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quinta-feira, junho 11, 2020

TJ-SP dribla lei, exclui R$ 1 bi em gastos com funcionários e abre espaço para novas despesas


por José Marques | Folhapress
TJ-SP dribla lei, exclui R$ 1 bi em gastos com funcionários e abre espaço para novas despesas
Foto: Reprodução/Google Maps
Com dificuldades em ajustar os seus gastos aos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o Tribunal de Justiça de São Paulo registrou pagamentos feitos a funcionários públicos como se não fossem despesas com pessoal.

Essa prática contábil permitiu que o tribunal não tivesse despesas barradas pela lei e pudesse nomear juízes e servidores aprovados em concurso público --embora a posse desses magistrados tenha sido suspensa devido à Covid-19. Também abriu caminho para que o tribunal loteasse funcionários em cargos comissionados que atuam junto à cúpula da corte.

De acordo com relatório de fiscalização do TCE (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) finalizado em 20 de março deste ano, o TJ não contabilizou em 2019 aproximadamente R$ 1 bilhão em gastos com servidores. O documento foi obtido pela reportagem.

Essas despesas incluem reajuste de magistrados e demais funcionários (R$ 328 milhões), reembolsos de férias (R$ 449 milhões) e de licenças-prêmio (R$ 237 milhões) não gozadas.

Procurado, o Tribunal de Justiça diz que segue uma interpretação da Constituição em relação aos reajustes.

Já sobre os reembolsos de férias e licença-prêmio, o TJ diz que faz esse tipo de cálculo desde 2003 e, mesmo assim, sempre teve suas contas aprovadas pelo TCE --acontece que esse cálculo não era um dado analisado detalhadamente até agora.

Segundo a fiscalização do TCE, "não há previsão legal" que permita a exclusão dos valores de férias e licenças-prêmio "para fins da apuração da despesa com pessoal". O TJ, atualmente, inclui esses valores como "indenizações e restituições trabalhistas".

O órgão de contas cita como referência o manual de demonstrativos fiscais da Secretaria de Tesouro Nacional, que define o que compõe despesa com pessoal.

O manual "destaca as despesas que são dedutíveis e, ainda, que a despesa com indenizações por férias e licença prêmio não gozadas por servidores em exercício são espécies remuneratórias e não podem ser deduzidas".

Caso tivesse contabilizado esse R$ 1 bilhão como despesa de pessoal como prevê o TCE, o TJ ultrapassaria o limite total de gastos com funcionários e ficaria impedido de fazer qualquer medida que implicasse em aumento de despesas.

Segundo o TCE, o TJ "estaria acima do permitido na LRF [Lei de Responsabilidade Fiscal] para despesa total de pessoal" e teria não só que evitar fazer novos gastos, como também cortá-los.

Ainda assim, em março deste ano, nomeou 86 juízes aprovados em concurso público, cuja posse acabou suspensa devido à pandemia.

Com as contas em situação crítica, o TJ, por meio do ex-presidente Manoel Pereira Calças, já teve que fazer no primeiro semestre do ano passado um acordo com o TCE para reduzir os seus gastos até 2021.

Os dois órgãos haviam entrado em conflito a respeito de valores que incidiam diretamente na possibilidade de o TJ ultrapassar o limite de pessoal da Lei de Responsabilidade Fiscal.

O relatório de março deste ano do TCE integra o processo que analisará as contas do TJ de 2019, que tem como relator o conselheiro Dimas Ramalho. Ainda não há uma data para o julgamento dessas despesas.

O Tribunal de Justiça de São Paulo tem um orçamento previsto para este ano de aproximadamente R$ 12 bilhões, equivalente ao PIB de Roraima. Maior do Brasil, o TJ-SP tem aproximadamente 40 mil servidores e 2,6 mil magistrados.

O relatório do TCE ainda questiona outras práticas financeiras do TJ. Foram contabilizados R$ 292 milhões referentes à folha de pagamento de dezembro de 2019 sem que essa despesa tivesse sido incluída no orçamento do ano passado, e sim no deste ano.

