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sábado, maio 07, 2022
A eterna luta do mal contra o mal
Por Nelson Motta (foto)
Bolsonaristas e lulistas são fanáticos que obedecem cegamente os comandos de seus líderes, aumentam e mentem suas qualidades e conquistas e desqualificam qualquer crítica
Lula e Bolsonaro em um ringue de box, de calções largos e camisetas, com os capacetes protetores lhes cobrindo a cabeça e os ouvidos. Em vez de luvas, microfones sem fio. Soa o gongo. Começam a trocar jabs de mentiras e bravatas, esquivas de culpas e responsabilidades, cruzados de ofensas e palavrões, diretos abaixo da cintura moral, uppercuts na ética, na democracia e na Constituição. O som estourando nas caixas da arena abarrotada. Metade do público delira, metade vaia. Metade ri, metade chora de raiva. Os combatentes não se ouvem nem ouvem o público e lutam até cair sem voz, sujos de sangue, suor e urina, na lona verde e amarela do Brasil.
É tudo fantasia, metáfora, imaginação, mas às vezes a ficção é a melhor, ou única forma de expressar sentimentos, comentários e reflexões sobre a realidade.
Tenho muitos amigos lulistas, inteligentes, informados, honestos, entendo seus motivos e respeito suas escolhas, reconheço as qualidades de Lula. E os defeitos. Nunca brigaremos por causa disso. Com bolsonaristas, não há diálogo, a menos que seja algum conhecido, seguidor nas redes ou companheiro de trabalho enrustido e discreto.
Entre meus lulistas de estimação, há alguns petistas raiz, outros irredutíveis, e muitos que se desiludiram com o partido, mas veem em Lula a única esperança de luz nas trevas. Porque o PT se desgastou muito mais do que Lula, que viveu a degradação judicial pública, o martírio da prisão e o crédito de vitima da injustiça. Mas o partido ficou antigo, não produziu novas ideias, não formou novas lideranças, à exceção de Fernando Haddad, seu melhor quadro, um possível grande presidente moderno, preparado e equilibrado.
Sim, o PT faz o que Lula quiser. O problema é quando Lula faz o que o PT quer. Nova matriz econômica. Descontrole fiscal. Controle da mídia. Aparelhamento com sindicalistas. Campeões nacionais do BNDES. Assalto à Petrobras. Leniência com a corrupção “pela causa”. E outros erros, nunca reconhecidos, e, portanto, repetíveis. Se Lula fosse respaldado por uma frente democrática multipartidária seria outra conversa, mas haverá tempo para isto? Ou haverá isto? Sonhar não custa nada.
Bolsonaro é abominável, mas o bolsonarismo é muito pior, assim como o lulismo é muito pior do que Lula, se é que me entendem. São fanáticos que obedecem cegamente os comandos de seu líder, mestre e pastor, que aumentam e mentem suas qualidades e conquistas e desqualificam qualquer crítica, que têm seu habitat natural no Brasil, andam em bandos, se alimentam de falsas narrativas e quando provocados podem se tornar violentos. Todos se acham na luta do bem contra o mal. Ou do mal contra o mal?
O Globo
Em nome da eleição, rasgam-se contratos - Editorial
Arthur Lira |
Para conter o prejuízo eleitoral, Câmara prepara medida que susta reajustes de energia elétrica e põe em xeque cumprimento de contratos, situação que tende a desestimular investimentos
A proximidade das eleições rasgou a fantasia da defesa da responsabilidade fiscal que alguns políticos ainda vestiam. Depois que o ministro da Economia, Paulo Guedes, assentiu com a destruição do teto de gastos, âncora que atrelava o crescimento das despesas à inflação, perdeu-se todo o pudor que ainda era relativamente preservado. Agora, com um ímpeto que não se via havia anos e parecia superado na história brasileira, a Câmara quer impedir a aplicação de reajustes nas tarifas de energia neste ano.
