhões. No total, os 513 parlamentares têm juntos R$ 1,2 bilhão --R$ 128 milhões a mais que os eleitos para a Câmara há quatro anos.
Levando em conta o rendimento médio mensal do brasileiro (R$ 527, de acordo com o IBGE), seria preciso trabalhar mais de 392 anos para acumular R$ 2,5 milhões.
Camilo Cola (PMDB-ES), 83, dono da viação Itapemirim, é disparado o mais rico dos deputados, com um patrimônio declarado de R$ 259 milhões. O segundo é Odílio Balbinotti (PMDB-PR), que declarou ter R$ 123 milhões.
Para o cientista político Fernando Abrucio, da FGV-SP, é impossível saber se as declarações são realmente compatíveis com a realidade.
Apesar dos números, segundo ele, muitos podem ter declarado menos do que têm. "No Brasil, não pega bem ser rico. É um país com alto índice de desigualdade. As pessoas não querem se declarar ricas. Mas não acho que seja algo singular dos políticos."
A bancada que terá o maior número de milionários é a do PFL: 38. Depois, vem o PMDB, com 37. O PSDB terá 21. As três legendas têm também o maior patrimônio declarado --total e médio. O PT terá seis milionários e é, pela média, o 16º partido em patrimônio.
Apesar do aumento do patrimônio dos deputados, Abrucio acredita que a minirreforma eleitoral --que proibiu showmícios e outdoors-- coibiu o abuso econômico e diminuiu a influência do dinheiro nestas eleições. "O que favoreceu mais foi ser conhecido pelo grande público e ter forte base social."
Devido à crise ética gerada pelo escândalo do mensalão e pela máfia dos sanguessugas, o cientista político coloca em dúvida o aumento de milionários. "Talvez haja mais gente [que já tinha mais de R$ 1 milhão] declarando suas contas agora."
A maior parte dos deputados federais milionários é do Sudeste (62). São Paulo está em primeiro na lista, com 29. Minas Gerais vem logo atrás, com 25. O Rio tem seis e Espírito Santo, dois.
O Amapá é o único Estado que não possui nenhum deputado com mais de R$ 1 milhão em patrimônio declarado.
Sem patrimônio
Dos 513 deputados eleitos, sete declararam não ter nenhum bem. À Folha, quatro desses deputados justificaram o patrimônio nulo dizendo que são seus parentes quem detêm os bens. Só três dizem não ter nenhum bem em seus nomes.
A deputada eleita Iris Machado (PMDB-GO), 63, não é titular de nenhum bem, mas o marido --o prefeito de Goiânia (GO), Iris Rezende (PMDB)-- tem R$ 6,3 milhões. O casamento dos dois políticos é baseado no regime de comunhão de bens.
É o caso também do deputado cearense Raimundo Gomes de Matos (PSDB), 55, que diz que seus bens estão todos no nome da mulher. "Foi uma decisão de foro íntimo", afirma. Os bens da mulher, segundo ele, estão avaliados em cerca de R$ 500 mil.
Já Fernando Bezerra Coelho Filho (PSB-PE), 22, diz que ainda mora na casa do pai, o atual prefeito de Petrolina, Fernando Bezerra Coelho (PSB). Por isso, afirma ser dependente dele. "Esse é meu primeiro emprego. O carro que dirijo, por exemplo, é do meu pai", disse o parlamentar.
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
da Agência Folha
Um em cada três deputados federais eleitos é milionário. Levantamento feito pela Folha mostra que, dos 513 parlamentares que assumem o cargo em 2007, 165 declararam ter patrimônio superior a R$ 1 milhão.
São 49 milionários eleitos a mais do que em 2002 (quando foram eleitos 116 milionários). Dos 165 deputados com mais de R$ 1 milhão, 74 são novatos e 91 estão na atual legislatura.
O patrimônio médio do parlamentar eleito também aumentou: foi de R$ 2,2 milhões para R$ 2,5 milhões. No total, os 513 parlamentares têm juntos R$ 1,2 bilhão --R$ 128 milhões a mais que os eleitos para a Câmara há quatro anos.
Levando em conta o rendimento médio mensal do brasileiro (R$ 527, de acordo com o IBGE), seria preciso trabalhar mais de 392 anos para acumular R$ 2,5 milhões.
Camilo Cola (PMDB-ES), 83, dono da viação Itapemirim, é disparado o mais rico dos deputados, com um patrimônio declarado de R$ 259 milhões. O segundo é Odílio Balbinotti (PMDB-PR), que declarou ter R$ 123 milhões.
Para o cientista político Fernando Abrucio, da FGV-SP, é impossível saber se as declarações são realmente compatíveis com a realidade.
Apesar dos números, segundo ele, muitos podem ter declarado menos do que têm. "No Brasil, não pega bem ser rico. É um país com alto índice de desigualdade. As pessoas não querem se declarar ricas. Mas não acho que seja algo singular dos políticos."
A bancada que terá o maior número de milionários é a do PFL: 38. Depois, vem o PMDB, com 37. O PSDB terá 21. As três legendas têm também o maior patrimônio declarado --total e médio. O PT terá seis milionários e é, pela média, o 16º partido em patrimônio.
Apesar do aumento do patrimônio dos deputados, Abrucio acredita que a minirreforma eleitoral --que proibiu showmícios e outdoors-- coibiu o abuso econômico e diminuiu a influência do dinheiro nestas eleições. "O que favoreceu mais foi ser conhecido pelo grande público e ter forte base social."
Devido à crise ética gerada pelo escândalo do mensalão e pela máfia dos sanguessugas, o cientista político coloca em dúvida o aumento de milionários. "Talvez haja mais gente [que já tinha mais de R$ 1 milhão] declarando suas contas agora."
A maior parte dos deputados federais milionários é do Sudeste (62). São Paulo está em primeiro na lista, com 29. Minas Gerais vem logo atrás, com 25. O Rio tem seis e Espírito Santo, dois.
O Amapá é o único Estado que não possui nenhum deputado com mais de R$ 1 milhão em patrimônio declarado.
Sem patrimônio
Dos 513 deputados eleitos, sete declararam não ter nenhum bem. À Folha, quatro desses deputados justificaram o patrimônio nulo dizendo que são seus parentes quem detêm os bens. Só três dizem não ter nenhum bem em seus nomes.
A deputada eleita Iris Machado (PMDB-GO), 63, não é titular de nenhum bem, mas o marido --o prefeito de Goiânia (GO), Iris Rezende (PMDB)-- tem R$ 6,3 milhões. O casamento dos dois políticos é baseado no regime de comunhão de bens.
É o caso também do deputado cearense Raimundo Gomes de Matos (PSDB), 55, que diz que seus bens estão todos no nome da mulher. "Foi uma decisão de foro íntimo", afirma. Os bens da mulher, segundo ele, estão avaliados em cerca de R$ 500 mil.
Já Fernando Bezerra Coelho Filho (PSB-PE), 22, diz que ainda mora na casa do pai, o atual prefeito de Petrolina, Fernando Bezerra Coelho (PSB). Por isso, afirma ser dependente dele. "Esse é meu primeiro emprego. O carro que dirijo, por exemplo, é do meu pai", disse o parlamentar.
quinta-feira, outubro 19, 2006
A espécie humana "pode se dividir em duas"
Por BBC News 18/10/2006 às 19:48
No futuro, a humanidade pode se dividir em duas subespécies, como previu o escritor H.G. Wells, afirma Oliver Curry, doutor em teoria evolucionista da Escola de Economia de Londres. Segundo ele, haverá uma classe alta genética e uma classe inferior de pouca inteligência.
A raça humana vai atingir seu auge no ano três mil, antes da decadência por causa da dependência da tecnologia. As pessoas vão se tornar mais exigentes na escolha de seus parceiros sexuais e isso vai fazer a humanidade se dividir nas duas subespécies. Os descendentes da classe alta genética serão altos, magros, bonitos, inteligentes e criativos e muito mais evoluídos do que os humanos da ?classe inferior?, que vão involuir para criaturas de baixa inteligência, feias, anãs e de pernas arqueadas.
FIM DAS RAÇAS
Dentro de mil anos, os seres humanos vão ter de dois a três metros de altura, com longevidade de 120 anos, prevê o dr. Curry. A aparência física, medida pelos quesitos saúde, juventude e fertilidade, vai melhorar. Os homens vão ter características faciais simétricas, aparência atlética, queixos mais quadrados, vozes mais grossas e pênis avantajado. As mulheres vão desenvolver pele mais fina, delicada e sem pêlos, cabelos lisos, grandes olhos claros, seios empinados. As diferenças raciais vão desaparecer por causa da miscigenação, que produzirá pessoas uniformemente com uma cor de café.
Mas o dr. Curry adverte que, dentro de dez mil anos, os seres humanos acabarão pagando o preço genético por ter ficado escravos da tecnologia. Dependentes de máquinas para satisfazer todas suas necessidades, vão se assemelhar a animais domésticos.
MANDÍBULAS ATROFIADAS
Nesse estágio, as habilidades sociais, como comunicação e interação, se perderão juntamente com emoções como amor, simpatia, confiança e respeito. As pessoas se tornarão menos capazes de se preocupar com os outros ou de funcionar em grupo. Fisicamente, vão ter corpos infantis. As mandíbulas vão se atrofiar por causa da mastigação de comida processada. Poderá haver também problemas de saúde causados por dependência farmacológica e atendimento médico excessivo, resultando em sistemas imunológicos fracos. A prevenção da morte ajudará também a preservar defeitos genéticos que causam câncer.
Mais à frente, a seleção sexual ? a exagerada escolha de um parceiro ? vai redundar em mais e mais desigualdade genética. O resultado lógico serão duas subespécies, seres humanos ?graciosos? e ?robustos? semelhantes aos personagens Eloi e Morlocks do livro ?A Máquina do Tempo? publicado por H.G. Wells em 1895.
?Embora a ciência e a tecnologia tenham o potencial de criar um habitat ideal para a humanidade no próximo milênio, há a possibilidade de uma monumental ressaca genética nos milênios subseqüentes, causada por uma dependência exagerada da tecnologia que vai reduzir nossa capacidade de resistir a doenças ou de nos darmos bem uns com os outros?, explica o dr. Curry, que apresentou sua teoria no canal de televisão britânico Bravo, de audiência predominantemente masculina.
(Matéria do portal da BBC News traduzida e editada por José R. de Almeida)
Email:: zedealmeida@yahoo.com.br
© Copyleft http://www.midiaindependente.org:
É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.
No futuro, a humanidade pode se dividir em duas subespécies, como previu o escritor H.G. Wells, afirma Oliver Curry, doutor em teoria evolucionista da Escola de Economia de Londres. Segundo ele, haverá uma classe alta genética e uma classe inferior de pouca inteligência.
A raça humana vai atingir seu auge no ano três mil, antes da decadência por causa da dependência da tecnologia. As pessoas vão se tornar mais exigentes na escolha de seus parceiros sexuais e isso vai fazer a humanidade se dividir nas duas subespécies. Os descendentes da classe alta genética serão altos, magros, bonitos, inteligentes e criativos e muito mais evoluídos do que os humanos da ?classe inferior?, que vão involuir para criaturas de baixa inteligência, feias, anãs e de pernas arqueadas.
FIM DAS RAÇAS
Dentro de mil anos, os seres humanos vão ter de dois a três metros de altura, com longevidade de 120 anos, prevê o dr. Curry. A aparência física, medida pelos quesitos saúde, juventude e fertilidade, vai melhorar. Os homens vão ter características faciais simétricas, aparência atlética, queixos mais quadrados, vozes mais grossas e pênis avantajado. As mulheres vão desenvolver pele mais fina, delicada e sem pêlos, cabelos lisos, grandes olhos claros, seios empinados. As diferenças raciais vão desaparecer por causa da miscigenação, que produzirá pessoas uniformemente com uma cor de café.
Mas o dr. Curry adverte que, dentro de dez mil anos, os seres humanos acabarão pagando o preço genético por ter ficado escravos da tecnologia. Dependentes de máquinas para satisfazer todas suas necessidades, vão se assemelhar a animais domésticos.
MANDÍBULAS ATROFIADAS
Nesse estágio, as habilidades sociais, como comunicação e interação, se perderão juntamente com emoções como amor, simpatia, confiança e respeito. As pessoas se tornarão menos capazes de se preocupar com os outros ou de funcionar em grupo. Fisicamente, vão ter corpos infantis. As mandíbulas vão se atrofiar por causa da mastigação de comida processada. Poderá haver também problemas de saúde causados por dependência farmacológica e atendimento médico excessivo, resultando em sistemas imunológicos fracos. A prevenção da morte ajudará também a preservar defeitos genéticos que causam câncer.
Mais à frente, a seleção sexual ? a exagerada escolha de um parceiro ? vai redundar em mais e mais desigualdade genética. O resultado lógico serão duas subespécies, seres humanos ?graciosos? e ?robustos? semelhantes aos personagens Eloi e Morlocks do livro ?A Máquina do Tempo? publicado por H.G. Wells em 1895.
?Embora a ciência e a tecnologia tenham o potencial de criar um habitat ideal para a humanidade no próximo milênio, há a possibilidade de uma monumental ressaca genética nos milênios subseqüentes, causada por uma dependência exagerada da tecnologia que vai reduzir nossa capacidade de resistir a doenças ou de nos darmos bem uns com os outros?, explica o dr. Curry, que apresentou sua teoria no canal de televisão britânico Bravo, de audiência predominantemente masculina.
(Matéria do portal da BBC News traduzida e editada por José R. de Almeida)
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É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.
NÃO DEIXE ACONTECER: DEPUTADOS BAIANOS AUMENTARAM VERBA EM 25%
Por D. Aranha 19/10/2006 às 01:46
Este mês, os deputados estaduais baianos decidiram aumentar as verbas dos próprios gabinetes em 25%, com a justificativa de que têm o direito de equiparar essa verba à dos deputados federais. Não fique de braços cruzados! Assine o manifesto e envie aos deputados e ao Ministério Público.
NÃO DEIXE ACONTECER: DEPUTADOS AUMENTARAM VERBA EM 25%
Este mês, os deputados estaduais baianos decidiram aumentar as verbas dos próprios gabinetes em 25%, com a justificativa de que têm o direito de equiparar essa verba à dos deputados federais.
Como assim?!!!!! Porque os deputados federais têm, eles também querem?
Você lembra de Severino Cavalcanti, no ano passando, tentando aumentar os salários dos próprios deputados? E, como não conseguiu, aumentou em 25% a verba de gabinete, passando para R$ 43.750,00 por mês? Pois é, os nossos nobres deputados baianos não quiseram ficar para trás, e aprovaram o aumento da sua própria verba, na surdina, em pleno feriado!!!!!
Vamos mostrar que a sociedade não está de braços cruzados. Assine o manifesto abaixo e envie para o Ministério Público Estadual e para os deputados estaduais listados ao final do e-mail. Você vai gastar um minuto, mas esse ato pode representar uma economia de milhões de reais aos cofres públicos por ano.
==============================================
MANIFESTO CONTRA O AUMENTO DA VERBA DE GABINETE DOS DEPUTADOS BAIANOS
Nós, cidadãos baianos, consideramos injustificada e imoral o aumento das verbas de gabinete em 25% que os deputados estaduais da Bahia aprovaram em benefício próprio. Encaminhamos esta denúncia ao Ministério Público Estadual para que tome imediatamente as providências necessárias para impedir que os cofres públicos sejam lesados com essa medida irresponsável em milhões de reais por mês.
Abaixo-Assinado:
NOME: >>>
CPF: >>>
EMAIL: >>>
Enviar para:
mpublico@mp.ba.gov.br; aderbalcaldas@alba.ba.gov.br; alvarogomes@alba.ba.gov.br; acoronel@alba.ba.gov.br; apedrosa@alba.ba.gov.br; antoniorodrigues@alba.ba.gov.br;
arthurmaia@alba.ba.gov.br; cferraz@alba.ba.gov.br; elucas@alba.ba.gov.br; epimenta@alba.ba.gov.br; eboavent@alba.ba.gov.br; elielsantana@alba.ba.gov.br; elmar@alba.ba.gov.br; ereseda@alba.ba.gov.br; emiliano@alba.ba.gov.br; fabiosantana@alba.ba.gov.br; cgaban@alba.ba.gov.br; gersondedeus@alba.ba.gov.br; gbrito@alba.ba.gov.br; gpenedo@alba.ba.gov.br; heraldorocha@cpunet.com.br; hcedraz@alba.ba.gov.br; jcarlos@alba.ba.gov.br; deputadojavier@alba.ba.gov.br; jbonfim@alba.ba.gov.br; jnunes@alba.ba.gov.br; jmagalhaes@alba.ba.gov.br; joliveir@alba.ba.gov.br; jusmari@alba.ba.gov.br; lmata@alba.ba.gov.br; lsimoes@alba.ba.gov.br; luizargolo@alba.ba.gov.br; laugusto@alba.ba.gov.br; ldeus@alba.ba.gov.br; mnilo@alba.ba.gov.br; mmarinho@alba.ba.gov.br; mtrindade@alba.ba.gov.br; nelsonleal@alba.ba.gov.br; pjoel@alba.ba.gov.br; pazi@alba.ba.gov.br; pcamera@alba.ba.gov.br; psilva@alba.ba.gov.br; prangel@alba.ba.gov.br; palcanta@alba.ba.gov.br; pegidio@alba.ba.gov.br; rbraga@alba.ba.gov.br; rcarlos@alba.ba.gov.br; rmuniz@alba.ba.gov.br; randrade@alba.ba.gov.br; rcarletto@alba.ba.gov.br; sregis@alba.ba.gov.br; isidorio@alba.ba.gov.br; sfontes@alba.ba.gov.br; tpimenta@alba.ba.gov.br; tmpedrei@alba.ba.gov.br; tude@alba.ba.gov.br; assuncao@alba.ba.gov.br; vsantos@alba.ba.gov.br; waldenor@alba.ba.gov.br; wmota@alba.ba.gov.br; ypereira@alba.ba.gov.br; zvirgens@alba.ba.gov.br; zeneto@alba.ba.gov.br; ziltonrocha@alba.ba.gov.br; atribalista@gmail.com
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Este mês, os deputados estaduais baianos decidiram aumentar as verbas dos próprios gabinetes em 25%, com a justificativa de que têm o direito de equiparar essa verba à dos deputados federais. Não fique de braços cruzados! Assine o manifesto e envie aos deputados e ao Ministério Público.
NÃO DEIXE ACONTECER: DEPUTADOS AUMENTARAM VERBA EM 25%
Este mês, os deputados estaduais baianos decidiram aumentar as verbas dos próprios gabinetes em 25%, com a justificativa de que têm o direito de equiparar essa verba à dos deputados federais.
Como assim?!!!!! Porque os deputados federais têm, eles também querem?
Você lembra de Severino Cavalcanti, no ano passando, tentando aumentar os salários dos próprios deputados? E, como não conseguiu, aumentou em 25% a verba de gabinete, passando para R$ 43.750,00 por mês? Pois é, os nossos nobres deputados baianos não quiseram ficar para trás, e aprovaram o aumento da sua própria verba, na surdina, em pleno feriado!!!!!
Vamos mostrar que a sociedade não está de braços cruzados. Assine o manifesto abaixo e envie para o Ministério Público Estadual e para os deputados estaduais listados ao final do e-mail. Você vai gastar um minuto, mas esse ato pode representar uma economia de milhões de reais aos cofres públicos por ano.
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MANIFESTO CONTRA O AUMENTO DA VERBA DE GABINETE DOS DEPUTADOS BAIANOS
Nós, cidadãos baianos, consideramos injustificada e imoral o aumento das verbas de gabinete em 25% que os deputados estaduais da Bahia aprovaram em benefício próprio. Encaminhamos esta denúncia ao Ministério Público Estadual para que tome imediatamente as providências necessárias para impedir que os cofres públicos sejam lesados com essa medida irresponsável em milhões de reais por mês.
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quarta-feira, outubro 18, 2006
Carta Aberta a Arnaldo Jabor
Por Mauro Carrara 18/10/2006 às 14:36
Quero comentários:
Carta Aberta a Arnaldo Jabor
De Mauro Carrara
Quase perfeitíssimo truão,
Primeiramente, atente ao substantivo, e não desconfie de insulto. Os bobos da corte são, historicamente, mais que promotores de fuzarca ou desvalidos a serviço do entretenimento. Os realmente talentosos urdiam na teia das anedotas a crítica a seus senhores monarcas, traduzindo pela ironia a bronca popular.
Era o caso do ácido e desengonçado Triboulet, vosso patrono, uma espécie de grilo falante capaz de estimular as consciências de Luís XII e Francisco I. Tantos outros venceram no ofício, como o impagável Cristobal de Pernia, uma espécie de conselheiro extra-oficial de Felipe IV.
Neste Brasil da pós-modernidade globalizante, el rei Dom Fernando Henrique Cardoso reviveu a bufonaria. No entanto, empregou-a de modo diverso, quase sempre como dissimulação hilariante para desviar atenções de sua ética de conveniência mercantil, tão bem definida por Dom José A. Gianotti, seu filósofo e encanador.
O ex-monarca utilizou ainda sua trupe de falastrões para promover a alienante festa pública sugerida por Maquiavel. Portanto, nunca é exagero te parabenizar pelo empenho profissional. Há anos, na ribalta televisiva, te devotas a divertir e iludir os "psites do sofá", mesmo depois que o tiranete a quem servias foi apeado do trono. Sempre diligente, conclamas e incitas, rebolando patranhas tal qual histriônico cabo de esquadra do restauracionismo.
Recentemente, contudo, causou-me espanto tua fúria salivante para edulcorar a participação do embusteiro Geraldo Alckmin no embate contra o grisalho herói de todos os sertões.
Como é próprio de teu ofício, fizeste rir ao embaralhar significados, ao abusar das hipérboles, ao exceder-se nos adjetivos impróprios, ao viajar na maionese das idéias desconexas.
No entanto, truão Jabor, prosperou aqui a dúvida. Que quiseste dizer com o clichê "choque de capitalismo"? Seria referência ao rombo de R$ 1,2 bilhão legado pelo embusteiro alquimista ao ressabiado governador Lembo? Ou seria apenas ironia herdada de teus predecessores, na profecia zombeteira de um novo "que comam brioches"?
Destacam-se também, como enigmas, tuas dupletas acres de escassa teoria. São os casos de "socialismo degradado", "populismo estatista" e "getulismo tardio". Eita, nóis! Que essas vigarices binárias nos viessem, ao menos, com sal de fruta. Né? Ora, de qual "socialismo" tratas? Será que resolveste, no supletivo dos sexagenários, estudar a industria cultural e as idéias de Adorno? Hum... Pouco provável.
No que tange ao termo "populismo", arrisco uma resposta. Tu o compraste na escribaria de ordenança dos novos donatários. É coisa do bazar de tolices de Civita e Frias Filho. Acertei? Diga aí...
Mas o que queres dizer com "getulismo"? Pelo que percebi, escapa-te o fenômeno à compreensão histórica. Tratas daquele do Departamento de Imprensa e Propaganda? Ou te referes àquele das necessárias justiças trabalhistas?
