Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

quarta-feira, dezembro 13, 2023

Sabatina de Dino e Gonet | Lula sanciona taxação dos super-ricos | Beijo Ramiro e Kelvin

 

EM DESTAQUE
Lula sanciona taxação de fundos dos super-ricos
11:00 - 13 DE DEZEMBRO DE 2023
Lula sanciona taxação de fundos dos super-ricos
Dino diz que todas as imagens do Ministério da Justiça do 8/1 foram entregues à CPI
14:36 - 13 DE DEZEMBRO DE 2023
Dino diz que todas as imagens do Ministério da Justiça do 8/1 foram entregues à CPI
Idoso atropela cliente de padaria que comprou o último bolo
14:24 - 13 DE DEZEMBRO DE 2023
Idoso atropela cliente de padaria que comprou o último bolo
Público vibra com beijo de Ramiro e Kelvin em 'Terra e Paixão'
13:12 - 13 DE DEZEMBRO DE 2023
Público vibra com beijo de Ramiro e Kelvin em 'Terra e Paixão'
Não sei por que fiquei de fora, diz Bruno Gissoni sobre série protagonizada por seus irmãos
11:24 - 13 DE DEZEMBRO DE 2023
Não sei por que fiquei de fora, diz Bruno Gissoni sobre série protagonizada por seus irmãos
Ivete Sangalo engana Gio Ewbank e finge que teve caso com Bruno Gagliasso
07:34 - 13 DE DEZEMBRO DE 2023
Ivete Sangalo engana Gio Ewbank e finge que teve caso com Bruno Gagliasso
Tamara Dalcanale faz post após 3 meses do acidente de Kayky Brito
05:59 - 13 DE DEZEMBRO DE 2023
Tamara Dalcanale faz post após 3 meses do acidente de Kayky Brito
Homens devem evitar ter relações sexuais de estômago cheio; saiba a razão
07:21 - 13 DE DEZEMBRO DE 2023
Homens devem evitar ter relações sexuais de estômago cheio; saiba a razão
Receita (fácil) de panquecas extra fofas para animar a dieta
10:24 - 13 DE DEZEMBRO DE 2023
Receita (fácil) de panquecas extra fofas para animar a dieta

Lula, Lira e aliados temem a lavagem de roupa suja nessa CPI da Braskem

Publicado em 13 de dezembro de 2023 por Tribuna da Internet

Charge do Mário Adolfo (Dito & Feito)

Malu Gaspar
O Globo

As discussões entre os grupos de Renan Calheiros (MDB-AL) e Arthur Lira (PP-AL) na reunião com Lula sobre a CPI da Braskem expuseram o maior temor tanto do governo quanto do presidente da Câmara: o de que a CPI enverede sobre outros temas relativos à empresa além do colapso da mina 18 e ameaçar politicamente Lira e petistas como Rui Costa e Jaques Wagner, aliados da Braskem na Bahia.

De acordo com relatos de participantes da reunião, em mais de um momento essa possibilidade foi levantada tanto por Lira como por Costa, que no entanto se disse preocupado com o impacto da CPI sobre a Petrobras – que tem 36% das ações da Braskem.

MAIS PREOCUPAÇÃO – Já Lira não quer que Renan, seu adversário histórico no estado, o arraste para as apurações da CPI. Isso porque o objetivo da comissão é apurar como está sendo gasto o dinheiro já pago pela Braskem em indenizações – especialmente o do acordo que a petroquímica fechou com a prefeitura para pagar R$ 1,7 bilhão de reais.

Em troca dos recursos, a companhia recebeu “quitação plena, rasa, geral, irrestrita, irrevogável e irretratável” de quaisquer outras obrigações ou danos futuros na região que compreende cinco bairros e cerca de 60 mil moradores da capital alagoana.

As cláusulas do contrato também dão à Braskem perdão tributário e a posse das áreas afetadas – o que significa que elas podem ser usadas pela empresa ou vendidas com lucro caso um dia os terrenos sejam recuperados e possam voltar a ser ocupados.

ALIADO DE LIRA – O prefeito João Henrique Caldas, do PL, é aliado de Lira e receberá todo o dinheiro até o final de 2024, que é ano eleitoral.

O fato de os adversários terem todo esse dinheiro à disposição na prefeitura em ano eleitoral preocupa o grupo do governador Paulo Dantas (MDB), que é aliado de Renan e ainda não conseguiu fechar qualquer acordo com a Braskem.

O governo de Alagoas afirma ter tido prejuízo de pelo menos R$ 35 bilhões só em arrecadação de ICMS e reivindica no mínimo esse valor em reparação.

