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terça-feira, janeiro 16, 2024

Mal disfarçada como republicanismo, a promiscuidade política está demais


Análise: Lewandowski entra para governo como ministro que divide história  com Lula e tem poder de influência | CNN Brasil

Lewandowski prestou grandes serviços a Lula no Supremo

Rodrigo Constantino
Gazeta do Povo

Tirei uma semana de férias. Uma semaninha só, na qual fui para as montanhas geladas de Colorado para abstrair totalmente do trabalho, da política brasileira. Ao menos era essa a ideia. Difícil na prática, porém, pois sempre damos aquela olhada nas notícias, nas redes sociais. E também porque só tinha brasileiro em Aspen, cá entre nós. E eles comentavam sobre a terrível situação do nosso país comigo.

E que situação! Ricardo Lewandowski foi indicado para ser ministro da Justiça no lugar de Flávio Dino. O ministro Alexandre de Moraes elogia publicamente a escolha: “Magistrado exemplar, brilhante jurista, professor respeitado e, acima de tudo, uma pessoa com espírito público incomparável”. Ah, que espírito público! Quando rasgou a Constituição para preservar os direitos políticos de Dilma Rousseff após seu impeachment, isso era puro espírito público!

HARMONIA DEMAIS… – Essa promiscuidade muito mal disfarçada de republicanismo cansa demais. Ministros supremos elogiam escolhas de ministro supremo aposentado para cargos no governo comunista corrupto que os ministros supremos recolocaram “na cena do crime”, como diria Alckmin, tudo bem às claras! Deve ser a tal “harmonia entre os Poderes”.

E tal harmonia não estaria completa sem o conluio com a velha imprensa. Após Sergio Moro, com razão, alfinetar a escolha e concluir que ele não era suspeito só por se tornar ministro de Bolsonaro, um militante petista na GloboNews saiu em defesa do PT e disse que as decisões de Moro como juiz beneficiaram diretamente o ex-presidente Bolsonaro.

Puxa, ainda bem que Lewandowski sempre foi tão imparcial e isento! Deixando de lado a “premissa” absurda de que Lula foi condenado – por inúmeros juízes – de forma política, cabe questionar se Lewandowski não tomou várias decisões favoráveis ao PT nesses últimos anos.

MINISTRO PETISTA – Já mencionei aquela em que rasgou a Constituição para proteger Dilma, que saiu candidata ao Senado e perdeu, mas são várias. Não satisfeito, depois do STF, Lewandowski foi imediatamente advogar para os irmãos Batista, da J&F, grupo que se lambuzou nos esquemas petistas. Tudo em casa!

Essa promiscuidade muito mal disfarçada de republicanismo cansa demais. A velha imprensa está no papel patético de enganar, fingindo que tudo está normal, que a democracia foi salva por essa gente.

Mas como todos já se deram conta de que um consórcio tomou de vez o poder, o pudor sai pela janela. Os corruptos estão em festa, o poder sobe à cabeça de quem sabe estar acima das leis.

FILHO DO BENEDITO – E foi assim que uma juíza do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou a retirada da internet de um vídeo que mostra o filho do ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça, exibindo joias e roupas de grife nas ruas da Holanda. A gravação com Felipe Brandão viralizou no TikTok enquanto eu estava de férias.

Se o Brasil fosse um país sério, teria que tirar o militante lulista do STJ, não o vídeo do filho deslumbrado, cafona e brega, que voluntariamente se prestou àquele papelão todo orgulhoso. O vídeo foi publicado por um gringo, vale notar.

O filho de Benedito Gonçalves estava todo contente com a ostentação cafona. Benedito, não custa lembrar, é aquele dos tapinhas no rosto dados por Lula, como se fosse seu superior, e também aquele do “missão dada, missão cumprida” ao pé do ouvido de Alexandre de Moraes. Tudo tão republicano!

DOSES HOMEOPÁTICAS – Vou retornando aos poucos ao trabalho, pois o Brasil precisa ser digerido em doses homeopáticas. É tudo tão cansativo!

E não posso deixar de externar meu maior desprezo pelo papel do “jornalismo” nisso tudo.