Outros exageros me encafifaram em tua anedota de encomenda. Tratas lisergicamente de um São Paulo "rico", como se construído dos empenhos da malta quatrocentona. Em teus seminários de apedeuta, desapareceu o povo. Evaporaram-se João Ramalho, Bartira, Tibiriçá, Anchieta, tantos mamelucos arabizados, tantos avós europeus aqui remixados, tantos irmãos nordestinos que ergueram nossos arranha-céus. Teu São Paulo mítico, tristemente, não admite a antropofagia.
E tem mais... Em tua pregação, o embusteiro Alckmin surge como legítimo herdeiro da alva elite construtora do progresso. Nesse delírio pós-positivista e lombrosiano, não há rastro da gestão criminosa dos privateiros tucanos, dos sonegadores dasluzeiros, dos pedageiros corruptos e dos sócios do marcolismo. Não te rendeste ao excesso? Ai, ai, ai...
Agitando guizos, executas tua prestidigitação. Empregas, em simultâneo, o sapato pontudo para alojar sob o tapete o sacrifício juvenil na Febem, as nove centenas de contratos irregulares e o estupendo assalto ao tesouro da gente bandeirante. Não exageraste? És bufão ou advogado, truão Jabor?
Entre tuas deformações, tão valiosas ao ofício, suponho até mesmo a cegueira de um olho. Ignoras o júbilo de milhões de vassalos não mais famintos, agora metidos a escrever o próprio nome. Vê, quanto atrevimento! Tampouco registras a voz de ameríndios e afro-descendentes, agora perigosamente mais próximos de ti, a tomar lugar nos bancos da universidades.
Não enxergas a energia elétrica nos grotões nem o canto de esperança dos humildes da terra, fortalecidos em cooperativas de produção.
Depois, qual demiurgo de botequim, dizes que o nasolongo Alckmin é "incisivo", enquanto o outro te parece "evasivo". Ladino que és, julgas os combatentes pelo aspecto cênico e não pela natureza das idéias. No caso do embusteiro alquimista, excedes ao elogiar o espantalho bélico, aplicadíssimo ao método stanislavskiano. Ora, magnífico truão, todos vimos que o herói de todos os sertões é adepto de outra técnica. Pisa o palco de Brecht, revelando-se como realmente é, antes que se mistifique no papel de fundeiro de microfone.
Cantaste, portanto, a vitória do "limpinho", do "sem barba", do malcriado que imita Tyson. Como líder de torcida, vibraste na platéia, tuas pernas flácidas saltitando de contentamento, as mãos agitando invisíveis fitas coloridas. Ah, mas perdeste a razão...
Depois, destilaste teu parvo sarcasmo sobre o "povo", sobre a "mãe analfabeta" do operário e sobre os "pobres", em suma, sobre esses todos do "lado de cá". Na piada rancorosa, revelaste um desprezo moldado para a auto-proteção.
Sabes o quanto é doloroso viver deste lado da linha, no território dos anônimos, dos que sofrem e trabalham de verdade.
Se há dialética nesta missiva, agrego teus motivos. Sabes o valor de uma adoção real, ainda que precises caminhar de quatro, atado à coleirinha de el rei. Sabes o quanto é estratégica essa assepsia, esse descontato com o ímpio das ruas, dos campos e das construções.
Assim, me permito uma visita a teu passado. Tua obra "séria" resultou, caro truão, em enorme fracasso. E, disso, bem sabes. Por um tempo, tuas ventosas de sanguessuga agarraram algumas tetas públicas. Desse modo, pudeste alimentar teus espetáculos de terceira categoria, ainda que fizessem rir quando a intenção era pretensiosamente induzir à reflexão.
Incerto dia, pobre de ti, todo o oportunismo de parasita foi castigado, de modo que te encontraste novamente vadio, mergulhado na mais profunda frustração. Naquele momento, julgo, buscaste inspiração em Triboulet...
Na Vênus Platinada do decrépito Marinho, iniciaste tua pândega panfletária, calcada na manipulação marota de cacos de idéias. Nada por inteiro. Coerente para quem, por natureza, carece de integridade.
Esse flashback permite, portanto, compreender melhor o roteiro cínico. Tanto faz se teu senhor largou o reino às escuras, se destacou piratas para pilhar o patrimônio público, se foi incompetente até mesmo para empreender no capitalismo que tanto celebras. Às tuas costas, no tempo, estende-se a terra arrasada pela peste do egoísmo, habitada de fariseus neoliberais e de peruas ridículas e mesquinhas. Por meio da ruidosa retórica de falso indignado, desvias o olhar público dessa paisagem da tragédia.
Para seguir o ato farsesco, fazes descer o pano da falácia sinistra do golpismo lacerdista, da distorção, da maledicência e da espetacularização do rito inquisitório. Simulas ver aqui, em alto grau, o que ignoras ali. Na telinha da "Grobo", distribui sofismas, injetas no sangue de Otello a desconfiança, patrocinas a intriga nacional.
Poder-se-ia encontrar em ti o personagem Sacripante. Uma observação acurada, entretanto, revela mais um Silvério dos Reis das artes cênicas. Certa vez, me disse Henfil: "o pior humorista é o que vende sua comédia aos canalhas que fazem o povo chorar". Simples, didático, serve à elaboração de um código de ética de tua categoria.
Pois, tua notícia deturpada do embate, devotado truão, mostrou-se cômico engodo. Foi lá, teu embusteiro "truco-lento" dar com as fuças na parede. Saiu do campo laureado e enganado, pior que Pirro. Este, menos imbecil, admitiu que a vitória contra os romanos fora uma tragédia, o prólogo de sua ruína.
Portanto, o exemplo da derrota também te serve. Decisivamente, ainda que te gabes, jamais superaste Paulo Francis, o bobo da corte mais destro nessas artes de sabujo-rabujo. E se cultivas alguma pretensão de hegemonia, te sugiro mover o pescocinho atrofiado. Pilantrinhas peraltas, como Mainardi e Azevedo, emparelham já contigo, disputam hidrofobicamente a suprema magistratura da bufonaria.
E, percebe truão, que a dupla tonto-fascista não te fica a dever: são também inescrupulosos, traiçoeiros e carregam a poderosa energia do ressentimento, sem contar que igualmente migraram do fracasso profissional para a aventura mercenária midiática.
Por fim, adorável truão, ajusta o relógio da tua soberba. Não é hora de celebrar a ignomínia convertida em comédia. Nem é momento de levantar a horda de rufiões da "ética" para cantar a vitória restauracionista. Para além dos simulacros do teu moralismo cínico, lambuzado de paroxismos impróprios, exercita-se o sabre do julgamento público, implacável, aquele cuja lâmina é afiada pelo tempo. Subiram os letreiros... Perdeste o charme. Perdeste a graça.
Nota de Boca de Mídia sobre o autor:
Mauro Carrara é jornalista, nascido em 1939, no Brás, em São Paulo. É o segundo filho de Giuseppe Carrara, professor de Filosofia em Bologna, e de Grazia Benedetti, uma operária e militante comunista de Nápoli. O casal chegou ao Brasil em 1934, fugindo da perseguição fascista. Mauro foi para a Itália em 1959, por sugestão do amigo dramaturgo G. Guarnieri. Em Firenze, estudou arte, ciências sociais e comunicação. De volta ao Brasil, passou dois anos na Amazônia. Ao atuar na defesa dos povos indígenas, foi preso pelo regime militar. Libertado, voltou à Itália. Como free-lancer, produziu reportagens para jornais como L?Unita e Il Manifesto. Com o primo Antonino, esteve no Vietnã, no início da década de 70. Em 1973, no Chile, juntou-se à resistência ao golpe contra Allende. No Brasil, como clandestino, aproximou-se do cartunista Henfil, cujos trabalhos traduziu para uma revista alternativa italiana. Na década de 80, prestou serviços para a ONU em países como China, Iraque e Marrocos. Nos anos 90, assessorou ONGs brasileiras, especialmente na área de Direitos Humanos. Ainda atua na área de comunicação e relações internacionais.
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É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.
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Carta Aberta a Arnaldo Jabor
De Mauro Carrara
Quase perfeitíssimo truão,
Primeiramente, atente ao substantivo, e não desconfie de insulto. Os bobos da corte são, historicamente, mais que promotores de fuzarca ou desvalidos a serviço do entretenimento. Os realmente talentosos urdiam na teia das anedotas a crítica a seus senhores monarcas, traduzindo pela ironia a bronca popular.
Era o caso do ácido e desengonçado Triboulet, vosso patrono, uma espécie de grilo falante capaz de estimular as consciências de Luís XII e Francisco I. Tantos outros venceram no ofício, como o impagável Cristobal de Pernia, uma espécie de conselheiro extra-oficial de Felipe IV.
Neste Brasil da pós-modernidade globalizante, el rei Dom Fernando Henrique Cardoso reviveu a bufonaria. No entanto, empregou-a de modo diverso, quase sempre como dissimulação hilariante para desviar atenções de sua ética de conveniência mercantil, tão bem definida por Dom José A. Gianotti, seu filósofo e encanador.
O ex-monarca utilizou ainda sua trupe de falastrões para promover a alienante festa pública sugerida por Maquiavel. Portanto, nunca é exagero te parabenizar pelo empenho profissional. Há anos, na ribalta televisiva, te devotas a divertir e iludir os "psites do sofá", mesmo depois que o tiranete a quem servias foi apeado do trono. Sempre diligente, conclamas e incitas, rebolando patranhas tal qual histriônico cabo de esquadra do restauracionismo.
Recentemente, contudo, causou-me espanto tua fúria salivante para edulcorar a participação do embusteiro Geraldo Alckmin no embate contra o grisalho herói de todos os sertões.
Como é próprio de teu ofício, fizeste rir ao embaralhar significados, ao abusar das hipérboles, ao exceder-se nos adjetivos impróprios, ao viajar na maionese das idéias desconexas.
No entanto, truão Jabor, prosperou aqui a dúvida. Que quiseste dizer com o clichê "choque de capitalismo"? Seria referência ao rombo de R$ 1,2 bilhão legado pelo embusteiro alquimista ao ressabiado governador Lembo? Ou seria apenas ironia herdada de teus predecessores, na profecia zombeteira de um novo "que comam brioches"?
Destacam-se também, como enigmas, tuas dupletas acres de escassa teoria. São os casos de "socialismo degradado", "populismo estatista" e "getulismo tardio". Eita, nóis! Que essas vigarices binárias nos viessem, ao menos, com sal de fruta. Né? Ora, de qual "socialismo" tratas? Será que resolveste, no supletivo dos sexagenários, estudar a industria cultural e as idéias de Adorno? Hum... Pouco provável.
No que tange ao termo "populismo", arrisco uma resposta. Tu o compraste na escribaria de ordenança dos novos donatários. É coisa do bazar de tolices de Civita e Frias Filho. Acertei? Diga aí...
Mas o que queres dizer com "getulismo"? Pelo que percebi, escapa-te o fenômeno à compreensão histórica. Tratas daquele do Departamento de Imprensa e Propaganda? Ou te referes àquele das necessárias justiças trabalhistas?
Outros exageros me encafifaram em tua anedota de encomenda. Tratas lisergicamente de um São Paulo "rico", como se construído dos empenhos da malta quatrocentona. Em teus seminários de apedeuta, desapareceu o povo. Evaporaram-se João Ramalho, Bartira, Tibiriçá, Anchieta, tantos mamelucos arabizados, tantos avós europeus aqui remixados, tantos irmãos nordestinos que ergueram nossos arranha-céus. Teu São Paulo mítico, tristemente, não admite a antropofagia.
E tem mais... Em tua pregação, o embusteiro Alckmin surge como legítimo herdeiro da alva elite construtora do progresso. Nesse delírio pós-positivista e lombrosiano, não há rastro da gestão criminosa dos privateiros tucanos, dos sonegadores dasluzeiros, dos pedageiros corruptos e dos sócios do marcolismo. Não te rendeste ao excesso? Ai, ai, ai...
Agitando guizos, executas tua prestidigitação. Empregas, em simultâneo, o sapato pontudo para alojar sob o tapete o sacrifício juvenil na Febem, as nove centenas de contratos irregulares e o estupendo assalto ao tesouro da gente bandeirante. Não exageraste? És bufão ou advogado, truão Jabor?
Entre tuas deformações, tão valiosas ao ofício, suponho até mesmo a cegueira de um olho. Ignoras o júbilo de milhões de vassalos não mais famintos, agora metidos a escrever o próprio nome. Vê, quanto atrevimento! Tampouco registras a voz de ameríndios e afro-descendentes, agora perigosamente mais próximos de ti, a tomar lugar nos bancos da universidades.
Não enxergas a energia elétrica nos grotões nem o canto de esperança dos humildes da terra, fortalecidos em cooperativas de produção.
Depois, qual demiurgo de botequim, dizes que o nasolongo Alckmin é "incisivo", enquanto o outro te parece "evasivo". Ladino que és, julgas os combatentes pelo aspecto cênico e não pela natureza das idéias. No caso do embusteiro alquimista, excedes ao elogiar o espantalho bélico, aplicadíssimo ao método stanislavskiano. Ora, magnífico truão, todos vimos que o herói de todos os sertões é adepto de outra técnica. Pisa o palco de Brecht, revelando-se como realmente é, antes que se mistifique no papel de fundeiro de microfone.
Cantaste, portanto, a vitória do "limpinho", do "sem barba", do malcriado que imita Tyson. Como líder de torcida, vibraste na platéia, tuas pernas flácidas saltitando de contentamento, as mãos agitando invisíveis fitas coloridas. Ah, mas perdeste a razão...
Depois, destilaste teu parvo sarcasmo sobre o "povo", sobre a "mãe analfabeta" do operário e sobre os "pobres", em suma, sobre esses todos do "lado de cá". Na piada rancorosa, revelaste um desprezo moldado para a auto-proteção.
Sabes o quanto é doloroso viver deste lado da linha, no território dos anônimos, dos que sofrem e trabalham de verdade.
Se há dialética nesta missiva, agrego teus motivos. Sabes o valor de uma adoção real, ainda que precises caminhar de quatro, atado à coleirinha de el rei. Sabes o quanto é estratégica essa assepsia, esse descontato com o ímpio das ruas, dos campos e das construções.
Assim, me permito uma visita a teu passado. Tua obra "séria" resultou, caro truão, em enorme fracasso. E, disso, bem sabes. Por um tempo, tuas ventosas de sanguessuga agarraram algumas tetas públicas. Desse modo, pudeste alimentar teus espetáculos de terceira categoria, ainda que fizessem rir quando a intenção era pretensiosamente induzir à reflexão.
Incerto dia, pobre de ti, todo o oportunismo de parasita foi castigado, de modo que te encontraste novamente vadio, mergulhado na mais profunda frustração. Naquele momento, julgo, buscaste inspiração em Triboulet...
Na Vênus Platinada do decrépito Marinho, iniciaste tua pândega panfletária, calcada na manipulação marota de cacos de idéias. Nada por inteiro. Coerente para quem, por natureza, carece de integridade.
Esse flashback permite, portanto, compreender melhor o roteiro cínico. Tanto faz se teu senhor largou o reino às escuras, se destacou piratas para pilhar o patrimônio público, se foi incompetente até mesmo para empreender no capitalismo que tanto celebras. Às tuas costas, no tempo, estende-se a terra arrasada pela peste do egoísmo, habitada de fariseus neoliberais e de peruas ridículas e mesquinhas. Por meio da ruidosa retórica de falso indignado, desvias o olhar público dessa paisagem da tragédia.
Para seguir o ato farsesco, fazes descer o pano da falácia sinistra do golpismo lacerdista, da distorção, da maledicência e da espetacularização do rito inquisitório. Simulas ver aqui, em alto grau, o que ignoras ali. Na telinha da "Grobo", distribui sofismas, injetas no sangue de Otello a desconfiança, patrocinas a intriga nacional.
Poder-se-ia encontrar em ti o personagem Sacripante. Uma observação acurada, entretanto, revela mais um Silvério dos Reis das artes cênicas. Certa vez, me disse Henfil: "o pior humorista é o que vende sua comédia aos canalhas que fazem o povo chorar". Simples, didático, serve à elaboração de um código de ética de tua categoria.
Pois, tua notícia deturpada do embate, devotado truão, mostrou-se cômico engodo. Foi lá, teu embusteiro "truco-lento" dar com as fuças na parede. Saiu do campo laureado e enganado, pior que Pirro. Este, menos imbecil, admitiu que a vitória contra os romanos fora uma tragédia, o prólogo de sua ruína.
Portanto, o exemplo da derrota também te serve. Decisivamente, ainda que te gabes, jamais superaste Paulo Francis, o bobo da corte mais destro nessas artes de sabujo-rabujo. E se cultivas alguma pretensão de hegemonia, te sugiro mover o pescocinho atrofiado. Pilantrinhas peraltas, como Mainardi e Azevedo, emparelham já contigo, disputam hidrofobicamente a suprema magistratura da bufonaria.
E, percebe truão, que a dupla tonto-fascista não te fica a dever: são também inescrupulosos, traiçoeiros e carregam a poderosa energia do ressentimento, sem contar que igualmente migraram do fracasso profissional para a aventura mercenária midiática.
Por fim, adorável truão, ajusta o relógio da tua soberba. Não é hora de celebrar a ignomínia convertida em comédia. Nem é momento de levantar a horda de rufiões da "ética" para cantar a vitória restauracionista. Para além dos simulacros do teu moralismo cínico, lambuzado de paroxismos impróprios, exercita-se o sabre do julgamento público, implacável, aquele cuja lâmina é afiada pelo tempo. Subiram os letreiros... Perdeste o charme. Perdeste a graça.
Nota de Boca de Mídia sobre o autor:
Mauro Carrara é jornalista, nascido em 1939, no Brás, em São Paulo. É o segundo filho de Giuseppe Carrara, professor de Filosofia em Bologna, e de Grazia Benedetti, uma operária e militante comunista de Nápoli. O casal chegou ao Brasil em 1934, fugindo da perseguição fascista. Mauro foi para a Itália em 1959, por sugestão do amigo dramaturgo G. Guarnieri. Em Firenze, estudou arte, ciências sociais e comunicação. De volta ao Brasil, passou dois anos na Amazônia. Ao atuar na defesa dos povos indígenas, foi preso pelo regime militar. Libertado, voltou à Itália. Como free-lancer, produziu reportagens para jornais como L?Unita e Il Manifesto. Com o primo Antonino, esteve no Vietnã, no início da década de 70. Em 1973, no Chile, juntou-se à resistência ao golpe contra Allende. No Brasil, como clandestino, aproximou-se do cartunista Henfil, cujos trabalhos traduziu para uma revista alternativa italiana. Na década de 80, prestou serviços para a ONU em países como China, Iraque e Marrocos. Nos anos 90, assessorou ONGs brasileiras, especialmente na área de Direitos Humanos. Ainda atua na área de comunicação e relações internacionais.
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É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.
terça-feira, outubro 17, 2006
Eles misturam os bolsos
Por: Sebastião Nery
Antonio Castro, da Arena, era prefeito de Cabo Frio, no Rio. Stelio Santos, também da Arena, era vereador de Cabo Frio. Amigos, Antonio Castro chamou Stelio para seu chefe de gabinete.
Em pouco tempo, Stelio era o verdadeiro prefeito. Inteligente, ativo, mandava e desmandava. E Antonio Castro, por preguiça, gostava. Uma tarde, os dois despachavam na prefeitura, chegou uma conta da Sapataria Vison para o prefeito pagar. Era um par de sapatos comprado pela mulher dele. Antonio Carlos ficou irritado:
- Minha mulher está maluca. Sapato na conta da prefeitura? O que é que eu faço? Em que verba ponho isso?
Stelio resolveu logo o problema:
- Sapato, sapato. Põe na verba de "calçamento".
José Américo
O velho. sábio e saudoso José Américo, da Paraíba, ensinava:
- Uma das desgraças nacionais é que muitos de nossos homens públicos não distinguem o que é público do que é privado. Eles misturam os bolsos.
Todo esse mar de lama ético, toda essa corrupção em que o governo Lula e o PT mergulharam o País, como jamais se havia visto, nasceu exatamente daí. Lula, o PT, seus parceiros e aliados, não conseguem distinguir o que é a coisa pública (a "res publica" romana) do que é a coisa privada.
Eles "misturam os bolsos". Desde os gregos, Aristóteles buscou o conhecimento antes de tudo a partir da "compreensão das diferenças" (é o mesmo "distinguo" tomista, naturalmente de Santo Tomás de Aquino).
Hoje, no Rio, Lula vai se encontrar com seus "intelectuais". Quase todos velhos "apanhadores em campos de centeio" (J.B. Salinger), gente da "cultura imobiliária", de que fala o gênio de Millor Fernandes, e que, entra governo e sai governo, em vez de aprenderem a "distinguir", só sabem "misturar" verbas públicas com suas contas bancárias particulares.
Gullar
Um intelectual, intelectual de verdade, dos maiores do País, que outras vezes, em outras campanhas de Lula, deve ter estado lá com ele, desta vez em hipótese alguma estará no Canecão. Ferreira Gullar já disse por que não vai:
1 - "Seria hilariante, se não fosse constrangedor, ouvir Lula dizer que, no segundo turno, iria travar um debate profundo sobre a ética... O político cara-de-pau não hesita em negar a mais incontestável das evidências, se ela o compromete e pode lhe tirar votos... Sabe muito bem que finge e mente e que ninguém acreditará no que afirma".
2 - "Lula garantiu que está louco para discutir problemas éticos, quando se sabe que é a última coisa que gostaria de fazer... Os petistas, particularmente os dois citados (Lula e o ministro Tarso Genro), são mestres em simulações, verdadeiros atores e tanto melhores se o gênero é a farsa".
3 - "O que mais impressiona nessa farra petista de falcatruas é que ela persiste, apesar dos escândalos que tem provocado... Muita gente se pergunta: eles são aloprados? Não, não são aloprados, são corruptos, são viciados em corrupção. A corrupção é a sua segunda natureza" (domingo, na "Folha").
Dirceu
No "Radar" da "Veja", o Lauro Jardim conta:
"José Dirceu continua em assembléia permanente com Lula. Ou seja, eles têm se falado muito nesta campanha. Mas sem holofotes. Dirceu sabe que a exposição desse relacionamento atrapalharia a campanha pela reeleição".
Em 93, apareceu em Paris a biografia de Mikoian, Anastas Ivanovitch Mikoian (1895-1971), um dos últimos velhos bolcheviques, ex-presidente do Soviete Supremo, com novas revelações sobre Beria (Laurenti Pavlovitch), que passou toda a vida na Tcheka, GPU, NKVD, os vários nomes da polícia secreta soviética e, em julho de 53, três meses depois da morte de Stalin (março de 53), "preso como traidor do Estado e nas vésperas do Natal fuzilado".e
De lá, escrevi algumas colunas sobre José Dirceu, Lula e o PT ("O Beria de Lula", "PT, um partido policial", etc). Nos vários misteriosos anos que passou em Cuba, enquanto os companheiros treinavam guerrilha e vinham morrer no Brasil, o esperto e beriano Dirceu fez mestrado e doutorado em informações, em política e polícia secretas, e veio depois aplicar tudo no PT.
