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terça-feira, abril 18, 2023

Profundamente problemática, diz Casa Branca sobre postura de Lula na Guerra da Ucrânia


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em reunião ministerial dos cem dias de governo, no Palácio do Planalto, em Brasília

Egocêntrico e inconsequente, Lula se julga o dono do mundo

Thiago Amâncio
Folha

A postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a Guerra da Ucrânia é uma “repetição automática da propaganda russa e chinesa” e “profundamente problemática”, disse nesta segunda-feira (17) John Kirby, coordenador de comunicação estratégica do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.

“É profundamente problemático como o Brasil abordou essa questão de forma substancial e retórica, sugerindo que os Estados Unidos e a Europa de alguma forma não estão interessados na paz ou que compartilhamos a responsabilidade pela guerra”, afirmou ele em conversa com jornalistas. “Francamente, neste caso, o Brasil está repetindo a propaganda da Rússia sem olhar para os fatos”, disse.

DISSE LULA – Neste domingo (16), Lula afirmou que os EUA e a Europa prolongam a guerra. “O presidente Putin não toma a iniciativa de parar. Zelenski não toma a iniciativa de parar. A Europa e os Estados Unidos continuam contribuindo para a continuação desta guerra”, disse.

Na semana anterior, o brasileiro já havia dito que a Ucrânia poderia ceder a Crimeia em nome da paz. A fala também foi condenada por Kirby.

“Os comentários mais recentes do Brasil de que a Ucrânia deveria considerar ceder formalmente a Crimeia como uma concessão pela paz são simplesmente equivocados, especialmente para um país como o Brasil que votou para defender os princípios de soberania e integridade territorial na Assembleia-Geral da ONU”, afirmou o americano.

VISITA DE LAVROV – O chanceler da Rússia, Serguei Lavrov, criticado por lideranças das potências ocidentais por ser um dos maiores defensores da invasão ao país vizinho, desembarcou no Brasil nesta segunda, no começo de um giro pela América Latina que incluirá Venezuela, Nicarágua e Cuba.

Questionado, Kirby afirmou que espera que, nas agendas pelo continente, “os líderes desses países [que recebem o russo] pressionem o ministro das Relações Exteriores [Lavrov] a parar de bombardear cidades, hospitais e escolas ucranianas.”

Ele enfatizou que os países são soberanos para receberem quem quiserem, mas disse esperar que “líderes soberanos encontrem tempo em suas agendas lotadas para se encontrar com autoridades ucranianas”. Para o Itamaraty, a visita de Lavrov é uma prova de uma saudável independência brasileira.

CRÍTICAS DE LULA – Na viagem à China, Lula fez uma série de críticas aos Estados Unidos, questionou a predominância do dólar no comércio internacional e insinuou que o país pressiona o Brasil a boicotar os chineses, além dos comentários sobre a guerra. Lula também visitou uma fábrica da Huawei, gigante das telecomunicações que é alvo de sanções dos EUA.

As declarações irritaram o governo americano, que, conforme mostrou reportagem da Folha, alegam que os brasileiros não só não têm prezado pelo equilíbrio em seus posicionamentos como teriam adotado uma clara oposição a Washington.

O porta-voz para Assuntos Externos da União Europeia, Peter Stano, também rebateu as falas do presidente brasileiro sobre a guerra, enfatizando que a Rússia é a “única responsável” pelo conflito.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Aconteceu o que Lula queria — agora, ele está de volta à política internacional, é um dos principais atores em cena. Para ele, os interesses nacionais ficam em segundo plano. Quer aparecer a qualquer custo e acaba de jogar no lixo a bem-sucedida neutralidade brasileira, uma tradição diplomática que sempre honrou nosso país. (C.N.)   

Defesa de Cabral vê risco de prisão e pede a Gilmar Mendes que anule atos de Moro

Publicado em 17 de abril de 2023 por Tribuna da Internet

Na 1ª entrevista após a cadeia, Sergio Cabral confessa. Chora. E acusa |  Guilherme Amado

Cabral alega que é “perseguido político” pela Lava Jato

João Pedroso de Campos
Veja

Solto em dezembro após mais de seis anos na cadeia, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral apelou ao ministro Gilmar Mendes, do STF, para anular atos do ex-juiz federal Sergio Moro, hoje senador, em um processo contra ele na Operação Lava Jato. Cabral foi condenado nesta ação a 14 anos e dois meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, supostamente praticados no recebimento de 2,7 milhões de reais em propina da Andrade Gutierrez nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras.

A defesa de Cabral cita o regimento interno do STF para defender que Gilmar seja o sucessor do ex-ministro Ricardo Lewandowski, recém-aposentado da Corte, como relator da ação em que a defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva obteve a íntegra dos diálogos entre Moro e procuradores da Lava Jato, acessados por um hacker no Telegram.

