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segunda-feira, julho 20, 2020

Ameaça de fortalecimento do “algoz” Sérgio Moro em 2022 levou Centrão a apoiar Bolsonaro


Charge do Amarildo (agazeta.com.br)
Rafael Moraes Moura e Daniel Weterman
Estadão
O presidente Jair Bolsonaro adotou uma série de medidas contraditórias com a bandeira do combate à corrupção, construindo o que integrantes do Centrão chamam de “ambientes de garantia” para coibir investigações incômodas aos aliados. Embora não ocupe o espaço que tinha no passado, quando comandava os principais ministérios, o bloco formado por políticos de partidos alvejados pela Lava Jato vê nas ações do presidente o atrativo para se opor a seu impeachment, uma ameaça permanente em um governo que vive em crise.
Mais do que o conhecido apetite por cargos e verbas de emendas ao Orçamento, o interesse do Centrão se volta agora para a sobrevivência política. Sem um candidato de peso para chamar de seu no campo da direita ou mesmo da centro-direita, o grupo teme que um eventual afastamento de Bolsonaro fortaleça a eleição do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro ao Palácio do Planalto, em 2022. Quando era juiz da Lava Jato, Moro foi algoz de vários dirigentes do Centrão.
EM CAMPANHA – Embora Moro diga que não entrará na disputa, seus movimentos são interpretados no Planalto e no Congresso como os de um político em campanha. Diante dessa perspectiva e enquanto não encontra outra alternativa, o Centrão mantém o apoio a Bolsonaro, embora o grupo tenha dado dor de cabeça ao governo em recentes votações no plenário da Câmara, nas quais o Planalto foi derrotado.
Uma das principais medidas do presidente que o aproximaram do Centrão foi tirar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) das mãos de Moro e transferi-lo para o Banco Central, um órgão técnico. Além disso, Bolsonaro sancionou a Lei de Abuso de Autoridade – com punição para agentes públicos, incluindo juízes e procuradores – e a que prevê a criação do juiz de garantias. Políticos às voltas com tribunais fizeram de tudo para aprovar esse projeto, que divide a análise de processos criminais entre dois juízes.
TRADIÇÃO ROMPIDA – Na outra ponta, Bolsonaro rompeu uma tradição iniciada em 2003, quando ignorou a lista tríplice formada após votação no Ministério Público e escolheu Augusto Aras para comandar a Procuradoria-Geral da República (PGR).
De perfil conservador, alinhado ao governo e em guerra com a força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, Aras tem protagonizado a mais nova polêmica que reacende a discussão sobre o combate a desvios: quer centralizar em Brasília o comando das forças-tarefa que investigam corrupção.
PRISÃO EM 2ª INSTÂNCIA – Com o argumento de que as atenções do Planalto, neste segundo semestre, estão voltadas para a aprovação de reformas, como a tributária, Bolsonaro também não abraçou a proposta de uma emenda constitucional para resgatar a prisão após condenação em 2.ª instância, uma bandeira da Lava Jato, cujo debate deve ser retomado na Câmara em agosto.
Moro deixou o Ministério da Justiça e Segurança em abril, após abandonar 22 anos de magistratura e ter sucessivos embates com Bolsonaro. Ao sair da equipe acusando o presidente de interferir na PF para proteger filhos e amigos de investigações, o ex-juiz da Lava Jato também considerou que ele havia aposentado o mote anticorrupção.
“Essas ações do presidente da República representam um enfraquecimento dos órgãos de controle e a fragilização do Estado de Direito”, disse Moro ao Estadão. Em novembro de 2018, após ser eleito presidente, Bolsonaro se valeu da imagem de Moro para passar a mensagem de que o ex-juiz teria autonomia no enfrentamento de irregularidades.
RECADO – “Parabéns à Lava Jato. O recado que eu estou dando a vocês é a própria presença do Moro no Ministério da Justiça, com todos os meios, inclusive o Coaf, para combater a corrupção. É integralmente dele o ministério. Sequer influência minha existe em qualquer cargo lá. O compromisso que eu tive com ele é carta branca para o combate à corrupção”, afirmou Bolsonaro.