Garcia
Foi com esse arsenal secreto que, no ano seguinte, Dirceu tomou o PT de assalto, passou a abastecer e controlar a vida de Lula e nunca mais deixou de ser o dono de Lula, do PT e, depois, do governo. No ano passado, expelido do governo e da Câmara por exigência higiênica da democracia, numa longa entrevista (não lembro se à Folha" ou a "O Globo"), perguntaram a Dirceu quem era seu melhor amigo. Respondeu de pronto: "Marco Aurélio Garcia".
Quando Genoino foi derrubado da presidência do PT, Dirceu enfiou logo lá, como presidente do PT e chefe da campanha de Lula, o Berzoini, seu velho guarda-costas e, como vice-presidente, Marco Aurélio Garcia. Quando Berzoini caiu, da campanha e do partido, no escândalo do dossiê, Dirceu pôs também, na campanha e na presidência do PT, o Garcia, o "maior amigo".
Dirceu continua o Beria de Lula.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Antonio Castro, da Arena, era prefeito de Cabo Frio, no Rio. Stelio Santos, também da Arena, era vereador de Cabo Frio. Amigos, Antonio Castro chamou Stelio para seu chefe de gabinete.
Em pouco tempo, Stelio era o verdadeiro prefeito. Inteligente, ativo, mandava e desmandava. E Antonio Castro, por preguiça, gostava. Uma tarde, os dois despachavam na prefeitura, chegou uma conta da Sapataria Vison para o prefeito pagar. Era um par de sapatos comprado pela mulher dele. Antonio Carlos ficou irritado:
- Minha mulher está maluca. Sapato na conta da prefeitura? O que é que eu faço? Em que verba ponho isso?
Stelio resolveu logo o problema:
- Sapato, sapato. Põe na verba de "calçamento".
José Américo
O velho. sábio e saudoso José Américo, da Paraíba, ensinava:
- Uma das desgraças nacionais é que muitos de nossos homens públicos não distinguem o que é público do que é privado. Eles misturam os bolsos.
Todo esse mar de lama ético, toda essa corrupção em que o governo Lula e o PT mergulharam o País, como jamais se havia visto, nasceu exatamente daí. Lula, o PT, seus parceiros e aliados, não conseguem distinguir o que é a coisa pública (a "res publica" romana) do que é a coisa privada.
Eles "misturam os bolsos". Desde os gregos, Aristóteles buscou o conhecimento antes de tudo a partir da "compreensão das diferenças" (é o mesmo "distinguo" tomista, naturalmente de Santo Tomás de Aquino).
Hoje, no Rio, Lula vai se encontrar com seus "intelectuais". Quase todos velhos "apanhadores em campos de centeio" (J.B. Salinger), gente da "cultura imobiliária", de que fala o gênio de Millor Fernandes, e que, entra governo e sai governo, em vez de aprenderem a "distinguir", só sabem "misturar" verbas públicas com suas contas bancárias particulares.
Gullar
Um intelectual, intelectual de verdade, dos maiores do País, que outras vezes, em outras campanhas de Lula, deve ter estado lá com ele, desta vez em hipótese alguma estará no Canecão. Ferreira Gullar já disse por que não vai:
1 - "Seria hilariante, se não fosse constrangedor, ouvir Lula dizer que, no segundo turno, iria travar um debate profundo sobre a ética... O político cara-de-pau não hesita em negar a mais incontestável das evidências, se ela o compromete e pode lhe tirar votos... Sabe muito bem que finge e mente e que ninguém acreditará no que afirma".
2 - "Lula garantiu que está louco para discutir problemas éticos, quando se sabe que é a última coisa que gostaria de fazer... Os petistas, particularmente os dois citados (Lula e o ministro Tarso Genro), são mestres em simulações, verdadeiros atores e tanto melhores se o gênero é a farsa".
3 - "O que mais impressiona nessa farra petista de falcatruas é que ela persiste, apesar dos escândalos que tem provocado... Muita gente se pergunta: eles são aloprados? Não, não são aloprados, são corruptos, são viciados em corrupção. A corrupção é a sua segunda natureza" (domingo, na "Folha").
Dirceu
No "Radar" da "Veja", o Lauro Jardim conta:
"José Dirceu continua em assembléia permanente com Lula. Ou seja, eles têm se falado muito nesta campanha. Mas sem holofotes. Dirceu sabe que a exposição desse relacionamento atrapalharia a campanha pela reeleição".
Em 93, apareceu em Paris a biografia de Mikoian, Anastas Ivanovitch Mikoian (1895-1971), um dos últimos velhos bolcheviques, ex-presidente do Soviete Supremo, com novas revelações sobre Beria (Laurenti Pavlovitch), que passou toda a vida na Tcheka, GPU, NKVD, os vários nomes da polícia secreta soviética e, em julho de 53, três meses depois da morte de Stalin (março de 53), "preso como traidor do Estado e nas vésperas do Natal fuzilado".e
De lá, escrevi algumas colunas sobre José Dirceu, Lula e o PT ("O Beria de Lula", "PT, um partido policial", etc). Nos vários misteriosos anos que passou em Cuba, enquanto os companheiros treinavam guerrilha e vinham morrer no Brasil, o esperto e beriano Dirceu fez mestrado e doutorado em informações, em política e polícia secretas, e veio depois aplicar tudo no PT.
Garcia
Foi com esse arsenal secreto que, no ano seguinte, Dirceu tomou o PT de assalto, passou a abastecer e controlar a vida de Lula e nunca mais deixou de ser o dono de Lula, do PT e, depois, do governo. No ano passado, expelido do governo e da Câmara por exigência higiênica da democracia, numa longa entrevista (não lembro se à Folha" ou a "O Globo"), perguntaram a Dirceu quem era seu melhor amigo. Respondeu de pronto: "Marco Aurélio Garcia".
Quando Genoino foi derrubado da presidência do PT, Dirceu enfiou logo lá, como presidente do PT e chefe da campanha de Lula, o Berzoini, seu velho guarda-costas e, como vice-presidente, Marco Aurélio Garcia. Quando Berzoini caiu, da campanha e do partido, no escândalo do dossiê, Dirceu pôs também, na campanha e na presidência do PT, o Garcia, o "maior amigo".
Dirceu continua o Beria de Lula.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Meu nome é Luiz Inácio Lula da Silva mas
Por: Helio Fernandes
Pode me chamar de presidente, e repetir 4 anos de retrocesso
Faltam pouco mais de 10 dias para a eleição, o 2º turno com a vitória anunciada de Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2002, começando 4 meses antes da eleição, escrevi vários artigos, todos com o mesmo título, logicamente com textos diferentes, mas com igual convicção. Título geral: "Meu nome é Luiz Inácio Lula da Silva, mas pode me chamar de presidente".
52 milhões de eleitores confirmaram a esperança que se desprendia ou que surgia da alternância do Poder. Num país dominado pela elite, no Império e na República, um trabalhador no governo era mais do que uma experiência, era a consagração da democracia.
Isso foi dito com votos, com palavras, com expectativa, barulhenta ou silenciosa. E se 52 milhões de cidadãos "teclaram" o número de Lula em 2002, outros 52 milhões não fizeram isso, mas deixaram implícito e explícito: não davam a ele o voto na urna, mas emprestavam esse voto, na esperança, na compreensão, na divagação de que finalmente a República deixaria de ser um sonho arruinado, destroçado, desesperançado.
Durante esses quase 4 anos fui expressando minha decepção, minha inquietação, minha constatação de que nada aconteceria. Logo, logo não havia mais dúvida: Lula assumia com 2 projetos. Um, pessoal, que era de se impor através da exibição na televisão, ou então pelas viagens internacionais, dialogando com os donos do mundo. Nos primeiros meses ou até, digamos, 1 ano, seu charme, carisma, da vitória de um trabalhador pobríssimo que conseguira vencer tudo e chegar a presidente da República, se mantiveram intactos.
Mas logo se via que um outro esquema dominava o governo, o Planalto e o Alvorada, e por motivos os mais diversos arrastava o próprio Lula. Arrastava ou o mantinha inteiramente por fora de tudo? Lula continuava a se exibir na televisão interna e nos palcos externos, mas a desconfiança se consolidava. E imediatamente se materializava o grupo da ambição que se consolidava utilizando a corrupção. Pretendiam o que Hitler chamara de "Reich dos mil anos" e FHC os 20 anos, no mínimo do Poder pela entrega do patrimônio nacional.
Meu primeiro brado retumbante: quando o presidente Lula disse na televisão: "Fico esperando ansioso que o Palocci e o Meirelles acenem com o sinal verde para baixar os juros". Era muito, protestei abertamente. O regime é presidencialista, o presidente pode tudo, por que depender de dois subordinados? Por sua vez, subordinados ao FMI?
Em menos de 2 anos tudo desmoronou. Escândalos e mais escândalos foram chegando ao conhecimento geral. Eram de tal ordem, num volume tão extraordinário, que seqüestraram o próprio presidente Lula. Continuou negando, insistiu no monótono "não sei de nada", mas foi demitindo, desonrosamente, os principais auxiliares. Teve que expulsar com cartão vermelho aqueles que esperava que lhe acenassem com cartão verde.
Os 4 anos de Lula representam a maior e mais incoerente tragédia do que pode ser chamado sem qualquer hesitação de cópia do "fernandohenriquecardosismo". É terrível para um presidente que prometeu a esperança e a realização fazer tudo igual ao antecessor, que é conhecido pelo RETROCESSO DE 80 ANOS EM 8.
Ultrapassando logo o tempo e o espaço, estamos perto do 29 de outubro, do 2º turno e da nova vitória de Lula. No 1º turno teve 48,5% dos votos. Não vai perder 1 só desses votos e ganhará mais 6 ou 7%, chegando facilmente aos 55%. Alckmin pode chegar a 45%, que ilusão.
PS - Este artigo, bem antes da eleição inútil do dia 29 e do debate vazio do dia 27, pode ter, e tem mesmo, o título dos que escrevi em 2002. Mas o repórter, dominado pelo desalento, pelo desencanto, pela descrença.
PS 2 - Como não gosto de votar em branco ou anular o voto, e como votar em Alckmin representa a mesma coisa, ficou a opção a ser cumprida com tanta dor no coração, que o melhor mesmo é, antes da votação, colocar um marcapasso. Réplica do que colocaram no país, ESTAGNANDO-O ou CONDENANDO-O ao RETROCESSO.
Geraldo Alckmin
Outro que desaparece. Não tenho nada pessoalmente contra ele, só o que representa. Por isso o velório antes da morte, dia 29.
Meu artigo em defesa dos funcionários da AERUS, PETROS e AEROS, que são roubados na APOSENTADORIA COMPLEMENTAR, teve excelente repercussão. No sábado mesmo houve reunião-jantar, e quase ia saindo um acordo positivo. Ivan Barreto, presidente da AMBEP, tentou apoiar o lado bom da AEPET. Já fizera a defesa de Fernando Siqueira, diretor da AEPET e membro do Conselho Deliberativo da AMBEP. Mas logo o grupo ruim que assaltou a AEPET tomou providências.
O presidente da AEPET, Heitor Pereira, estava presente, mas quem falou foi o engenheiro Sidney Reis. Manda mais que o presidente, e se apresenta como ASSESSOR JURÍDICO. (Recado para a OAB: se ele não é advogado, pode ser ASSESSOR JURÍDICO?).
Como são malabaristas, na eleição da AMBEP, que não demora, querem tirar Fernando Siqueira do Conselho Deliberativo e colocá-lo no Conselho Fiscal. A AMBEP representa mais de 130 mil funcionários. Heitor Pereira continuará em silêncio.
A Sujíssima Veja errou mais uma vez. Garantiu que Alckmin é ameaça real (ou dólar?) ao presidente Lula.
Assim como engana o leitor na informação e na opinião, engana também na análise. Onde a surpresa? Lula não terá menos de 55% dos votos.
Alckmin contamina até amigos (?). Prometeu o Ministério da Fazenda ao corrupTASSO, ninguém foi tão derrotado quanto ele, principalmente no seu estado, o Ceará. Além disso, Alckmin que não ganha, prometeu em vão.
O presidenciável registrado pelo PSDB, mas com a cúpula desse partido com horror a ele, garantiu a Michel Temer que seria presidente da Câmara. Temer pretendia isso ou a vice do Serra, foi vetado por Quercia.
Temer já se julgava presidente da Câmara. Ficou em penúltimo lugar na legenda. Mas como 2 candidatos do PMDB foram impugnados e se elegeram, Temer, desesperado, vive a angústia de ser suplente. Se fosse no Senado, que maravilha viver. Não presidirá a Câmara.
Ney Suassuna, derrotado pelo povo do seu estado, e não reeeleito, faz agora apelo aos colegas: para que cassá-lo, seu mandato está no fim.
Não tem apoio, respondem: a cassação não é pelo tempo e sim pela credibilidade. O relator, Jefferson Peres, desconheceu os apelos, pediu sua cassação. Foi insultado, injuriado, agredido. Piorou a situação.
José Roberto Dutra é arrogante, pretensioso, incompetente. Perdeu para governador do Sergipe, não se reelegeu senador, ganhou de presente a Petrobras. Teve que ser demitido às pressas ou a grande empresa acabava.
Foi novamente candidato a senador, outra vez derrotado. Mesmo apoiado por Marcelo Déda, prefeito duas vezes e eleito governador.
Dutra sonha que Lula repita o 1º mandato e nomeie derrotados. Será salvo do ostracismo. Poderia ser ministro da Limpeza Pública, o cargo não existe.
Cristovam Buarque tem mandato no Senado até 2010. Tem dito a amigos que voltará ao governo do Distrito Federal. Como ganhar de Paulo Otavio (que será o sucessor de Arruda) ou até de Roriz?
Clodovil Hernandez não sabe mesmo o que irá fazer em Brasília. Começou esfogueado, foi aconselhado a "amainar", que palavra, "amainou".
Na verdade, quer um programa semanal na TV Globo, que até admite estudar. Se continuasse no pique em que ia, Clodovil estava ameaçado a nem chegar em Brasília. Ou sair muito antes.
Quando Sergio Cabral, com um projeto contra os gays, mudou de lado por questão eleitoral, alguém disse a ele, gozadoramente: "Você podia devolver tudo o que ganhou ilicitamente". E o candidato, rápido: "Se o Garotinho devolver, eu também devolvo". É um homem de convicções.
Que tristeza: Denise Frossard jogou fora uma eleição que precisava apenas dela passar para o 2º turno. Passou e fez tanta bobagem, que perdeu a grande chance da sua vida. E frustrou a expectativa do estado todo.
O PSDB do Rio e do Estado do Rio acabou, venho dizendo há meses. A liderança emergente é de Otavio Leite, que teve excelente votação.
Eduardo Paes, que cresceu na CPI contra corruptos, apóia Sergio Cabral. O PSDB não tem o governo, a prefeitura, os senadores. E bancada na Câmara Federal vai diminuindo cada vez mais. Sem renovação.
Continuo a análise (que comecei ontem) da revista "Piauí". Sigo apenas a exigência criada pela arrogância e pretensão dos banqueiros donos. Essa "Piauí" é um incrível desperdício. Para o público custa 7,90, para os donos muito mais, não importa, é dinheiro fácil.
Monótona, desinteressante, cansativa. Dois artigos tidos como alavanca e ponto de apoio: de Ivan Lessa, lembrando os 28 anos em que morou em Londres. 613 linhas, em 16 blocos indevassáveis, todas as linhas com 32 batidas. Memória inútil de Ivan Lessa, nada que valha a pena. Ninguém sabe o que faz ali. O tempo passou, Ivan Lessa acabou.
O melhor texto é de Dorrit Harazim, que escreve bem. Mas como editora da revista deveria ter percebido que ninguém vai se perder num emaranhado de 752 linhas na mesma diagramação da matéria do Ivan Lessa.
A atração (?) prometida era uma entrevista com Roberto Jefferson, feita pelo próprio banqueiro dono. Ficaram com vergonha, deixaram para o DVD que sairá dia 17 de novembro. Como o estilo é o homem, o banqueiro dono "aparece" escondido em diversas e inúteis páginas.
A revista não vai durar nem fechar. Será mantida pelo cacife do banco. Mas no máximo ficará como as revistas dominicais dos grandes jornais do mundo, que todos colocam de lado "para ler depois". E esquecem.
XXX
Flamengo e Vasco não saíram da mediocridade. Pegaram dois times na zona de rebaixamento, não tiveram piedade, não era para ter mesmo. Competição é competição.
O Fluminense acumula técnicos e derrotas, cada vez mais longe de qualquer objetivo positivo.
Só não está "garantido" no rebaixamento porque essa área já tem 3 donos certos. Mas é uma campanha lamentável.
Treinadores como PC Gusmão, Antonio Lopes, Geninho e outros não se destacam, mas pelo menos conhecem o Brasil inteiro. 1 mês em cada estado, que maravilha viver.
Contra esses timinhos que a seleção "enfrenta", Ronaldinho Gaúcho vai se reafirmando. Anteontem, pelo seu Barcelona, fez 1 gol de falta, como gosta. E mais 1 de pênalti, sem maiores dificuldades.
Deixa longe o outro Ronaldo, ex-fenômeno, que fez uma falta violentíssima, fora dos hábitos, o que contribuiu para a expulsão.
XXX
Para obter os votos que o PDT não tem, o ex-governador Alckmin se declara "contra a privatização". FHC não gostou, claro.
E qual a razão de Alckmin ter atravessado todo o furacão DOADOR do presidente FHC sem dar uma palavra, sem esboçar, pelo menos esboçar, um protesto?
Estamos assistindo total empulhação: a compra e venda de votos que não possuem.
Pode me chamar de presidente, e repetir 4 anos de retrocesso
Faltam pouco mais de 10 dias para a eleição, o 2º turno com a vitória anunciada de Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2002, começando 4 meses antes da eleição, escrevi vários artigos, todos com o mesmo título, logicamente com textos diferentes, mas com igual convicção. Título geral: "Meu nome é Luiz Inácio Lula da Silva, mas pode me chamar de presidente".
52 milhões de eleitores confirmaram a esperança que se desprendia ou que surgia da alternância do Poder. Num país dominado pela elite, no Império e na República, um trabalhador no governo era mais do que uma experiência, era a consagração da democracia.
Isso foi dito com votos, com palavras, com expectativa, barulhenta ou silenciosa. E se 52 milhões de cidadãos "teclaram" o número de Lula em 2002, outros 52 milhões não fizeram isso, mas deixaram implícito e explícito: não davam a ele o voto na urna, mas emprestavam esse voto, na esperança, na compreensão, na divagação de que finalmente a República deixaria de ser um sonho arruinado, destroçado, desesperançado.
Durante esses quase 4 anos fui expressando minha decepção, minha inquietação, minha constatação de que nada aconteceria. Logo, logo não havia mais dúvida: Lula assumia com 2 projetos. Um, pessoal, que era de se impor através da exibição na televisão, ou então pelas viagens internacionais, dialogando com os donos do mundo. Nos primeiros meses ou até, digamos, 1 ano, seu charme, carisma, da vitória de um trabalhador pobríssimo que conseguira vencer tudo e chegar a presidente da República, se mantiveram intactos.
Mas logo se via que um outro esquema dominava o governo, o Planalto e o Alvorada, e por motivos os mais diversos arrastava o próprio Lula. Arrastava ou o mantinha inteiramente por fora de tudo? Lula continuava a se exibir na televisão interna e nos palcos externos, mas a desconfiança se consolidava. E imediatamente se materializava o grupo da ambição que se consolidava utilizando a corrupção. Pretendiam o que Hitler chamara de "Reich dos mil anos" e FHC os 20 anos, no mínimo do Poder pela entrega do patrimônio nacional.
Meu primeiro brado retumbante: quando o presidente Lula disse na televisão: "Fico esperando ansioso que o Palocci e o Meirelles acenem com o sinal verde para baixar os juros". Era muito, protestei abertamente. O regime é presidencialista, o presidente pode tudo, por que depender de dois subordinados? Por sua vez, subordinados ao FMI?
Em menos de 2 anos tudo desmoronou. Escândalos e mais escândalos foram chegando ao conhecimento geral. Eram de tal ordem, num volume tão extraordinário, que seqüestraram o próprio presidente Lula. Continuou negando, insistiu no monótono "não sei de nada", mas foi demitindo, desonrosamente, os principais auxiliares. Teve que expulsar com cartão vermelho aqueles que esperava que lhe acenassem com cartão verde.
Os 4 anos de Lula representam a maior e mais incoerente tragédia do que pode ser chamado sem qualquer hesitação de cópia do "fernandohenriquecardosismo". É terrível para um presidente que prometeu a esperança e a realização fazer tudo igual ao antecessor, que é conhecido pelo RETROCESSO DE 80 ANOS EM 8.
Ultrapassando logo o tempo e o espaço, estamos perto do 29 de outubro, do 2º turno e da nova vitória de Lula. No 1º turno teve 48,5% dos votos. Não vai perder 1 só desses votos e ganhará mais 6 ou 7%, chegando facilmente aos 55%. Alckmin pode chegar a 45%, que ilusão.
PS - Este artigo, bem antes da eleição inútil do dia 29 e do debate vazio do dia 27, pode ter, e tem mesmo, o título dos que escrevi em 2002. Mas o repórter, dominado pelo desalento, pelo desencanto, pela descrença.
PS 2 - Como não gosto de votar em branco ou anular o voto, e como votar em Alckmin representa a mesma coisa, ficou a opção a ser cumprida com tanta dor no coração, que o melhor mesmo é, antes da votação, colocar um marcapasso. Réplica do que colocaram no país, ESTAGNANDO-O ou CONDENANDO-O ao RETROCESSO.
Geraldo Alckmin
Outro que desaparece. Não tenho nada pessoalmente contra ele, só o que representa. Por isso o velório antes da morte, dia 29.
Meu artigo em defesa dos funcionários da AERUS, PETROS e AEROS, que são roubados na APOSENTADORIA COMPLEMENTAR, teve excelente repercussão. No sábado mesmo houve reunião-jantar, e quase ia saindo um acordo positivo. Ivan Barreto, presidente da AMBEP, tentou apoiar o lado bom da AEPET. Já fizera a defesa de Fernando Siqueira, diretor da AEPET e membro do Conselho Deliberativo da AMBEP. Mas logo o grupo ruim que assaltou a AEPET tomou providências.
O presidente da AEPET, Heitor Pereira, estava presente, mas quem falou foi o engenheiro Sidney Reis. Manda mais que o presidente, e se apresenta como ASSESSOR JURÍDICO. (Recado para a OAB: se ele não é advogado, pode ser ASSESSOR JURÍDICO?).
Como são malabaristas, na eleição da AMBEP, que não demora, querem tirar Fernando Siqueira do Conselho Deliberativo e colocá-lo no Conselho Fiscal. A AMBEP representa mais de 130 mil funcionários. Heitor Pereira continuará em silêncio.
A Sujíssima Veja errou mais uma vez. Garantiu que Alckmin é ameaça real (ou dólar?) ao presidente Lula.