ANULAÇÃO DE PROVAS – Na mesma ação, Lewandowski suspendeu e derrubou uma série de processos contra políticos a partir da anulação de provas do acordo de leniência da Odebrecht.

Na petição dirigida a Gilmar, são apresentadas mensagens entre o ex-juiz e os membros da força-tarefa que mostram, na avaliação dos advogados, um conluio contra Sérgio Cabral semelhante ao ocorrido em relação a Lula.

Em um dos chats, o ex-procurador e hoje deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) informa a Moro sobre a iminência de serem apresentadas denúncias contra Cabral e Lula, ao que o então juiz responde: “um bom dia afinal”.

IMPARCIALIDADE – O pedido ao ministro do STF também aponta suposta quebra de imparcialidade de Sergio Moro em ocasiões como o dia em que Cabral foi algemado e acorrentado pelos pés e cintura ao ser transferido a Curitiba.

Cita também “constrangimento e intimidação” ao ex-governador ao ser ouvido no processo; “protagonismo” de Moro ao questionar testemunhas na mesma ação; e “intenções” do então juiz de ganhar visibilidade nacional para entrar na política.

A defesa de Sérgio Cabral sustenta que ele corre “iminente risco de voltar a ser preso”, já que o caso em que foi condenado por Moro está em fase de recursos junto ao próprio STF.

CORREÇÃO DAS INJUSTIÇAS – “As razões que fundamentam o presente pedido ultrapassam questões pessoais dos beneficiados, mas trata-se de uma questão de correção das injustiças e das atrocidades perpetradas pelos integrantes da força-tarefa em evidente conluio do qual era o pivô central o então juiz Sergio Moro”, diz o documento dos advogados do ex-governador.

A petição requer que o ministro Gilmar Mendes suspenda a ação penal liminarmente e, no mérito, seja concedido a Sérgio Cabral um habeas corpus de ofício, ou seja, de iniciativa do STF, para que sejam considerados nulos todos os atos de Moro no processo.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – 
Como a Justiça brasileira está de cabeça para baixo (ou ponta-cabeça, como dizem os paulistas”, é bem capaz de Cabral contar com a “compreensão” e a “generosidade” de Gilmar Mendes. Afinal, Cabral é igual a seu grande amigo Lula — ambos jamais cometeram crimes, não sõ corruptos, não enriqueceram ilicitamente e devem ser considerados apenas perseguidos políticos. “Ah, coitado!”, diria a comediante Gorete Milagres. (C.N.)

TCU quer sustar “penduricalho” de juízes que custará R$ 1 bilhão aos contribuintes


TRIBUNA DA INTERNET

Charge do Kemp (humortadela.com.br)

Weslley Galzo
Estadão

Auditores do Tribunal de Contas da União (TCU) consideraram irregular o pagamento de um novo penduricalho de adicional por tempo de serviço (ATS) pela Justiça Federal e propuseram a suspensão do benefício. Os técnicos do TCU também sugeriram à Corte que seja cobrada a devolução dos valores distribuídos até o momento a juízes e desembargadores federais, sob o risco de “dano irreversível ao erário”. A criação da regalia e seu respectivo custo aos cofres públicos foram revelados pelo Estadão.

Como mostrou o jornal, o chamado ATS havia sido extinto por lei há 17 anos, mas voltou a ser pago no início de 2023 após decisão  do Conselho da Justiça Federal (CJF), que acabou chancelada pelo corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luis Felipe Salomão. O penduricalho permite aos magistrados mais antigos do Poder Judiciário receber até R$ 2 milhões cada, referentes ao pagamento retroativo do benefício extinto em 2006.

FIM DA REGALIA – A área técnica do TCU produziu dois pareceres sobre o pagamento do ATS após o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) apresentar representação cobrando o fim imediato da regalia. No primeiro documento produzido no último dia 21 de março, o auditor de Governança e Inovação da Corte de Contas, Adauto Felix da Hora, argumenta que a reintrodução do penduricalho pelo CJF “não têm previsão legal”, portanto deve ser suspensa e os valores pagos até o momento devolvidos à administração dos tribunais.

No documento, o auditor afirma que a autorização do CJF para pagamento do penduricalho viola resolução do CNJ e jurisprudências do Supremo Tribunal Federal (STF) e do TCU.

Felix da Hora aponta no parecer que já teriam sido pagos R$ 157 milhões e há um saldo ainda a ser creditado na conta de magistrados de R$ 715 milhões, que totalizam R$ 872 milhões, podendo chegar ao custo de R$ 1 bilhão, conforme revelou o Estadão.