A ideia surgiu por meio de um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) apresentado pelo deputado Domingos Neto (PSD-CE). Incomodado com o aumento médio de 24,88% nas tarifas da Enel Distribuição Ceará, o parlamentar achou por bem simplesmente sustar os efeitos da decisão que havia sido referendada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A proposta conta com apoio explícito do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para quem o texto teria o poder de “anular atos em geral” – ou seja, permitiria cancelar reajustes de distribuidoras em todo o País.
O aumento das tarifas de energia não configura insensibilidade da agência reguladora ou das distribuidoras, mas apenas a realidade de custos crescentes inerente ao setor elétrico, entre eles geração, transmissão e distribuição. Há, no entanto, uma parcela significativa desses gastos que aumenta ano a ano com a colaboração direta dos parlamentares. Numa marcha que beira a insensatez, deputados e senadores não hesitam em apoiar propostas que repassam ainda mais gastos para a conta de luz, por meio de emendas a projeto de lei ou medidas provisórias, mas, estranhamente, mostram-se indignados quando a conta de seus próprios atos começa a chegar.
O exemplo mais recente e escandaloso foi a construção de termoelétricas onde não há reservas de gás, gasodutos ou linhas de transmissão. Há, porém, muitos outros, como o lobby das empresas de painéis fotovoltaicos, que convenceu a maioria do Congresso – e também o presidente da República – de que obrigá-los a pagar a tarifa de conexão dessas estruturas na rede, como fazem todos os outros consumidores, seria o mesmo que “taxar o sol”. Ao Estadão, o presidente da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), Paulo Pedrosa, comparou o apoio dos deputados ao projeto de decreto legislativo que susta reajustes a quem opta por “quebrar um termômetro que está apontando a febre”. Incrivelmente, 410 parlamentares votaram a favor da urgência da proposta, o que permite que ela seja pautada no plenário a qualquer tempo.
Longe de ser uma bondade, o texto é uma evidente intervenção na Aneel. Se aprovado, configurará incontestável quebra de contrato, gerará uma consequente guerra judicial e reduzirá a pó o interesse do setor privado em investir em infraestrutura no País. Ademais, a iniciativa é claramente inconstitucional, uma vez que a agência reguladora não descumpriu nenhuma lei ao aplicar os reajustes, requisito básico para dar embasamento a um PDL. Pelo contrário: o que o órgão fez foi repassar às tarifas tudo que o governo propôs e a que o Congresso deu aval, dentro de atribuições definidas por força de lei.
Lira e boa parte dos deputados sabem muito bem disso, de forma que o objetivo implícito da medida é outro. Não se trata de cancelar os reajustes, mas simplesmente arrumar um jeito de empurrá-los para 2023 e evitar danos políticos nas eleições de outubro. Nesse sentido, o setor elétrico tampouco pode reclamar, pois foram as próprias empresas que ensinaram o Congresso a pendurar os jabutis nas contas de luz por meio de emendas em benefício próprio e prejuízo de toda a sociedade. A Aneel tampouco tem moral para contestá-los, pois foi autora da ideia dos dois empréstimos bilionários que autorizaram verdadeiras pedaladas elétricas ao longo dos próximos anos. Pior: para não afrontar o Legislativo, a agência se recusou a calcular o rombo de várias dessas propostas antes que elas fossem votadas, uma de suas funções mais republicanas.
O Estado de São Paulo
Postado há 7 hours ago por Brasil Soberano e Livre
A escalada de Bolsonaro
Bolsonaro une Forças Armadas e Centrão na sua sanha contra as eleições
Por Eliane Cantanhêde* (foto)
O clima no Planalto é de “já ganhou”, com uma torcida para que o presidente Jair Bolsonaro ultrapasse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas ainda no primeiro semestre. Se no bunker de campanha de Lula há apreensão e troca de acusações, na ampla massa órfã da “terceira via” espalha-se o pânico.
Enquanto milhões de cidadãos e cidadãs não conseguem imaginar a reeleição, Bolsonaro ocupa espaços: conquistou o comando de fato das Forças Armadas, domina a Câmara, acua o Supremo, foca na eleição do Senado e lidera uma campanha de descrédito da mídia.
Assim como jogou a boiada na Amazônia e nas comunidades indígenas, ele conseguiu minar a confiança nas urnas eletrônicas, um orgulho nacional, e o respeito pelo estado democrático de direito, baseado no princípio de que “decisão judicial não se questiona, se cumpre”.