Assim como engana o leitor na informação e na opinião, engana também na análise. Onde a surpresa? Lula não terá menos de 55% dos votos.
Alckmin contamina até amigos (?). Prometeu o Ministério da Fazenda ao corrupTASSO, ninguém foi tão derrotado quanto ele, principalmente no seu estado, o Ceará. Além disso, Alckmin que não ganha, prometeu em vão.
O presidenciável registrado pelo PSDB, mas com a cúpula desse partido com horror a ele, garantiu a Michel Temer que seria presidente da Câmara. Temer pretendia isso ou a vice do Serra, foi vetado por Quercia.
Temer já se julgava presidente da Câmara. Ficou em penúltimo lugar na legenda. Mas como 2 candidatos do PMDB foram impugnados e se elegeram, Temer, desesperado, vive a angústia de ser suplente. Se fosse no Senado, que maravilha viver. Não presidirá a Câmara.
Ney Suassuna, derrotado pelo povo do seu estado, e não reeeleito, faz agora apelo aos colegas: para que cassá-lo, seu mandato está no fim.
Não tem apoio, respondem: a cassação não é pelo tempo e sim pela credibilidade. O relator, Jefferson Peres, desconheceu os apelos, pediu sua cassação. Foi insultado, injuriado, agredido. Piorou a situação.
José Roberto Dutra é arrogante, pretensioso, incompetente. Perdeu para governador do Sergipe, não se reelegeu senador, ganhou de presente a Petrobras. Teve que ser demitido às pressas ou a grande empresa acabava.
Foi novamente candidato a senador, outra vez derrotado. Mesmo apoiado por Marcelo Déda, prefeito duas vezes e eleito governador.
Dutra sonha que Lula repita o 1º mandato e nomeie derrotados. Será salvo do ostracismo. Poderia ser ministro da Limpeza Pública, o cargo não existe.
Cristovam Buarque tem mandato no Senado até 2010. Tem dito a amigos que voltará ao governo do Distrito Federal. Como ganhar de Paulo Otavio (que será o sucessor de Arruda) ou até de Roriz?
Clodovil Hernandez não sabe mesmo o que irá fazer em Brasília. Começou esfogueado, foi aconselhado a "amainar", que palavra, "amainou".
Na verdade, quer um programa semanal na TV Globo, que até admite estudar. Se continuasse no pique em que ia, Clodovil estava ameaçado a nem chegar em Brasília. Ou sair muito antes.
Quando Sergio Cabral, com um projeto contra os gays, mudou de lado por questão eleitoral, alguém disse a ele, gozadoramente: "Você podia devolver tudo o que ganhou ilicitamente". E o candidato, rápido: "Se o Garotinho devolver, eu também devolvo". É um homem de convicções.
Que tristeza: Denise Frossard jogou fora uma eleição que precisava apenas dela passar para o 2º turno. Passou e fez tanta bobagem, que perdeu a grande chance da sua vida. E frustrou a expectativa do estado todo.
O PSDB do Rio e do Estado do Rio acabou, venho dizendo há meses. A liderança emergente é de Otavio Leite, que teve excelente votação.
Eduardo Paes, que cresceu na CPI contra corruptos, apóia Sergio Cabral. O PSDB não tem o governo, a prefeitura, os senadores. E bancada na Câmara Federal vai diminuindo cada vez mais. Sem renovação.
Continuo a análise (que comecei ontem) da revista "Piauí". Sigo apenas a exigência criada pela arrogância e pretensão dos banqueiros donos. Essa "Piauí" é um incrível desperdício. Para o público custa 7,90, para os donos muito mais, não importa, é dinheiro fácil.
Monótona, desinteressante, cansativa. Dois artigos tidos como alavanca e ponto de apoio: de Ivan Lessa, lembrando os 28 anos em que morou em Londres. 613 linhas, em 16 blocos indevassáveis, todas as linhas com 32 batidas. Memória inútil de Ivan Lessa, nada que valha a pena. Ninguém sabe o que faz ali. O tempo passou, Ivan Lessa acabou.
O melhor texto é de Dorrit Harazim, que escreve bem. Mas como editora da revista deveria ter percebido que ninguém vai se perder num emaranhado de 752 linhas na mesma diagramação da matéria do Ivan Lessa.
A atração (?) prometida era uma entrevista com Roberto Jefferson, feita pelo próprio banqueiro dono. Ficaram com vergonha, deixaram para o DVD que sairá dia 17 de novembro. Como o estilo é o homem, o banqueiro dono "aparece" escondido em diversas e inúteis páginas.
A revista não vai durar nem fechar. Será mantida pelo cacife do banco. Mas no máximo ficará como as revistas dominicais dos grandes jornais do mundo, que todos colocam de lado "para ler depois". E esquecem.
XXX
Flamengo e Vasco não saíram da mediocridade. Pegaram dois times na zona de rebaixamento, não tiveram piedade, não era para ter mesmo. Competição é competição.
O Fluminense acumula técnicos e derrotas, cada vez mais longe de qualquer objetivo positivo.
Só não está "garantido" no rebaixamento porque essa área já tem 3 donos certos. Mas é uma campanha lamentável.
Treinadores como PC Gusmão, Antonio Lopes, Geninho e outros não se destacam, mas pelo menos conhecem o Brasil inteiro. 1 mês em cada estado, que maravilha viver.
Contra esses timinhos que a seleção "enfrenta", Ronaldinho Gaúcho vai se reafirmando. Anteontem, pelo seu Barcelona, fez 1 gol de falta, como gosta. E mais 1 de pênalti, sem maiores dificuldades.
Deixa longe o outro Ronaldo, ex-fenômeno, que fez uma falta violentíssima, fora dos hábitos, o que contribuiu para a expulsão.
XXX
Para obter os votos que o PDT não tem, o ex-governador Alckmin se declara "contra a privatização". FHC não gostou, claro.
E qual a razão de Alckmin ter atravessado todo o furacão DOADOR do presidente FHC sem dar uma palavra, sem esboçar, pelo menos esboçar, um protesto?
Estamos assistindo total empulhação: a compra e venda de votos que não possuem.
segunda-feira, outubro 16, 2006
Fundos 157: se você pagou IR entre 1967 e 1981 pode ter dinheiro para resgatar
Se você pagou Imposto de Renda entre as décadas de 60 e 80, fique atento, pois seus recursos podem ter sido aplicados em um fundo de ações e estar rendendo até hoje. Isto ocorre porque, entre 1967 e 1981, a Receita Federal oferecia aos contribuintes a possibilidade de investir uma parte dos vencimentos de seu IR em um fundo de ações, o chamado Fundo 157.
Segundo o último levantamento realizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em 2005, cerca de 3 milhões de investidores ainda não haviam resgatado seus rendimentos, em um montante que ultrapassa R$ 500 milhões.
Como funcionava o fundo
O Decreto Lei nº 157, de 1967, deu aos contribuintes a opção de utilizar de 2% a 4% do imposto de renda devido para a aquisição de quotas do Fundo 157, que aplicava em empresas de capital aberto. As instituições financeiras administradoras dos recursos eram de livre escolha do aplicador.
Desde 1985, os fundos foram transformados em Fundos Mútuos de Investimento em Ações (atuais Fundos de Investimento) e passaram a dar a possibilidade de efetuar livremente novas aplicações e resgates.
Aplicações não foram corrigidas
Atualmente, o Fundo 157 é um Fundo de Investimento e tem a sua rentabilidade definida conforme a variação dos papéis que compõem a sua carteira. Vale lembrar que, por se tratar de uma aplicação no mercado acionário, os valores não foram corrigidos monetariamente.
Portanto, caso você ache que tenha recursos para resgatar não se anime demais, e lembre-se, a instituição financeira em que aplicou na época pode não existir mais. Nestes casos, a CVM indica que procure no site da autarquia, na seção acesso rápido, o link, Consulta Fundo 157.
FONTE: InfoMoney 11-10-2006
Segundo o último levantamento realizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em 2005, cerca de 3 milhões de investidores ainda não haviam resgatado seus rendimentos, em um montante que ultrapassa R$ 500 milhões.
Como funcionava o fundo
O Decreto Lei nº 157, de 1967, deu aos contribuintes a opção de utilizar de 2% a 4% do imposto de renda devido para a aquisição de quotas do Fundo 157, que aplicava em empresas de capital aberto. As instituições financeiras administradoras dos recursos eram de livre escolha do aplicador.
Desde 1985, os fundos foram transformados em Fundos Mútuos de Investimento em Ações (atuais Fundos de Investimento) e passaram a dar a possibilidade de efetuar livremente novas aplicações e resgates.
Aplicações não foram corrigidas
Atualmente, o Fundo 157 é um Fundo de Investimento e tem a sua rentabilidade definida conforme a variação dos papéis que compõem a sua carteira. Vale lembrar que, por se tratar de uma aplicação no mercado acionário, os valores não foram corrigidos monetariamente.
Portanto, caso você ache que tenha recursos para resgatar não se anime demais, e lembre-se, a instituição financeira em que aplicou na época pode não existir mais. Nestes casos, a CVM indica que procure no site da autarquia, na seção acesso rápido, o link, Consulta Fundo 157.
FONTE: InfoMoney 11-10-2006
Google tem de identificar criador de comunidade
A Google do Brasil está obrigada a identificar os autores das mensagens inseridas em uma comunidade do site de relacionamentos Orkut chamada Eu Trabalhei na Oliveira e Neves Associados. A determinação é da 16ª Vara Cível de São Paulo.
A decisão foi tomada em 11 de agosto. A Google tinha até cinco de outubro para fornecer os dados, sob pena de multa diária de R$ 1 mil. No dia três, a empresa recorreu da decisão. A comunidade já foi tirada do ar. Independentemente deste ato, a multa continua valendo.
A 16ª Vara Cível reconheceu que as mensagens contidas na comunidade eram injuriosas e que, por isso, a Google tem a responsabilidade de identificar seus autores. O objetivo da decisão é dar à defesa de Oliveira Neves, representada pelo advogado Richard Bassan, os nomes dos autores para que eles possam ser processados.
O escritório do advogado Newton de Oliveira Neves foi alvo de busca e apreensão em junho do ano passado durante a Operação Monte Éden, deflagrada pela Polícia Federal com apoio do Ministério Público Federal. Na ocasião, advogados, contadores e um estagiário foram presos. Os funcionários tiverem de sair às pressas do prédio do escritório.
O advogado já está em liberdade. Ele é acusado de formação de quadrilha, sonegação fiscal, prestação de dados falsos a autoridades fazendárias, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta. Oliveira Neves responde também por mais dois crimes de lavagem de dinheiro, frustração a direitos trabalhistas, sonegação de contribuição previdenciária, evasão de divisas e manutenção de recursos não declarados no exterior.
Leia o despacho
PODER JUDICIÁRIO 16ª Vara Cível do Foro Central da Capital Controle nº. 1242/06 – ordinária Vistos.
A decisão foi tomada em 11 de agosto. A Google tinha até cinco de outubro para fornecer os dados, sob pena de multa diária de R$ 1 mil. No dia três, a empresa recorreu da decisão. A comunidade já foi tirada do ar. Independentemente deste ato, a multa continua valendo.
A 16ª Vara Cível reconheceu que as mensagens contidas na comunidade eram injuriosas e que, por isso, a Google tem a responsabilidade de identificar seus autores. O objetivo da decisão é dar à defesa de Oliveira Neves, representada pelo advogado Richard Bassan, os nomes dos autores para que eles possam ser processados.
O escritório do advogado Newton de Oliveira Neves foi alvo de busca e apreensão em junho do ano passado durante a Operação Monte Éden, deflagrada pela Polícia Federal com apoio do Ministério Público Federal. Na ocasião, advogados, contadores e um estagiário foram presos. Os funcionários tiverem de sair às pressas do prédio do escritório.
O advogado já está em liberdade. Ele é acusado de formação de quadrilha, sonegação fiscal, prestação de dados falsos a autoridades fazendárias, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta. Oliveira Neves responde também por mais dois crimes de lavagem de dinheiro, frustração a direitos trabalhistas, sonegação de contribuição previdenciária, evasão de divisas e manutenção de recursos não declarados no exterior.
Leia o despacho
PODER JUDICIÁRIO 16ª Vara Cível do Foro Central da Capital Controle nº. 1242/06 – ordinária Vistos.
domingo, outubro 15, 2006
Câmara de Vereadores de Jeremoabo/Bahia, verdadeiro rolo compressor
Por: J. Montalvão
Há elementos que não enxergam. A PF continua desmantelando todo antro de falcatruas, fraudes, corrupção, e ainda não querem enxergar. Esta ATA foi rejeitada por várias vezes durante o mês de março do corrente ano; rejeitada pela maioria dos Vereadores. O Secretário cumprindo determinação dos Edis, lavrou outra ATA narrando ou documentando o que realmente aconteceu e foi dito na reunião, tendo sido aprovada pela maioria dos vereadores. Está sub judice, e assim mesmo o Sr. Presidente daquela casa, pessoa responsável pela aprovação e cumprimento das Leis, pretendo a todo custo passar o rolo compressor em todo mundo, SMJ até na própria JUSTIÇA. Sem mais comentários, leiam a ATA abaixo:
ATA DA 2a SESSÃO ORDINÁRIA DO PRIMEIRO PERÍODO LEGISLATIVO DO ANO DOIS MIL E SEIS, REALIZADA EM 07 DE MARÇO DE 2006.
Aos sete dias do mês de março do ano dois mil e seis, às 15:00hs reuniram-
se os vereadores sob a Presidência do vereador Carlos Olímpio, tendo por
objetivo deliberarem sobre os assuntos em pauta do dia. Abertos os
trabalhos o senhor Presidente inicia fazendo a leitura da ata da sessão
anterior; concluída a leitura, a ata é posta em votação e aprovada por
unanimidade. O Sr. Presidente solicita que o 1° Secretário faça a leitura de
um requerimento apresentado pelo vereador Ariston, o qual tem por
objetivo a instalação de sanitário químico próximo a rodoviária. O Sr.
Presidente informa que na pauta do dia constam as contas do Legislativo
Municipal, exercício financeiro de 2004, que tem por gestor o Sr. José
Santos Nascimento; votação em 2° turno da emenda 01/2005, que modifica
a Lei Orgânica Municipal e Projeto de resolução que modifica o Regimento
Interno da Câmara. A palavra foi franqueada aos vereadores. Não houve
manifestação. O Sr. Presidente fez a leitura dos Pareceres das Comissões
Permanentes, citando os seus membros, referentes as contas do Legislativo
Municipal, exercício financeiro 2004,os quais foram postos em Votação de
forma individualizada, sendo que todos opinam pela aprovação da Contas
do Legislativo Municipal 2004., que tem como gestor o Sr. José Santos
Nascimento. As contas do Legislativo Municipal, exercício 2004, são
postas em votação e o Plenário aprova por unanimidade. O requerimento
do vereador Ariston é posto em votação e aprovado por unanimidade. O Sr.
Presidente faz a leitura em separado dos pareceres das Comissões
Permanentes, referentes à votação da emenda 01/2005 da Lei Orgânica
Municipal e projeto de Resolução do Regimento Interno da Câmara; cita os
nomes dos membros de cada Comissão, sendo que o conteúdo de todos eles
opina pela aprovação da Lei Orgânica Municipal e do Projeto de Resolução
do Regimento Interno da Câmara. O Sr. Presidente colocou em votação
individualizada os pareceres da Comissões Permanentes, mas interrompe a
votação para lembrar que o parágrafo 6° do artigo 48 da Lei Orgânica
Municipal estava fora de discussão e votação, em razão de ter sido inserido
sem o devido conhecimento do Plenário, já que a minuta apresentada no
mês de setembro de 2005, não recebeu nenhuma emenda aditiva ao texto
original, portanto, não sendo do conhecimento dos Edis da Casa. O
vereador Manoel Bonfim se manifesta e o Sr. Presidente solicita que o
|fj! mesmo não atrapalhe a votação. O vereador Manoel Bonfim se diz
ofendido por estar sendo acusado de ter posto o § 6° ao artigo 48 da Lei
Orgânica Municipal. O vereador Ariston se manifesta para falar em assinaturas e o Sr. Presidente reafirma a inexistência do § 6° do artigo 48, alegando que o mesmo foi inserido de forma desconhecida pelo Plenário. O vereador Manoel Bonfim fala de sua assinatura e do vereador Ariston na minuta da Lei Orgânica Municipal. O Sr. Presidente diz que teve conhecimento do assunto há apenas 3 a 4 dias antes da data de hoje, e repete que a Lei Orgânica Municipal será posta em votação no segundo turno com a supressão do § 6° do artigo 48. Os pareceres das Comissões Permanentes são postos em votação de forma individualizada, tendo os nomes de seus membros citados. Questionada a supressão do já citado parágrafo, o Sr. Presidente pergunta ao vereador Chaves se tinha conhecimento da inclusão do § 6° do artigo 48 no texto original e este interfere para apaziguar as discussões, conclui falando do assunto em questão. Ò vereador Wilson diz que a minuta pode ser modificada sem emenda. O parecer da Comissão de Constituição e Justiça é lido e questionado em razão do Sr. Presidente ter ratificado a supressão do parágrafo 6° do artigo 48, o qual está fora de discussão e votação. Houve discussões variadas e o vereador Wilson questiona o parecer da Comissão de Justiça e redação, alegando que a supressão não faz parte do parecer. O Sr. Presidente rebate alegando a inserção indevida do § 6° do artigo 48 da Lei Orgânica Municipal. Lido todos os pareceres da Comissões Permanentes, referentes a Lei Orgânica Municipal, projeto de Resolução do Regimento Interno da Câmara, o Sr. Presidente colocou-os em votação individualizada, sendo todos aprovados por unanimidade. Questionado pelo vereador Manoel Bonfim, o Sr. Presidente diz que aceita o voto do vereador, mas não aceita "pegadinhas". Diante da aprovação dos pareceres das Comissões Permanentes, o Sr. Presidente põe em votação a emenda 01/2005 que modifica a Lei Orgânica Municipal e o Projeto de Resolução que modifica o Regimento Interno da Câmara. O vereador Manoel Bonfim interfere e há discussões generalizadas, alegando o vereador Manoel Bonfim que o parágrafo questionado é válido por ter sido votado em primeiro turno. O Sr. Presidente contesta a alegação do vereador e dá andamento a votação, reafirmando que durante seis meses a emenda esteve na Câmara e nenhuma emenda foi apresentada, sendo o § 6° desconhecido. A emenda 01/2005 que modifica a Lei Orgânica Municipal e o Projeto de Resolução que modifica o Regimento Interno são aprovados por unanimidade. O vereador Manoel Bonfim interfere para questionar a permanência do § 6° no artigo 48, mesmo a emenda já tendo sido aprovada. O Sr. Presidente questiona vários vereadores, perguntando se estes tinham conhecimento e nenhum deles confirmou ter conhecimento. O Sr. Presidente e o vereador Wilson discutiram sobre a reeleição da Mesa Diretora da Câmara. Foi questionado que os vereadores não leram o texto da Lei Orgânica Municipal, havendo manifestação dos vereadores Wilson e
Benedito, sendo que o primeiro questiona sobre quem leu a minuta(emenda) e pergunta quantos artigos tem a Lei Orgânica Municipal que acaba de ser aprovada, não recebendo resposta, diz não ter conhecimento do § 6° e ao final diz ter interpretado diferente. O vereador Manoel Bonfim defende-se alegando ter incluído outros textos e diz ter lido a emenda praticamente na íntegra, que leu § 6° do artigo 48 para as Comissões Permanentes. O Sr. Presidente diz que Manoel Bonfim na condição de 1° Secretário, estava autorizado a corrigir erros de ortografia, não a fazer mudanças no texto original sem apresentação de emenda. O vereador Manoel Bonfim sugere a anulação das votações. Ás discussões voltam ao mesmo tema, sem que haja consenso e o Sr. Presidente diz que 6 vereadores não sabiam, mas que um vereador sabia, não foi citado o nome. O vereador Chaves diz que apenas recebeu a minuta do original e o vereador Manoel Bonfim diz que lhe entregou a emenda com as modificações. O vereador Chaves reafirma que não recebeu e ficou comprovado que foi entregue ao vereador Benedito e não a Chaves. Continuam as discussões e o Sr. Presidente mostra a minuta original e diz que sete vereadores não tinham conhecimento da existência do § 6° do artigo 48 da Lei Orgânica Municipal, e o vereador Manoel Bonfim questionado pelo Presidente, diz que não leu o texto para o Plenário, apenas para as Comissões Permanentes. O vereador Manoel Bonfim dirigiu-se a pessoas presentes a sessão para dizer que houve deficiência na leitura da emenda aprovada, mas que as falhas poderão ser corrigidas por emendas. As discussões continuaram com manifestações do Sr. Presidente, vereadores: Wilson, Chaves, Manoel Bonfim e Ariston. O vereador Wilson lembra que a promulgação é um ato da Mesa D ir e to r a e o Sr. Presidente diz que o assunto será resolvido depois. O Sr. Presidente lê requerimento do vereador Chaves, o qual cita problemas com o transporte escolar e em seguida diz que acabam de votar uma matéria de grande importância. O vereador Chaves usa da palavra e faz pronunciamento agradecendo a Deus por mais um dia; agradece a Mesa da Câmara pela emenda aprovada da Lei Orgânica Municipal, a qual é uma luta sua que existe há vários anos; falou das discussões e aprovação da emenda da Lei Orgânica, da falta de reunião para se discutir o assunto, disse esperar que a Casa continue em harmonia para que acabemos as falhas , pois o assunto é desaconchegante e que atinge o interior de alguém. Agradeceu pela aprovação do seu requerimento; falou do início das aulas e da ausência dos alunos por falta de transporte escolar, tendo como motivo a recusa de motoristas em continuar prestando serviço, alegando pouco dinheiro e estradas em péssimas condições de tráfego. Pediu providências da Mesa da Casa e falou de outras localidades, pedindo providências. O vereador Manoel Bonfim usa da palavra e inicia falando do Colégio São João Batista, e disse que se fez presente areunião, onde mais de 400 pais se fizeram presentes e que ali
estudam mais de 1300 alunos, dizendo que o projeto merece o apoio da sociedade. Falou dos projetos e pedidos de providências que foram aprovados por unanimidade. Voltou a falar da emenda e diz não ter alterado o texto, sugerindo nova emenda; fala da ausência de leitura ao texto original da emenda, argumenta artigo da Constituição Federal e volta a sugerir emenda. O Sr. Presidente diz que o artigo 16 da C.F. trata de lei eleitoral, princípio que não se aplica a emenda da Câmara de Jeremoabo, já que o assunto é restrito a ela. Voltam as discussões sobre a aprovação da Lei Orgânica Municipal. O Sr. Presidente diz que o 2° Secretário alegou que assinou, mas desconhecia o § 6° do artigo 48 da citada emenda, não houve contestação por parte do 2° Secretário sobre o assunto. O vereador Wilson usa da palavra para solicitar que haja conversa à parte, pela Mesa D ire tora. O vereador Benedito usa da palavra para solicitar por requerimento verbal, pedindo água para as localidades I tapicuru, Boa Vista e Baixa da Mata. Fala do consumo de água impróprio para consumo, quer por pessoas, quer por animais; falou de estradas intransitáveis e fez um pedido de melhorias. Fala das contas votadas e o porquê de ter votado a favor. Falou de & 6° do Artigo 48 da emenda votada, afirmando ter desconhecido o mesmo , disse assinar sem conhecer e elogiou o trabalho do atual presidente. O vereador Wilson usa da palavra e cita pessoas presentes, diz que o Sr Presidente se manteve firme. Fala da distribuição das matérias e pediu mais cautela, opinando a respeito. Disse ter errado por ter visto o & 6° do Artigo 48 e não ter interpretado o mesmo. Disse que se alguém está errado que se chame para uma conversa. Falou da Presidência atual e de outras administrações. Fala da mentalidade de crescer o Legislativo, tecendo comentários diversos. Disse que o Sr Presidente está fazendo um trabalho decente e continou fazendo comentários sobre a eleição e reeleição para a Mesa da Casa. O Sr. Presidente diz que não deve haver político forte, mas sim, instituições fortes, pois um passa, enquanto o outro fica. Fala da emenda a Lei Orgânica Municipal e o que ocorreu no decorrer das discussões. Fala da aprovação da citada lei orgânica e sua aprovação por unanimidade, mas que a emenda pode ser modificada. Fala da omissão do artigo 191 que ficou suprimido a emenda atual. O vereador Wilson usa da palavra, reconhece que não leu a minuta da emenda hoje aprovada e confirma não ter lido; segue-se discussões diversas sobre o assunto. O Sr Presidente pergunta se mais alguém deseja fazer comentários; não havendo respostas o Sr. Presidente agradece a presença de todos e encerra a sessão. Saladas sessões, em 07 de março de 2006.