SUSPENSÃO CAUTELAR – O despacho do auditor na fase de instrução do processo foi encaminhado à chefia da área de Governança e Inovação, que sugeriu a suspensão cautelar do pagamento do benefício, assim como a instauração de um novo processo para apurar as “consequências e responsabilidades inerentes ao processo decisório que culminou na utilização de recursos públicos para pagamento de ATS sem fundamentação em parâmetros constitucionais, legais e jurisprudenciais”.

“Ante a fragilidade jurídica em que se fincou, a recorrência mensal dos pagamentos, o impacto nas finanças públicas e o risco de o dano se mostrar irreversível ao erário, entende-se que estes autos exigem tratamento tempestivo, oportuno e mais assertivo deste tribunal”, diz o parecer assinado pelo auditor-chefe, Wesley Vaz, e pelo auditor adjunto do TCU. Angerico Alves Barroso Filho.

Os chefes da área de Governança e Inovação do TCU deram prazo de 15 dias para que o CJF apresente seus argumentos para a recriação do penduricalho, assim como “eventuais soluções alternativas” ao custo causado pela medida.

DEVOLUÇÃO DO DINHEIRO – No documento, os auditores ainda determinaram prazo de dois meses para que o Conselho devolva todas as verbas distribuídas a juízes e desembargadores federais por meio do ATS.

“O pagamento do ATS aos magistrados federais, autorizado em decisão administrativa por parte da maioria dos conselheiros do CJF, suplantou regras constitucionais e legais, interpretações jurídicas do STF e do TCU, e colocou sob risco a destinação de vultosos recursos públicos”, argumentaram os auditores do TCU.

“Por sua vez, os prejuízos aos cofres da União são significativos e vultosos, além de uma eventual decisão de reposição ao erário ser medida de difícil implementação, em razão de obstáculos administrativos e jurídicos a decisões dessa espécie”, prosseguiram os técnicos da Corte de Contas.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A que ponto chegamos, minha gente. Os ilustres magistrados têm obrigação de zelar pelo interesse público (Lei de Introdução do Direito, art. 5º: “Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum”). No entanto, os juízes são os primeiros a desrespeitar esta lei e vivem a criar penduricalhos para aumentar seus salários e suas mordomias, cujos valores são inadmissíveis num país carente como o Brasil. A Justiça é uma vergonha nacional! (C.N.)

Ministério Público defende saída de Anderson Torres da prisão, com uso de tornozeleira

Publicado em 18 de abril de 2023 por Tribuna da Internet

Carlos Frederico Subprocurador Geral da Republica - MPF

Procurador não vê motivo para manter prisão do ex-ministro

Márcio Falcão
TV Globo — Brasília

O Ministério Público Federal defendeu junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) a revogação da prisão do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, desde que ele cumpra medidas cautelares. Torres está preso desde 14 de janeiro, em decorrência da investigação por suposta omissão nos atos golpistas do dia 8 de janeiro.

Ex-ministro do governo Jair Bolsonaro, ele era secretário de Segurança do Distrito Federal no dia 8 de janeiro, quando houve o vandalismo na Praça dos Três Poderes, mas estava de férias, fora do país.

MEDIDAS CAUTELARES – Em manifestação enviada ao Supremo, o subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, afirmou que, agora que as investigações estão avançadas, a prisão de Torres pode ser substituída por medidas menos gravosas, como: uso de tornozeleira eletrônica; proibição de deixar o DF; proibição de ter contato com os demais investigados; ficar afastado do cargo de delegado de Polícia Federal.

O procurador justificou que a prisão de Torres foi determinada para evitar ocultação e destruição de provas, sendo que “no atual cenário da investigação, não mais subsistem os requisitos para a manutenção da segregação cautelar”.

“Cumpre-se, assim, com o princípio da proporcionalidade e seus subprincípios de necessidade, adequação e proporcionalidade em sentido estrito”, escreveu Carlos Frederico.

SEM ENTRAR NO MÉRITO – A PGR ressaltou que, neste momento das investigações, a manifestação pela soltura não indica uma avaliação sobre se o ex-ministro é ou não culpado pelos fatos ligados ao 8 de janeiro.

“Nesse sentido, sem qualquer juízo de antecipação da culpa, e reservando-se o Parquet [Ministério Público] a emitir sua opinião definitiva ao fim da apuração, registra-se que a presente manifestação está cingida à análise dos requisitos e pressupostos para a manutenção da prisão cautelar”, afirmou.

O procurador completa que o pedido de afastamento do cargo de delegado de Polícia Federal “revela-se extremamente relevante, haja vista a possibilidade de real de utilização do cargo para alteração do curso das investigações”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Certíssima a manifestação da Procuradoria-Geral da República. Na forma da lei, não existe motivo para manter o delegado Anderson Torres em prisão preventiva. A atitude de ministro Alexandre de Moraes é um abuso de autoridade. Anderson Torres não representa ameaça à ordem pública sem pode prejudicar as investigações. Sua libertação, com ou sem tornozeleira, é um imperativo da Justiça, algo que saiu de moda no Brasil, desde o arranjo para libertar Lula em 2019. (C.N.)  