Com todos esses problemas financeiros, já se supõe que, nos próximos anos, o Tribunal de Justiça de São Paulo lance mão de um fundo bilionário abastecido por dinheiro de taxas judiciais para cobrir os rombos com gastos de pessoal.

Não é permitido o dinheiro do fundo para esse uso --embora o TJ já tenha usado indevidamente a verba para esses gastos, segundo o TCE--, mas os valores podem ser incorporados ao orçamento anual por meio de aprovação da Assembleia Legislativa.

O relatório de fiscalização do TCE aponta outros problemas com a organização financeira do TJ. Um desses problemas é o uso verba de emergências para bancar lanchinhos dos 360 desembargadores, como revelado pelo jornal Folha de S.Paulo.

BENS DESAPARECIDOS

Outro ponto levantado pela fiscalização é que, segundo o TCE, o TJ-SP não soube localizar onde estão bens patrimoniais no valor de R$ 260 milhões.

Segundo um levantamento feito pelos fiscais no Fórum João Mendes, o maior de São Paulo, o tribunal indicou onde está somente uma parcela dos bens. O restante consta em uma planilha chamada "patrimônios a levantar" ao menos desde 2017.

Diante da "inexistência física desses bens", os técnicos do TCE propõem que seja aplicada uma multa no valor do patrimônio não localizado por prejuízo ao erário.

"Dada a quantidade expressiva de bens sem a definição correta de localização (possivelmente extraviados/furtados), entendemos que a origem não empregou todos os esforços para o controle e registro de bens", afirmam os fiscais.

Em março desse ano, devido à pandemia do novo coronavírus, o TJ-SP teve que lançar mão de um plano de contingenciamento, que prevê corte de custos como contratos, diárias e luz, além de ter lançado estudo para extinguir comarcas.

TJ-SP DIZ QUE SUAS CONTAS TÊM SIDO APROVADAS

Procurado, o Tribunal de Justiça de São Paulo afirma em nota que, desde 2003, "deduz das despesas com pessoal os valores referentes à revisão salarial garantida na Constituição Federal e o TCE reiteradamente julgou regulares as contas do TJ-SP".

Também justifica que o reajuste salarial não é computado no limite de gastos de pessoal, segundo o órgão, de acordo com a Constituição e com a Lei de Responsabilidade Fiscal.

O tribunal diz que a posse dos 86 juízes substitutos nomeados este ano está suspensa, mas "não há interligação com a questão orçamentária". "A posse foi suspensa em razão do Plano de Contingenciamento e do isolamento social em decorrência da pandemia que impede a realização de perícia admissional", diz o órgão.

Segundo a corte, os R$ 260 milhões em patrimônio que não foram localizados é "equívoco na análise de dados".

"O levantamento patrimonial é feito anualmente pelos gestores de cada fórum que encaminham novas planilhas com os bens que se tornaram inservíveis e perderam a possibilidade de uso e o TJ-SP faz um ajuste fino."

"O apontamento do TCE não significa que patrimônio esteja desaparecido. Mera correção que o TJ-SP fará e apresentará ao TCE, inclusive porque se trata de patrimônio antigo que necessita de atualização em relação ao valor monetário", afirma.

O TJ-SP diz que está em fase de revisão de novo normativo para aperfeiçoar o controle patrimonial de bens móveis.

O órgão ainda afirma que reconheceu as despesas de R$ 292 milhões ainda no ano passado e reprogramou o orçamento, conforme orientação da Secretaria de Fazenda e Planejamento.

"Ou seja, o montante foi computado para fins de apuração das despesas de pessoal do exercício de 2019, obedecendo ao princípio da competência. O valor foi contabilizado como saldo a regularizar e passou de 2019 a 2020", diz.

O TJ ainda afirma que esperava receber repasses do Executivo, como vinha acontecendo até 2018, para regularizar esse valor, o que não ocorreu.