Há elementos que não enxergam. A PF continua desmantelando todo antro de falcatruas, fraudes, corrupção, e ainda não querem enxergar. Esta ATA foi rejeitada por várias vezes durante o mês de março do corrente ano; rejeitada pela maioria dos Vereadores. O Secretário cumprindo determinação dos Edis, lavrou outra ATA narrando ou documentando o que realmente aconteceu e foi dito na reunião, tendo sido aprovada pela maioria dos vereadores. Está sub judice, e assim mesmo o Sr. Presidente daquela casa, pessoa responsável pela aprovação e cumprimento das Leis, pretendo a todo custo passar o rolo compressor em todo mundo, SMJ até na própria JUSTIÇA. Sem mais comentários, leiam a ATA abaixo:
ATA DA 2a SESSÃO ORDINÁRIA DO PRIMEIRO PERÍODO LEGISLATIVO DO ANO DOIS MIL E SEIS, REALIZADA EM 07 DE MARÇO DE 2006.
Aos sete dias do mês de março do ano dois mil e seis, às 15:00hs reuniram-
se os vereadores sob a Presidência do vereador Carlos Olímpio, tendo por
objetivo deliberarem sobre os assuntos em pauta do dia. Abertos os
trabalhos o senhor Presidente inicia fazendo a leitura da ata da sessão
anterior; concluída a leitura, a ata é posta em votação e aprovada por
unanimidade. O Sr. Presidente solicita que o 1° Secretário faça a leitura de
um requerimento apresentado pelo vereador Ariston, o qual tem por
objetivo a instalação de sanitário químico próximo a rodoviária. O Sr.
Presidente informa que na pauta do dia constam as contas do Legislativo
Municipal, exercício financeiro de 2004, que tem por gestor o Sr. José
Santos Nascimento; votação em 2° turno da emenda 01/2005, que modifica
a Lei Orgânica Municipal e Projeto de resolução que modifica o Regimento
Interno da Câmara. A palavra foi franqueada aos vereadores. Não houve
manifestação. O Sr. Presidente fez a leitura dos Pareceres das Comissões
Permanentes, citando os seus membros, referentes as contas do Legislativo
Municipal, exercício financeiro 2004,os quais foram postos em Votação de
forma individualizada, sendo que todos opinam pela aprovação da Contas
do Legislativo Municipal 2004., que tem como gestor o Sr. José Santos
Nascimento. As contas do Legislativo Municipal, exercício 2004, são
postas em votação e o Plenário aprova por unanimidade. O requerimento
do vereador Ariston é posto em votação e aprovado por unanimidade. O Sr.
Presidente faz a leitura em separado dos pareceres das Comissões
Permanentes, referentes à votação da emenda 01/2005 da Lei Orgânica
Municipal e projeto de Resolução do Regimento Interno da Câmara; cita os
nomes dos membros de cada Comissão, sendo que o conteúdo de todos eles
opina pela aprovação da Lei Orgânica Municipal e do Projeto de Resolução
do Regimento Interno da Câmara. O Sr. Presidente colocou em votação
individualizada os pareceres da Comissões Permanentes, mas interrompe a
votação para lembrar que o parágrafo 6° do artigo 48 da Lei Orgânica
Municipal estava fora de discussão e votação, em razão de ter sido inserido
sem o devido conhecimento do Plenário, já que a minuta apresentada no
mês de setembro de 2005, não recebeu nenhuma emenda aditiva ao texto
original, portanto, não sendo do conhecimento dos Edis da Casa. O
vereador Manoel Bonfim se manifesta e o Sr. Presidente solicita que o
|fj! mesmo não atrapalhe a votação. O vereador Manoel Bonfim se diz
ofendido por estar sendo acusado de ter posto o § 6° ao artigo 48 da Lei
Orgânica Municipal. O vereador Ariston se manifesta para falar em assinaturas e o Sr. Presidente reafirma a inexistência do § 6° do artigo 48, alegando que o mesmo foi inserido de forma desconhecida pelo Plenário. O vereador Manoel Bonfim fala de sua assinatura e do vereador Ariston na minuta da Lei Orgânica Municipal. O Sr. Presidente diz que teve conhecimento do assunto há apenas 3 a 4 dias antes da data de hoje, e repete que a Lei Orgânica Municipal será posta em votação no segundo turno com a supressão do § 6° do artigo 48. Os pareceres das Comissões Permanentes são postos em votação de forma individualizada, tendo os nomes de seus membros citados. Questionada a supressão do já citado parágrafo, o Sr. Presidente pergunta ao vereador Chaves se tinha conhecimento da inclusão do § 6° do artigo 48 no texto original e este interfere para apaziguar as discussões, conclui falando do assunto em questão. Ò vereador Wilson diz que a minuta pode ser modificada sem emenda. O parecer da Comissão de Constituição e Justiça é lido e questionado em razão do Sr. Presidente ter ratificado a supressão do parágrafo 6° do artigo 48, o qual está fora de discussão e votação. Houve discussões variadas e o vereador Wilson questiona o parecer da Comissão de Justiça e redação, alegando que a supressão não faz parte do parecer. O Sr. Presidente rebate alegando a inserção indevida do § 6° do artigo 48 da Lei Orgânica Municipal. Lido todos os pareceres da Comissões Permanentes, referentes a Lei Orgânica Municipal, projeto de Resolução do Regimento Interno da Câmara, o Sr. Presidente colocou-os em votação individualizada, sendo todos aprovados por unanimidade. Questionado pelo vereador Manoel Bonfim, o Sr. Presidente diz que aceita o voto do vereador, mas não aceita "pegadinhas". Diante da aprovação dos pareceres das Comissões Permanentes, o Sr. Presidente põe em votação a emenda 01/2005 que modifica a Lei Orgânica Municipal e o Projeto de Resolução que modifica o Regimento Interno da Câmara. O vereador Manoel Bonfim interfere e há discussões generalizadas, alegando o vereador Manoel Bonfim que o parágrafo questionado é válido por ter sido votado em primeiro turno. O Sr. Presidente contesta a alegação do vereador e dá andamento a votação, reafirmando que durante seis meses a emenda esteve na Câmara e nenhuma emenda foi apresentada, sendo o § 6° desconhecido. A emenda 01/2005 que modifica a Lei Orgânica Municipal e o Projeto de Resolução que modifica o Regimento Interno são aprovados por unanimidade. O vereador Manoel Bonfim interfere para questionar a permanência do § 6° no artigo 48, mesmo a emenda já tendo sido aprovada. O Sr. Presidente questiona vários vereadores, perguntando se estes tinham conhecimento e nenhum deles confirmou ter conhecimento. O Sr. Presidente e o vereador Wilson discutiram sobre a reeleição da Mesa Diretora da Câmara. Foi questionado que os vereadores não leram o texto da Lei Orgânica Municipal, havendo manifestação dos vereadores Wilson e
Benedito, sendo que o primeiro questiona sobre quem leu a minuta(emenda) e pergunta quantos artigos tem a Lei Orgânica Municipal que acaba de ser aprovada, não recebendo resposta, diz não ter conhecimento do § 6° e ao final diz ter interpretado diferente. O vereador Manoel Bonfim defende-se alegando ter incluído outros textos e diz ter lido a emenda praticamente na íntegra, que leu § 6° do artigo 48 para as Comissões Permanentes. O Sr. Presidente diz que Manoel Bonfim na condição de 1° Secretário, estava autorizado a corrigir erros de ortografia, não a fazer mudanças no texto original sem apresentação de emenda. O vereador Manoel Bonfim sugere a anulação das votações. Ás discussões voltam ao mesmo tema, sem que haja consenso e o Sr. Presidente diz que 6 vereadores não sabiam, mas que um vereador sabia, não foi citado o nome. O vereador Chaves diz que apenas recebeu a minuta do original e o vereador Manoel Bonfim diz que lhe entregou a emenda com as modificações. O vereador Chaves reafirma que não recebeu e ficou comprovado que foi entregue ao vereador Benedito e não a Chaves. Continuam as discussões e o Sr. Presidente mostra a minuta original e diz que sete vereadores não tinham conhecimento da existência do § 6° do artigo 48 da Lei Orgânica Municipal, e o vereador Manoel Bonfim questionado pelo Presidente, diz que não leu o texto para o Plenário, apenas para as Comissões Permanentes. O vereador Manoel Bonfim dirigiu-se a pessoas presentes a sessão para dizer que houve deficiência na leitura da emenda aprovada, mas que as falhas poderão ser corrigidas por emendas. As discussões continuaram com manifestações do Sr. Presidente, vereadores: Wilson, Chaves, Manoel Bonfim e Ariston. O vereador Wilson lembra que a promulgação é um ato da Mesa D ir e to r a e o Sr. Presidente diz que o assunto será resolvido depois. O Sr. Presidente lê requerimento do vereador Chaves, o qual cita problemas com o transporte escolar e em seguida diz que acabam de votar uma matéria de grande importância. O vereador Chaves usa da palavra e faz pronunciamento agradecendo a Deus por mais um dia; agradece a Mesa da Câmara pela emenda aprovada da Lei Orgânica Municipal, a qual é uma luta sua que existe há vários anos; falou das discussões e aprovação da emenda da Lei Orgânica, da falta de reunião para se discutir o assunto, disse esperar que a Casa continue em harmonia para que acabemos as falhas , pois o assunto é desaconchegante e que atinge o interior de alguém. Agradeceu pela aprovação do seu requerimento; falou do início das aulas e da ausência dos alunos por falta de transporte escolar, tendo como motivo a recusa de motoristas em continuar prestando serviço, alegando pouco dinheiro e estradas em péssimas condições de tráfego. Pediu providências da Mesa da Casa e falou de outras localidades, pedindo providências. O vereador Manoel Bonfim usa da palavra e inicia falando do Colégio São João Batista, e disse que se fez presente areunião, onde mais de 400 pais se fizeram presentes e que ali
estudam mais de 1300 alunos, dizendo que o projeto merece o apoio da sociedade. Falou dos projetos e pedidos de providências que foram aprovados por unanimidade. Voltou a falar da emenda e diz não ter alterado o texto, sugerindo nova emenda; fala da ausência de leitura ao texto original da emenda, argumenta artigo da Constituição Federal e volta a sugerir emenda. O Sr. Presidente diz que o artigo 16 da C.F. trata de lei eleitoral, princípio que não se aplica a emenda da Câmara de Jeremoabo, já que o assunto é restrito a ela. Voltam as discussões sobre a aprovação da Lei Orgânica Municipal. O Sr. Presidente diz que o 2° Secretário alegou que assinou, mas desconhecia o § 6° do artigo 48 da citada emenda, não houve contestação por parte do 2° Secretário sobre o assunto. O vereador Wilson usa da palavra para solicitar que haja conversa à parte, pela Mesa D ire tora. O vereador Benedito usa da palavra para solicitar por requerimento verbal, pedindo água para as localidades I tapicuru, Boa Vista e Baixa da Mata. Fala do consumo de água impróprio para consumo, quer por pessoas, quer por animais; falou de estradas intransitáveis e fez um pedido de melhorias. Fala das contas votadas e o porquê de ter votado a favor. Falou de & 6° do Artigo 48 da emenda votada, afirmando ter desconhecido o mesmo , disse assinar sem conhecer e elogiou o trabalho do atual presidente. O vereador Wilson usa da palavra e cita pessoas presentes, diz que o Sr Presidente se manteve firme. Fala da distribuição das matérias e pediu mais cautela, opinando a respeito. Disse ter errado por ter visto o & 6° do Artigo 48 e não ter interpretado o mesmo. Disse que se alguém está errado que se chame para uma conversa. Falou da Presidência atual e de outras administrações. Fala da mentalidade de crescer o Legislativo, tecendo comentários diversos. Disse que o Sr Presidente está fazendo um trabalho decente e continou fazendo comentários sobre a eleição e reeleição para a Mesa da Casa. O Sr. Presidente diz que não deve haver político forte, mas sim, instituições fortes, pois um passa, enquanto o outro fica. Fala da emenda a Lei Orgânica Municipal e o que ocorreu no decorrer das discussões. Fala da aprovação da citada lei orgânica e sua aprovação por unanimidade, mas que a emenda pode ser modificada. Fala da omissão do artigo 191 que ficou suprimido a emenda atual. O vereador Wilson usa da palavra, reconhece que não leu a minuta da emenda hoje aprovada e confirma não ter lido; segue-se discussões diversas sobre o assunto. O Sr Presidente pergunta se mais alguém deseja fazer comentários; não havendo respostas o Sr. Presidente agradece a presença de todos e encerra a sessão. Saladas sessões, em 07 de março de 2006.
ONDE FICOU A PEDRA FURADA
Por: Fernando Montalvão, Jeremoabo
A Câmara Municipal foi de extrema infelicidade ao suprimir a Reserva Ecológica da Pedra Furada, e o fez ao arrepio do ordenamento jurídico, pois a supressão da Reserva, já estava proibida pelo art. 191 do texto primitivo, e o inciso III do § 1º do art. do 225 da CF. Jeremoabo mais uma vez se contrapõe à história
O jeremoabohoje, edição de 10.10.2006, noticiou que uma ATA de uma Sessão anterior da Câmara Municipal, anteriormente votada e aprovada com a inclusão do § 6º ao art. 48ª ao Projeto de EMENDA A LEI ORGÂNICA, que admitia a reeleição da Presidência da Mesa da Câmara, somente a partir da próxima legislatura, proibindo na atual, foi novamente posta em votação, a ensejar a aprovação da Emenda e posterior promulgação.
Sobre a aprovação da ata em si e a Emenda a Lei Orgânica, me reservo de apreciar, no momento, por dois aspectos: a) estou patrocinando uma Mandado de segurança que tem curso no juízo desta Comarca de Jeremoabo, em nome de 05 vereadores (destes, 02 já mudaram de posição, um alegando razões de ordem financeira, e o terceiro, se omitiu na votação), sobre promulgação anterior e a ata em si, e assim acontecendo, em atendimento ao Estatuto da OAB e o Código de Ética Profissional, não posso fazer manifestação pública, apenas nos autos; b) nos últimos dias estou prestando serviços de consultoria jurídica ao Gabinete do Prefeito, o que também me impede de qualquer manifestação, para que não se alegue ingerência do Poder Executivo no Poder Legislativo Municipal.
Quanto as aspecto ético da reeleição da Presidência da Câmara e o fato do Presidente ser o homem de 07 ofícios, segundo Dedé, não trato agora. Se após a análise do caso, das atas sobre atas, eu entender que há vício formal ou violação aos princípios constitucionais ou de qualquer outra norma constitucional, ou manifesta ilegalidade, deixarei o cargo de Consultor de Gabinete para tomar lugar de cidadão, desde que tenho meus princípios éticos, morais e profissionais e eles são inegociáveis.
Particularmente, além de várias outras restrições ao Governo Fernando Henrique Cardoso, sob que pese os vários aspectos positivos havidos, o condeno quando articulou para modificar a Constituição Federal, por emenda, para lhe assegurar a reeleição. A reeleição no Brasil, de Presidente, Governadores e Prefeitos, têm-se como um golpe contras as instituições, a Nação a Administração Pública e o povo brasileiro. Tanto Alckmin quanto Lula, dizem que vão trabalhar para excluí-la. Duvido muito. Lula tomou gosto pelo Poder, e se puder se perpetuará, contudo, dentro das regras estabelecidas, isso não mais poderá acontecer. Alckmin fala de boca para fora, pois, se eleito, dirá que 04 anos é pouco para o seu Projeto Brasil que exige mais tempo.
Passados os comentários, volto ao tema. Os Vereadores Wilson (cigarrinha) e Manu (filho de João Ferreira), ainda na metade do último semestre de 2005, me forneceram um CD com o texto de uma Nova Lei Orgânica de Jeremoabo, contendo vedação da reeleição do Presidente na atual legislatura, e sem a preservação do Parque Municipal da Pedra Furada. Houvesse isso ocorrido, a exclusão de um Parque Municipal em outra comunidade, o Ministério Público já estaria sendo acionado.
O Projeto de Emenda a Lei Orgânica do município de Jeremoabo que recebi, no Capítulo IX, sob o título DO MEIO AMBIENTE, art. 129 (ali está escrito art. 129º, quando isso somente é permitido até o nº. 9, 9º), restou excluída como área de proteção ambiental, a Reserva Ecológica da PEDRA FURADA, àquela fonte natural que se constitui o mais importante parque municipal, que não mereceu qualquer atenção da Câmara de Vereadores.
A Lei Orgânica Municipal em sua redação original, trazia consigo o art. 191, dispondo:
“Art. 191 - Fica criada a reserva ecológica da “Pedra Furada”, dispondo a Lei Complementar sobre seus componentes a serem especialmente protegidos e a forma da permissão para alteração e supressão, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem a sua proteção.”
J. Montalvão (dedé), em matéria datada de março/2006 e publicada no jeremoabohoje sob o título ASSASINATO NA PEDRA FURADA, foi de extrema felicidade ao dizer:ASSASSINATO DA PEDRA FURADAASSASSINATO DA PEDRA FURADA
”Este artigo deixou de existir; são águas passadas; a Pedra Furada deixa de ser Reserva Ecológica e a partir de ontem nada proíbe qualquer utilização que comprometa a sua integridade.
A Pedra Furada está despida, vulnerável, sem nenhuma proteção.
Tendo em vista o ferimento dos seus brios, ao povo de Jeremoabo só lhes resta à reação pela dilapidação oficializada do patrimônio que sempre orgulhou a diversas gerações que prezaram, amaram e sempre tiveram compromissos com Jeremoabo.”
A preservação do meio ambiental e a conservações dos parques, é fundamento de ordem mundial. Aqui mesmo em Jeremoabo, temos a Reserva Ecológica do Raso da Catarina, área de proteção do Governo Federal, por intermédio do IBAMA.
A Câmara Municipal foi de extrema infelicidade ao suprimir a Reserva Ecológica da Pedra Furada, e o fez ao arrepio do ordenamento jurídico, pois a supressão da Reserva, já estava proibida pelo art. 191 do texto primitivo, e o inciso III do § 1º do art. do 225 da CF. Jeremoabo mais uma vez se contrapõe à história
Se o que se pretendia foi conseguido relativamente, a reeleição, a vigência fica condicionada ao que dispõe o art. 16 da Constituição Federal que dispõe: “Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.”. A matéria não se inclui como matéria administrativa ou orgânica da direção da Casa Legislativa, é matéria exclusivamente eleitoral.
A discussão sobre o Parque Municipal da Pedra Furada se constitui em exercício de cidadania, não tendo lugar a interesses políticos partidários, e se a comunidade não pode ter protegido os seus direitos, o melhor é chamar o IBAMA.
Fernando Montalvão, Jeremoabo, 15.10.2006. montalvao@montalvao.adv.br
Obs: Repasso a mensagem abaixo, para nossa conscientização e para não nos
deixarmos levar por aleivosias raivosas e hipócritas.
>"Nós não somos o que gostaríamos de ser. Nós não somos o que ainda iremos
>ser. Mas, graças a Deus, não somos mais quem nós éramos." Martin Luther
>King
(Dedé Montalvão)
A Câmara Municipal foi de extrema infelicidade ao suprimir a Reserva Ecológica da Pedra Furada, e o fez ao arrepio do ordenamento jurídico, pois a supressão da Reserva, já estava proibida pelo art. 191 do texto primitivo, e o inciso III do § 1º do art. do 225 da CF. Jeremoabo mais uma vez se contrapõe à história
O jeremoabohoje, edição de 10.10.2006, noticiou que uma ATA de uma Sessão anterior da Câmara Municipal, anteriormente votada e aprovada com a inclusão do § 6º ao art. 48ª ao Projeto de EMENDA A LEI ORGÂNICA, que admitia a reeleição da Presidência da Mesa da Câmara, somente a partir da próxima legislatura, proibindo na atual, foi novamente posta em votação, a ensejar a aprovação da Emenda e posterior promulgação.
Sobre a aprovação da ata em si e a Emenda a Lei Orgânica, me reservo de apreciar, no momento, por dois aspectos: a) estou patrocinando uma Mandado de segurança que tem curso no juízo desta Comarca de Jeremoabo, em nome de 05 vereadores (destes, 02 já mudaram de posição, um alegando razões de ordem financeira, e o terceiro, se omitiu na votação), sobre promulgação anterior e a ata em si, e assim acontecendo, em atendimento ao Estatuto da OAB e o Código de Ética Profissional, não posso fazer manifestação pública, apenas nos autos; b) nos últimos dias estou prestando serviços de consultoria jurídica ao Gabinete do Prefeito, o que também me impede de qualquer manifestação, para que não se alegue ingerência do Poder Executivo no Poder Legislativo Municipal.
Quanto as aspecto ético da reeleição da Presidência da Câmara e o fato do Presidente ser o homem de 07 ofícios, segundo Dedé, não trato agora. Se após a análise do caso, das atas sobre atas, eu entender que há vício formal ou violação aos princípios constitucionais ou de qualquer outra norma constitucional, ou manifesta ilegalidade, deixarei o cargo de Consultor de Gabinete para tomar lugar de cidadão, desde que tenho meus princípios éticos, morais e profissionais e eles são inegociáveis.