E o general Paulo Sérgio (Defesa) dizendo que as Forças Armadas estão em “permanente estado de prontidão para (...) suas missões constitucionais”? A frase (ou ameaça?) foi em meio a conversas com Judiciário e Legislativo, enquanto o Exército se alinha a Bolsonaro em 88 itens contra as urnas e o general Heber Garcia Portella cobra urgência do TSE para prever e divulgar “as consequências para o processo eleitoral, caso seja identificada alguma irregularidade”.
O general foi posto por Bolsonaro na Comissão de Transparência do TSE, surfando na boa fé e na ingenuidade de ministros do Supremo. Agora, Bolsonaro está dentro do TSE e fala, com apoio militar, em criar uma sala paralela, um computador paralelo e um sistema paralelo para vigiar a Justiça Eleitoral...
Os militares, assim, acabam na mesma tropa do deputado Daniel Silveira, que é bucha de canhão de Bolsonaro e tem costas quentes para atacar a Justiça e a democracia e tratar o STF como tratava sua corporação policial: com desprezo. O presidente gastar duas horas para homenagear um tipo assim no Planalto?
O tsunami avança e Lula fala bobagens, bate no teto e enfrenta problemas na campanha. A capa na revista Time, um golaço, virou gol contra quando ele disse que o ucraniano Zelenski tem tanta responsabilidade na guerra quanto o russo Putin. Como Bolsonaro ataca a regra de que “decisão judicial se cumpre”, Lula ignora que não se transforma vítima em réu.
Contra o tsunami, há recessão, inflação, juros, desemprego, queda da renda e altíssima rejeição de Bolsonaro entre os capazes de identificar fake news e armadilhas de internet. Mas ele tem a caneta e está cuidando do flanco econômico, com reflexos na rejeição. Logo, tudo é possível em outubro, mas o pior é o que vem depois de outubro.
O Estado de São Paulo
Postado há 7 hours ago por Brasil Soberano e Livre
Os recados sobre as eleições, inclusive do passado
Por Luiz Carlos Azedo (foto)
Pôr em dúvida a segurança do pleito abre caminho para a contestação de um resultado adverso. Não faltam aqueles que estão dispostos a não aceitar eventual derrota eleitoral de Bolsonaro, custe o que custar
O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, encaminhou ofício, ontem, ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, no qual solicita que as sugestões e os questionamentos das Forças Armadas sobre as eleições fossem divulgados publicamente. O objetivo seria dar “maior transparência e segurança ao processo eleitoral” e “estimular o debate entre a sociedade acerca do aperfeiçoamento” do sistema.
O gesto vai na linha dos questionamentos feitos pelo presidente Jair Bolsonaro e, de certa forma, corrobora as preocupações em relação ao envolvimento direto dos militares no seu projeto de permanência no poder. Pôr em dúvida a lisura do pleito abre caminho para a contestação de um resultado adverso. Não faltam aqueles que estão dispostos a não aceitar eventual derrota eleitoral de Bolsonaro, custe o que custar, ainda mais se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva for vitorioso.
No ofício, o general Paulo Sérgio coloca as Forças Armadas no mesmo patamar de responsabilidade da Justiça Eleitoral em relação ao pleito, o que não é sua atribuição constitucional: “Com a finalidade de cumprir a obrigação legal e de conferir a maior transparência possível aos atos da gestão pública e em face da impossibilidade de ver concretizada a reunião solicitada por este ministro a Vossa Excelência, venho, por meio deste expediente, propor a esse tribunal que os documentos ostensivos relacionados à CTE (Comissão de Transparência do TSE) sejam amplamente divulgados, conjuntamente, pelo Ministério da Defesa e por essa Corte Eleitoral, haja vista o amplo interesse público no tema em questão”.