*

TJ-SP, O MAIOR DO BRASIL

360

desembargadores



2.600

magistrados



41 mil

servidores



R$ 12 bilhões

orçamento previsto para 2020

Bahia Notícias

Aras diz que fake news são estimuladas por 'todos os segmentos da comunicação moderna'


por Matheus Teixeira | Folhapress
Aras diz que fake news são estimuladas por 'todos os segmentos da comunicação moderna'
Foto: Jade Coelho/Bahia Notícias
O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou, nesta quarta-feira (10), que as fake news são espalhadas por "todos os segmentos da comunicação moderna".

Ao se manifestar no julgamento que discute a legalidade do inquérito aberto pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para apurar a disseminação de notícias falsas e ameaças a integrantes da corte, Aras disse que não tem mais a mesma confiança nos jornais tradicionais.

Segundo ele, "fenômeno maligno" das fake news "não se resume a blogueiros e redes sociais".

"Reconhecemos todas as dificuldades, sabemos que este fenômeno maligno das fake news não se resume a blogueiros nas redes sociais, ele é estimulado por todos os segmentos da comunicação moderna sem teias, sem aquele respeito que a nossa geração --eu digo a minha geração-- aprendeu a ler o jornal acreditando que aquilo era verdade", disse.

Segundo Aras, hoje em dia é necessário "ter mais cuidado na leitura das notícias para fazermos um filtro para encontrar o mínimo de plausibilidade em relação a essa campanha de fake news, que não guarda limites de nenhuma natureza".

Segundo ele, as notícias falsas estimulam "comoções sociais" e sustentam pensamentos extremistas que levam a sociedade, "já desesperada em meio a uma calamidade pública, a sentimentos de revolta, incitação e submetido a reações muito delicadas para nossa democracia".

Na manifestação, Aras defendeu a continuidade do inquérito, que é alvo de críticas por ter sido instaurado, em março de 2019, pelo presidente do STF, Dias Toffoli, de ofício, ou seja, sem provocação da PGR.

Também é contestado o fato de Toffoli ter indicado o ministro Alexandre de Moraes sem a realização de sorteio entre todos os integrantes da corte, como ocorre normalmente.

O PGR afirmou que o inquérito deve ter prosseguimento, mas com novas balizas. Ele solicitou "constante participação da Procuradoria". E pediu que, a partir de agora, passe a ter o poder de avalizar ou não medidas como buscas e apreensões e quebras de sigilos.

Aras também solicitou que a apuração tenha objeto delimitado com mais precisão.

Para o PGR, é necessário dar interpretação conforme à Constituição ao artigo 43 do regimento interno do STF, que tem força de lei e foi usado por Toffoli para assinar a portaria que instaurou o inquérito.

O dispositivo prevê que, caso ocorra "infração à lei penal na sede ou dependência do tribunal", o presidente pode instaurar inquérito e designar um relator para o caso.

O entendimento de Toffoli é de que ataques às contas de emails dos ministros e ameaças em meios digitais validam a decisão, uma vez que membro do STF é ministro em "qualquer hora e em qualquer lugar".

Aras, porém, afirma que é necessário interpretar o artigo de acordo com a Constituição e, consequentemente, impor as balizas propostas, como participação da PGR e poder de avalizar medidas cautelares que exigem autorização judicial.

Aras também afirmou que tem atuado na defesa das instituições e citou como exemplo o pedido de abertura de inquérito apresentado em 20 de abril após manifestações em frente ao quartel general do Exército pedirem fechamento do Congresso e do STF.

Apesar de o presidente Jair Bolsonaro ter feito duras críticas ao inquérito após seus apoiadores serem alvo de operação policial, a Advocacia-Geral da União (AGU) também defendeu a continuidade do inquérito e propôs balizas para ter continuidade.

O advogado-geral, José Levi, afirmou ser indevido criminalizar a liberdade de expressão ou a liberdade de imprensa, "inclusive e em especial na Internet".

Na dúvida entre a liberdade de expressão e uma possível fake news, disse, é necessário assegurar a liberdade de expressão.

Levi disse, ainda, que não há um tipo penal geral para fake news, mas, sim, os tradicionais crimes contra a honra.