Particularmente, além de várias outras restrições ao Governo Fernando Henrique Cardoso, sob que pese os vários aspectos positivos havidos, o condeno quando articulou para modificar a Constituição Federal, por emenda, para lhe assegurar a reeleição. A reeleição no Brasil, de Presidente, Governadores e Prefeitos, têm-se como um golpe contras as instituições, a Nação a Administração Pública e o povo brasileiro. Tanto Alckmin quanto Lula, dizem que vão trabalhar para excluí-la. Duvido muito. Lula tomou gosto pelo Poder, e se puder se perpetuará, contudo, dentro das regras estabelecidas, isso não mais poderá acontecer. Alckmin fala de boca para fora, pois, se eleito, dirá que 04 anos é pouco para o seu Projeto Brasil que exige mais tempo.
Passados os comentários, volto ao tema. Os Vereadores Wilson (cigarrinha) e Manu (filho de João Ferreira), ainda na metade do último semestre de 2005, me forneceram um CD com o texto de uma Nova Lei Orgânica de Jeremoabo, contendo vedação da reeleição do Presidente na atual legislatura, e sem a preservação do Parque Municipal da Pedra Furada. Houvesse isso ocorrido, a exclusão de um Parque Municipal em outra comunidade, o Ministério Público já estaria sendo acionado.
O Projeto de Emenda a Lei Orgânica do município de Jeremoabo que recebi, no Capítulo IX, sob o título DO MEIO AMBIENTE, art. 129 (ali está escrito art. 129º, quando isso somente é permitido até o nº. 9, 9º), restou excluída como área de proteção ambiental, a Reserva Ecológica da PEDRA FURADA, àquela fonte natural que se constitui o mais importante parque municipal, que não mereceu qualquer atenção da Câmara de Vereadores.
A Lei Orgânica Municipal em sua redação original, trazia consigo o art. 191, dispondo:
“Art. 191 - Fica criada a reserva ecológica da “Pedra Furada”, dispondo a Lei Complementar sobre seus componentes a serem especialmente protegidos e a forma da permissão para alteração e supressão, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem a sua proteção.”
J. Montalvão (dedé), em matéria datada de março/2006 e publicada no jeremoabohoje sob o título ASSASINATO NA PEDRA FURADA, foi de extrema felicidade ao dizer:ASSASSINATO DA PEDRA FURADAASSASSINATO DA PEDRA FURADA
”Este artigo deixou de existir; são águas passadas; a Pedra Furada deixa de ser Reserva Ecológica e a partir de ontem nada proíbe qualquer utilização que comprometa a sua integridade.
A Pedra Furada está despida, vulnerável, sem nenhuma proteção.
Tendo em vista o ferimento dos seus brios, ao povo de Jeremoabo só lhes resta à reação pela dilapidação oficializada do patrimônio que sempre orgulhou a diversas gerações que prezaram, amaram e sempre tiveram compromissos com Jeremoabo.”
A preservação do meio ambiental e a conservações dos parques, é fundamento de ordem mundial. Aqui mesmo em Jeremoabo, temos a Reserva Ecológica do Raso da Catarina, área de proteção do Governo Federal, por intermédio do IBAMA.
A Câmara Municipal foi de extrema infelicidade ao suprimir a Reserva Ecológica da Pedra Furada, e o fez ao arrepio do ordenamento jurídico, pois a supressão da Reserva, já estava proibida pelo art. 191 do texto primitivo, e o inciso III do § 1º do art. do 225 da CF. Jeremoabo mais uma vez se contrapõe à história
Se o que se pretendia foi conseguido relativamente, a reeleição, a vigência fica condicionada ao que dispõe o art. 16 da Constituição Federal que dispõe: “Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.”. A matéria não se inclui como matéria administrativa ou orgânica da direção da Casa Legislativa, é matéria exclusivamente eleitoral.
A discussão sobre o Parque Municipal da Pedra Furada se constitui em exercício de cidadania, não tendo lugar a interesses políticos partidários, e se a comunidade não pode ter protegido os seus direitos, o melhor é chamar o IBAMA.
Fernando Montalvão, Jeremoabo, 15.10.2006. montalvao@montalvao.adv.br
Obs: Repasso a mensagem abaixo, para nossa conscientização e para não nos
deixarmos levar por aleivosias raivosas e hipócritas.
>"Nós não somos o que gostaríamos de ser. Nós não somos o que ainda iremos
>ser. Mas, graças a Deus, não somos mais quem nós éramos." Martin Luther
>King
(Dedé Montalvão)
Medo de acordar privatizado
Por: J.Montalvão
Numa cidade que tem vereadora virtual, mesmo estando em São Paulo recebe jeton como se estivesse na sala de reuniões, e o mais importante, votando. Essa mesma vereadora entra com ação na Justiça de Jeremoabo/Bahia, devolvendo o dinheiro que não faz jus, e hoje, ela mesma assina requerimento para colocar uma ata sub judice em votação. O que mudou, será que foi forças ocultas ou o mensalão também em Jeremoabo/Bahia?
Da maneira que a Câmara de vereadores de Jeremoabo/Bahia anda agindo, não será novidade a quaisquer dias desses quando acordarmos estejamos todos privatizados.
Numa cidade que tem vereadora virtual, mesmo estando em São Paulo recebe jeton como se estivesse na sala de reuniões, e o mais importante, votando. Essa mesma vereadora entra com ação na Justiça de Jeremoabo/Bahia, devolvendo o dinheiro que não faz jus, e hoje, ela mesma assina requerimento para colocar uma ata sub judice em votação. O que mudou, será que foi forças ocultas ou o mensalão também em Jeremoabo/Bahia?
Um documento sub judice os edis fazem de conta, e nos pecadores vamos esperar mais o que?
O Presidente da Câmara o Dr. Carlos mais conhecido como Carlos Dentista, não duvido da sua honestidade, pessoalmente não tenho nada contra o mesmo, somos amigos mas, administrativamente deixa muito a desejar, senão vejamos:
1) – Professor do Colégio José Lourenço – Contratado pelo Estado, pelo REDA;
2) – Faz parte da Folha de Pagamento do Estado (Hospital) como Dentista;
3) – Presidente da Câmara de Vereadores;
4) – Dentista do Posto Médico do Município (Pago pela Verba do SUS), com 8(oito)horas diárias pelo PSF, isso tudo sem falar num carro Pipa que presta serviços para prefeitura, onde falam-se mas eu ainda não disponho de provas, então a respeito do Caminhão ainda não provo nada, apenas falam-se que se trata de um laranja! (Esse carro laranja foi denunciado por vereadores e consta em ata, segundo informações)
Somando as horas desses empregos ultrapassam às 24(vinte horas), se o dia só tem 24 horas como irá ficar? Talvez ainda superior ao Itaú o Banco 25 horas.
Enquanto isso a maioria dos jovens de Jeremoabo/Bahia, não arranjam um emprego sequer de salário mínimo.
Caso para a Polícia Federal ou o Senhor Procurador Federal resolver!
Vamos recordar um pouco a ATA da briga pelo “poder”:
Na ata, o Sr. Presidente Carlos dentista diz que inseriram sem conhecimento do plenário o parágrafo 6º da Lei Orgânica do Município de Jeremoabo, portanto fraudaram, adulteraram.
A carapuça caiu sobre o Vereador Manoel Ferreira mais conhecido como Manu de João Ferreira (vide ata), que se diz ofendido por estar sendo acusado de ter posto o parágrafo 6º ao art. 48 da citada Lei Orgânica Municipal. O Presidente reafirma que o artigo foi inserido de forma desconhecida pelo Plenário. Então a partir daí começou a discussão do “botou” ou “não botou”, até que o Presidente em plenário informou ao Vereador Manu de João Ferreira que aceita o voto dele vereador MANU, mas não aceita PEGADINHA (Quer dizer que segundo o Presidente Carlos Dentista, o Vereador Manu, ao invés de dar o seu recado na Câmara tava fazendo era “PEGADINHA”. ÊTA CÂMARA!?
Daí pra frente a reunião ficou pior do que o “SAMBA DO CRIOULO DOIDO”, e foi o maior disse me disse.
Hoje para a felicidade de todos vereadores, o senhor Manu se absteve, (será que anestesiaram ou hipnotizaram), a Vereadora Irene fez de conta que não sabia de nada e aprovou tudo, e o povo...?
Hoje o Cigarrinha faz muita falta, no tempo que era vereador não deixava uma barbaridade dessa passar, e tinha gabarito pra discutir os assuntos e convencer os seus pares, que me desculpe o Josadilson!!!
Numa cidade que tem vereadora virtual, mesmo estando em São Paulo recebe jeton como se estivesse na sala de reuniões, e o mais importante, votando. Essa mesma vereadora entra com ação na Justiça de Jeremoabo/Bahia, devolvendo o dinheiro que não faz jus, e hoje, ela mesma assina requerimento para colocar uma ata sub judice em votação. O que mudou, será que foi forças ocultas ou o mensalão também em Jeremoabo/Bahia?
Da maneira que a Câmara de vereadores de Jeremoabo/Bahia anda agindo, não será novidade a quaisquer dias desses quando acordarmos estejamos todos privatizados.
Numa cidade que tem vereadora virtual, mesmo estando em São Paulo recebe jeton como se estivesse na sala de reuniões, e o mais importante, votando. Essa mesma vereadora entra com ação na Justiça de Jeremoabo/Bahia, devolvendo o dinheiro que não faz jus, e hoje, ela mesma assina requerimento para colocar uma ata sub judice em votação. O que mudou, será que foi forças ocultas ou o mensalão também em Jeremoabo/Bahia?
Um documento sub judice os edis fazem de conta, e nos pecadores vamos esperar mais o que?
O Presidente da Câmara o Dr. Carlos mais conhecido como Carlos Dentista, não duvido da sua honestidade, pessoalmente não tenho nada contra o mesmo, somos amigos mas, administrativamente deixa muito a desejar, senão vejamos:
1) – Professor do Colégio José Lourenço – Contratado pelo Estado, pelo REDA;
2) – Faz parte da Folha de Pagamento do Estado (Hospital) como Dentista;
3) – Presidente da Câmara de Vereadores;
4) – Dentista do Posto Médico do Município (Pago pela Verba do SUS), com 8(oito)horas diárias pelo PSF, isso tudo sem falar num carro Pipa que presta serviços para prefeitura, onde falam-se mas eu ainda não disponho de provas, então a respeito do Caminhão ainda não provo nada, apenas falam-se que se trata de um laranja! (Esse carro laranja foi denunciado por vereadores e consta em ata, segundo informações)
Somando as horas desses empregos ultrapassam às 24(vinte horas), se o dia só tem 24 horas como irá ficar? Talvez ainda superior ao Itaú o Banco 25 horas.
Enquanto isso a maioria dos jovens de Jeremoabo/Bahia, não arranjam um emprego sequer de salário mínimo.
Caso para a Polícia Federal ou o Senhor Procurador Federal resolver!
Vamos recordar um pouco a ATA da briga pelo “poder”:
Na ata, o Sr. Presidente Carlos dentista diz que inseriram sem conhecimento do plenário o parágrafo 6º da Lei Orgânica do Município de Jeremoabo, portanto fraudaram, adulteraram.
A carapuça caiu sobre o Vereador Manoel Ferreira mais conhecido como Manu de João Ferreira (vide ata), que se diz ofendido por estar sendo acusado de ter posto o parágrafo 6º ao art. 48 da citada Lei Orgânica Municipal. O Presidente reafirma que o artigo foi inserido de forma desconhecida pelo Plenário. Então a partir daí começou a discussão do “botou” ou “não botou”, até que o Presidente em plenário informou ao Vereador Manu de João Ferreira que aceita o voto dele vereador MANU, mas não aceita PEGADINHA (Quer dizer que segundo o Presidente Carlos Dentista, o Vereador Manu, ao invés de dar o seu recado na Câmara tava fazendo era “PEGADINHA”. ÊTA CÂMARA!?
Daí pra frente a reunião ficou pior do que o “SAMBA DO CRIOULO DOIDO”, e foi o maior disse me disse.
Hoje para a felicidade de todos vereadores, o senhor Manu se absteve, (será que anestesiaram ou hipnotizaram), a Vereadora Irene fez de conta que não sabia de nada e aprovou tudo, e o povo...?
Hoje o Cigarrinha faz muita falta, no tempo que era vereador não deixava uma barbaridade dessa passar, e tinha gabarito pra discutir os assuntos e convencer os seus pares, que me desculpe o Josadilson!!!
VOTO NULO SOCRÁTICO
Por Fábio de Oliveira Ribeiro 15/10/2006 às 17:54
Crítica de Socrates aos tiranos de Atenas se aplica a Alckmim e Lula.
A democracia demonstrou seu valor, mas ainda não foi capaz de produzir crescimento econômico e igualdade. Ao contrário, o abismo social tem aumentado desde que a Constituição Federal foi promulgada em 1988.
Desde que foram implementadas as medidas econômicas que possibilitaram crescimento das exportações e estabilidade monetária, os ricos ficaram mais ricos. Com os ganhos de produtividade o desemprego se tornou crônico e produziu um estoque populacional sem qualquer finalidade econômica e cujas necessidades o Estado não é capaz de atender.
O populismo ronda as instituições políticas à medida em que os partidos naufragam na corrupção e lideranças políticas sentem-se tentadas a transformar a população miserável sua clientela. Que efeito perverso duradouro pode ter a concessão de benefícios como o bolsa família?
Os elogios públicos ao modelo chinês, que proporciona crescimento econômico de 10% ao ano com a supressão das liberdades políticas, demonstram que os perigos do autoritarismo não foram completamente afastados. À medida que o Brasil passa a assumir maiores responsabilidades militares no exterior (Haiti, Líbano, ONU, etc...) o poder e influência interna dos principais comandantes das três armas também é afetado e pode afetar o delicado equilíbrio de nossa democracia economicamente fracassada.
Vivemos numa sociedade em crise, que mira o futuro com desespero e olha seu passado com desdém. Nesse contexto, nada melhor do que recorrer à história da Atenas do século IV aC. Há quase um século a democracia ateniense agonizava. Em 411 AC a democracia foi derrubada e instituída a ditadura dos Quatrocentos. Pouco tempo depois a ditadura dos Quatrocentos foi substituída pelo regime dos Trinta, que usaram sistematicamente a brutalidade para reformar as instituições da cidade-estado.
Foi neste contexto que Sócrates, segundo Platão (Apologia), se recusou a participar da prisão de Leão de Salamina. Xenofonte (Memoráveis) relata que Sócrates criticou a ditadura com as seguintes palavras ?Parece-me estranho que um vaqueiro que deixa seus bois diminuírem em número e emagrecerem não admita ser um mau vaqueiro; porém mais estranho ainda é que o estadista que torna seus cidadãos menos numerosos e piores não sinta vergonha nem se considere um mal estadista.? As palavras do filósofo chegaram aos ouvidos dos Trinta, razão pela qual ele foi chamado à presente de Críticas e Cáricles, os quais o advertiram de que doravante não poderia mais ensinar a arte do discurso racional.
Muito embora não vivamos numa ditadura, as palavras de Sócrates se ajustam muito bem a Alckmin e Lula.
Durante os seis anos que governou o Estado de São Paulo o sorridente Alckmim fez vistas grossas aos abusos cometidos pela polícia militar. Ele permitiu e até incentivou o uso da violência ao declarar guerra à criminalidade. O resultado não poderia ser mais funesto. A criminalidade aumentou muito embora seu governo tenha provocado milhares de mortos, muitos dos quais inocentes que estavam no local errado, na hora errada ou que tinham a cor errada (como no caso do Dentista executado por ser negro). Curiosamente este governante que reduziu seus governados, que manchou suas mãos de sangue, não sentem-se nem culpado nem incompetente. Ao contrário, parece determinado a fazer aos brasileiros o mal que já fez aos paulistas.
Lula por sua vez também deveria sentir vergonha de se dizer estadista. Ele transformou milhares de brasileiros em cidadãos piores, em clientes seus ao ampliar e desvirtuar programas como o bolsa família. O grande estadista ou não percebeu ou deseja que uma parte da população se acostume a receber apenas migalhas. Ao apostar na distribuição de migalhas, Lula coloca em risco a própria democracia que o levou ao Palácio do Planalto. Afinal, uma população dependente de favores de políticos sujeita-se a qualquer regime desde continue a receber migalhas.
É neste contexto que temos que optar entre votar válido (em Lula ou Alckmim) ou votar nulo. Como nenhum dos candidatos é um estadista e ambos fazem jus à critica socrática, segue-se que a melhor opção para o cidadão brasileiro é VOTAR NULO. Mais do que uma opção, VOTAR NULO é um dever já que os dois candidatos demonstram com suas ações que não estão à altura do cargo que desejam ocupar.
Fábio de Oliveira Ribeiro
Email:: sithan@ig.com.br
URL:: http://www.revistacriacao.cjb.net
© Copyleft http://www.midiaindependente.org:
É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.
Crítica de Socrates aos tiranos de Atenas se aplica a Alckmim e Lula.
A democracia demonstrou seu valor, mas ainda não foi capaz de produzir crescimento econômico e igualdade. Ao contrário, o abismo social tem aumentado desde que a Constituição Federal foi promulgada em 1988.
Desde que foram implementadas as medidas econômicas que possibilitaram crescimento das exportações e estabilidade monetária, os ricos ficaram mais ricos. Com os ganhos de produtividade o desemprego se tornou crônico e produziu um estoque populacional sem qualquer finalidade econômica e cujas necessidades o Estado não é capaz de atender.
O populismo ronda as instituições políticas à medida em que os partidos naufragam na corrupção e lideranças políticas sentem-se tentadas a transformar a população miserável sua clientela. Que efeito perverso duradouro pode ter a concessão de benefícios como o bolsa família?
Os elogios públicos ao modelo chinês, que proporciona crescimento econômico de 10% ao ano com a supressão das liberdades políticas, demonstram que os perigos do autoritarismo não foram completamente afastados. À medida que o Brasil passa a assumir maiores responsabilidades militares no exterior (Haiti, Líbano, ONU, etc...) o poder e influência interna dos principais comandantes das três armas também é afetado e pode afetar o delicado equilíbrio de nossa democracia economicamente fracassada.
Vivemos numa sociedade em crise, que mira o futuro com desespero e olha seu passado com desdém. Nesse contexto, nada melhor do que recorrer à história da Atenas do século IV aC. Há quase um século a democracia ateniense agonizava. Em 411 AC a democracia foi derrubada e instituída a ditadura dos Quatrocentos. Pouco tempo depois a ditadura dos Quatrocentos foi substituída pelo regime dos Trinta, que usaram sistematicamente a brutalidade para reformar as instituições da cidade-estado.
Foi neste contexto que Sócrates, segundo Platão (Apologia), se recusou a participar da prisão de Leão de Salamina. Xenofonte (Memoráveis) relata que Sócrates criticou a ditadura com as seguintes palavras ?Parece-me estranho que um vaqueiro que deixa seus bois diminuírem em número e emagrecerem não admita ser um mau vaqueiro; porém mais estranho ainda é que o estadista que torna seus cidadãos menos numerosos e piores não sinta vergonha nem se considere um mal estadista.? As palavras do filósofo chegaram aos ouvidos dos Trinta, razão pela qual ele foi chamado à presente de Críticas e Cáricles, os quais o advertiram de que doravante não poderia mais ensinar a arte do discurso racional.
Muito embora não vivamos numa ditadura, as palavras de Sócrates se ajustam muito bem a Alckmin e Lula.
Durante os seis anos que governou o Estado de São Paulo o sorridente Alckmim fez vistas grossas aos abusos cometidos pela polícia militar. Ele permitiu e até incentivou o uso da violência ao declarar guerra à criminalidade. O resultado não poderia ser mais funesto. A criminalidade aumentou muito embora seu governo tenha provocado milhares de mortos, muitos dos quais inocentes que estavam no local errado, na hora errada ou que tinham a cor errada (como no caso do Dentista executado por ser negro). Curiosamente este governante que reduziu seus governados, que manchou suas mãos de sangue, não sentem-se nem culpado nem incompetente. Ao contrário, parece determinado a fazer aos brasileiros o mal que já fez aos paulistas.
Lula por sua vez também deveria sentir vergonha de se dizer estadista. Ele transformou milhares de brasileiros em cidadãos piores, em clientes seus ao ampliar e desvirtuar programas como o bolsa família. O grande estadista ou não percebeu ou deseja que uma parte da população se acostume a receber apenas migalhas. Ao apostar na distribuição de migalhas, Lula coloca em risco a própria democracia que o levou ao Palácio do Planalto. Afinal, uma população dependente de favores de políticos sujeita-se a qualquer regime desde continue a receber migalhas.
É neste contexto que temos que optar entre votar válido (em Lula ou Alckmim) ou votar nulo. Como nenhum dos candidatos é um estadista e ambos fazem jus à critica socrática, segue-se que a melhor opção para o cidadão brasileiro é VOTAR NULO. Mais do que uma opção, VOTAR NULO é um dever já que os dois candidatos demonstram com suas ações que não estão à altura do cargo que desejam ocupar.
Fábio de Oliveira Ribeiro
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Você sabia?
Por Por Isto é 14/10/2006 às 13:05
Durante o mandato de um Presidente da República, o
esperado e o normal é que sua mulher trabalhe com afinco na coordenação de
programas sociais.
Mas a Dona Marisa Letícia ( a " Galega" do prisidente Lulla),atual 1ª dama,
é um caso especial. Ela não trabalha em serviços sociais, não faz nada (a
exemplo de seu marido), mas gasta pra caramba também a exemplo de seu
marido). Ela não é funcionária pública, mas gasta e como gasta!!!!
E nós, esfolados contribuintes, é que pagamos tudo. De conformidade com a
legislação vigente, dona Marisa Letícia não pode ter despesas pessoais pagas
pela união. Diárias de viagens e gastos com roupas e cabeleireiros devem ser
custeadas pelo marido, uma vez que primeira dama não é >ocupação
funcional
remunerada.
Mas não é isso que vem ocorrendo. Somente no primeiro semestre deste ano, a
funcionária
pública destinada a acompanhar a primeira dama, Maria Emília Évora, gastou
com cartão de crédito da presidência da república a importância de
R$441.000,00 (quatrocentos e quarenta e um mil>reais),sendo que
R$198.000,00
(cento e noventa e oito mil reais) foram sacados em moeda >corrente na
boca
do caixa para custear despesas da primeira dama.
Essa gastança equivale a uma média mensal de R$ 55.000,00 (cinqüenta e cinco
mil reais), ou R$ 1.800,00 (um mil e oitocentos reais) por dia,equivalendo
ainda à alimentação de 8.820 famílias
>>>peloscritérios do programa Fome Zero...
Tá bom pra você?? Vote nele então!
>>> > > > >> Fonte : isto é dinheiro
Email:: .
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Durante o mandato de um Presidente da República, o
esperado e o normal é que sua mulher trabalhe com afinco na coordenação de
programas sociais.
Mas a Dona Marisa Letícia ( a " Galega" do prisidente Lulla),atual 1ª dama,
é um caso especial. Ela não trabalha em serviços sociais, não faz nada (a
exemplo de seu marido), mas gasta pra caramba também a exemplo de seu
marido). Ela não é funcionária pública, mas gasta e como gasta!!!!