Para finalizar esse texto que marca meu retorno, o Celta da campanha do Boulos, que os militantes disfarçados de jornalistas destacam como prova de sua humildade, é uma das coisas mais patéticas da política nacional. O comunista gosta mesmo é de jatinho, como sabemos…

(Artigo enviado por Mário Assis Causanilhas)

Oposição comemora busca do FBI pela ex-petista Patrícia Lélis, foragida do país


Lula ficou entusiasmado e deu uns amassos na militante

Ana Carolina Curvello
Gazeta do Povo

Parlamentares da oposição comemoraram a busca da Federal Bureau of Investigation (FBI) pela jornalista e ex-militante do PT, Patrícia Lélis Boldin, por suposto golpe milionário ao se passar por advogada nos Estados Unidos.

A jornalista é acusada de fraude eletrônica, transações monetárias ilegais e roubo de identidade agravado. Respectivamente, as penas máximas para esses delitos são de 20 anos, 10 anos e 2 anos.

DIFAMADORA – Antes de entrar nos registros da polícia americana, Lélis estampou as manchetes dos jornais brasileiros ao fazer graves acusações, sem provas, contra parlamentares rivais do PT.

Em 2016, quando ainda era estudante de jornalismo, Patrícia Lélis acusou, sem provas, o pastor e deputado Marcos Feliciano (PL-SP) de estupro, assédio e agressão. À Gazeta do Povo, o deputado Feliciano disse que, no mesmo ano das acusações contra ele, a polícia de São Paulo pediu a prisão preventiva da jornalista, “pois apurou que ela era um risco para a sociedade”.

“Ela foi condenada a me indenizar pelas mentiras que contou, mas fugiu para os EUA, e a justiça brasileira não a alcançava lá. Mentiras que poderiam ter me destruído, se eu não tivesse uma família estruturada e a confiança dos meus irmãos de fé. Ela destruiu a vida de outras pessoas no Brasil. A justiça dos homens falha, a de Deus nunca!”, declarou o parlamentar.

“MITOMANÍACA“ – Feliciano ainda lembrou que Patrícia Lélis foi considerada “mitomaníaca”, por um laudo de uma psicóloga apresentado pela Polícia Civil em 2016. Segundo o deputado, o laudo confirmou que ela sofre de um transtorno de personalidade que faz com que a pessoa minta compulsivamente. “Mesmo assim ela continuou infernizando a vida de todos e tendo destaque na imprensa”, disse.

O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) também se manifestou na rede X. “E a Patricia Lelis, hein? Agora ela está sendo procurada pelo FBI por aplicar golpe milionário como falsa advogada nos EUA. A “jornalista” está sendo acusada de ter se apropriado de R$ 3,4 milhões de clientes estrangeiros que queriam obter vistos dos EUA. Fez o L e tá seguindo os passos do líder”, escreveu o parlamentar.

OUTRAS CRÍTICAS – Ao compartilhar uma notícia sobre a investigação do FBI contra a jornalista, o senador Magno Malta (PL-ES) se referiu a ela como “um clássico petista”.

“Sai acusando meio mundo, mas no fim… vocês já sabem. Boa sorte aí”, escreveu na rede X.

“Tomara que o FBI encontre o paradeiro da mentirosa da Lelis, daí ela consegue ser intimada no processo que movo contra ela”, escreveu o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que já foi vítima de acusações da jornalista que nunca foram comprovadas.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Fenômenos paranormais, como a fama dessa falsa jornalista, só acontecem devido ao apoio da imprensa amestrada, que dá força a esse tipo de criadora de fake news somente por também ser petista. Imprensa de verdade não pode ter partido e tem de operar sob o signo da liberdade. (C.N.)

O prefeito dançou, a conta com o Safadão chegou para os empregados da prefeitura pagar.

 

Quando o prefeito dançador Deri do Paloma contratou Wesley Safadão por R$ 700.000,00  para cantar por poucas horas na Alvorada de  Jeremoabo  denunciei, comentei e avisei que quem iria pagar a conta seria o povo carente de Jeremoabo juntamente com os funcionários da prefeitura; no entanto, enquanto o prefeito dançava autopromovendo-se juntamente com os vereadores da situação as custas do dinheiro  público.   Hoje o funcionalismo está sendo penalizado com salários atrasados,  os meses de novembro, décimo terceiro salario, mês de dezembro e férias dos servidores.

Anunciei que a conta iria chegar para os empregados da prefeitura pagar.

Essas questões envolvendo má administração e falta de responsabilidade está causando impactos negativos na qualidade de vida da população e no funcionamento adequado da prefeitura.