Ele destacou, ainda, que a Polícia Federal deve "exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária" e que nenhuma polícia estadual pode participar das investigações.
Bahia Notícias

Ragnarok: Veja possível distribuição financeira da fraude dos respiradores no Nordeste


por Mauricio Leiro / Lucas Arraz / Cláudia Cardozo / Breno Cunha / Jade Coelho
Ragnarok: Veja possível distribuição financeira da fraude dos respiradores no Nordeste
Foto: Ilustrativa/Reprodução/iStock
Dos R$ 48,7 milhões pagos pelo Consócio Nordeste a empresa Hempcare para a aquisição de 300 respiradores mecânicos, cerca de R$ 12 milhões foram distribuídos entre os sócios da empresa, Cristiana Prestes Taddeo e Luiz Henrique, e a dois "facilitadores" como "comissão" pela intermediação do processo de contrato com o grupo formado pelos nove estados do Nordeste. O caso é alvo de inquérito que investiga fraude.

O valor em questão daria para comprar cerca de 120 equipamentos de respiração mecânica com tecnologia brasileira produzidos pela empresa Biogeoenergy, também envolvida na operação.

As contas da Hempcare e das pessoas envolvidas foram bloqueadas pela Justiça. Conforme depoimento obtido pelo Bahia Notícias com exclusividade, a empresa possui duas contas em que foram bloqueados um montante de R$ 1,2 milhão. 

A CEO da Hempcare, Cristiana Prestes Taddeo, teve R$ 9 milhões bloqueados em conta fora do país. Ela reconheceu, em depoimento, que o valor é referente a contratação a empresa pelo Consórcio Nordeste.

Cristiana abriu conta no Banco BTG e providenciou também abertura de conta na filial do BTG em Nova York, no Estados Unidos, após receber o valor pelo contrato com os estados nordestinos. No depoimento ela assegura que os valores remetidos para fora do país foram declarados no Banco Central e os impostos foram pagos.

No depoimento, Cristiana Taddeo revelou que em razão da contratação com o Consórcio Nordeste recebeu a quantia de R$ 5 milhões.

O mesmo valor de R$ 5 milhões foi repassado ao sócio de Cristiana, Luiz Henrique Ramos. Ele também teve contas físicas bloqueadas com um valor aproximado de R$ 300 mil e outros R$ 600 mil na conta jurídica.

A CEO da Hempcare ainda fez uma doação para a irmã, Luciana Taddo, no valor de R$ 120 mil.

Outra parte do recurso, no valor de R$ 9 milhões, foram repassados a Fernando Galante, apontado por Cristiana no depoimento como responsável pela "ponte" para o Consórcio Nordeste. As informações indicam que este supostamente teria recebido o valor em questão a título de comissão por ter apresentado Cristiana Taddeo a Cleber Isac, outro intermediário que participou da tramitação por possuir "influência política".

Para justificar a saída do dinheiro da empresa Hempcare para Fernando Galante, Cristiana diz ter condicionado o pagamento a uma nota de prestação de consultoria.

Quanto a Cleber Isac, a quantia recebida foi de uma "comissão" no valor de R$ 3 milhões de reais por este ter facilitado o contato com o Consórcio Nordeste.

ENTENDA O CASO
A compra dos ventiladores que agora é alvo de investigação por deputados, Polícia Civil e o Ministério Público Federal foi concretizada pelo governo da Bahia, que pagou adiantado pelos produtos que nunca foram entregues (lembre aqui).

Foi a gestão do governador baiano que, inicialmente, denunciou e deflagrou a Operação Ragnarok para apurar irregularidades na empresa que recebeu pelos equipamentos, a Hempcare Pharma. 

No entanto, a investigação tomou outros rumos. Dias após a deflagração da Ragnarock pela Polícia Civil da Bahia, a dona da empresa Hempcare, Cristiana Prestes, um dos alvos da operação, citou o ex-chefe da Casa Civil do estado, Bruno Dauster, como o principal responsável pelas negociações envolvendo os respiradores. Segundo ela, que chegou a ser presa temporariamente, Dauster foi quem a procurou e ele conduziu “99,9%” das tratativas. O chefe da Casa Civil da Bahia foi exonerado após a declaração (saiba mais aqui).