MEMÓRIA HISTÓRICA DA FUNDAÇÃO HANSEN BAHIA




 MEMÓRIA HISTÓRICA DA FUNDAÇÃO HANSEN BAHIA.


                                                                              Salvador, 19 de abril de 2023.


Cartas na Mesa.


Por Fábio Costa Pinto*.

 

Neste artigo, trago verdade, memória e tristeza, vida e obra do maior artista plástico, xilogravurista do mundo, museu de um só artista, que amou a Bahia e escolheu Cachoeira e São Felix para doar sua obra, viver e morre.


Nascido em 19 de abril de 1915, em Hamburgo, Alemanha Ocidental, de nome Karl Heinz Hansen.  


Foi marinheiro, escultor, poeta, escritor, cineasta, pintor e xilógrafo, o qual se dedicou especificamente. Participou da última guerra mundial denunciando-a no seu famoso “DRAMA DO CALVÁRIO”. Cansado de tudo e de todos, com suas ideias progressistas, sempre lutando pelo bem-estar do homem, saiu da Alemanha e veio conhecer o Brasil, chegando em São Paulo em 1950.


Morou alguns anos em São Paulo, teve seu primeiro emprego na Companhia Melhoramentos de São Paulo, como decorador, em 15 de julho de 1950. Fez várias séries de xilogravuras. No ano de 1955, saiu da Companhia de Melhoramentos de São Paulo e foi conhecer a Bahia. Tinha 37 anos na época. Conhecendo a Bahia, Bahia que lhe encantou vivendo alguns anos, naturalizou-se brasileiro e adotou a Bahia como seu nome.


Viveu intensamente no Pelourinho, sentindo de perto a intimidade das prostitutas que ali viviam, para retratá-las nas suas matrizes. Retratas também seus problemas, suas dificuldades, sua miséria. 

No ano de 1957, a livraria Progresso Editora, lança seu livro “Flor de São Miguel” dedicado ao bar do mesmo nome que ele frequentava diariamente. A apresentação é de Jorge Amado.

Já nesta época, Jorge Amado reconhece, de logo, o valor de Hansen para a Bahia. Não demorou muito, veio outro livro “Ladeira da Misericórdia”, outros como “Santa Bahia”, “Portas e Janelas”, “Via Crucis no Pelourinho”, “Ulisses chegando a Bahia”, etc.


Depois de 10 anos vividos na Bahia, em 1962, volta a Alemanha e organiza um ateliê em Tittnoning no Castelo de Caça dos arcebispos de São Salzburgo construído em 1234.


Hansen volta a Bahia em 1965. Traz consigo sua aluna alemã Ilse Carolina Stromaier, jovem camponesa, bem mais moderna do que ele e que a amava muito. Vai morar em Piatã, bairro de Salvador, orla marítima, onde aprende as primeiras palavras em português com os pescadores.


Em 1975, descobre Cachoeira e São Félix levado por sua ex-aluna Noelice Costa Pinto e seu amigo José Mário Peixoto Costa Pinto. Cidades que parecem Salvador, quando a conheceu. Resolveu morar em São Félix e doar toda a sua obra artística para a Bahia por testamento, para que se fizesse uma fundação com o seu nome. 


No dia 19 de abril de 1976, dia do seu aniversário, no Touring Clube de Brasília, Hansen faz a doação para as autoridades federais olharem para Cachoeira que tanto precisava ser soerguida.


Em vista de tão grandioso gesto, a prefeitura municipal de Cachoeira, através do seu prefeito, Dr Edson Ivo de Santana, médico, doa uma casa para que fosse instalada a Fundação Hansen Bahia. No dia 31 de julho do mesmo ano, foi constituída a Fundação Hansen Bahia durante o encerramento do I Festival de Inverno da Cachoeira, coordenado por — Noelice Costa Pinto — artista plástica, então assessora cultural daquela prefeitura, com ajuda da FUNARTE/MEC e galeria de arte Amanda Costa Pinto, que iniciou todo o movimento cultural naquela cidade do Recôncavo baiano.  


Em 1978, no dia 19 de abril, foi inaugurado o Museu Hansen Bahia, com Hansen bastante doente. No dia 30 de maio, parte Hansen Bahia para São Paulo. Foi operado no dia 13 de junho e não resistindo morreu de um edema pulmonar, uremia-câncer de bexiga, às 16 horas do dia 14 de junho, sendo sepultado no crematório M. em São Paulo.