A divulgação do ofício ocorreu após a sessão plenária do TSE, na qual Fachin disse que “a Justiça Eleitoral não medirá esforços para realizar eleições limpas, transparentes, com paz e segurança e diplomar os eleitos”. Os questionamentos são cinco ofícios sigilosos assinados pelo general de divisão do Exército Heber Garcia Portella, que participa da Comissão de Transparência do TSE, quatro dos quais já foram respondidos e um aguarda manifestação da Corte. Indicado pelo então ministro da Defesa, Walter Braga Netto, hoje cotado para vice na chapa de Bolsonaro, o general Portella fez mais de 80 questionamentos ao processo eleitoral, que agora servem de argumento para Bolsonaro pedir uma descabida apuração paralela dos votos pelo Exército.
Coincidentemente, ontem, a Agência Reuters revelou que o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos, William Burns, teria comentado com autoridades do governo do brasileiro que Bolsonaro deveria deixar de questionar a integridade das eleições no país, durante reunião realizada no Palácio do Planalto, em 1º de julho do ano passado. O diretor da CIA é a mais alta autoridade do governo Joe Biden a visitar o Brasil e, de fato, esteve reunido com o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o general Augusto Heleno; o então diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem; e o general Braga Netto, que era o ministro da Defesa. O embaixador dos EUA na época, Todd Chapman, também participou. Heleno confirmou a reunião, mas negou o comentário.
Plano Cohen
O recado que vem do passado é o famoso Plano Cohen, documento forjado com a intenção de instaurar a ditadura do Estado Novo, em novembro de 1937. Com a aproximação das eleições presidenciais marcadas para 1938 e a impossibilidade de estender o seu mandato, o presidente Getúlio Vargas e o general Eurico Gaspar Dutra, ministro da Guerra, passaram a planejar um golpe de Estado. Para isso, era preciso inventar uma grande ameaça ao país, no caso, uma nova tentativa de tomada do poder pelos comunistas, embora o seu principal líder, Luís Carlos Prestes, estivesse preso desde 1935.
Mesmo assim, o fantasioso plano atribuído aos comunistas foi enviado pelo general Góis Monteiro, chefe do Estado-Maior do Exército, às principais autoridades militares do país e apresentado como se fosse apreendido pelas Forças Armadas. O Plano Cohen provocou uma comoção nacional. Vargas aproveitou a falsa ameaça para pressionar o Congresso Nacional a decretar um estado de guerra, que lhe deu poderes para remover seus opositores. Em 10 de novembro de 1937, 40 dias após a divulgação do Plano Cohen, a ditadura do Estado Novo foi implantada no país.
Com a crise do Estado Novo, em 1945, o mesmo general Góis Monteiro passou a trabalhar para derrubar Vargas. Ele denunciou a fraude que ocorrera oito anos antes, afirmando que o Plano Cohen fora entregue ao Estado-Maior do Exército pelo capitão Olímpio Mourão Filho, à época, chefe do serviço secreto da Ação Integralista Brasileira. Mais tarde, em 31 de março de 1964, Mourão Filho liderou as tropas do Exército que desceram de Juiz de Fora para o Rio de Janeiro com o objetivo de destituir o presidente João Goulart. Em suas memórias, Mourão admitiu ser autor do Plano Cohen.
Correio Braziliense
Postado há 7 hours ago por Brasil Soberano e Livre
Caseiro diz ter provas de rachadinha e chantageia ex-esposa de Bolsonaro
Foto: Reprodução / Veja
O caseiro Marcelo Nogueira dos Santos afirma ter gravações de áudio e vídeo que comprovariam a prática esquema da rachadinha que envolveriam a advogada Ana Cristina Valle, ex-esposa do presidente Jair Bolsonaro, e também o senador Flávio Bolsonaro.
De acordo com informações publicadas pela revista Veja, o caseiro, que trabalhou com Ana Cristina de 2007 até o ano passado, diz ter imagens mostrariam Ana Cristina contabilizando o dinheiro arrecadado com o recolhimento de parte dos salários dos funcionários do gabinete do filho Zero Um e os áudios reuniriam conversas esclarecedoras sobre a real participação de alguns dos principais personagens envolvidos na trama.