Desde então, no entanto, o discurso foi um e a prática, outra. Em um dos episódios mais emblemáticos, o Planalto fez acordo com o Centrão para tirar o Coaf de Moro. Na época da votação na Câmara, o deputado Arthur Lira (Progressistas-AL), líder do Centrão, defendeu a medida. “O Coaf é órgão de Estado. É absolutamente inapropriado você querer dizer que, se não funcionar debaixo do poder do ministro Moro, ele não vai funcionar. Isso não existe”, disse ele.
Com papel-chave nas investigações de lavagem de dinheiro, o Coaf ganhou projeção nacional após o Estadão revelar que o colegiado havia identificado movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de Fabrício Queiroz, ex-assessor parlamentar do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Questionado sobre por que o Centrão decidiu apoiar Bolsonaro, Lira respondeu que foi o presidente quem encontrou no grupo a melhor maneira de dialogar com o Congresso. “Os partidos que formam o Centro sempre atuaram para o equilíbrio e a governabilidade”, ele afirmou ao Estadão.
SINTONIA – O vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP), observou, por sua vez, que a política econômica do governo está em sintonia com a do partido. “Logo, não há por que não apoiar uma política que pode proporcionar reformas estruturantes e melhorar o ambiente de negócios para a geração de empregos”, resumiu. “Os poderes são independentes, mas devem ser harmônicos”.
Por ter hoje muito menos poder do que já tiveram, integrantes do Centrão dizem, com ironia, que deveriam ser chamados de “Centrinho”. Em governos passados, o Centrão ocupava ministérios com os maiores orçamentos da Esplanada, como Minas e Energia, Cidades, Saúde e Educação. Hoje o bloco tem um único – o das Comunicações, dado ao PSD de Gilberto Kassab, que tem só 16 dos 35 parlamentares alinhados a Bolsonaro.
SOB VIGILÂNCIA – Pragmáticos, dirigentes do grupo admitem que cargos nos grotões os ajudam a garantir novos mandatos, mas dizem não ter sido esse o imã que os levou a Bolsonaro. Mesmo porque seus indicados atuam sob vigilância dos militares e da ala ideológica do governo. “Nós temos uma identificação muito grande com o que o presidente defende para o Brasil”, afirma o senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI).
Procurado, Bolsonaro informou que não comentaria o assunto. O Coaf disse, por meio de sua assessoria, que atua “de forma autônoma e técnica”. A PGR observou que a escolha de Aras seguiu a Constituição. “Listas tríplices anteriores eram elaboradas a partir de um sistema de votação passível de fraude, porque não auditável, conforme auditoria realizada pela CGU (Controladoria-Geral da União) e pela Sppea (Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise)”, informou a Procuradoria. A Polícia Federal não se manifestou.
MJ NÃO RESPONDE – O Estadão procurou o Ministério da Justiça na última sexta-feira para que se posicione sobre as críticas de que o governo abandonou a bandeira de combate à corrupção, mas a assessoria da pasta informou que o ministro André Mendonça não iria se manifestar sobre o assunto.
Mendonça substituiu Moro na Justiça e é um dos nomes cotados para ser indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) durante o mandato do presidente Jair Bolsonaro, que já defendeu a nomeação de um evangélico – como Mendonça – para a Corte.
A reportagem encaminhou as seguintes perguntas ao Ministério, que ficaram sem resposta: 1º) Na opinião de especialistas e atores políticos, o governo está agindo para esvaziar os órgãos de fiscalização, inteligência e controle. O senhor concorda?; 2º) Quando o governo tira o Coaf do Ministério da Justiça, muda a direção-geral da PF e sanciona a Lei de Abuso de Autoridade, não está enfraquecendo esses órgãos?; e 3º) O combate à corrupção é a bandeira número 1 do governo Bolsonaro?