Não, ministra! As enchentes do Rio não são causadas pelo “racismo ambiental”…

Publicado em 16 de janeiro de 2024 por Tribuna da Internet

Ministra Anielle Franco atribui tragédias das chuvas no Rio a 'racismo  ambiental'

Ministra Anielle Franco é uma anta semelhante a Dilma

Joel Pinheiro da Fonseca
Folha

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, estava apenas repetindo lugares-comuns do discurso progressista, mas acabou furando a bolha —como a fala de autoridades costuma fazer— e gerou reação. Publicou a ministra, no dia 14, em sua conta no X: “Estou acompanhando os efeitos da chuva de ontem nos municípios do Rio e o estado de alerta com as iminentes tragédias, fruto também dos efeitos do racismo ambiental e climático.”

Espera aí: então, agora devemos acreditar que as enchentes no Rio são fruto do racismo? O ruído, é claro, acabou soando muito mais alto do que o problema social real.

VALIOSO CONCEITO – Não faltaram defensores da fala. O “racismo ambiental”, nos asseveram, é termo usado na academia desde os anos 80. Há milhares de acadêmicos e milhões de artigos com esse valioso conceito. Como reles leigos brasileiros ousam questioná-lo?

Ocorre que o fato de milhares de acadêmicos usarem um termo não significa que ele tenha algo a agregar numa discussão do mundo real. A academia não é um oráculo que baixa suas verdades para nós. Pelo contrário: hoje a academia —especialmente de humanas— é que precisa provar sua relevância.

A ministra justificou sua fala com o fato de que negros são a maioria dos afetados nas enchentes. Eis aí o racismo ambiental. A questão é: o que se ganha com esse recorte racial? Pois ele não é inócuo. Embora o problema social continue o mesmo, nossa maneira de olhar para ele mudou. Quando falamos em racismo, já apagamos quaisquer vítimas brancas.

DIZ SUA EXCELÊNCIA – Segundo dados que a própria ministra citou, 69% dos moradores de favelas no Rio se declaram pretos ou pardos. Se a enchente é fruto do racismo, será que aqueles 31% de brancos não foram igualmente atingidos?

Se foram —e é óbvio que foram— então a causa não é o racismo, e sim a boa e velha pobreza, que afeta brancos, negros, pretos, indígenas e quem mais vier.

Além disso, tratar o problema como um tipo de racismo nos afasta das soluções. Em vez de discutir obras de infraestrutura urbana, novas moradias — que nada têm a ver com cor de pele — vamos discutir o racismo na sociedade, discussão cuja conclusão obrigatória, já sabemos, é que ele é “estrutural” e, portanto, só será resolvido com o fim do capitalismo. Era tão mais fácil melhorar o escoamento urbano…

Há áreas em que o recorte racial é relevante, porque joga luz em mazelas de que a simples desigualdade social não dá conta. Um negro pobre sofrerá mais assédio de seguranças de um shopping do que um branco pobre.

Mas será que as chuvas castigam mais um negro favelado do que seu vizinho branco? Claro que não. A raça aí é incidental, não tem relação direta com o problema, e tampouco é parte de sua solução.

Ou será que, resolvendo o problema do racismo, estariam também resolvidas as enchentes nas periferias? Talvez até o aquecimento global?

OUTROS “RACISMOS” – O roteiro é tão preguiçoso que já está batido: identifique um problema social qualquer que seja fruto da pobreza ou da desigualdade.

Constate que, como negros são em média mais pobres do que brancos no Brasil, esse problema afeta desproporcionalmente mais pessoas negras. Pronto, você descobriu um novo tipo de racismo. Negros têm em média menos acesso à viagem de avião? Racismo aéreo. Negros têm mais dificuldade econômica de comprar um smartphone? Racismo telefônico.

A solução dos problemas talvez fique mais distante, mas você terá mais engajamento nas redes do que se discutisse saneamento básico e distribuição de renda.


Lula opta por se manter no confronto e a desconfiança dos eleitores cresce


lula

Lula precisa rezar para recuperar a confiança dos eleitores

José Casado
Veja

Depois de um ano de governo, Lula segue com evidentes dificuldades para promover a restauração da coesão social e política. Desde a insurreição bolsonarista de 8 de janeiro do ano passado, ele tem se repetido sobre a necessidade de governar com objetivos de conciliação, pacificação e de união do país. Porém, segue no confronto com a retórica divisionista, enquanto assiste ao crescimento da desconfiança dos eleitores sobre aquilo que diz.