A reportagem teve acesso a um conjunto de mensagens que o caseiro enviou à família Bolsonaro nos últimos meses. Numa delas, ele pede R$ 200 mil para não contar o que sabe às autoridades. Em outra, deixa claro que, se não for atendido, está disposto a chegar às últimas consequências, o que significaria tornar público tudo que viu, ouviu e participou nos vinte anos em que serviu ao clã. Em uma terceira, fala explicitamente que, se as negociações não evoluírem, a desavença vai terminar em morte.
Marcelo não revela sua exata localização, diz temer por sua vida e afirma que o material que guarda é um seguro de que nada de ruim vai lhe acontecer e garante que tudo será revelado no momento oportuno.
Em entrevista à Veja, Ana Cristina disse que as chantagens são inócuas, que está com medo das ameaças e desafiou o ex-funcionário a provar o que diz. O objetivo de tudo, segundo ela, é atingir seu ex-marido.
Já o advogado do presidente da República e dos filhos Flávio e Renan, afirma que “tudo isso é parte de mais um plano para envolver o presidente e a família dele num escândalo que não existe” e que “está absolutamente claro que estão usando esse moço para extorquir e ameaçar com objetivos políticos”.
Bahia Notícias
Congresso deve questionar TSE sobre vinda de observadores europeus
Foto: Divulgação / Congresso Nacional
O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou, na noite desta sexta-feira (6), que irá questionar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a possibilidade da vinda de observadores do Parlamento Europeu para acompanharem as eleições deste ano.
“Vamos consultar o TSE para saber se isso é algo que pode ser concretizado. Sendo possível, não há problema nenhum. Quanto mais transparência, melhor será”, disse.
De acordo com o que divulgou o Portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, a iniciativa é do líder da oposição no Senado Federal, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O movimento ocorre após o Ministério das Relações Exteriores ter se manifestado de forma contrária à presença do bloco de observadores europeus.
Na ocasião, o Itamaraty defendeu “não ser da tradição do Brasil ser avaliado por organização internacional da qual não faz parte”. Ainda não está fechado o formato do convite aos parlamentares europeus, caso ele ocorra.
Conforme informado pelo próprio TSE, até o momento a observação eleitoral contará com a presença de representantes da Organização dos Estados Americanos (OEA), que já enviou técnicos para os pleitos realizados em 2018 e em 2020; do Parlamento do Mercosul (Parlasul), órgão que representa os interesses das cidadãs e dos cidadãos das nações que compõem o Mercosul; e da Rede Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Bahia Notícias
'TSE foi ingênuo e Bolsonaro está se aproveitando', diz Renan sobre militares nas eleições
por Mônica Bergamo | Folhapress
Foto: Reprodução / Agência Senado
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) verbaliza preocupação de diversas lideranças políticas que até agora estava restrita a conversas de bastidores: a de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode ter se equivocado ao convidar as Forças Armadas para integrarem uma comissão de transparência das eleições.
A iniciativa foi do então presidente do TSE, Luís Roberto Barroso. "O presidente Jair Bolsonaro e setores militares do Ministério da Defesa acabaram assaltando e aparelhando a sua participação nessa comissão", diz Renan Calheiros. "Se aproveitaram da boa vontade do ministro Barroso", segue ele.
Renan diz que os militares já fizeram mais de "setenta questionamentos", e até exigiram a publicação de todos eles.
"De boa-fé, o tribunal acabou sendo ingênuo e abriu um precedente para legitimar essas ações que vêm de fora. Bolsonaro e setores da Defesa se aproveitam disso", diz ainda o senador.
Diante do comportamento dos militares indicados pelo Ministério da Defesa para a comissão, o senador diz ser forçoso reconhecer "a veracidade" da frase de Barroso sobre a participação deles no processo.
Na semana passada, o ministro afirmou que, "gentilmente convidadas para participar do processo, [as Forças Armadas] estão sendo orientadas para atacar o processo e tentar desacreditá-lo".
O magistrado afirmou que, apesar disso, "o profissionalismo e o respeito à Constituição têm prevalecido" nas Forças.