Líderes da esquerda articulam criação de nova legenda para disputa com Bolsonaro em 2022


Embora negue, Dino sonha ser candidato ao Palácio do Planalto
Thiago Prado
O Globo
Uma série de conversas envolvendo líderes da esquerda brasileira está em curso, com o objetivo de colocar de pé um novo partido depois das eleições municipais de novembro. O primeiro sinal que revela as articulações é o namoro entre o PSB e o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), revelado pelo O Globo na última semana.
Na verdade, o que Dino realmente deseja é uma fusão das duas siglas, de olho na eleição presidencial de 2022. Ele quer ser candidato ao Palácio do Planalto, embora negue publicamente o sonho. Setores do PSB gostam da ideia de unir forças, e o partido parou de lançar o balão de ensaio da candidatura do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, filiado desde 2018.
FUNDÃO  – Com a fusão, seria possível tocar um fundo eleitoral de mais de R$ 145 milhões, valor superior ao que é recebido por PSDB, DEM e PP. A interlocutores, Dino chama o projeto de “MDB da esquerda”, pois acredita que poderá trazer para o novo partido vários nomes insatisfeitos com os rumos das suas próprias legendas. Um dos exemplos é o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ).
Faz tempo que Freixo e PSOL não se bicam no Rio. O ápice deu-se este ano, quando o partido queria obrigá-lo a participar de prévias na disputa pela Prefeitura do Rio, mesmo sendo ele a principal força eleitoral da esquerda carioca. Freixo também cansou há tempos do radicalismo da legenda no estado e se irrita com o fogo amigo interno por ter bom relacionamento com outras forças políticas — o deputado sempre teve diálogo aberto com figuras como o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) Jorge Picciani (ex-integrante do MDB) e o atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
ENCONTROS VIRTUAIS – É justamente esse tipo de conexão da esquerda com outros atores que Dino tem tentado fazer nos últimos meses. Conforme informou o colunista Guilherme Amado na revista Época, ele, Freixo, Maia, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e o apresentador Luciano Huck já fizeram vários encontros virtuais recentemente para debater a conjuntura política.
São personagens que jamais estarão juntos eleitoralmente em um primeiro turno, mas que, ao assinarem manifestos recentes contra o presidente Jair Bolsonaro, constroem pontes para outras etapas de uma possível disputa.
OBSTÁCULOS – Os obstáculos para a relevância dessa nova esquerda que tenta nascer estão dentro da própria esquerda: faltando mais de dois anos para a eleição presidencial, PT e PDT não arredam o pé de encabeçar uma chapa para enfrentar Bolsonaro. E, no meio da rivalidade entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador do Ceará Ciro Gomes, está Fernando Haddad, derrotado em 2018 por Bolsonaro.
Atualmente, existe o Haddad que aparece em entrevistas e o Haddad das conversas nos bastidores. O primeiro não contraria Lula em público e sua estratégia de rejeitar manifestos suprapartidários contra Bolsonaro. A propósito, no último fim de semana, o petista teve que passar horas em conversas telefônicas desmentindo mais uma vez que vai ceder à vontade do ex-presidente de colocá-lo na disputa pela Prefeitura de São Paulo no lugar de Jilmar Tatto.
Já o segundo Haddad é muito mais enfático na necessidade de a esquerda organizar um discurso mais amplo. Ele vem conversando frequentemente com Dino e Freixo sobre esses movimentos, embora não cogite deixar o PT.
PERSPECTIVAS – Dino avalia que a esquerda poderá perder em todas as capitais brasileiras em novembro, diante dos pré-candidatos escolhidos até o momento — PSB e PDT comandam, somados, cinco capitais, enquanto PT e PCdoB não estão à frente de nenhuma. Esse grande fracasso, como lamenta a interlocutores, poderá catalisar a criação de um novo partido e, talvez, ensaie uma união maior do campo.
O governador do Maranhão vem tentando mostrar isso a Lula em conversas periódicas por telefone, justamente por acreditar não ser possível vencer Bolsonaro abdicando do lulismo. Por ora, contudo, o PT não abre mão de jeito nenhum de ter candidato próprio em 2022.