Após ter seu nome associado à compra mal sucedida de respiradores, o ex-secretário afirmou que sempre agiu “com absoluta transparência e rigor ético” e que deixou a pasta para evitar a politização do tema (lembre aqui). 

Bahia Notícias

Grande problema do Brasil agora é a falta de governo, de estatísticas, de pudor

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Selfies, gritos e 'chega pra lá': fãs vão atrás de Bolsonaro no ...
Bolsonaro diz que o problemas são as manifestações pró-democracia
Eliane CantanhêdeEstadão
À deriva, o governo faz água por todo lado. O presidente Jair Bolsonaro continua fora de órbita, em outro planeta, Moro caiu, Mandetta foi demitido, Nelson Teich desistiu, Paulo Guedes sumiu, o Ministério da Saúde acabou e o da Economia submergiu, enquanto outras pastas pintam e bordam, sem rumo, sob aplausos do presidente. Ou o rumo é romper com a China, estorricar a Amazônia, prender ministros do Supremo e governadores? Uma situação melancólica, ou desesperadora.
Nem a exposição da reunião de 22 de abril, uma síntese do governo, que gerou ou alimentou investigações no Supremo, conteve Bolsonaro.
MENOS DE MIL MORTES… – Conforme o Estadão, foi ele quem deu, pessoalmente, a ordem para o Ministério da Saúde divulgar “menos de mil mortes por dia” e “acabar com matéria do Jornal Nacional”. Pois entrou plantão extraordinário na novela, o Congresso está criando uma central própria e Estadão, G1, O Globo, UOL, Folha e Extra fecharam parceria para prestar as informações que o governo sonega ou manipula.
O dr. Jair, epidemiologista, assumiu desde o início uma cruzada particular contra o isolamento social adotado no mundo todo. O dr. Jair, cientista, determinou o uso indiscriminado da cloroquina sem qualquer aval internacional ou nacional. Agora, o deus Jair decide quantos são os mortos do coronavírus. Danem-se os fatos e as mortes. O que importa é a versão do dr. Jair, o Messias Bolsonaro.
É triste, e preocupante, o desmanche do Ministério da Saúde – um antro de esquerdistas, segundo Damares.
PRONTOS PARA “MISSÃO” – É igualmente triste, e preocupante, que generais e coronéis se disponham a assumir o jogo sujo, sem nunca terem visto uma curva epidemiológica, mas prontos para a “missão”: bater continência e cumprir as ordens do presidente que nenhum médico decente cumpriria. “Às favas os escrúpulos de consciência” – e a condenação da história. Por que a prioridade para a “mudança de metodologia” na contagem de vítimas a esta altura? A quem enganam?
Com os mortos passando de 37 mil, as empresas e os empregos derretendo e a previsão de queda de 8% do PIB, o presidente declara, sem o menor pudor, que “o grande problema” do momento são as manifestações de domingo pró-democracia, contra o racismo e o próprio Bolsonaro. “Estão botando as manguinhas de fora”, acusou.
Definitivamente, o grande problema do Brasil não são as novas manifestações, é a gritante falta de governo, que choca o País e o mundo.
NÃO TEM EXPLICAÇÃO – Como explicar que o presidente brasileiro não apenas guerreia com a realidade como passa a assassinar as estatísticas da pandemia? Fraudar ou dourar o número de mortos e contaminados não é próprio de democracias.
Estamos em más companhias – Venezuela, Coreia do Norte e Arábia Saudita – e até por isso, apesar das dúvidas e das críticas legítimas que cercam a realização de manifestações neste momento, a resistência das instituições, das entidades, da mídia e das ruas vai encorpando e encorajando as pessoas a gritarem “basta!”.
MOVIMENTOS DE DEFESA – Quem “botou as manguinhas de fora” primeiro? Não foram os que foram às ruas só no último domingo, mas, sim, os bolsonaristas que afrontaram as recomendações da OMS e de quase todos os países para fazer aglomerações em atos contrários ao STF e ao Congresso, usando até o QG do Exército como fundo. E o que dizer dos 30 alucinados que se dizem 300 e se plantam armados na Praça dos Três Poderes?
Os vários manifestos, os atos pró-democracia e a união nacional proposta por Fernando Henrique, Marina Silva e Ciro Gomes não são ataque, são movimentos de defesa. Exatamente para “cortar as asinhas” do “gabinete do ódio” do Planalto e dos golpistas estimulados pelo presidente da República e pelas redes sociais, com o beneplácito das Forças Armadas.