A Fundação Hansen Bahia é uma entidade cultural, pessoa jurídica de direito privado e patrimônio próprio nos termos da lei civil, sem fins lucrativos e reconhecida de utilidade pública pela Câmara de Vereadores do Município de Cachoeira, no dia 27 de outubro de 1981, cujo projeto de lei tem o número 03/81. Era a integração, a partir daí, com a comunidade do Recôncavo.


— Registrado no Cartório de Registro de Imóveis e Hipotecas, Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas da Comarca de Cachoeira, livro n.º 02 de Registro Geral, mat. sob n.º 562 reg.1, em 29 de setembro de 1978, referente aquisição do predio n.º 12 na Praça Manoel Vitorino. Adquirida pela Fundação Hansen Bahia, doado pela Prefeitura Municipal de Cachoeira, representada pelo Dr. Edson Rubem Ivo de Santana na qualidade de chefe do executivo Municipal (prefeito), conforme escritura pública de constituição da Fundação Hansen Bahia lavrada em 31/07/1976 em tabelionato no livro 9 fls 148/154v. 


Relatos da professora Noelice Costa Pinto.


“Conheci Hansen Bahia no curso livre de xilogravura que ele dava no ICBA — (Instituto Cultural Brasil Alemanha), tendo me incentivado a continuar na Escola de Belas Artes, onde estudei com ele próprio, Oscar Caetano da Silva e outros mestres”.


“Hansen Bahia residia em Amaralina com sua ex mulher, de quem se separou na Alemanha e conheceu a Ilse, casando-se com ela, sua terceira mulher e verdadeiro amor. Ela com 19 anos mais moça do que ele. Foi por meio de Edio Gantois que Ilse comprou dois lotes juntos em Jaguaripe, Salvador, chamado de “Jardim Gantois”, na orla marítima, deste construiram uma casa”. 


Hansen Bahia fez mais de 200 exposições em vários continentes, convidado por Reis e Príncipes, Presidentes e Primeiro Ministros. Com obras em museus do mundo e painéis pelo Brasil. Expondo permanente, Hansen se correspondia com artistas de várias partes do mundo. 

Em São Felix, cidade do Recôncavo baiano, 115 km da capital Salvador, sua casa, vivia cheia de gente pobre e trabalhadora, onde ele e sua mulher Ilse, chegaram a alimentar 100 pessoas por semana. 


Hansen foi para São Paulo, sem dinheiro, somente com Cr$ 50.000,00 (cinquenta mil cruzeiros) à época, dados pelo Dr Roberto Santos, então governador da Bahia, foi operar e morreu. Ilse, de luto, traz as cinzas do artista.

— “Faço questão de contar isso para repartir com a sociedade baiana esta tragédia, porque os “sábios burocratas” são profundamente insensíveis. Para eles, tudo. A ideia não é deles, nada feito. “isso é cultura”, seja esquerda festiva e “sábia”, seja direita perversa e mentirosa, incompetente”. Desabafa Noelice, hoje com 85 anos.


Certa feita, Hansen muito doente chama Noelice e diz: “Noelice, eu vou operar em São Paulo e volto. Eu quero meu Museu”. Noelice corre até Cachoeira e chama o prefeito, que foi até a Fazenda Santa Barbara, sua casa em São Felix, cidade visinha, separada por uma ponte histórica, com o nome do Dom Pedro II. Lá rodeado do povo e de amigos, deitado numa rede e sua Ilse ao seu lado. Passado um tempo, assim que vários foram embora, Hansen vai ao banheiro, de lá grita de dor. De portas abertas e aos berros, -“Ariston, eu estou morrendo, urinando sangue, veja. Eu quero meu museu”. Aristom Mascarenhas era o prefeito da cidade de Cacheira, nesta época. 


Noelice lembra, que todos os dias saia de Cachoeira e ia a Fazenda Santa Barbara em São Feliz despachar com Hansen. — “Noelice, eu quero assim”. “ Noelice, minha obra é minha vida, estou dando a Canhoeira”. “Esta fazenda também é da Fundação Hansen Bahia”. “Você vai dirigir tudo isso para o povo, ajudar Cachoeira e São Felix”, dizia Hansen. 


Noelice sai da reunião arrasada, pela insensatez dos governantes, a não compreensão da importância e grandeza de Hansem. — “eu precisava dar boas notícias. E o museu, pelo menos, ele veria ser inaugurado, mesmo na sede provisória na casa Ana Nery, em Cachoeira”. 


Inaugurada o Museu, na sede provisória, Casa Ana Nery em Cachoeira, a Fundação Hansen Bahia passa a funcionar com seus objetivos culturais, artísticos, sociais, ecológicos e turísticos para soerguer e conscientizar cachoeiranos e sanfelistas. 


