– Escutei gritos, achei que era algum paciente que estava com algum tipo de surto psiquiátrico. Foi quando uma mulher passou correndo no corredor e começou a chutar e gritar, chutando as portas dos pacientes que estavam na enfermaria – contou uma testemunha, que, por questões de segurança, prefere não se identificar.
– Eu não sei como conseguiram entrar. Nós temos seguranças no prédio... por vezes um homem chegava e falava: “Não encosta em mim!”, como se intimidasse as pessoas – relatou um profissional. – Foi desesperador. Todos gritavam para que eles não entrassem nos leitos. Estávamos numa situação em que só pensávamos que não tínhamos como escapar.
Em uma das imagens mostradas por quem testemunhou a confusão, é possível ver que uma das mulheres, que precisou ser contida por guardas, deixou até os chinelos para trás.
Em nota, a Guarda Municipal disse ter sido acionada para conter os parentes, em especial, uma filha, que havia perdido sua mãe e estava desesperada.
"Guardas municipais que atuam no Hospital Municipal Ronaldo Gazzola foram acionados pelos médicos de plantão para conter familiares, em especial uma filha, desesperados com a notícia do falecimento de parente. Os agentes conseguiram conter o grupo — e notadamente a filha, muito sentida pela morte da mãe —, e mantiveram a ordem no interior do hospital".