Dívida pública vai explodir no colo de Bolsonaro e Guedes, igual à bomba do RioCentro


TRIBUNA DA INTERNET | A bomba fiscal já está armada e vai explodir ...
Ilustração reproduzida do Arquivo Google
Carlos NewtonEspecial para a TI
Como dizia Gonzaguinha, não dá mais para segurar, porque a crise da pandemia acendeu o estopim e a bomba-relógio da dívida bruta brasileira logo vai explodir. Mas o governo não está nem aí e se comporta como se o país estivesse no melhor dos mundos de Voltaire. E ninguém saberia de nada, se o subsecretário de Planejamento Estratégico da Política Fiscal do Tesouro Nacional, Pedro Jucá Maciel, não tivesse feito a inconfidência de admitir que a dívida, caso o PIB caia 6,5%, como estima o Ministério da Economia, deve somar 96% do PIB ao fim de 2020 – contra 76% no fechamento de 2019, uma alta de 20 pontos percentuais do Produto Interno Bruto.
Na verdade, o tombo vai ser bem maior, porque o mercado financeiro, segundo o The New York Times, prevê que a economia brasileira vai ter recessão de 8%, e não de apenas 6,5%, e dívida vai passar de 100% do PIB.
BRASIL NA PIOR – Chega a ser vexatória a situação do Brasil, um país riquíssimo e que não consegue se desenvolver. “Tirando Angola [dívida pública em 110% do PIB] e Venezuela [230% do PIB], somos o terceiro emergente com dívida maior. Estamos muito endividados, com déficit nas contas públicas, e temos carga tributária alta”, reconheceu o subsecretário Pedro Jucá Maciel.
Diante dessa realidade, é desesperadamente necessário discutir a economia brasileira e levar em consideração as opiniões de consagrados especialistas que não concordam com a visão do ministro Paulo Guedes. Entre eles, Armínio Fraga, André Lara Resende e Henrique Meirelles, por coincidência, três ex-presidentes do Banco Central.
Mais do que nunca, fica comprovada a necessidade da Auditoria da Dívida Pública, que vem sendo defendida por Maria Lúcia Fattorelli, considerada uma das maiores especialistas do mundo, que criou o site “Auditoria Cidadã” para defender os interesses nacionais.
NÃO HÁ MOTIVO – O fato concreto é que não há qualquer motivo que possa ser apresentado para impedir a realização da Auditoria da Dívida, que inclusive é prevista na Constituição. No caso do Equador, o levantamento feito por economistas internacionais – entre eles a brasileira Maria Lúcia Fattorelli, que trabalhou também na dívida da Grécia – conseguiu reduzir o montante em 70%, e nenhum credor reclamou nada.
Se o governo Bolsonaro, no qual estão pendurados quase 3 mil oficiais das Forças Armadas, fosse realmente nacionalista, já teria autorizado a realização da auditoria, para afastar qualquer suspeita de irregularidades. Mas o ministro Guedes, ex-banqueiro e ligadíssimo ao mercado financeiro, não permite nem mesmo que se toque no assunto.
No entanto, há fortes indícios de favorecimento aos banqueiros, que depõem não somente contra o governo Bolsonaro, mas também com relações a administrações anteriores – Lula da Silva, Dilma Rousseff e Fernando Henrique Cardoso.
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P.S. – O assunto é explosivo e pouco explorado pela imprensa. Logo voltaremos ao tema, para comprovar gravíssimo favorecimento aos banqueiros, em denúncia absolutamente exclusiva. Vocês vão se surpreender(C.N.)