Após a morte de Hansen, Ilse se viu na solidão. Numa tarde, Ilse manda chamar a professora Noelice na Fazenda. Disse Ilse: -“minha mãe, Úrsula e minha irmã Sabina, alemães, querem tomar a Fazenda Santa Barbara”. Ilse comprou de Edvaldo Brandão Correia, então governador da Bahia. Tinha medo, também, da ex mulher de Hansen e seu dois filhos, Irmie e Vitório. 

Dias passam e Ilse bebia cada vez mais, fumava muito, tomava remédios e hora em hora ia ver as cinzas de Hansen. 


Dia 5 de junho de 1983, ela, Ilse morre.

Às pressas, o caseiro Armando chama Noelice, que residia na Vila de Belém, distrito de Cachoeira, que foi até a Fazenda Santa Barbara, em São Felix. — “Lá, Ilse parecia que me esperava. Sentada ao seu lado, ela nada falava e com lágrimas no rosto, fez um gesto com as mãos como se quisesse dizer que tudo acabou”. 


O Suicídio Cultural.

Dia seguinte, a morte de Ilse, na hora do enterro, a ex mulher de Hansen (separada dele na Alemanha por senteça de juiz), juntamente com Irmie e seu companheiro, Vitório e sua companheira, filhos de Hansen, entraram na casa dos Hansens e fizeram um bacanal, um “churrasco de morto”, como chamaram. Dona Arlinda e Armando, caseiros, viram tudo. O consulado alemão Ocidental nada fez. Assim se comportava diante da tamanha crueldade. 


Levaram caixotes de gravuras, matrizes, joias, santos, móveis, etc. A claque alemâ ocidental, simplesmente, não respeitaram que tudo aquilo pertencia à Fundação Hansen Bahia, à Bahia e ao Brasil. 

Só para terem uma ideia, sairam vendendo o resultado do roubo pelo Brasil e a Europa. Venderam ao Hotel da Bahia, a belíssima fase “ULYSSES”, só que com a assinaturas falsas. — “O trabalho é de Hansen, só que a assinatura não é dele”, relatou Noelice.  


O Projeto inicial e a vontade de Hansen. 

Aperfeiçoar o homem através da arte e da cultura sempre foi um dos propósitos da Fundação Hansen Bahia, a parte educacional e social, a mais importante. 

Em Cachoeira, Museu Hansen Bahia, sala de doações de artistas brasileiros e estrangeiros, biblioteca, sala de exposição, teatro de arena, oficina de arte, literatura de cordel, cursos de arte e pesquisas.

Em São Felix, Memorial, ateliê de Ilse e Hansem Bahia, casa de farinha, olaria, fórno para cerâmica e artesanato, cine teatro, creche e escola profissionalizante.   


19 de abril, o dia. 

Neste mês de aniversário de Hansen Bahia, em justa homenagem, apresento dois discursos (anexos). Um trata-se do discurso da professora Noelice Nascimento Costa Pinto (Testamenteira, fundadora, e sua primeira diretora), aluna e amiga de Hansen e Ilse Hansen. O segundo, do poeta Carlos Capinam, primeiro presidente do conselho da Fundação Hansen Bahia. 


Os discursos, foram lidos na Fazenda Santa Barbara, em São Felix, na década de 80, na presença do governador Waldir Pires, secretários de estado, prefeitos, cônsules e da sociedade. Uma multidão se fez presente a visita do governo. Conhecimento e memória da FHB. Viva Hansem Bahia e Ilse Hansen. Viva Noelice e José Mario Costa Pinto. Viva o povo da Cachoeira e de São Felix. 


Eu, filho de Noelice e José Mario Costa Pinto, verdadeiros amigos de Hansen e Ilse, convivi e presenciei à belíssima história de vida, a partir de Cachoeira e São Felix, nas décadas de 70 e 80. A confiança de Hansen na nossa família era tamanha que em seu estatuto, clausulas pétreas, tem dois membros da família Costa Pinto como conselho vitalício. Assumir o lugar da minha querida mãe Noelice na cadeira do conselho da Fundação. 


Já passaram pela presidência nomes como, José Carlos Capinan, Edivaldo Boa Ventura, Paulo Galdenze, Marcio Meirelles, Albino Rubim, Pola Ribeiro e Dinalva Melo atual presidente. Na diretoria executiva, Noelice Costa Pinto, Vanderlina Rodrigues, Elias Gomes de Sousa, Jomar Lima, e Vanessa Vilas Boas, atual diretora. Hoje, um pouco melhor. Mas, não chega ao projeto original que deveria ser olhado com maior atenção. Esperança será a última. Palavras foram dadas, aguardamos a seriedade desta nova composição, conselho e diretoria.  