Ferreira Costa é interditada por descumprir decreto contra coronavírus


Ferreira Costa é interditada por descumprir decreto contra coronavírus
Foto: Ascom / Sedur
A loja de materiais de construção Ferreira Costa, situada na Avenida Paralela, em Salvador, foi interditada neste domingo (19) por descumprir decreto municipal para conter a disseminação do novo coronavírus. O fechamento da loja foi feito pela Força-Tarefa da prefeitura. No local, havia aglomeração e descumprimento da regra de uso de apenas 50% do estacionamento. Os fatos foram constatados durante vistoria feita por fiscais da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur), com apoio de policiais militares.

Foto: Ascom / Sedur

Segundo a pasta, o estabelecimento estava autorizado a funcionar por se enquadrar como atividade essencial. Porém, não cumpriu protocolos gerais e específicos estabelecidos pela prefeitura.  “Essa foi mais uma ação rotineira de fiscalização de protocolos de funcionamento, mas o estabelecimento estava infringindo algumas regras determinadas pelo município. Estamos vivendo um momento delicado e precisamos tomar todo o cuidado necessário. A loja que não se adequar não vai poder funcionar em Salvador”, relata o titular da Sedur, Sérgio Guanabara.

Japonês da Federal é condenado a perda de cargo por facilitar contrabando


Japonês da Federal é condenado a perda de cargo por facilitar contrabando
Foto: Divulgação
O agente da Polícia Federal Newton Hinedori Ishii, conhecido como o “japonês da federal”, foi condenado a perda do cargo público e a pagar multa de R$ 200 mil por facilitação de contrabando. A condenação foi proferida pelo juiz Luis Ruivo Marques, da 1ª Vara da Justiça Federal de Foz do Iguaçu. 

Ishii foi condenado por envolvimento em uma quadrilha composta por 22 agentes da PF, quatro servidores da Receita Federal e dois policiais rodoviários federais. Eles atuariam em um esquema de facilitação de contrabando pela fronteira entre Brasil e Paraguai. Na decisão, o juiz ressalta que o réu escolheu o tipo de mercadoria que aceitaria facilitar e, “ainda, fixou o preço da propina a ser cobrada pela omissão na atribuição de combater o crime que lhe foi conferida pelo Estado”. 

O magistrado citou ainda um telefonema interceptado com autorização judicial em que o agente informa a placa de um veículo para que um policial corrupto deixe de fiscalizar ou simule a fiscalização, beneficiando a quadrilha de contrabando.
Bahia Notícias 

Onyx Lorenzoni é diagnosticado com o novo coronavírus


por Ailma Teixeira
Onyx Lorenzoni é diagnosticado com o novo coronavírus
Foto: Sérgio Lima / Poder 360
O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, é mais um integrante do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a ser diagnosticado com o novo coronavírus. A notícia foi dada pelo próprio ministro através de uma postagem no Twitter, na manhã desta segunda-feira (20).

"Quinta à noite, comecei a sentir sintomas que poderiam ser da Covid. Sexta passei por exames, entre eles o PCR, e o resultado saiu hoje", compartilhou na rede social. Junto à mensagem, ele anexou uma imagem que demonstra o resultado do exame.


Assim como Bolsonaro, o ministro diz que está se tratando com cloroquina. Além desse medicamento, Onyx afirma estar tomando também azitromicina e ivermectina. "Já sinto os efeitos positivos", comemorou mesmo que se tratem de remédios sem eficácia comprovada no combate à Covid-19. Ele conta que se sente "bem melhor" e se mantém em isolamento, trabalhando em esquema de home office.

Vacina de Oxford para Covid-19 induz resposta imune, anunciam cientistas


Vacina de Oxford para Covid-19 induz resposta imune, anunciam cientistas
Foto: Reprodução
A vacina da Universidade de Oxford para Covid-19 é segura e induziu resposta imune ao vírus, anunciaram cientistas nesta segunda-feira (20). 

A vacina que está sendo aplicada em fase de testes, inclusive em São Paulo, foi capaz de gerar anticorpos contra a doença em ensaios clínicos iniciais - fase 1. A informação foi divulgada pelo canal de televisão britânico ITV.

A reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Soraia Smaili, afirmou que a vacina deve ter seu registro liberado até junho de 2021.
Bahia Notícias

Fux pretende responsabilizar redes sociais por fakes news e discursos do ódio


Arquivos Charge - Página 17 de 99 - Diário do Poder
Charge do Sponholz (sponholz.arq.br)
Carlos Newton
Em setembro o ministro Luiz Fux assume a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), que vem de uma gestão extremamente negativa, que acredito ter sido a pior da História do Judiciário, com o atual presidente Dias Toffoli agindo em causa própria ou defendendo amigos, como José Dirceu e Lula da Silva, sem falar no retrocesso histórico de proibir prisão após segunda e terceira instância, com objetivo único de libertar o ex-presidente petista.
Naquele julgamento vergonhoso, Toffoli enganou a ministra Rosa Weber, que ia votar em prisão após terceira instância, o que deixaria Lula na cadeira, mas o presidente do STF encerrou o julgamento rapidamente, sem discutir esse detalhe fundamental, que Rosa Weber levantara ao final de seu voto e depois não teve coragem de contrapor o presidente da corte. Mas deixa isso para lá, ninguém se interessa mesmo.
FUX E MORAES – O importante é que, como presidente do Supremo, Luiz Fux vai dar força às investigações conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes. Uma delas – sobre robotização e fake news – já chegou ao terceiro andar do Palácio do Trabalho, onde está lotado Tercio Arnaud, um dos operadores do gabinete do ódio conduzido por Carlos Bolsonaro, com apoio também de assessores parlamentares de seus irmãos Eduardo e Flávio na Câmara e no Senado.
O outro inquérito, sobre financiamento das manifestações antidemocráticas também vai acabar caindo no colo do presidente da República, que é o grande incentivador desses descaminhos ideológicos.
E existe uma terceira possibilidade de abertura de processo no Supremo contra Bolsonaro – a investigação a cargo do ministro Celso de Mello, sobre acusação de que o presidente teria praticado oito crimes ao ameaçar de demissão o então ministro da Justiça, Sérgio Moro.
PEDIDO DE IMPEACHMENT – Os três inquéritos são como afluentes que inevitavelmente vão desaguar num pedido de impeachment a ser apresentado pelo próprio Supremo, após julgar e condenar o presidente da República por crime comum.
Com certeza, esse pedido terá mais fundamentação do que as 49 solicitações já apresentadas ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que até agora só arquivou uma delas.
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P.S. –
 Outro detalhe importante: na opinião de Fux, não se aplica o discurso de que barrar conteúdo falso seria censura. Diz que as plataformas das redes sociais, blogs e sites precisam manter uma triagem “prima face” das fake news nocivas, conforme a TI faz vem fazendo em relação aos comentários do gabinete do ódio, especialistas em fake news. Segundo Fux, isso não é censura. (C.N.)

Desembargador concede liminar e suspende investigação na Furna da Onça contra advogado de Flávio