Acredite se quiser! TCU decide investigar uso de cartões corporativos da Presidência


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Charge do Solda (cartunistasolda.com.br)
Mateus RodriguesG1 — Brasília
O plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira (10) a realização de uma auditoria sobre os gastos computados nos cartões corporativos da Presidência da República. Serão avaliados os pagamentos sigilosos feitos desde janeiro de 2017, no governo Michel Temer, até o momento atual.
O tema foi levado a plenário pelo ministro Vital do Rêgo, relator de quatro pedidos de auditoria sobre os cartões. Segundo ele, levantamento realizado pelos auditores do TCU apontou que a despesa subiu “mais de 90%” neste ano, se comparada ao gasto de 2016.
SUBIU MAIS DE 90% – “De fato, levantamento realizado pela Secex Administração apontou que esse tipo de despesa vinha se mantendo no nível de R$ 1,9 milhão nos primeiros quadrimestres desde 2016 quando, no mesmo período de 2020, subiu para R$ 3,76 milhões, com incremento de mais de 90%”, afirma Vital do Rêgo.
O G1 questionou a Presidência da República sobre o tema e aguarda retorno.
No comunicado aprovado em plenário, Vital do Rêgo autoriza os auditores do TCU a promoverem “ajustes no plano de fiscalização vigente” para superar as limitações operacionais provocadas pela pandemia do coronavírus. Não há prazo definido para que a apuração seja concluída.
SUBINDO COMO NUNCA – Os gastos do cartão corporativo da presidência são os mais altos dos últimos oito anos. Em maio, a TV Globo mostrou que os gastos sigilosos com cartões corporativos da Presidência da República no começo de 2020 já eram os maiores dos últimos oito anos. O aumento de despesas foi revelado pelo jornal “O Estado de S.Paulo”.
Os cartões da Presidência são usados, por exemplo, para pagar despesas ligadas ao presidente e seus parentes. As despesas incluem viagens nacionais e internacionais, serviços e abastecimento de veículos oficiais que servem o presidente e gastos de rotina do Palácio da Alvorada, como aqueles com alimentação, bebida e para recepções.
MAIS QUE O DOBRO – Só de janeiro a março deste ano, os valores somaram R$ 6,2 milhões (R$ 6.214.967,31), mais que o dobro do mesmo período do ano passado. De janeiro a março de 2019, os gastos com cartão corporativo da Presidência foram de R$ 2,5 milhões (R$ 2.513.286,42).
A secretaria-Geral da Presidência informou em nota, que as despesas com a residência oficial estão menores que as médias dos anos anteriores e atribuiu os gastos às viagens nacionais e internacionais do presidente. A TV Globo pediu os dados detalhados, mas os valores nunca foram fornecidos.
Também o presidente Jair Bolsonaro foi às redes sociais para justificar os gastos. Disse que três aviões vinculados à Presidência foram enviados a Wuhan, na China, onde começaram a ser divulgados os primeiros casos do novo coronavírus, para buscar brasileiros que estavam isolados.
Bolsonaro informou que o custo, pago com cartão corporativo, foi de R$ 740 mil. O Ministério da Defesa confirmou que todos os gastos da operação que trouxe brasileiros de Wuhan foram feitos com cartão corporativo do Palácio do Planalto. Já as despesas com os repatriados no Brasil ficaram a cargo do Ministério da Defesa.
DISSE BOLSONARO – O presidente Jair Bolsonaro sempre adotou um discurso crítico ao excesso de gastos dos cartões corporativos e condenava, principalmente, a falta de transparência na prestação de contas do uso do dinheiro público.
No ano passado, ele disse que iria divulgar publicamente as informações detalhadas dos gastos pessoais dos cartões corporativos dele.
“Vamos fazer uma matéria amanhã? Vou abrir o sigilo do meu cartão. Não precisa quebrar o sigilo. Vou abrir o sigilo do meu cartão. Pra tomarem conhecimento quanto gastei de janeiro até o final de julho. Ta ok, imprensa?”, declarou Bolsonaro durante em live em rede social em agosto de 2019.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
 O sigilo dos gastos com cartão corporativo é uma vergonha, um escândalo. Essas despesas – consideradas extraordinárias – deveriam ser transparentes. Mas nenhum governo adota essa prática legal. Lembram do cartão da amante do presidente Lula da Silva? Não se sabe por quê, até hoje o Supremo não derrubou o sigilo de Rosemary Noronha, a segunda-dama oficial de Lula. (C.N.)  