E nós, esfolados contribuintes, é que pagamos tudo. De conformidade com a
legislação vigente, dona Marisa Letícia não pode ter despesas pessoais pagas
pela união. Diárias de viagens e gastos com roupas e cabeleireiros devem ser
custeadas pelo marido, uma vez que primeira dama não é >ocupação
funcional
remunerada.
Mas não é isso que vem ocorrendo. Somente no primeiro semestre deste ano, a
funcionária
pública destinada a acompanhar a primeira dama, Maria Emília Évora, gastou
com cartão de crédito da presidência da república a importância de
R$441.000,00 (quatrocentos e quarenta e um mil>reais),sendo que
R$198.000,00
(cento e noventa e oito mil reais) foram sacados em moeda >corrente na
boca
do caixa para custear despesas da primeira dama.
Essa gastança equivale a uma média mensal de R$ 55.000,00 (cinqüenta e cinco
mil reais), ou R$ 1.800,00 (um mil e oitocentos reais) por dia,equivalendo
ainda à alimentação de 8.820 famílias
>>>peloscritérios do programa Fome Zero...
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O número de vítimas no Iraque equivale a 4 Hiroshimas !
Por viriato 12/10/2006 às 22:04
O número de vítimas no Iraque equivale a 4 Hiroshimas !
O número de vítimas no Iraque equivale a 4 Hiroshimas !
«Little boy» tinha uma potência equivalente a 15 kilotons de TNT e a sua explosão a 6 de Agosto de de 1945 terminou com a vida de 140.000 pessoas. Nunca até ali ? e até aos nossos dias de hoje - uma bomba tinha por si só morto tanta gente e produzido efeitos tão letais. «Fat Man», a que caiu três dias mais tarde sobre Nagasaki, com um potência de 21 kilotons, produziu metade de vítimas mortais da primeira. A explosão anunciada na passada segunda-feira pelas autoridades da Coreia do Norte não alcançou sequer 1 kiliton de potência, embora a expectativa fosse a explosão de uma bomba de 4 kilitons. Este facto já está na origem de especulações de que a explosão não terá corrido bem, ou mesmo que não terá passado de uma fraude destinada a brandir a ameaça nuclear com recurso a simples explosivos químicos. Do regime grotesco do Querido Líder Kim Jong-il pode esperar-se tudo.
Ora desde o dia 20 de Março de 2003, dia em que as tropas norte-americanas invadiram o Iraque, já se produziram mais de 600.000 mortes naquele país árabe, segundo um relatório elaborado por uma equipe de investigadores norte-americanos e iraquianos que foi agora publicado pela prestigiada revista médica britânica The Lancet. O número de mortos pode todavia ainda ser maior uma vez que as margens de erro do estudo vão dos 400 a 900 mil mortos. O número de vítimas da guerra do Iraque equivale pois ao das vítimas mortais da guerra civil americana (1861-1865), correspondendo ainda a 4 vezes o número de vítimas do Holocausto de Hiroshima.
O inquérito realizado corrige e melhora os métodos de um outro anterior, realizado nos finais de 2004 que estimava em 100.000 o número de mortos no Iraque, a maior parte do efeito dos bombardeamentos norte-americanos. O primeiro inquérito publicado por aquela categorizada revista médica foi duramente criticado, mas os seus autores asseguraram que o método se ajustava plenamente ao que é utilizado em situações de catástrofes e de epidemias. Os números anunciados pelos Estados Unidos até Dezembro passado apontavam para 30.000 civis mortos, ou seja, 20 vezes menos que a estimativa da Lancet. O portal da net iraqbodycount.org, que só recolhe os dados de falecidos por morte violenta publicados pelos meios de comunicação, já fala de 50.000, bem menos do balanço que agora foi tornado público.
O número de mortes de Hiroshima e Nagasaki fizeram acabar coma guerra mundial no Pacífico. Tentou-se inclusivamente justificar aquela matança de civis inocentes invocando os benefícios da paz. Esse argumento não serve, porém, para a guerra do Iraque que, apesar das suas vítimas representarem 4 vezes as de Hiroshima, está longe de terminar, nem há perspectivar de acabar tão cedo, nem seuqer se sabe muito bem como há-de terminar. Os mortos foram numa primeira fase provocados pelos bombardeamentos norte-americanos; seguem-se depois os atentados com carros-bomba e os ataques e enfrentamentos sectários, incluindo a actividade de esquadrões de morte formados por polícias e militares das comunidades em conflito. Os sequestros, os desaparecimentos, assim como o funcionamento de cárceres e prisões privadas são o pão de cada dia no Iraque actual. Constamente aparecem montões de cadáveres de pessoas assassinadas com sinais de terem sido torturadas: 110 corpos foram decobertos nestas circunstâncias em Bagdad desde a última segunda-feira. No Iraque ninguém impõe a ordem nem a lei, senão nas áreas restritas das bases norte-americanas, britânicas e governamentais. A guerra civil cavalga alegremente por todo o território, por mais incómodos que isso possa causar ao governo norte-americano.
Toda esta matança não serviu para introduzir a democracia no Iraque e na região. E muito menos para evitar a proliferação de armas de destruição maciça que, de resto, Saddam não possuía, Os seus efeitos foram justamente os opostos: não há democracia na região e tem-se visto o que resta dela no Líbano e na Palestina. Iraque tornou-se, além disso, numa enorme fábrica de terrorismo mundial. E não faltam «estados-canalhas» que se apressam em abastecerem-se de armas de destruição maciça a fim de evitar que Bush faça com eles o que fez com Saddam Hussein. Toda a ásia sabe muito bem o perigo real que representa o teste nuclear de Pyongyang. Mas enquanto o Irque arde, a bombinha do Querido Líder é o dedo que os tontos olham quando aponta a lua.
Texto de Lluís Bassets,publicado no ElPaís de 12 de Outubro de 2006
retirado de:
www.elpais.es/
.
.
Pesquisadores americanos estimam que 655 mil iraquianos - o equivalente a 2,5% da população do país - tenham morrido como resultado da invasão americana em 2003.
O estudo da John Hopkins Bloomberg School of Public Health, a ser publicado nesta quinta-feira na revista médica britânica The Lancet, compara as taxas de mortalidade em 47 áreas do Iraque escolhidas aleatoriamente, antes e depois da intervenção militar dos Estados Unidos.
A grande maioria das mortes teria sido causada pela violência, sendo 56% delas provocadas por tiros, enquanto explosões e ataques aéreos seriam responsáveis por cerca de 14%.
Ainda de acordo com a pesquisa, 31% das mortes violentas poderiam ser atribuídas a ações das forças de coligação.
O total de vítimas calculado pelo estudo é bem maior os números que têm sido avançados pelos media.
URL:: http://pimentanegra.blogspot.com/
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No mundo democrático manda quem segura a arma
Eduardo Resende 15/10/2006 03:33
Eis a liberdade e a democracia que os americanos, enviados de Deus, guardiães da moral e da virtude, querem levar a todas as nações do mundo. Coréia do Norte e Irã são os próximos da fila; e a Venezuela que se cuide!
© Copyleft http://www.midiaindependente.org:
É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.
O número de vítimas no Iraque equivale a 4 Hiroshimas !
O número de vítimas no Iraque equivale a 4 Hiroshimas !
«Little boy» tinha uma potência equivalente a 15 kilotons de TNT e a sua explosão a 6 de Agosto de de 1945 terminou com a vida de 140.000 pessoas. Nunca até ali ? e até aos nossos dias de hoje - uma bomba tinha por si só morto tanta gente e produzido efeitos tão letais. «Fat Man», a que caiu três dias mais tarde sobre Nagasaki, com um potência de 21 kilotons, produziu metade de vítimas mortais da primeira. A explosão anunciada na passada segunda-feira pelas autoridades da Coreia do Norte não alcançou sequer 1 kiliton de potência, embora a expectativa fosse a explosão de uma bomba de 4 kilitons. Este facto já está na origem de especulações de que a explosão não terá corrido bem, ou mesmo que não terá passado de uma fraude destinada a brandir a ameaça nuclear com recurso a simples explosivos químicos. Do regime grotesco do Querido Líder Kim Jong-il pode esperar-se tudo.
Ora desde o dia 20 de Março de 2003, dia em que as tropas norte-americanas invadiram o Iraque, já se produziram mais de 600.000 mortes naquele país árabe, segundo um relatório elaborado por uma equipe de investigadores norte-americanos e iraquianos que foi agora publicado pela prestigiada revista médica britânica The Lancet. O número de mortos pode todavia ainda ser maior uma vez que as margens de erro do estudo vão dos 400 a 900 mil mortos. O número de vítimas da guerra do Iraque equivale pois ao das vítimas mortais da guerra civil americana (1861-1865), correspondendo ainda a 4 vezes o número de vítimas do Holocausto de Hiroshima.
O inquérito realizado corrige e melhora os métodos de um outro anterior, realizado nos finais de 2004 que estimava em 100.000 o número de mortos no Iraque, a maior parte do efeito dos bombardeamentos norte-americanos. O primeiro inquérito publicado por aquela categorizada revista médica foi duramente criticado, mas os seus autores asseguraram que o método se ajustava plenamente ao que é utilizado em situações de catástrofes e de epidemias. Os números anunciados pelos Estados Unidos até Dezembro passado apontavam para 30.000 civis mortos, ou seja, 20 vezes menos que a estimativa da Lancet. O portal da net iraqbodycount.org, que só recolhe os dados de falecidos por morte violenta publicados pelos meios de comunicação, já fala de 50.000, bem menos do balanço que agora foi tornado público.
O número de mortes de Hiroshima e Nagasaki fizeram acabar coma guerra mundial no Pacífico. Tentou-se inclusivamente justificar aquela matança de civis inocentes invocando os benefícios da paz. Esse argumento não serve, porém, para a guerra do Iraque que, apesar das suas vítimas representarem 4 vezes as de Hiroshima, está longe de terminar, nem há perspectivar de acabar tão cedo, nem seuqer se sabe muito bem como há-de terminar. Os mortos foram numa primeira fase provocados pelos bombardeamentos norte-americanos; seguem-se depois os atentados com carros-bomba e os ataques e enfrentamentos sectários, incluindo a actividade de esquadrões de morte formados por polícias e militares das comunidades em conflito. Os sequestros, os desaparecimentos, assim como o funcionamento de cárceres e prisões privadas são o pão de cada dia no Iraque actual. Constamente aparecem montões de cadáveres de pessoas assassinadas com sinais de terem sido torturadas: 110 corpos foram decobertos nestas circunstâncias em Bagdad desde a última segunda-feira. No Iraque ninguém impõe a ordem nem a lei, senão nas áreas restritas das bases norte-americanas, britânicas e governamentais. A guerra civil cavalga alegremente por todo o território, por mais incómodos que isso possa causar ao governo norte-americano.
Toda esta matança não serviu para introduzir a democracia no Iraque e na região. E muito menos para evitar a proliferação de armas de destruição maciça que, de resto, Saddam não possuía, Os seus efeitos foram justamente os opostos: não há democracia na região e tem-se visto o que resta dela no Líbano e na Palestina. Iraque tornou-se, além disso, numa enorme fábrica de terrorismo mundial. E não faltam «estados-canalhas» que se apressam em abastecerem-se de armas de destruição maciça a fim de evitar que Bush faça com eles o que fez com Saddam Hussein. Toda a ásia sabe muito bem o perigo real que representa o teste nuclear de Pyongyang. Mas enquanto o Irque arde, a bombinha do Querido Líder é o dedo que os tontos olham quando aponta a lua.
Texto de Lluís Bassets,publicado no ElPaís de 12 de Outubro de 2006
retirado de:
www.elpais.es/
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Pesquisadores americanos estimam que 655 mil iraquianos - o equivalente a 2,5% da população do país - tenham morrido como resultado da invasão americana em 2003.
O estudo da John Hopkins Bloomberg School of Public Health, a ser publicado nesta quinta-feira na revista médica britânica The Lancet, compara as taxas de mortalidade em 47 áreas do Iraque escolhidas aleatoriamente, antes e depois da intervenção militar dos Estados Unidos.
A grande maioria das mortes teria sido causada pela violência, sendo 56% delas provocadas por tiros, enquanto explosões e ataques aéreos seriam responsáveis por cerca de 14%.
Ainda de acordo com a pesquisa, 31% das mortes violentas poderiam ser atribuídas a ações das forças de coligação.
O total de vítimas calculado pelo estudo é bem maior os números que têm sido avançados pelos media.
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No mundo democrático manda quem segura a arma
Eduardo Resende 15/10/2006 03:33
Eis a liberdade e a democracia que os americanos, enviados de Deus, guardiães da moral e da virtude, querem levar a todas as nações do mundo. Coréia do Norte e Irã são os próximos da fila; e a Venezuela que se cuide!
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Quanto vale sua miséria em ano de eleição ?!
Por Pita 13/10/2006 às 00:46
É fácil dialogar com a miséria.É fácil prometer tudo a quem não tem nada.
As faltas de oportunidade, comida, emprego e esperança ajudam a esquecer que o formato da enganação é o mesmo de dois em dois anos(a cada eleição).
Alguns não prometem mais geladeira, fogão, dentadura ou saco de cimento, mas por outro lado, os debates, idéias inovadoras, ética, propostas realistas e verdadeiras são coisas do passado (talvez para Aristóteles na Grécia clássica...)
Há um bom tempo os candidatos não fazem mais política... Investem em mídia!
Como se já não bastasse o domínio dos grandes meios de comunicação por políticos e ideologias partidárias, investem pesado em bons equipamentos de filmagem, locutores de voz marcante, outdoors, banners, imensos palcos para comícios.
Jovens são aliciados por festinhas descoladas com as bandas do momento (para ?todas as tribos?, eles dizem) e senhoras se deixam levar pela boa imagem reproduzida no vídeo (os impecáveis galãs do cinema anos 50).
Um marketeiro e suas ?manipulações públicas? atingem mais de 1 milhão de pessoas, mas 1 milhão de pessoas deveriam mais espertas que 1 marketeiro.
O voto é uma conquista democrática, mas que democracia permite gastos bilionários com campanhas de luxo enquanto nesse momento milhares de famílias passam fome e dormem nas calçadas? E quantos Reais vale seu voto?
?O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), prevê a campanha proporcionalmente mais cara a governador em todo o Brasil. Ele declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que poderá gastar até R$ 8 milhões na disputa pelo governo de Roraima. Com um eleitorado de apenas 234 mil pessoas, o custo por voto de sua campanha no Estado chega ao valor recorde de R$ 34,25 - sete vezes mais alto do que o gasto médio das campanhas a governador no País. Mas ele não estará sozinho no topo do ranking de gastos por eleitor. Seu principal adversário, Ottomar Pinto (PSDB), prevê custos de até R$ 5 milhões, o que significa despender R$ 21,40 por eleitor. Os dois tornam a disputa pelo governo de Roraima a mais cara em todo o País. Na média, são R$ 27,83 de gastos previstos por eleitor.? http://multimidia.terra.com.br/jornaldoterra/eleicoes2006/interna/0,,OI79626-EI5767,00.html
Dou-lhe uma, dou-lhe duas...
Quem dá mais?! Quem dá mais?!
Email:: pitauchoa@gmail.com
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São dois projetos
eles se digladiam há séculos 13/10/2006 22:33
Quem falava mal de Irineu Evangelista de Souza?
Quem conspirava contra Getúlio? Aliás contra a vontade de quem ele criou a CLT?
Quem achava besteira ter siderúrgica e petroleira no Brasil? Quem dizia que a vocação do Brasil era ser um país agrícola?
Quem combateu a Petrobrás durante toda a sua vida?
Quem se preparou para vender a Petrobrás?
Quem vendeu a Embratel para a MCI? Quem fez a Petrobrás comprar os campos de gás boliviano da ENROM? Aliás ambas empresas foram a falência por fraudes seríssimas, o que diz algo sobre seus sócios nacionais.
Quem se escandalizou com a audácia de um empresário brasileiro em comprar uma empresa americana chamada Pannair, e quando pode derrubou e secou o crédito do tal empresário?
Quem recepcionou a colonada italiana em São Paulo, não com terras livres, doadas e abundantes, para plantar, mas com uma legislação que obrigava os italianos e japoneses a trabalhar para os Barões do Café em substituição aos escravos, se quisessem sobreviver e comprar suas terras?
Quem levantou contra Getúlio, Jango e agora contra Lula a mesma campanha moralista, torpe, explorando à exaustão uns escandalos que em outra época nem produziria 2 linhas na página 3 dos jornais?
Mudam as caras, as gerações são diferentes, as siglas são outras, mas sempre são os dois projetos. Um quer ser sócio menor do estrangeiro e quer faturar logo os seus trocados. Outro quer fazer desta terra um lugar decente, igual aos demais, e não se julga menor do que ninguém.
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É fácil dialogar com a miséria.É fácil prometer tudo a quem não tem nada.
As faltas de oportunidade, comida, emprego e esperança ajudam a esquecer que o formato da enganação é o mesmo de dois em dois anos(a cada eleição).
Alguns não prometem mais geladeira, fogão, dentadura ou saco de cimento, mas por outro lado, os debates, idéias inovadoras, ética, propostas realistas e verdadeiras são coisas do passado (talvez para Aristóteles na Grécia clássica...)
Há um bom tempo os candidatos não fazem mais política... Investem em mídia!
Como se já não bastasse o domínio dos grandes meios de comunicação por políticos e ideologias partidárias, investem pesado em bons equipamentos de filmagem, locutores de voz marcante, outdoors, banners, imensos palcos para comícios.
Jovens são aliciados por festinhas descoladas com as bandas do momento (para ?todas as tribos?, eles dizem) e senhoras se deixam levar pela boa imagem reproduzida no vídeo (os impecáveis galãs do cinema anos 50).
Um marketeiro e suas ?manipulações públicas? atingem mais de 1 milhão de pessoas, mas 1 milhão de pessoas deveriam mais espertas que 1 marketeiro.
O voto é uma conquista democrática, mas que democracia permite gastos bilionários com campanhas de luxo enquanto nesse momento milhares de famílias passam fome e dormem nas calçadas? E quantos Reais vale seu voto?
?O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), prevê a campanha proporcionalmente mais cara a governador em todo o Brasil. Ele declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que poderá gastar até R$ 8 milhões na disputa pelo governo de Roraima. Com um eleitorado de apenas 234 mil pessoas, o custo por voto de sua campanha no Estado chega ao valor recorde de R$ 34,25 - sete vezes mais alto do que o gasto médio das campanhas a governador no País. Mas ele não estará sozinho no topo do ranking de gastos por eleitor. Seu principal adversário, Ottomar Pinto (PSDB), prevê custos de até R$ 5 milhões, o que significa despender R$ 21,40 por eleitor. Os dois tornam a disputa pelo governo de Roraima a mais cara em todo o País. Na média, são R$ 27,83 de gastos previstos por eleitor.? http://multimidia.terra.com.br/jornaldoterra/eleicoes2006/interna/0,,OI79626-EI5767,00.html
Dou-lhe uma, dou-lhe duas...
Quem dá mais?! Quem dá mais?!
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São dois projetos
eles se digladiam há séculos 13/10/2006 22:33
Quem falava mal de Irineu Evangelista de Souza?
Quem conspirava contra Getúlio? Aliás contra a vontade de quem ele criou a CLT?
Quem achava besteira ter siderúrgica e petroleira no Brasil? Quem dizia que a vocação do Brasil era ser um país agrícola?
Quem combateu a Petrobrás durante toda a sua vida?
Quem se preparou para vender a Petrobrás?
Quem vendeu a Embratel para a MCI? Quem fez a Petrobrás comprar os campos de gás boliviano da ENROM? Aliás ambas empresas foram a falência por fraudes seríssimas, o que diz algo sobre seus sócios nacionais.
Quem se escandalizou com a audácia de um empresário brasileiro em comprar uma empresa americana chamada Pannair, e quando pode derrubou e secou o crédito do tal empresário?
Quem recepcionou a colonada italiana em São Paulo, não com terras livres, doadas e abundantes, para plantar, mas com uma legislação que obrigava os italianos e japoneses a trabalhar para os Barões do Café em substituição aos escravos, se quisessem sobreviver e comprar suas terras?
Quem levantou contra Getúlio, Jango e agora contra Lula a mesma campanha moralista, torpe, explorando à exaustão uns escandalos que em outra época nem produziria 2 linhas na página 3 dos jornais?
Mudam as caras, as gerações são diferentes, as siglas são outras, mas sempre são os dois projetos. Um quer ser sócio menor do estrangeiro e quer faturar logo os seus trocados. Outro quer fazer desta terra um lugar decente, igual aos demais, e não se julga menor do que ninguém.
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Quanto vale um deputado federal?
Por José Roberto de Toledo 12/10/2006 às 16:04
Deputados somam R$ 1,2 bi
José Roberto de Toledo
Editor-chefe do Jornal do Terra
A se julgar pelo patrimônio que eles próprios declararam à Justiça eleitoral, os parlamentares recém-eleitos para a Câmara possuem, em média, bens no valor de R$ 2,4 milhões. A soma dos bens dos 513 novos deputados chega a nada menos do que R$ 1,237 bilhão. Como a declaração de valores não é obrigatória, 29 deixaram de dizer quanto possuem e puxam a média para baixo.
Mas a riqueza varia de partido para partido. A bancada mais rica é a do PMDB. Seus 89 deputados somam R$ 524 milhões, o que daria R$ 5,883 milhões por cabeça. É um patrimônio médio 13 vezes maior, por exemplo, do que o de seus colegas do PT, que, juntos, declararam R$ 31,786 milhões, ou R$ 383 mil per capita.
Como toda média, a da bancada do PMDB é distorcida pelo patrimônio de um único deputado. Camilo Cola, dono da Viação Itapemirim, entre outras empresas, declarou à Justiça eleitoral bens no valor total de R$ 259 milhões. É, de longe, o mais rico de todos os parlamentares. Aos 83 anos de idade, disputou e venceu sua primeira eleição à Câmara.
Sem Cola, os bens dos outros 88 deputados peemedebistas somados chegam a praticamente o equivalente da fortuna do colega multimilionário: R$ 264 milhões, o que corresponde a uma riqueza de R$ 3 milhões para cada um. Esse valor os coloca em terceiro lugar no ranking das bancadas mais ricas da nova Câmara.
Excluído o dono da Itapemirim, os 23 novos deputados do PL assumem a liderança. Os R$ 116 milhões de patrimônio da bancada equivalem a uma riqueza média de R$ 5 milhões por cabeça. Apesar de haver vários milionários entre os liberais, quem puxa o patrimônio do PL para cima é o empresário Sandro Mabel (R$ 70 milhões), dono das indústrias de bolachas de quem emprestou o nome.
Em seguida aparece outro partido que ganhou projeção no escândalo do mensalão. Os deputados do PP acumulam um patrimônio declarado de R$ 130 milhões, valor que, dividido pelos 42 eleitos, equivale a uma média de R$ 3,1 milhões per capita. Os mais ricos do partido são dois paulistas: Paulo Maluf (R$ 39 milhões) e Vadão Gomes (R$ 36 milhões).