Entra e ausentar-se diretores e presidentes do conselho, e a luta inicial de Hansen e Ilse, Noelice e José Mario, ainda é um sonho que carrego em nome deles e do povo de Cachoeira e de São Felix. Ver cada vez mais o desenvolvimento social, cultura e educacional das duas cidades heroicas e do Recôncavo baiano. O projeto inicial é a vida deste artista, a construção da Escola Parque transformará essas duas cidades. 


Conclamo o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, o Ministro da Casa Civil, Rui Costa, a Ministra da Cultura, Margareth Menezes e o Secretário de Cultura do estado baiano, Bruno Monteiro, para que no dia 25 de junho, vá até a Fundação Hansen Bahia e sinta o amor que Hansen e Ilse tinham por Cachoeira e São Felix. A fundação é privada, a “obra” é do povo.      


*Fábio Costa Pinto, Jornalista baiano, membro do conselho deliberativo da Associação Brasileira de Imprensa — ABI, e conselheiro vitalicio da Fundação Hansen Bahia.





Noelice Costa Pinto*

Senhor Governador do Estado da Bahia.

Nesta casa aconteceu uma tragédia. É bom repetir sinteticamente, pois uma ditadura é o que há de mais terrível neste mundo.



Em 19 de abril de 1976 o Mestre internacional da arte da xilogravura, Hansen Bahia, doa, por testamento e em Brasília, sua obra extraordinária para ajudar as cidades históricas de Cachoeira e São Félix, abandonadas, pobres e sem prestígio estadual e nacional. Em 19 de junho de 1978, às 16 horas, no Hospital Sírio Libanês, morre Hansen Bahia. Deixa sua Ilse Hansen – sempre a Bahia no coração — que, com o tempo, foi induzida ao suicídio cultural pela total falta de sensibilidade e inteligência dos órgãos culturais, patrimoniais e artísticos dos governos passados, ressalvando-se GERALDO MACHADO e EDUARDO SIMAS.



Cada dia ILSE ia morrendo. A Fundação Hansen Bahia não passava de um Museu provisório em Cachoeira, mantendo a chama. Comigo e José Mário Peixoto Costa Pinto, ILSE aguentou o que foi possível. Chegou a querer queimar a OBRA HANSEN BAHIA em plena praça da Aclamação como protesto suicida. Impedi este que seria um dramático gesto contra a ditadura, a indignidade, a mentira e a falsidade.



Promessas e mais promessas. Nada. Morre a Fundação Hansen Bahia e quatro casas. Como testamenteira e Diretora Executiva, escolhida por Hansen Bahia em vida, tem sido muito duro, Senhor Governador. Tenho lutado arduamente quase sem ajuda do Estado e dos Municípios. Verdade seja dita, existe o Museu Hansen Bahia, devido o EX-DAC e FUNARTE; mas, Senhor Governador, o Museu encontra-se em uma casa onde nasceu a heroína ANA NERY, de propriedade da Prefeitura, já se deteriorando de tal modo que a Coordenadora Nacional do Museu do Ministério da Cultura Mara Estela ficou horrorizada. Na semana passada, veja só V. Excia. O absurdo, a Embaixatriz da França, no Museu com o Prefeito de Cachoeira e mais a Vice-Diretora da FUNDAÇÃO HANSEN BAHIA, quase tomaram banho tal a quantidade de água que caía pelo telhado.



Ora, precisa-se acabar urgentemente com a restauração da sede própria da FHB, pois a IPHAN já gastou Cz$ 800.000 (oitocentos mil cruzados) e parou a obra em novembro de 1987 por terminar a verba. Fosse outro o Ministro da Cultura que não o excelente CELSO FURTADO, diria que era retaliação. Que outra coisa pensar?



Estou informada pelo Deputado Fernando Santana que conseguiu a primeira parte da verba, não há retaliação por parte do Ministério da Cultura. Esta semana apelei em logo telegrama fonado ao Próprio Presidente Sarney e estou à espera da resposta.



Senhor Estadista Dr. Waldir Pires: A Fundação Hansen Bahia precisa de V. Excia. para implantar, aqui, a Escola Parque do Interior, isto é, o Projeto Hansen Bahia para resgatar a memória de dois amantes do Brasil, da Bahia, de Cachoeira e São Félix. Ilse e Hansen queriam que tido isto que V. Excia. vê hoje fosse para beneficiar o povo pobre e carente de quase tudo.



Para completar, senhor Estadista Waldir Pires, este projeto falta V. Excia. autorizar colocar a placa do seu governo sério e popular e iniciar: a escola profissionalizante de 1º. Grau; o cine-teatro; o posto médico e dentário (já existe casa aqui); as hortas comunitárias; a casa de farinha comunitária completa e eletrificada; e o forno para cerâmica.



Isto, senhor Estadista, não é nada em face dos milhões de dólares que a obra Hansen Bahia vale, a vida de Hansen Bahia, o suicídio de Ilse Hansen.