CPI PODE EXTRAPOLAR – Tanto Lira como Lula mencionaram ao longo da discussão o temor de que a CPI descambe para outros temas, o que levou Renan a dizer que garantia que seu único objetivo era apurar o caso de Maceió.

Lira, então, reclamou que o requerimento de criação da CPI abria brechas para investigar outros assuntos. Em resposta, Renan afirmou que isso não era verdade porque ele mesmo havia escrito o requerimento e disse que dava sua palavra de que a CPI não avançaria sobre nenhum outro assunto – nem Lira, nem os negócios da Braskem na Bahia e nem no Rio Grande do Sul, onde a empresa tem uma planta.

Obviamente, ninguém acreditou.

DE TIRAR O SONO – Mas mesmo que acreditassem, o simples fato de poder convocar o CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, o prefeito de Alagoas, João Henrique Caldas, e outros políticos e empresários influentes envolvidos nas obras de reparação dos danos em Maceió já seria suficiente para tirar o sono dos personagens reunidos em torno de Lula no Palácio do Planalto.

Além de Renan e Lira, do prefeito JHC e do governador Dantas, estavam ainda os ministros da Casa Civil, Rui Costa, dos Transportes, Renan Filho, os senadores alagoanos Rodrigo Cunha (Podemos) e Fernando Farias (MDB) e os deputados federais por Alagoas Paulão (PT), Isnaldo Bulhões (MDB) e Rafael Brito (MDB).

Sem contar que o governo ainda vai precisar e muito da boa vontade do presidente da Câmara ao longo de todo o ano de 2024, e Lula não quer de forma alguma que Lira pense ou desconfie que ele pode estar dando corda à CPI.

INSTALAÇÃO – Apesar de todo o esforço do presidente da República, a CPI da Braskem está sendo instalada hoje com um aliado de Renan na presidência – o senador Omar Aziz (PSD-AM).

Na prática, ela só começa a ouvir seus primeiros depoentes em fevereiro. Mas antes disso vai poder elaborar e apresentar um plano de trabalho e incomodar bastante o governo e o presidente da Câmara.

Ao sair do encontro no Planalto, Costa declarou que foi firmado um “pacto de governança” entre os adversários para resolver a questão de Maceió. Que pacto foi esse, porém, nenhum dos participantes da reunião soube me dizer.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O pacto é um cessar-fogo que não vai funcionar, porque todos estão sujos na rodinha, como se dizia antigamente. A mais imunda é a Prefeitura, por aceitar um acordo indecente, que transforma a Braskem (leia-se: Odebrecht) em dona dos cinco bairros em área nobre de Maceió. A CPI vai ser uma briga de cachorro grande. (C.N.)

Vamos traduzir o texto acima para que o pessoal menos esclerecido entenda o delírio do Prefeito Deri do Paloma e seu conluio nessa missão impossível:

 


O prefeito Deri do Paloma procurou e conseguiu uma missão impossível, transferir ou exonerar quem for indicado para apurar os inúmeros processos contra sua gestão, consequentemente contra sua pessoa por supostos atos de corrupção, improbidade e organização criminosa; por sua ilusória vontade, a autoridade deve ser omissa e prevaricar, tem que atender os institos maléficos "coronel".

Observando os inúmeros processos, o prefeito pelo andar da carruagem deve se deslocar até o Ministério da Justiça em Brasília para demitir os delegados da Polícia federal que no cumprimento do dever estão apurando dezenas de supostos processos de improbidade, corrupção, superfaturamento, firmas fantasmas etc.

Posteriormente deverá se deslocar até o gabinete do Procurador Geral da República para demitir os Procuradores que estão dando andamento em processo contra sua gestão, processos esse já acima mencionado.

Ainda em Brasilia deverá solicitar a demissão do Procurador Federal do Trabalho e Controladoria Geral da União.

Por fim deverá se deslocar até a Chefia do Ministério Público em Salvador para solicitar o afastamento da Procuradora que autorizou o Delegado de Jeremoabo a dar andamento na quebra de sirgilo fiscal e bancário do seu CPF.

Olhe lá se não procurar o presidente do TJ-BA para solicitar o afastamento do Desembargador que está com um seu processo penal em andamento.

De iluzão também se vive, é o que está acontecendo com o prefeito Deri do Paloma.