Seis dias depois das invasões às sedes dos Três Poderes, em Brasília, ele disse a jornalistas: “O que aconteceu durante a semana foi um alerta do que nós precisamos (…) Não é apenas governar bem, é construir uma narrativa para que a gente restabeleça a paz, a tranquilidade e a harmonia nesse país. Eu quero que os pais voltem a conversar com os filhos. Eu quero que as noras voltem a conversar com as sogras. Eu quero que os irmãos voltem a conversar com os irmãos, embora, cada um continue com seu pensamento político…”

DESCONFIANÇA – Em meados do ano, o governo já colecionava pesquisas de opinião indicando um imprevisto problema de Lula com os eleitores — a desconfiança.

Num exemplo, o Ipec (antigo Ibope) foi às ruas na primeira de junho e retratou metade do eleitorado dizendo confiar e 48% declarando nunca acreditar no que Lula diz. Chamou a atenção o aumento na diferença entre os dois índices: era de dez pontos percentuais em março e passou a ser de quatros pontos.

Lula insistiu, em discurso em cadeia de rádio e televisão na véspera da celebração da Independência, no dia 6 de setembro:

DISSE LULA – “Amanhã não será um dia nem de ódio, nem de medo, e sim de união. O dia de lembrarmos que o Brasil é um só. Que sonhamos os mesmos sonhos. Que podemos ter sotaques diferentes, torcer para times diferentes, seguir religiões diferentes, ter preferência por este ou por aquele candidato, mas que somos uma mesma grande nação, um único e extraordinário povo. Em apenas oito meses, recolocamos o Brasil no rumo da democracia, da soberania e da união”.

No início de dezembro, houve uma inflexão entre eleitores: metade já declarava não confiar e 48% diziam acreditar em Lula, segundo o Ipec. Então, ele voltou ao rádio e à televisão, e admitiu o revés na véspera do Natal:

“Fomos capazes de restaurar as vidraças [do Palácio do Planalto] em tempo recorde, mas falta restaurar a paz e a união entre amigos e familiares. Meu desejo neste fim de ano é que o Brasil abrace o Brasil. Somos um mesmo povo e um só país.”

DIVIDINDO O PAÍS – Na semana seguinte, uma outra pesquisa (Genial/Quaest) mostrou que para ampla maioria (58%) Lula ajudou a ampliar a divisão do país no ano do seu terceiro governo. Os que discordam são minoria (35%).

A percepção de um governo divisionista prevalece em quase dois terços do eleitorado da região Sul (69%), é significativa no Sudeste (61%), majoritária no Centro-Oeste e no Norte (55%) e empata no Nordeste (46%).

Lula sabia de tudo isso quando, na celebração democrática de 8 de janeiro deste ano, resolveu fazer no Congresso um discurso discurso raso, metade impregnado pela fórmula sectária do “nós contra eles”: “Adversários políticos e autoridades constituídas poderiam ser fuzilados ou enforcados em praça pública – a julgar por aquilo que o ex-presidente golpista pregou em campanha, e seus seguidores tramaram nas redes sociais.”

CONSENSO POLÍTICO – E assim o presidente Lula jogou pela janela uma chance real de liderar um consenso político mínimo contra a barbárie.

O apelo à retórica radical na abertura de um ano eleitoral pode ser adequado a interesses específicos, mas não coletivos.

Como o governo segue patinando na resolução de dilemas que estão aí há quase meio século (estagnação na renda nacional, educação, saúde e segurança pública), sobram poucas razões para otimismo no Planalto e no Congresso sobre a recuperação da confiança dos eleitores no presidente da República. Principalmente, quando diz que sua prioridade é “restabelecer a paz, a tranquilidade e a harmonia nesse país”.

Crise na base aliada, com PSB e MDB “insatisfeitos” com as decisões de Lula

Publicado em 16 de janeiro de 2024 por Tribuna da Internet

Ilustração reproduzida do Correio Braziliense

Ilustração reproduzida do Correio Braziliense

Roberto Fonseca
Correio Braziliense

Para quem tem planos de se manter no poder por mais alguns mandatos, o PT e o governo começaram cedo a cutucar os aliados, em especial, o PSB e o MDB. E muitos avisam que, se nada for feito, a resposta será dada no painel de votações no futuro próximo. Em um ano, o PSB perdeu o Ministério de Portos e Aeroportos e a Justiça e até aqui foi “compensado” com a criação do minúsculo Ministério da Micro e Pequena Empresa.

O MDB, fundamental para Lula vencer em 2022, voltou a ser visto com desconfiança pelo Planalto, e Lula tem atacado duramente o governador de Brasília, Ibaneis Rocha.

ROMPIMENTO – No MDB, a ala que defende o rompimento com o governo pretende usar as falas de Lula contra o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e o movimento de tirar Marta Suplicy do partido como argumentos para buscar o afastamento.