Segure esta bandeira, pois o Projeto Hansen Bahia é fundamental para o desenvolvimento desta região. E vou além: é a própria democracia que V. Excia. tanto luta desde a juventude. É a educação, a saúde, a alimentação e a cultura do povo.

Obrigada pela honra de ter aceitado o convite que muito deixa a todos, políticos ou não, felizes, pois V. Excia. encara a luta pela união popular em benefício do próprio povo desta terra sagrada da Bahia.



*Noelice Nascimento Costa Pinto, Diretora Executiva da FBH, Testamenteira de Hansen Bahia, Artista Plástica, Conselheira Vitalícia do Conselho FBH, Membro da UFBa.



José Carlos Capinan*

Companheiros e Companheiras:

Sou um poeta. Não sou de fazer discursos.

Tenho a honra de presidir o Conselho da Fundação Hansen Bahia, na forma dos seus Estatutos, porque ele “nasceu do amor” como dizia o próprio Hansen. Amor à Bahia. Amante do cheiro e da gente de pés descalços nos pelourinhos da vida. Sem sobrenome registrado, é Bahia.



Que gesto lindo dele e de sua Ilse Hansen morta pela insensatez dos órgãos culturais da ditadura. Doou sua Obra, Doou suas vidas. Deram-se às comunidades como um todo, onde Cachoeira e São Félix abraçam-se e reconhecem que o sonho do grande gravador deste século já está tomando corpo com o Governo Democrático.



É de capital importância o Projeto Hansen Bahia, o que a nossa querida Noelice chama muito bem de “Escola Parque do Interior.”



A mudança é evidente. Do suicídio, do drama dos Hansen Bahia aos convênios que vão aumentando. Antes quase nada. Agora alguma coisa. Amanhã tudo.



Realmente, a Obra Hansen Bahia é fenomenal, inclusive politicamente denuncia os horrores da guerra nazi-facista como a sua via crucis da Alemanha que, diga-se, participou do ano santo no Vaticano, em 1975. Hansen Bahia foi o único artista brasileiro convidado. Antes Hansen Bahia denunciava os horrores da escravidão quando ilustrou o livro “Navio Negreiro” de Castro Alves.



Certa feita Edison Carneiro disse: “Este Navio Negreiro pertence tanto a Castro Alves quanto a Hansen Bahia”, Hansen, com aquelas gravuras, ilustra, não os navios de escravos, aqueles que na verdade fizeram o comércio de negros com a África durante três séculos, mas o “veleiro brigue”, o navio fantástico com que Castro Alves procurou despertar os seus contemporâneos contra a infâmia da escravidão.



MenottI Del Picchia, em março de 1951, dizia impressionado com o Drama do Calvário de Hansen Bahia: “Cada vítima de guerra sofreu um calvário. O de Karl Heinz Hansen foi e será o de milhões de homens em Hamburgo, Londres, Stalingrado, Lídice e hoje na Coréia tem suas quatorze estações inexoravelmente fixadas nestas admiráveis e tremendas xilogravuras que, mais quatorze obras de arte, são quatorze gritos de angústia e de protestos da própria humanidade contra os crimes dos homens”.



O Conselheiro José Mário Costa Pinto costuma dizer: “Conhecendo Hansen como conhecemos podemos afirmar, sem a menor dúvida, que faz parte do quadro de humanistas da escola como Lorca, Neruda, Hussel, Siqueiros, João XXIII, Jorge Amado, Eremburgo e Portinari”.



Apoiar a Fundação Hansen Bahia deve ser um compromisso de todos nós, baianos ou não, brasileiros preocupados com os nossos valores culturais, com as nossas artes e sobretudo com o passado, tão necessário e tão presente nesta região.



Imagino o sofrimento de Ilse Hansen Bahia! Vamos resgatar a sua memória da forma mais realista e honesta; lutar para que a sede própria seja urgentemente restaurada; lutar para transformar o Projeto Hansen Bahia na “Escola Parque Interior”. É justíssimo, empreendimento barato e de alcance notável em todo o recôncavo baiano.



Quero deixar aqui a minha palavra mais sincera possível para Noelice Costa Pinto, a quem Hansen Bahia e Ilse Hansen Bahia confiaram. O que ela tem feito é algo notável e exemplar, sem ganhar um só centavo.



Tenho a certeza que o Governador, Waldir Pires está vivamente interessado por tudo que viu.

Em nome do Conselho Diretor da Fundação Hansen Bahia quero deixar claro que esta bandeira eu seguro e a Obra Hansen Bahia será salva, seus móveis e imóveis em benefício do povo.

Obrigado!

*José Carlos Capinan Poeta, Compositor, Secretário de Cultura do Estado da Bahia (Governo Democrático de Dr. Waldir Pires)

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