Granado havia deixado de ser testemunha e era investigado
Deu no O Globo
O desembargador Paulo Espirito Santo, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, concedeu, no sábado, habeas corpus que suspende a investigação sobre o advogado Victor Granado Alves, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), no caso do vazamento de informações da Operação Furna da Onça, denunciado pelo empresário e pré-candidato à Prefeitura do Rio Paulo Marinho (PSDB).
Entre os documentos que embasaram a Furna da Onça, estava um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que revelou movimentações financeiras suspeitas de Fabrício Queiroz. O vazamento da operação teria provocado, em outrubro de 2018, a exoneração de Queiroz do gabinete de Flávio e a filha dele, que era lotada no gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados.
VAZAMENTO – Segundo Paulo Marinho, foi o próprio senador que o procurou para contar sobre o episódio do vazamento depois que o caso veio à tona em dezembro de 2018. Na ocasião, ele estava acompanhado de Victor Granado Alves, então assessor de Flávio.  O advogado também teria, segundo o empresário, se encontrado com o delegado da PF que passou as informações da operação para Flávio Bolsonaro.
Ao suspender a investigação, o desembargador citou o artigo 133 da Constituição da República, o Estatuto da OAB e o artigo 154 do Código Penal, que asseguram a inviolabilidade do sigilo profissional dos advogados. Após o advogado se recusar a prestar depoimento no Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro, a Procuradoria da República converteu a condição dele de testemunha para a de investigado.
HABEAS CORPUS – Por conta disso, a seção fluminense da OAB apresentou pedido de habeas corpus no TRF2, em favor do advogado. O mérito do pedido ainda será julgado pela Primeira Turma Especializada, que o desembargador Paulo Espirito Santo integra.
No entendimento do desembargador, Victor Granado participou do encontro na condição de advogado. “Está claro que, em razão das informações que chegaram ao conhecimento do senador, este confiou ao paciente a participação nos encontros na qualidade de advogado”, esclareceu o magistrado.
AUMENTO DE CAPITAL – O Globo revelou que, em dois anos, uma loja de chocolates do advogado Victor Granado Alves e sua mulher, a advogada Mariana Frassetto Granado, teve um aumento de capital social de quase nove vezes segundo dados solicitados pelo GLOBO à Junta Comercial do Rio. Eles são os donos da franquia da Kopenhagen, com valor de R$ 480,6 mil, que fica ao lado da sede do Ministério Público Federal do Rio, na Avenida Nilo Peçanha, no Centro.
Granado Alves foi assessor de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio entre 2017 e 2019 e é investigado pelo MP estadual no caso da “rachadinha” junto com o senador e Fabrício Queiroz. Aumentos no capital social de empresas refletem aportes dos sócios naquela pessoa jurídica.A reportagem busca contato com o desembargador. O espaço está aberto para manifestações.

Alvo de 48 pedidos de impeachment, Bolsonaro diz a apoiadores que votos deles valerão até 2022


Bolsonaro segurou caixa de cloroquina no Palácio da Alvorada
Camila Turtelli
Estadão
O presidente Jair Bolsonaro disse a apoiadores no Palácio da Alvorada neste domingo, 19, que os votos que o elegeram valerão até 2022. “A gente acredita em vocês, vocês estão aqui no coração, fazem movimentos democráticos para exatamente mostrar que o voto de vocês de 2018 vai valer até 2022”, disse. “Quer trocar? Troque nas urnas”.
Bolsonaro é alvo de 48 pedidos de impeachment protocolados na Câmara, à espera de uma decisão do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre pautar ou não algum dos requerimentos. O presidente está com covid-19 e permanece em sua residência oficial em Brasília. Ele caminhou até o espelho d’água para conversar com apoiadores que se aglomeraram do lado de fora do Palácio. Muitos deles sem máscaras.
“BOM RELACIONAMENTO” – “No momento, estou num bom relacionamento com o parlamento, mas a renovação é natural, até para o cargo de presidente”, disse. Bolsonaro disse que acredita na conclusão do processo de criação de seu partido, o Aliança Pelo Brasil, para que possa concorrer à reeleição em 2022.
“Estamos preparando pra 2022, vai sair o partido. Lógico que temos uma alternativa, se sair errado”, declarou. “No momento, estou num bom relacionamento com o parlamento, mas a renovação é natural, até para o cargo de presidente”, disse.
FAKE NEWS – Ele também voltou a criticar o projeto de lei sobre fake news, aprovado pelo Senado e atualmente na Câmara. “Pode ter certeza que não vamos perder nossa liberdade de expressão. Essa mídia livre foi o que elegeu o presidente, que com certeza vai se reeleger de novo”, disse ao comentar que acha que o PL não será aprovado pelos deputados.
Bolsonaro segurou uma caixa de hidroxicloroquina, medicamento defendido por ele no tratamento da covid-19, mas sem eficácia comprovada. Ainda aos apoiadores, disse que o Brasil está mudando.
“Temos uma excelente equipe de ministros a começar pelo da Saúde, que está dando certo, e aos poucos vamos construindo o futuro do Brasil”, afirmou, se referindo ao ministro interino, o general Eduardo Pazuello.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – É bom sempre lembrar que, em tempos de pandemia, tanto a hidroxicloroquina, quanto Bolsonaro não possuem eficiência comprovada. (Marcelo Copelli)

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