O PTB de Roberto Jefferson e do escândalo dos Correios aparece a seguir. Seus 22 deputados somam um patrimônio de R$ 62,5 milhões, ou R$ 2,8 milhões para cada um. O mais rico é o pernambucano José Chaves, empresário e dono da construtora Chaves.
Aliados eleitorais, PSDB e PFL têm perfis patrimoniais semelhantes. Cada partido elegeu 65 deputados federais. Os tucanos declararam bens no valor total de R$ 140 milhões, contra R$ 139 milhões dos pefelistas. Na média, ambas as bancadas têm um patrimônio de R$ 2,1 milhões. O deputado mais rico do PSDB é o paranaense Alfredo Kaefer (R$ 72,2 milhões), eleito pela primeira vez. Seu equivalente no PFL é o veterano deputado baiano Paulo Magalhães (R$ 14,1 milhões).
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Comentários
Quanto vale um deputado?
H2O 12/10/2006 17:02
Eu discordo!!
UM DEPUTADO NÃO VALE NADA!!!
Os três porquinhos
raimundo sereno 12/10/2006 20:05
raimundosereno@yahoo.com.br
http://raimundosereno.blogspot.com
Olha só os três porquinhos: PL, PTB e PP, os três partidos mais fisiológicos(foram do governo FHC e agora são Lula), mais corruptos e mais burgueses que existem!Não tem a mínima consistência política, programática e não tem simpatizantes espontâneos nem militantes. E são tropa de choque do Lula, com ministério e tudo. Só para lembrar, PP e PTB passaram na cláusula de barreira.
Nufundo nadaValemos
otts 12/10/2006 22:30
Fui hoje a um enterro e compreendo o H2O.
No fundo nada valemos, somos todos iguais, do pó viemos e ao pó voltaremos, nada além um odre de água que anda e fala.
Então é isso que somos. Nada valemos.
Nem tu nem o deputado, colega facistinha.
Quanto vale o OTTS?
H2O 13/10/2006 08:33
Prezado OTTS,
Quanto vale um deputado? Eu respondi: Nada!!
Você generalizou e colocou: "nós não valemos nada".
Ora, fale por você!!
Você sim, não vale nada mesmo!! Igual ao deputado, por isso está preocupado com ele(s)...
Fascista é a sua mãe, além de outras coisas que ela era, mas por educação, não vou dizer, mesmo porque, ela também não vale nada, para ter criado um traste igual a você!!
Deputados e seus defensores não valem nada!! Fascistóide disfarçado!
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Deputados somam R$ 1,2 bi
José Roberto de Toledo
Editor-chefe do Jornal do Terra
A se julgar pelo patrimônio que eles próprios declararam à Justiça eleitoral, os parlamentares recém-eleitos para a Câmara possuem, em média, bens no valor de R$ 2,4 milhões. A soma dos bens dos 513 novos deputados chega a nada menos do que R$ 1,237 bilhão. Como a declaração de valores não é obrigatória, 29 deixaram de dizer quanto possuem e puxam a média para baixo.
Mas a riqueza varia de partido para partido. A bancada mais rica é a do PMDB. Seus 89 deputados somam R$ 524 milhões, o que daria R$ 5,883 milhões por cabeça. É um patrimônio médio 13 vezes maior, por exemplo, do que o de seus colegas do PT, que, juntos, declararam R$ 31,786 milhões, ou R$ 383 mil per capita.
Como toda média, a da bancada do PMDB é distorcida pelo patrimônio de um único deputado. Camilo Cola, dono da Viação Itapemirim, entre outras empresas, declarou à Justiça eleitoral bens no valor total de R$ 259 milhões. É, de longe, o mais rico de todos os parlamentares. Aos 83 anos de idade, disputou e venceu sua primeira eleição à Câmara.
Sem Cola, os bens dos outros 88 deputados peemedebistas somados chegam a praticamente o equivalente da fortuna do colega multimilionário: R$ 264 milhões, o que corresponde a uma riqueza de R$ 3 milhões para cada um. Esse valor os coloca em terceiro lugar no ranking das bancadas mais ricas da nova Câmara.
Excluído o dono da Itapemirim, os 23 novos deputados do PL assumem a liderança. Os R$ 116 milhões de patrimônio da bancada equivalem a uma riqueza média de R$ 5 milhões por cabeça. Apesar de haver vários milionários entre os liberais, quem puxa o patrimônio do PL para cima é o empresário Sandro Mabel (R$ 70 milhões), dono das indústrias de bolachas de quem emprestou o nome.
Em seguida aparece outro partido que ganhou projeção no escândalo do mensalão. Os deputados do PP acumulam um patrimônio declarado de R$ 130 milhões, valor que, dividido pelos 42 eleitos, equivale a uma média de R$ 3,1 milhões per capita. Os mais ricos do partido são dois paulistas: Paulo Maluf (R$ 39 milhões) e Vadão Gomes (R$ 36 milhões).
O PTB de Roberto Jefferson e do escândalo dos Correios aparece a seguir. Seus 22 deputados somam um patrimônio de R$ 62,5 milhões, ou R$ 2,8 milhões para cada um. O mais rico é o pernambucano José Chaves, empresário e dono da construtora Chaves.
Aliados eleitorais, PSDB e PFL têm perfis patrimoniais semelhantes. Cada partido elegeu 65 deputados federais. Os tucanos declararam bens no valor total de R$ 140 milhões, contra R$ 139 milhões dos pefelistas. Na média, ambas as bancadas têm um patrimônio de R$ 2,1 milhões. O deputado mais rico do PSDB é o paranaense Alfredo Kaefer (R$ 72,2 milhões), eleito pela primeira vez. Seu equivalente no PFL é o veterano deputado baiano Paulo Magalhães (R$ 14,1 milhões).
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H2O 12/10/2006 17:02
Eu discordo!!
UM DEPUTADO NÃO VALE NADA!!!
Os três porquinhos
raimundo sereno 12/10/2006 20:05
raimundosereno@yahoo.com.br
http://raimundosereno.blogspot.com
Olha só os três porquinhos: PL, PTB e PP, os três partidos mais fisiológicos(foram do governo FHC e agora são Lula), mais corruptos e mais burgueses que existem!Não tem a mínima consistência política, programática e não tem simpatizantes espontâneos nem militantes. E são tropa de choque do Lula, com ministério e tudo. Só para lembrar, PP e PTB passaram na cláusula de barreira.
Nufundo nadaValemos
otts 12/10/2006 22:30
Fui hoje a um enterro e compreendo o H2O.
No fundo nada valemos, somos todos iguais, do pó viemos e ao pó voltaremos, nada além um odre de água que anda e fala.
Então é isso que somos. Nada valemos.
Nem tu nem o deputado, colega facistinha.
Quanto vale o OTTS?
H2O 13/10/2006 08:33
Prezado OTTS,
Quanto vale um deputado? Eu respondi: Nada!!
Você generalizou e colocou: "nós não valemos nada".
Ora, fale por você!!
Você sim, não vale nada mesmo!! Igual ao deputado, por isso está preocupado com ele(s)...
Fascista é a sua mãe, além de outras coisas que ela era, mas por educação, não vou dizer, mesmo porque, ela também não vale nada, para ter criado um traste igual a você!!
Deputados e seus defensores não valem nada!! Fascistóide disfarçado!
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Quem é o candidato da "direita"? Lula recebe apoio do latifundiário Blairo Maggi
Por Liga Bolchevique Internacionalista 12/10/2006 às 04:57
Leia abaixo o artigo da LBI analisando o anúncio do apoio do latifundiário Blairo Maggi a candidatura do PT em troca da liberação de R$ 3 bilhões para o chamado agro-negócio
QUEM É O CANDIDATO DA "DIREITA"?
LULA RECEBE APOIO DO LATIFUNDIÁRIO BLAIRO MAGGI, O "BARÃO DA SOJA"
Um dia depois de elogiar a política econômica adotada por Delfim Netto na ditadura militar, Lula ganhou um apoio de "peso" dentro do espectro burguês. Nesta quarta-feira, 11/10, Blairo Maggi, do PPS, governador reeleito do Mato Grosso com mais de 65% dos votos, maior plantador de soja transgênica do Brasil e notório representante-mor do chamado "agro-negócio", anunciou seu apoio à candidatura da frente popular.
O anúncio ocorreu logo após uma reunião no Palácio da Alvorada em que Lula literalmente comprou o apoio de Maggi, liberando mais de R$ 3 bilhões para a renegociação das dívidas agrícolas dos empreendimentos vinculados ao chamado "agro-negócio", das quais as empresas de Maggi abocanharão cerca de R$ 1 bilhão antes mesmo do segundo turno, além do compromisso de fazer obras de infra-estrutura para o escoamento da produção de seu conglomerado no Mato Grosso.
Questionado se seu apoio a Lula era devido a liberação das verbas, Maggi respondeu sem papas na língua: "Isso é normal, numa pauta de reivindicações, quando você faz apoiamento. Isso faz parte da política. Eu vim aqui conversar com o presidente para saber se tudo aquilo que combinamos e não havia sido realizado ainda estava na pauta dele" (O Estado de São Paulo, 11/10).
O governador do Mato Grosso, filiado ao PPS, partido que apóia Geraldo Alckmin, deu pouca importância se será expulso da legenda com sua decisão. Ele mesmo propôs o afastamento, já sendo um dos nomes do "novo partido" que Lula articula para base de apoio a seu segundo mandato: "O coordenador da campanha de Lula, Marco Aurélio Garcia, negou que o PT tenha sondado Maggi para migrar para a legenda. 'Não houve convite para ele entrar no PT. No momento queremos reunir forças para vencer o segundo turno'" (Idem).
Trata-se de uma aliança que sela o apoio dos latifundiários do agro-negócio à candidatura de frente popular, sendo um forte elemento para assegurar a vitória de Lula no segundo turno: "O coordenador da campanha de Lula também admitiu que a liderança de Maggi no meio agrícola pode trazer votos ao presidente. 'Todos sabem que a agricultura tem um peso importante na economia brasileira', afirmou Garcia".
Em troca da verba bilionária Maggi se comprometeu a reverter a vantagem de Alckmin no Estado, uma vez que no primeiro turno o tucano recebeu 54,8% dos votos válidos contra 38,6% de Lula em Mato Grosso. Além disso, vai fechar o apoio nacional desse setor da burguesia a Lula: "Eu como governador, olhando as questões de Estado, acho que a continuidade do governo Lula é melhor para o Mato Grosso. E para o agro-negócio será muito mais fácil resolvermos os problemas com (um novo mandato de Lula) do que começarmos tudo de novo (com um novo presidente)" (O Estado de São Paulo, 11/10).
O Grupo Amaggi, controlado pelo governador reeleito e apoiador do "operário" presidente, é responsável pelo cultivo de 50 mil hectares de soja, 12 mil de milho e 2,5 mil de algodão, distribuídos em latifúndios no Mato Grosso e na Amazônia. O grupo movimenta 2,2 milhões de toneladas de soja ao ano, ou 5,3% da produção nacional. O faturamento global em 2003 foi de US$ 532 milhões. Além de atuar na produção, beneficiamento e comércio de grãos, controla o transporte voltado para a exportação. No Amazonas, é proprietário da Hidrovia Madeira-Amazonas e do Porto de Itacoatiara, por onde escoa parte da produção do Centro-Oeste e da Amazônia.
Maggi, conhecido como o Barão da Soja, é também o rei do desmatamento. Para ampliar seus lucros teve o apoio do governo Lula. Para se ter uma idéia o desmatamento de 26.130 quilômetros quadrados na Amazônia brasileira, medido pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) entre agosto de 2003 e agosto de 2004, ou seja, na gestão da frente popular e sob os auspícios da ministra Marina Silva, foi o segundo maior da história. O número, equivalente a mais de 8,6 mil campos de futebol desmatados em um único dia.
Justamente aí entra o aliado de Lula. Quase a metade (48,1%) do total desmatado na Amazônia Legal se deu no estado do Mato Grosso, governado por Maggi, que é o maior produtor individual de soja do mundo. Dos 12.576 km2 desmatados no estado, apenas 4.176 km2 foram feitos de forma legal. Enquanto as árvores caíam na floresta, o grupo do agro-négócio de Maggi comemorava aumentos de 28% no faturamento (US$ 532 milhões em 2003, contra US$ 415 milhões em 2002) e de 21% na área plantada (170 mil hectares em 2003 contra 140 mil em 2002). A devastação anual da Amazônia no governo Lula e na gestão de Maggi superou os índices do regime militar, quando o "amigo" Delfim Netto era ministro da fazenda!
Para fechar com "chave de ouro" a aliança não custa lembrar que o esquema de poder controlado por Maggi no Mato Grosso incorporou deputados como Pedro Henry e Lino Rossi, do PP e Ricarte de Freitas, do PTB, que eram ligados anteriormente a Antero Paes de Barros, envolvidos até o último fio de cabelo no esquema da máfia dos "sanguessugas".
A política de pesados subsídios aos latifundiários do chamado "agro-negócio" foi a tônica de "desenvolvimento" do governo Lula. Enquanto isso, Lula e seu serviçal Aldo Rebelo enquadraram os militantes do MLST na Lei de Segurança Nacional do regime militar, arrocharam salários e atacaram conquistas históricas dos trabalhadores com a reforma da previdência e o Supersimples.
O acordo celebrado com Maggi e seus sanguessugas demonstra o que virá no próximo governo burguês de Lula. O governador-latifundiário Blairo Maggi se soma a outras quadrilhas de governadores que apóiam o candidato do PT, como Roseana Sarney (PFL), Sérgio Cabral (PMDB)...
Que argumentos os arautos do "voto crítico" em Lula para "barrar Alckmin e a direita", como setores do PSOL e o PCB, ex-aliados do PSTU na ?Frente de Esquerda?, tirarão agora da cartola para justificar seu apoio ao candidato do PT no segundo turno? Ou seguirão o deputado João Fontes, candidato apoiado por Heloísa Helena ao governo de Sergipe que se integrou à campanha de Alckmin? Com a palavra os senhores da colaboração de classes!
Email:: lbiqi@hotmail.com
URL:: http://www.geocities.com/lbi_br
>>Adicione um comentário
Comentários
Governo Lula é de direita sim!
Desilu(la)dido 12/10/2006 17:50
O governo Lula é o governo de direita mais "bem sucedido" nesse país,pois foi eleito com os votos da esquerda, e no entanto seus atos correspondem aos sonhos de todo governo de direita como "zeramento" da dívida,compromissos cumpridos com o FMI,envio de tropas ao Haiti numa nítida corroboração aos EUA,um ex-repórter da Globo no ministério das comunicações,além da mudança de nome de uma avenida em São Paulo pra Avenida Roberto Marinho(na gestão da Marta Suplicy)perseguição da Polícia Federal aos ambulantes q vendem produtos piratas, ênfase no agronegócio em detrimneto de uma reforma agrária, além de contar com apoio ao governo de políticos oligarcas como Sarney e o apoio de tecnocratas da ditadura no segundo turno como o ex-ministro Delfim Neto.
Enfim...precisa mais alguma coisa??
Lula é da direita.
Milton Krieger 12/10/2006 18:45
http://www.miltonkrieger.bio.br
É ainda o candidato da Monsanto. E aos ruralistas, deu um ministério mais a EMBRAPA de lambuja.
© Copyleft http://www.midiaindependente.org:
É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.
Leia abaixo o artigo da LBI analisando o anúncio do apoio do latifundiário Blairo Maggi a candidatura do PT em troca da liberação de R$ 3 bilhões para o chamado agro-negócio
QUEM É O CANDIDATO DA "DIREITA"?
LULA RECEBE APOIO DO LATIFUNDIÁRIO BLAIRO MAGGI, O "BARÃO DA SOJA"
Um dia depois de elogiar a política econômica adotada por Delfim Netto na ditadura militar, Lula ganhou um apoio de "peso" dentro do espectro burguês. Nesta quarta-feira, 11/10, Blairo Maggi, do PPS, governador reeleito do Mato Grosso com mais de 65% dos votos, maior plantador de soja transgênica do Brasil e notório representante-mor do chamado "agro-negócio", anunciou seu apoio à candidatura da frente popular.
O anúncio ocorreu logo após uma reunião no Palácio da Alvorada em que Lula literalmente comprou o apoio de Maggi, liberando mais de R$ 3 bilhões para a renegociação das dívidas agrícolas dos empreendimentos vinculados ao chamado "agro-negócio", das quais as empresas de Maggi abocanharão cerca de R$ 1 bilhão antes mesmo do segundo turno, além do compromisso de fazer obras de infra-estrutura para o escoamento da produção de seu conglomerado no Mato Grosso.
Questionado se seu apoio a Lula era devido a liberação das verbas, Maggi respondeu sem papas na língua: "Isso é normal, numa pauta de reivindicações, quando você faz apoiamento. Isso faz parte da política. Eu vim aqui conversar com o presidente para saber se tudo aquilo que combinamos e não havia sido realizado ainda estava na pauta dele" (O Estado de São Paulo, 11/10).
O governador do Mato Grosso, filiado ao PPS, partido que apóia Geraldo Alckmin, deu pouca importância se será expulso da legenda com sua decisão. Ele mesmo propôs o afastamento, já sendo um dos nomes do "novo partido" que Lula articula para base de apoio a seu segundo mandato: "O coordenador da campanha de Lula, Marco Aurélio Garcia, negou que o PT tenha sondado Maggi para migrar para a legenda. 'Não houve convite para ele entrar no PT. No momento queremos reunir forças para vencer o segundo turno'" (Idem).
Trata-se de uma aliança que sela o apoio dos latifundiários do agro-negócio à candidatura de frente popular, sendo um forte elemento para assegurar a vitória de Lula no segundo turno: "O coordenador da campanha de Lula também admitiu que a liderança de Maggi no meio agrícola pode trazer votos ao presidente. 'Todos sabem que a agricultura tem um peso importante na economia brasileira', afirmou Garcia".
Em troca da verba bilionária Maggi se comprometeu a reverter a vantagem de Alckmin no Estado, uma vez que no primeiro turno o tucano recebeu 54,8% dos votos válidos contra 38,6% de Lula em Mato Grosso. Além disso, vai fechar o apoio nacional desse setor da burguesia a Lula: "Eu como governador, olhando as questões de Estado, acho que a continuidade do governo Lula é melhor para o Mato Grosso. E para o agro-negócio será muito mais fácil resolvermos os problemas com (um novo mandato de Lula) do que começarmos tudo de novo (com um novo presidente)" (O Estado de São Paulo, 11/10).
O Grupo Amaggi, controlado pelo governador reeleito e apoiador do "operário" presidente, é responsável pelo cultivo de 50 mil hectares de soja, 12 mil de milho e 2,5 mil de algodão, distribuídos em latifúndios no Mato Grosso e na Amazônia. O grupo movimenta 2,2 milhões de toneladas de soja ao ano, ou 5,3% da produção nacional. O faturamento global em 2003 foi de US$ 532 milhões. Além de atuar na produção, beneficiamento e comércio de grãos, controla o transporte voltado para a exportação. No Amazonas, é proprietário da Hidrovia Madeira-Amazonas e do Porto de Itacoatiara, por onde escoa parte da produção do Centro-Oeste e da Amazônia.
Maggi, conhecido como o Barão da Soja, é também o rei do desmatamento. Para ampliar seus lucros teve o apoio do governo Lula. Para se ter uma idéia o desmatamento de 26.130 quilômetros quadrados na Amazônia brasileira, medido pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) entre agosto de 2003 e agosto de 2004, ou seja, na gestão da frente popular e sob os auspícios da ministra Marina Silva, foi o segundo maior da história. O número, equivalente a mais de 8,6 mil campos de futebol desmatados em um único dia.
Justamente aí entra o aliado de Lula. Quase a metade (48,1%) do total desmatado na Amazônia Legal se deu no estado do Mato Grosso, governado por Maggi, que é o maior produtor individual de soja do mundo. Dos 12.576 km2 desmatados no estado, apenas 4.176 km2 foram feitos de forma legal. Enquanto as árvores caíam na floresta, o grupo do agro-négócio de Maggi comemorava aumentos de 28% no faturamento (US$ 532 milhões em 2003, contra US$ 415 milhões em 2002) e de 21% na área plantada (170 mil hectares em 2003 contra 140 mil em 2002). A devastação anual da Amazônia no governo Lula e na gestão de Maggi superou os índices do regime militar, quando o "amigo" Delfim Netto era ministro da fazenda!
Para fechar com "chave de ouro" a aliança não custa lembrar que o esquema de poder controlado por Maggi no Mato Grosso incorporou deputados como Pedro Henry e Lino Rossi, do PP e Ricarte de Freitas, do PTB, que eram ligados anteriormente a Antero Paes de Barros, envolvidos até o último fio de cabelo no esquema da máfia dos "sanguessugas".
A política de pesados subsídios aos latifundiários do chamado "agro-negócio" foi a tônica de "desenvolvimento" do governo Lula. Enquanto isso, Lula e seu serviçal Aldo Rebelo enquadraram os militantes do MLST na Lei de Segurança Nacional do regime militar, arrocharam salários e atacaram conquistas históricas dos trabalhadores com a reforma da previdência e o Supersimples.
O acordo celebrado com Maggi e seus sanguessugas demonstra o que virá no próximo governo burguês de Lula. O governador-latifundiário Blairo Maggi se soma a outras quadrilhas de governadores que apóiam o candidato do PT, como Roseana Sarney (PFL), Sérgio Cabral (PMDB)...
Que argumentos os arautos do "voto crítico" em Lula para "barrar Alckmin e a direita", como setores do PSOL e o PCB, ex-aliados do PSTU na ?Frente de Esquerda?, tirarão agora da cartola para justificar seu apoio ao candidato do PT no segundo turno? Ou seguirão o deputado João Fontes, candidato apoiado por Heloísa Helena ao governo de Sergipe que se integrou à campanha de Alckmin? Com a palavra os senhores da colaboração de classes!
Email:: lbiqi@hotmail.com
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Governo Lula é de direita sim!
Desilu(la)dido 12/10/2006 17:50
O governo Lula é o governo de direita mais "bem sucedido" nesse país,pois foi eleito com os votos da esquerda, e no entanto seus atos correspondem aos sonhos de todo governo de direita como "zeramento" da dívida,compromissos cumpridos com o FMI,envio de tropas ao Haiti numa nítida corroboração aos EUA,um ex-repórter da Globo no ministério das comunicações,além da mudança de nome de uma avenida em São Paulo pra Avenida Roberto Marinho(na gestão da Marta Suplicy)perseguição da Polícia Federal aos ambulantes q vendem produtos piratas, ênfase no agronegócio em detrimneto de uma reforma agrária, além de contar com apoio ao governo de políticos oligarcas como Sarney e o apoio de tecnocratas da ditadura no segundo turno como o ex-ministro Delfim Neto.
Enfim...precisa mais alguma coisa??
Lula é da direita.
Milton Krieger 12/10/2006 18:45
http://www.miltonkrieger.bio.br
É ainda o candidato da Monsanto. E aos ruralistas, deu um ministério mais a EMBRAPA de lambuja.
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