Bahia Notícias
No Ceará Lula tem 44% das intenções de voto contra 25% de Bolsonaro, aponta pesquisa
Foto: Reprodução / Ricardo Stuckert e Carolina Antunes/PR
No Estado do Ceará 44% dos eleitores que responderam à pesquisa divulgada neste sábado (7) pelo instituto Paraná Pesquisas devem votar no ex-presidente Lula (PT) nas eleições desde ano. Em seguida figura o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), com 25,8% das intenções de votos. O levantamento ouvi 1.550 eleitores entre os dias primeiro e 6 de maio e considera uma margem de erro de 2,5% para os resultados gerais.
No estado o candidato do PDT, Ciro Gomes, aparece em terceiro lugar com 14,4% das intenções de voto. André Janones aparece com 1,8% das intenções de votos seguido do ex-governador do estado de São Paulo, João Dória (PSDB), aparece com 0,6% das intenções do eleitorado cearense.
O levantamento também indagou os entrevistados sobre como avaliam a atuação do presidente Bolsonaro. No Ceará 61% dos eleitores desaprovam a gestão contra 33,5%. Outros 5,5% não opinaram. 12,5% dos das pessoas consideraram a condução do presidente com ótima, outros 13,4% como boa. Aqueles que consideram a gestão bolsonarista regulara somaram 18,6%. No aspecto negativo, 44,7% consideram a gestão péssima. Outros 9,1 avaliam como ruim.
A pesquisa divulgada neste sábado está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o nº BR-01705/2022. A amostra representativa do Estado do Ceará atinge um nível de confiança de 95,0% para uma margem estimada de erro de 2,5% para os resultados gerais.
Bahia Notícias
Voto em trânsito é opção para quem perdeu prazo de transferir título
em 7 maio, 2022 8:25
Para quem perdeu o prazo para transferir o título de eleitor de cidade e ainda assim não quer abrir mão de votar, a Justiça Eleitoral ainda oferece como opção o voto em trânsito, que é um direito previsto no Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965).
Ainda assim, é preciso ter cuidado, pois também há um prazo para solicitar o voto em trânsito, que vai de 12 de julho a 18 de agosto. Antes de tudo, é preciso saber se há alguma pendência em relação ao seu título de eleitor. A situação atual do documento pode ser conferida no portal da Justiça Eleitoral.
Apenas quem estiver com a situação toda em ordem poderá votar em trânsito, uma vez que o cadastro do eleitorado já foi fechado, e assim não é mais possível resolver nenhuma pendência relativa ao título, como multas ou faltas não justificadas, por exemplo.
Caso esteja tudo certo, será necessário também já indicar em qual cidade o eleitor estará no dia da votação.
O Tribunal Regional Eleitora (TRE) de cada UF deverá divulgar, com antecedência, todas as seções eleitorais em que haverá voto em trânsito. Vale lembrar que a modalidade só é disponibilizada em municípios com mais de 100 mil habitantes, além das capitais.
Feita a inscrição, quem estiver na mesma unidade da federação (UF) de seu domicílio eleitoral poderá votar para os cargos de presidente, governador, senador e deputados federal e estadual. Já quem estiver, no dia da votação, fora da UF do seu domicílio eleitoral poderá votar somente para presidente.
As inscrições para votar em trânsito devem ser feitas por meio da internet, na opção Título Net, que abrirá a opção durante o período de inscrição.
É preciso, no entanto, estar seguro de se estará no dia da votação. O eleitor informar que votará em trânsito em determinada cidade e não comparecer deve justificar a ausência normalmente, mesmo que esteja em seu domicílio eleitoral original.
As Eleições 2022 estão marcadas para 2 de outubro, primeiro domingo do mês, conforme determina a Constituição. Eventual segundo turno para os cargos de presidente e governador está marcado para 30 de outubro.
No exterior
A Justiça Eleitoral alerta que não é permitido votar em trânsito em urnas instaladas fora do país. Contudo, quem possuir seu domicílio eleitoral em alguma das zonas eleitorais no exterior (ZZ), mas estiver no Brasil no dia da votação, pode pedir o voto em trânsito dentro do país.