Nota da redação deste Blog - Vamos traduzir o texto acima para que o pessoal menos esclerecido entenda o delírio do Prefeito Deri do Paloma e seu conluio nessa missão impossível:

O texto é uma crítica ao prefeito Deri do Paloma, de Jeremoabo, Bahia. texto esse acredita haver índícios de que o prefeito deve estar tentando obstruir as investigações contra ele, que responde a diversos processos supostamente por corrupção, improbidade administrativa e organização criminosa.

O texto começa afirmando que o prefeito está tentando conseguir uma missão impossível, que é transferir ou exonerar quem for indicado para apurar os processos contra ele. A unica lógica argumenta que, isso é uma tentativa de impedir o cumprimento da lei e de garantir a impunidade do prefeito.

Em seguida, o texto apresenta uma lista de autoridades que o prefeito deveria demitir ou afastar, se quisesse realmente obstruir as investigações. Essas autoridades incluem delegados da Polícia Federal, procuradores da República, procuradores do Trabalho e Controladores Gerais da União. O texto argumenta que, se o prefeito conseguir demitir ou afastar essas autoridades, ele estará praticamente livre para cometer crimes sem ser punido.

Por fim, o texto conclui afirmando que o prefeito está vivendo de ilusões. Argumenta que é impossível para o prefeito impedir as investigações, que são realizadas por autoridades independentes e imparciais.

A crítica do texto é justificada. O prefeito Deri do Paloma tem um histórico de denúncias de corrupção, e as investigações contra ele são graves. A tentativa de obstruir essas investigações é um crime e um atentado contra a democracia.

É importante que as autoridades responsáveis por investigar o prefeito Deri do Paloma sejam protegidas e que as investigações sejam conduzidas de forma imparcial. Se o prefeito conseguir obstruir as investigações, ele estará prejudicando a democracia e a justiça no Brasil.

Em busca de assegurar maioria no Congresso, Lula agora tenta atrair até o PL


Charge do ZeDassilva (Arquivo do Google)

Pedro do Coutto

O presidente Lula da Silva , reportagem de Geralda Doca e Gabriel Sabóia, O Globo, revela que o presidente Lula está tentando assegurar uma maioria no Congresso e para isso ofereceu cargos do governo ao PL, sigla de Jair Bolsonaro, com cargos na cúpula da Caixa Econômica Federal. Estão sendo negociadas com o principal partido da oposição duas vagas: a vice-presidência de Negócios de Varejo e o comando da Caixa Asset, corretora de valores.

Esse sistema de busca de apoio dessa forma fisiológica nunca funciona, sobretudo em caráter permanente. Os que negociam votos querem sempre mais vantagens e isso termina desgastando o governo com seus próprios aliados, que se empenham na campanha eleitoral pela sua vitória.

TRADUÇÃO – O episódio de 8 de janeiro devia ter deixado marcas políticas mais claras de serem traduzidas pelo atual presidente do país. Esse caminho não funciona e, além disso, a reportagem acentua que a direção do PL, ocupada por Valdemar Costa Neto, ameaça expulsar os deputados que vierem a aderir a essa forma de sedução.

Enquanto isso os problemas se acumulam como os jornais de ontem assinalaram. A população de rua cresceu dez vezes na última década. Sinal de que a crise social se agrava e não é pelo caminho fisiológico que será contida e revertida. É o que sempre assinalo sobre a necessidade de ações concretas no campo econômico e social.

COMBUSTÍVEL – O noticiário político não tem variado com fatos novos. A economia também se apresenta sem movimentação mais ampla. Em Dubai, informa Ana Carolina Amaral, Folha de S.Paulo, a COP 28 concluiu o texto final sem citar o aspecto relativo à substituição, mesmo gradual, do combustível fóssil. Era previsto. A economia petrolífera talvez seja a maior do mundo.

A produção mundial de petróleo passa de 100 milhões de barris por dia. Só a do Brasil está na escala de três milhões de barris a cada 24 horas. A poluição, assim, resiste à utilização de meios não poluentes. O desafio do clima com o passar do tempo se agrava.

Centrão e PT atacam Haddad, sem lembrar que, se a economia afundar, estão perdidos


Haddad sofre com pressões do PT de um lado e jogo duro de outro para fazer valer política fiscal do governo Lula

Lula diz que apoia Haddad, mas será que apoia mesmo?

Eliane Cantanhêde
Estadão

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está entre dois fogos cruzados: de um lado, o Centrão faz jogo duro com a pauta econômica e, de outro, o PT e seus pontas de lança no governo não param de criar caso. Durma-se com um barulho desses!

O pior é que o problema não é só de Haddad, mas do próprio governo, do presidente Lula e do Brasil. Se a economia afundar, vão todos afundar juntos, um por um. E não tem reeleição em 2026.