A turma avessa ao PT ainda não tem poder de fogo para romper de vez, mas promete fazer barulho em 2024.

No PSB, desde que Eduardo Campos saiu candidato a presidente, em 2014, os petistas têm uma certa desconfiança em relação ao aliado. Até aqui, Lula segurou todos com pouca cessão de cargos e muita lábia. Mas nada está tranquilo na sua base.

A APOSTA DO PT – Os petistas continuam otimistas e acreditam que algumas concessões do governo serão suficientes para acalmar os aliados e ficar sem precisar depender muito do Centrão para 2026. Afinal, foi assim no passado, a ponto de Lula conseguir eleger Dilma. E esse é justamente o receio dos aliados que hoje se veem colocados de lado no governo.

A carta em que o ex-secretário executivo do Ministério das Cidades Hildo Rocha agradece ao ministro Jader Filho e pede exoneração foi a saída que os emedebistas encontraram para tentar tirar os holofotes de uma briga interna do MDB. Sarney e a bancada do Maranhão estão furiosos.

No partido de Michel Temer, há a certeza de que, se a ala que deseja permanecer no governo começa a se desentender, os governistas perdem fôlego. E, pelo menos até que se tenha alguma luz sobre 2026, não dá para largar o barco de Lula.


Tese do genocídio praticado por Israel é bem pior do que parece, para o Brasil


Brasil Sem Medo - Bomba explode próximo a escola de Gaza onde estão 19 brasileiros

Em breve, existirão apenas escombros na Faixa de Gaza

Ricardo Rangel
Veja

O Brasil deu apoio formal à ação no Tribunal Penal Internacional em que a África do Sul acusa Israel de genocídio na Faixa de Gaza. Ninguém efetivamente sabe o que Benjamin Netanyahu quer em Gaza. Talvez ele entenda o que faz como sendo a simples defesa de seu país, como muita gente acredita. Neste caso, o massacre em Gaza seria “apenas” um crime de guerra.

Mas não é impossível que queira se livrar, para sempre, de todos os palestinos de Gaza — dentro de sua base de apoio com certeza há gente querendo exatamente isso. Neste caso, seria mesmo genocídio, como não se cansa de repetir Lula.

ERRO GRAVE – Seja como for, puxar a carta do “genocídio” é um erro grave. Ao fazerem isso, África do Sul e Brasil tiram o foco do concreto (o massacre em si) e o levam para o simbólico (judeus cometendo genocídio).

Os judeus foram vítimas do maior genocídio da história — o crime só existe por causa do Holocausto — e aplicar a palavra para caracterizar atos dos próprios judeus é de enorme empáfia, (os judeus diriam “chutzpah”), o ultraje definitivo. O resultado prático é unir os judeus do mundo inteiro em protesto e em defesa de seu país e de seu governo. Nesses termos, é impossível conseguir o apoio dos judeus moderados, sem o qual será impossível deter Netanyahu.

A ação que o Brasil decidiu apoiar em nada contribui para a paz ou para o bem-estar dos inocentes que estão sendo massacrados em Gaza. Ao contrário, contribui para a guerra eterna. Que é exatamente o que querem a tanto a extrema-direita israelense como os extremistas árabes.

EFEITOS ADVERSOS – O apoio brasileiro tampouco serve a nossos próprios interesses nacionais: ele hostiliza Israel, nos afasta de parceiros importantes que rejeitam enfaticamente a tese de genocídio (como EUA e Alemanha).

Além disso, nos aproxima de ditaduras, muitas das quais financiam o terrorismo internacional. E alimenta a polarização interna: agora os brasileiros estão brigando entre si por causa de um conflito que nem sequer compreendem.

Vale notar que os que hoje gritam “genocídio” são com frequência os monopolistas da virtude, a parte da esquerda que acha possível ser antissionista sem ser antissemita. Não é.

AFOGÁ-LOS NO MAR –  Se, como diz o bordão da moda, “do rio ao mar, a Palestina (país que nunca sequer existiu) será livre”, para onde vão os milhões de judeus que moram entre o Jordão e o Mediterrâneo?

A única proposta que se conhece foi feita pelos árabes na guerra de 1948: “Vamos afogá-los no mar”.

O Hamas, os Houthis e outros grupos terroristas continuam querendo afogar os judeus no mar. É genocídio, claro, mas a esquerda “virtuosa” não reclama. Como se sabe, a opinião sobre o crime varia dependendo de quem é o criminoso.


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