INFONET
Três recados diretos dos EUA a Bolsonaro sobre o sistema eleitoral e a democracia…
Publicado em 7 de maio de 2022 por Tribuna da Internet
Felipe Frazão
Estadão
Os Estados Unidos, maior potência mundial e país-modelo de democracia para Jair Bolsonaro, já deram o recado ao presidente três vezes: as eleições no Brasil e o sistema de urnas eletrônicas são confiáveis e não devem ser questionadas sem provas.
A principal autoridade a vocalizar a mensagem do governo Joe Biden foi o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), William J. Burns, em 1º de julho de 2021, conforme revelou nesta quinta-feira, dia 5, a Reuters. A agência de notícias informou ter confirmado o teor do recado, ouvido por Bolsonaro e seus ministros do Palácio do Planalto, com três fontes a par dos assuntos tratados pela delegação da CIA.
SEM COMENTÁRIOS – A visita foi cercada de mistério. Tanto o governo brasileiro quanto a embaixada se recusam a dar mais explicações. Também não divulgaram a agenda previamente. Além das audiências no Palácio do Planalto, ministros do governo Bolsonaro participaram de um jantar no Lago Sul, oferecido pelo então embaixador, Todd Chapman.
Questionados por parlamentares, os generais Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria Geral da Presidência), preferiram termos genéricos, que dificultaram a compreensão do que foi tratado.
”A pauta versou sobre assuntos afetos à promoção da democracia, da segurança e da estabilidade no hemisfério”, afirmou Heleno. “Desconheço, naquela ocasião, a abordagem de assuntos contrários ao Estado Democrático de Direito”, asseverou Ramos. Ambos falaram ainda em diálogos informais, conforme ofícios remetidos por eles ao Congresso.
DISSERAM NA LIVE – Nesta quinta, durante live com o presidente, Heleno disse que “essa conversa sobre eleições jamais aconteceu”. Bolsonaro também tentou desacreditar a reportagem. “Seria extremamente deselegante chefe de agência como a CIA ir a outro país dar recado”, afirmou o presidente.
Diplomatas do Itamaraty, que não se pronunciou oficialmente, seguem a linha da desconfiança. Dizem, nos bastidores do governo, que o relato sobre a visita do chefe da CIA requenta especulações e pode não ser tão preciso. Um deles lembra que um recado desses poderia soar como interferência e que um diretor da CIA não seria tão contundente, ainda mais com o perfil de Burns, que é diplomata.
Mas a preocupação com a insistência de Bolsonaro em levantar suspeição sobre as eleições brasileiras, sem provas, não se restringem à maior agência de inteligência do mundo. E atravessaram o ano.
RECADO PESSOAL – Em agosto de 2021, Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, transmitiu pessoalmente a Bolsonaro mensagem similar à de Burns, alertando que o presidente não deveria “desacreditar o processo eleitoral” e que não havia evidências de fraudes no sistema.
Na ocasião, outro colaborador de Biden, o diretor sênior do Conselho de Segurança Nacional, Juan González, confirmou a conversa em entrevista promovida pelo governo Biden.
Na semana passada, a subsecretária de Estado para Assuntos Políticos, Victoria Nuland, tratou das eleições em visita no Itamaraty. Despachada em missão oficial do Departamento de Estado a Brasília, disse que, assim como os americanos, os brasileiros também deveriam confiar na tradição nacional de realizar eleições justas e livres, nas instituições democráticas e no sistema de urnas eletrônicas, “inclusive no nível de liderança”.
TRADUZINDO – A expressão “nível de liderança”, embora permita mais de uma interpretação, costuma ser usada no jargão diplomático para se referir aos líderes políticos, ou seja, chefes de Estado e governo, no caso, o presidente Bolsonaro. O porta-voz do departamento, Ned Price, reiterou a fala de Nuland nesta quinta.
Tampouco é a primeira vez que Washington manifesta preocupação com a estabilidade da segunda maior democracia do continente. O episódio de 6 de janeiro de 2021 ainda povoa a cabeça de autoridades do governo Joe Biden. Eles não esqueceram do endosso do governo Bolsonaro às dúvidas e protestos antidemocráticos, incentivadas pelo aliado republicano de Bolsonaro, Donald Trump, que levaram a uma tragédia com cinco mortos no Capitólio.