PAUTA TRAVADA – Faltam poucos dias para o início do recesso parlamentar, mas a Câmara e o Senado travaram a pauta e, até agora, nada de reforma tributária, taxação de Offshore, fundos especiais e apostas esportivas, além da MP para retomar a tributação de empresas que têm benefícios com ICMS.

Sem saber como ficam as receitas, é impossível fechar o Orçamento de 2024. A previsão da Fazenda é de um reforço de arrecadação de R$ 47 bilhões, mas…

Presidente da Câmara, Arthur Lira tem a pauta na mão e decide, de acordo com seu humor, a liberação de emendas e a distribuição de cargos. Ultimamente, anda de mau humor, depois de Lula dizer em Dubai que não entrega a pauta verde para o Congresso porque seria a raposa cuidando do galinheiro. E mais: o Centrão já ganhou a presidência da CEF, mas Lira quer também diretorias e secretarias. E mais ainda: seu arqui-inimigo alagoano, Renan Calheiros, está criando a CPI sobre o desastre ambiental de Maceió.

ALCOLUMBRE COBRA – Já Davi Alcolumbre, ex e futuro presidente do Senado, cobra a sua parte em emendas na veia, ou melhor, no seu Estado. E o governo paga, docemente constrangido. Segundo o Estadão, nos três dias seguintes ao anúncio das sabatinas de Flávio Dino para o STF e Paulo Gonet para a PGR, foram liberados R$ 73,9 milhões para o Amapá. Quanto custará a aprovação da pauta econômica?

Quando se pergunta na Fazenda o quanto é difícil negociar com o Centrão, a resposta é um misto de verdade, ironia e provocação: “Centrão? Que nada! Isso é moleza, duro mesmo é enfrentar a Gleisi (Hoffmann) e o PT”.

E esse enfrentamento tem sido frequente desde o início do terceiro mandato de Lula: teto de gastos, arcabouço fiscal, reoneração dos combustíveis e o fim da isenção para importações de varejistas asiáticas. E o mais novo embate foi iniciado pelo próprio Lula, que desdenhou do déficit zero para 2024 e jogou seu ministro da Fazenda na fogueira.

“FOGO AMIGO” – O PT torce o nariz para o Centrão, o aliado de direita, incômodo, exigente e caro, mas sua pressão sobre o governo e Haddad não chega a ser muito diferente. Para Gleisi, o controle do déficit impede o crescimento e o Brasil precisa de “um estado que gasta”.

Para o deputado Lindbergh Faria, no X, ex-Twitter, “Qual o problema de termos um déficit em 2024 para garantir investimentos e renda e impulsionar o CRESCIMENTO, SIM, da economia?”.

Mas quem de fato abriu o jogo foi o líder do governo na Câmara, o igualmente petista José Guimarães: “Se tiver que fazer déficit, nós vamos ter que fazer. Porque, senão, a gente não ganha eleição em 2024″. Leia-se: a defesa enfática do “um pouco de déficit não faz mal” não é exatamente para garantir um PIB maior, o desenvolvimento do País, emprego, renda, obras e bem-estar, é apenas uma questão eleitoral.

ENFRAQUECENDO – O PT, que tem a Presidência da República pela terceira vez, comanda apenas 227 cidades, em 10º lugar no ranking de prefeituras. Logo, quer usar o governo, os recursos federais e os gastos para melhorar a posição.

Com um Centrão desses e um PT desses, Haddad não precisa de adversários nem inimigos. E de que lado está o presidente Lula, que tem de arbitrar essa guerra? Até aqui, tem apoiado Haddad e é melhor que continue assim. Se o horizonte do PT é a eleição municipal de 2024, o de Lula é mais ambicioso: a presidencial de 2026. O professor Haddad ensina:

“Não é verdade que déficit faz crescer. De dez anos para cá, a gente fez R$ 1,7 trilhão de déficit e a economia não cresceu”. Com déficit e sem crescimento da economia, não tem reeleição.

Entrevista de Lula à Al Jazeera revelou ignorância sobre política internacional


Brazilian President Lula, in an interview with Al Jazeera, said he would help Palestine by sending weapons to Hamas. "The U.S. is to blame for the war," the president said : r/brasilivre

Lula da Silva falou demais à TV e disse um monte de bobagens

Demétrio Magnoli
O Globo

À rede Al Jazeera, durante seu giro pelo Oriente Médio, Lula abandonou as ambiguidades que geralmente acompanham suas declarações voltadas a audiências ocidentais. Falou o que pensa, sem matizes. O retrato que emergiu funde ideias detestáveis com evidências de uma incompreensão geral sobre a política internacional.