MPF investiga Secom por anúncios oficiais em sites de fake news e promoção da família Bolsonaro

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Charge do Genildo (humorpolitico.com.br)
Leandro Prazeres
O Globo
O Ministério Público Federal (MPF) abriu uma investigação para apurar possíveis atos de improbidade cometidos pela Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) por conta da veiculação de anúncios em sites, canais do YouTube e aplicativos que divulgam fake news, jogos de azar, conteúdo infantil e que fazem promoção pessoal do presidente Jair Bolsonaro e de seu filho e senador Flávio Bolsonaro.
A investigação está em fase preliminar e foi aberta depois que um relatório feito a pedido da CPMI das Fake News revelou que a Secom pagou por mais de 2 milhões de anúncios em sites que divulgavam conteúdo inadequado. O documento mostrou que, entre os sites nos quais a Secom veiculou anúncios estão portais que divulgam resultados do jogo do bicho, aplicativos que divulgam pornografia e 44 sites que divulgam notícias falsas.
PROMOÇÃO PESSOAL – O documento também revelou que anúncios pagos pela Secom irrigaram sites e canais que fazem a promoção pessoal de Jair e Flávio Bolsonaro, como o sites e canal oficial de Flávio na internet e no YouTube e dois aplicativos sobre Jair Bolsonaro disponíveis na plataforma Android.
O relatório indicou também que a Secom fez gastos irregulares ao direcionar parte da sua verba de Comunicação para a campanha sobre a reforma da Previdência nesse tipo de site e em canais voltados ao público infantil. À época, a Secom disse não ter direcionado anúncios a nenhum site ou aplicativo e responsabilizou as plataformas de mídia programática utilizada por ela pela distribuição da verba do órgão.
De acordo com o MPF, a investigação vai apurar “possível improbidade administrativa decorrente da veiculação de publicidade de responsabilidade da Secom em canais vinculados a familiares do Presidente da República e em canais infanto-juvenis ou de jogos de azar”.
PRAZO – O MPF enviou ofícios à Secom solicitando relação completa dos sites, canais e aplicativos nos quais a Secom veiculou anúncios entre 1º de janeiro de 2019 e 10 de novembro de 2019, cópia dos contratos entre o órgão e a plataforma Google Adwords (usada para o disparo dos anúncios) e dando 10 dias para que o chefe da Secom, Fabio Wajngarten se manifestasse sobre o assunto.
O MPF também mandou averiguar a responsabilidade pela criação e manutenção de dez sites, canais do YouTube e aplicativos. Entre eles estão o canal e site oficial de Flávio Bolsonaro e dois aplicativos de telefone celular sobre Jair Bolsonaro.
CURIÓ – Esta é terceira investigação aberta nos últimos três meses envolvendo Secom. No mês passado, o MPF abriu um inquérito para apurar a responsabilidade por postagens feitas no perfil institucional da Secom enaltecendo o tenente-coronel Sebastião Curió, apontado como um dos militares responsáveis pelo desaparecimento e assassinato de militantes de esquerda durante a Guerrilha do Araguaia.
Mais recentemente, o MPF abriu investigação sobre o suposto direcionamento de verba da Secom para sites de conteúdo ideológico. O  Globo entrou em contato com a Secom para se pronunciar sobre o assunto, mas até o momento, o órgão não se manifestou.

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