No ano passado, o risco de ruptura no Brasil e de atos violentos durante o Sete de Setembro, com tentativas de minar a confiança em instituições, figurou em comunicações despachadas pelas missões diplomáticas estrangeiras sediadas em Brasília. Agora, todos os olhos do governo americano – da CIA à Casa Branca, passando pelo Departamento de Estado -, se voltam ao respeito ao resultado das eleições.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Dizia o Barão de Itararé, após ser sequestrado por militares em 1934, na ditadura de Getúlio Vargas: “Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”. Essa reflexão é cada vez mais atual. Se a matriz U.S.A. diz uma coisa à filial Brazil, não custa nada analisar se a ponderação é procedente, não é mesmo? (C.N.)
Inflação de robôs eleitorais exige a criação de uma espécie de Guia de Comportamento
Publicado em 7 de maio de 2022 por Tribuna da Internet
Carlos Newton
Todo ano eleitoral é a mesma chatice. Além dos robôs tradicionais que trabalham permanente na Tribuna da Internet para defender a imagem de políticos e partidos, quando se aproximam as eleições aparecem muitos outros androides, replicantes e humanoides, instalando o caos na seção de comentários, que costuma ser o forte do Blog, bem mais interessante do que os próprios artigos e reportagens.
É um fenômeno natural, deveríamos estar acostumados, mas a presença desses robôs novatos sempre incomoda aos frequentadores da TI.
FAZER UM MANUAL – Justamente por isso, tem havido muitas reclamações dos participantes e tivemos a ideia de fazer um pequeno Manual de Comportamento, para explicar aos robôs que eles são até bem-vindos, mas é absolutamente necessário seguir estas regras, para não serem deletados do convívio:
EDUCAÇÃO – É preciso demonstrar educação ao tratar articulistas e comentaristas;
OPINIÃO – Todos têm direito a expressar suas opiniões e discordar dos outros participantes, mas sempre sem exageros e com gentileza;
LISURA – Deve-se exibir lisura e polidez nos comentários, sem palavrões nem palavras chulas;
SEM OFENSAS – Discordar não dá a ninguém o direito de ofender, ridicularizar e menosprezar a opinião alheia;
LIBERDADE – É necessário lembrar sempre que esse Blog vive sob o signo da liberdade, portanto, todos têm direito de externar opiniões e defender seus pontos de vista;
BOM HUMOR – Deve-se manter o Blog como um espaço para cima, de alto astral, onde o bom humor é a marca registrada, sabendo-se que rir é sempre o melhor remédio.
SOLIDARIEDADE – É preciso demonstrar solidariedade, entender que os demais comentaristas têm o direito de manter opiniões diferentes.
SER BEM–VINDO – Enfim, desfrutar da hospitalidade da TI sem encher a paciência dos demais, tentando “vencer” as discussões e enchendo os comentários de links e citações extensas, especialmente quando se tratar de teorias conspiratórias.
Há robôs iniciantes que massacram os comentaristas. Um deles já postou mais de 30 vezes um link com declaração de Joaquim Barbosa sobre Lula. Sinceramente, por que esse exagero? Não é uma chatice?
sexta-feira, maio 06, 2022
Casos de síndrome gripal lotam pediatria de Maternidade Santa Isabel
em 6 maio, 2022 16:10
O setor de pediatria da Maternidade Santa Isabel teve os atendimentos suspensos na tarde da última quinta-feira, 5, devido à superlotação. A medida gerou filas de pessoas em busca de atendimento para as crianças.
Segundo a maternidade, na área de internamento, todos os 22 leitos foram ocupados. No atendimento de urgência, a capacidade que é de 18 leitos, foi ultrapassada, sendo necessário incluir mais seis leitos, que também foram ocupados.
A Maternidade informou que a maioria das crianças que deram entradas no setor possuíam sintomas gripais. No entanto, ainda não sabe se foram sintomas causados pela influenza ou covid-19.
A liberação do setor ocorreu a partir 19h e, no momento, os atendimentos seguem em fluxo normal.
Por Luana Maria e Verlane Estácio
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