Sobre a invasão russa da Ucrânia, o presidente corrigiu as correções de sua posição original: “A Rússia diz que alguns territórios pertencem a eles, e Zelensky diz que pertencem à Ucrânia” — pontificou, ignorando tanto as fronteiras internacionais ucranianas quanto o tratado de 1994 pelo qual a Rússia as reconheceu.

PACIFISMO CÍNICO – Lula foi mais longe, num exercício de pacifismo cínico: “Em vez de ir à guerra, por que não levar as pessoas a um referendo para perguntar: você quer pertencer à Ucrânia ou à Rússia?”

Putin fez isso, mas melhor. Invadiu o leste e o sul da Ucrânia e então, sob a mira das forças de ocupação, colocou em votação a escolha sugerida pelo camarada brasileiro — com os resultados previstos por qualquer potência ocupante.

A Ucrânia deveria servir como alerta para Lula não se pronunciar sobre as guerras dos outros. Contudo, ele desconhece o valor do silêncio. À Al Jazeera, repetiu uma palavra que funciona como senha ideológica: a operação militar em Gaza “não é uma guerra tradicional, mas um genocídio”. O presidente foi ao Yad Vashem, em 2010, e disse “nunca mais”, sem porém entender o Holocausto.

NÃO É GENOCÍDIO – Há farto material para condenar o governo israelense. Netanyahu sabota as negociações de paz e, desde 2009, estabeleceu uma convivência violenta com o Hamas a fim de perpetuar a divisão entre os palestinos. A ação militar em Gaza viola o direito humanitário internacional, produzindo pilhas de vítimas inocentes.

As Forças Armadas de Israel não cumprem a (difícil) obrigação de distinguir os combatentes inimigos e os civis utilizados pelo Hamas como escudos humanos. Genocídio, porém, é algo diferente: o empreendimento deliberado de aniquilação de um povo.

A escolha de “genocídio” no lugar de “crimes de guerra” tem um sentido: o termo pertence ao vocabulário militante compulsório dos defensores da abolição do Estado judeu. A tática de propaganda consiste em estabelecer uma equivalência entre Israel e a Alemanha nazista. É um expediente particularmente abjeto, pois seu alvo é o Estado criado na esteira do Holocausto para proteger os judeus de uma eventual repetição.

FERRAMENTA CRUCIAL – O Reich alemão não tinha o direito de continuar a existir depois do Holocausto — e, de fato, desapareceu. A acusação de genocídio é uma ferramenta política crucial na campanha que almeja a destruição do Estado judeu. O Lula que pronunciou a frase “nunca mais” junta sua voz à gritaria antissemita quando imputa o crime dos crimes a Israel.

Sua entrevista à rede do Catar forma um arco ideológico completo. “Não entendo como o presidente Biden não teve a sensibilidade de falar para acabar com essa guerra” — exclamou Lula, concluindo com o diagnóstico de que os Estados Unidos “poderiam ter parado com a guerra”.

Aí, atrás de um erro crasso de avaliação, emerge uma narrativa destinada a deslegitimar Israel.

ENTENDER O HOLOCAUSTO – Não basta ir ao Yad Vashem: é preciso ler Primo Levi para entender o Holocausto — e Israel. Levi descreveu a vitimização e a desumanização dos judeus nos campos nazistas. O Estado judeu diz “nunca mais” ao pacote completo: sua fundação representou, antes de tudo, uma rejeição absoluta ao papel de vítima atribuído aos judeus.

O alicerce de Israel encontra-se na missão de “reumanização” dos judeus por meio da força política e militar. Israel combaterá suas guerras, justas ou não, independentemente da vontade de aliados externos.

Israel nasceu da imigração de judeus perseguidos na Europa e no Oriente Médio. Atribuir aos Estados Unidos o poder de parar sua mão inscreve-se no esforço ideológico de exibir o Estado judeu como uma fabricação, um artefato e um joguete do “imperialismo americano”. Lula fala todas as palavras e sentenças dos movimentos que marcham sob a bandeira da “Palestina livre, do rio até o mar”. Por essa via, renega a paz em dois Estados que declara explicitamente defender.


Em destaque

"Jeremoabo Sem ASCOJ: Comércio Sente a Falta de Representação"

  09/10/2024   "Jeremoabo Sem ASCOJ: Comércio Sente a Falta de Representação" Fonte: JV PORTAL / JEREMOABO TV A ausência de uma as...

Mais visitadas