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domingo, julho 14, 2019
Itamaraty tenta decifrar o enredo de Bolsonaro no caso da Embaixada nos EUA
Deu na Coluna do Estadão
Dentre as muitas teses a circular no Itamaraty, uma vem ganhando mais adeptos: o gesto de Jair Bolsonaro para emplacar seu filho Eduardo na embaixada de Washington é uma forma de o deputado ocupar futuramente o cargo de chanceler (caso uma eventual nomeação dessa natureza não seja vetada pela Justiça sob argumento de nepotismo).
O pai estaria apostando no filho que, neste momento ao menos, tem mais potencial. Afinal, Flávio se vê às voltas com a investigação de seu ex-assessor Fabrício Queiroz, e Carlos comprou muitas brigas.
TROCA-TROCA – A narrativa da tese é simples: manter o deputado federal no prestigiado posto por um ano e meio ou dois e, depois, fazer uma troca com Ernesto Araújo: Eduardo vira ministro e Ernesto, embaixador nos EUA.
A troca não seria, necessariamente, um “downgrade” para o atual ministro. Ele já garantiria um posto num patamar elevado. E, mesmo que o próximo presidente não seja bolsonarista, ficaria já nesse rol do mais alto nível de embaixadores do País.
Por fim, o movimento fortaleceria Eduardo Bolsonaro para liderar uma frente conservadora em candidaturas majoritárias, assim como Jean-Marie Le Pen fez com sua filha Marine na França, compara um embaixador.
Ô ABRE-ALAS… – O Palácio do Planalto já começou a abrir os caminhos para Eduardo Bolsonaro no Senado. Na quinta-feira, o ministro Augusto Heleno foi ao gabinete de Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores, que analisa as indicações.
Na mesma tarde, Trad foi recebido no Planalto pelo ministro da Secretaria de Governo, Luiz Ramos.
E o deboche rolou solto nos grupos de diplomatas. Uma das piadas dizia: pela “lógica” dos Bolsonaros, eu já posso ser embaixador no Japão. Faço sushi e ikebana…
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A explicação é excelente, mas, a ser verdadeira, seria pior do que nepotismo. Significaria o mau uso do Estado para fins políticos e eleitorais. Um comportamento verdadeiramente medieval e inaceitável. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A explicação é excelente, mas, a ser verdadeira, seria pior do que nepotismo. Significaria o mau uso do Estado para fins políticos e eleitorais. Um comportamento verdadeiramente medieval e inaceitável. (C.N.)
Com o PIB perdendo para taxa demográfica, é quase impossível economizar R$ 90 bilhões
Pedro do Coutto
A Secretaria de Política Econômica, vinculada ao ministro Paulo Guedes, divulgou na sexta-feira a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto em 2019 na escala de 0,8%. Anteriormente a previsão, em maio, era de 1,6%. O Globo publicou sábado matéria de Renata Vieira focalizando a informação do governo. Com isso, fica extremamente difícil o governo Bolsonaro alcançar economia de 90 bilhões de reais nas despesas, uma vez que Paulo Guedes anunciou que em 10 anos no mesmo ritmo seriam economizados 900 bilhões de reais.
A população brasileira cresce à velocidade de 1,7% a/a. Enquanto a taxa de mortalidade é de 0,7%. O índice demográfico, portanto, registra um aumento de 1%, o que significa que a cada ano nascem 2 milhões de pessoas.
RENDA PER CAPITA – Ou seja, o crescimento do PIB tem que superar a escala de 1% para não significar um retrocesso na renda per capita. Portanto, não se expandindo a economia, não se pode pensar numa redução de despesas da ordem projetada por Paulo Guedes. O crescimento do produto tem de superar o aumento populacional para que a renda per capita aumente.
No entanto, a renda per capita não exprime em si mesma a distribuição de renda nacional. O salário médio dos trabalhadores brasileiro está oscilando em torno de 1.500 a 1.700 reais. A mão de obra ativa reúne cerca de 100 milhões de pessoas, metade da população, considerando-se um desemprego de 13 milhões de trabalhadores e trabalhadoras, de acordo com os dados do IBGE.
RENDA MÉDIA – O percentual para assinalar um avanço social teria que elevar não apenas a renda per capita, mas também a renda média do mercado de trabalho do país. Quando se fala em redistribuição de renda não significa que se esteja citando uma divisão por dois entre o capital e o trabalho. Nada disso. Dividir não é apenas por dois, mas, por exemplo, poderia se dividir por 10, cabendo 9 para o capital e 1 para o trabalho.
Relativamente à questão de um maior equilíbrio entre os fatores produtivos da renda nacional, verifica-se que diversas pessoas na imprensa e nas emissoras de televisão destacam este aspecto como manifestação esquerdista, o que não é o caso, e principalmente com a inclusão do ex-presidente Lula na posição ideológica de esquerda. Se a esquerda é defender algum reformismo, na minha opinião Lula se inclui entre os conservadores.
PAPEL SUJO – Nada mais conservador do que a corrupção que Lula desencadeou no país a partir do mensalão e aterrissando no petrolão. Ele dividiu o governo distribuindo fontes de recursos financeiros à base de influências partidárias. Assim aconteceu na Petrobrás e no BNDES. O maior exemplo foram os financiamentos a juros negativos para a Odebrecht e outras empresas de obras, como a OAS, entre outras.
Nada é mais conservador do que a corrupção, tampouco não existe nada capaz de concentrar mais a renda do que o favorecimento do governo até para que empresas realizassem obras em Cuba e Angola.
Participar de corrupção é algo só possível para as classes de renda muito alta.
Investidores externos querem ‘esforços para reforçar economia’, que enfrenta ‘recessão’
Posted on by Tribuna da Internet
Carlos Newton
A excelente jornalista Andréia Sadi, cujo blog fica hospedado no G1 Brasília, revela que o ministro da Economia, Paulo Guedes, reuniu os secretários de sua pasta para lhes pedir que apresentem projetos de suas áreas, planejados para aquecer a economia após a aprovação da reforma da Previdência. A curto prazo, diz Andréia Sadi, o foco principal de Guedes são medidas que poderão estimular o ambiente econômico, como o incentivo a saques do PIS/Pasep e do FGTS.
Caramba, amigos! A equipe econômica está trabalhando nisso desde a campanha eleitoral, já se passou um ano e até agora a única medida palpável para incentivar a economia é facilitar saques do PIS/Pasep e do FGTS, uma imitação tosca da medida determinada por Henrique Meirelles no governo Temer? ‘O que é isso, companheiro”, diria Fernando Gabeira.
NO EXTERIOR – Enquanto isso, outro excelente jornalista, Nelson de Sá, da Folha de S.Paulo, aborda a repercussão da reforma da Previdência no exterior. revela que a agência Bloomberg destacou que ainda faltam “todas as outras coisas” e daqui para a frente “os investidores vão querer ver mais esforços para reforçar a economia”.
Um gráfico mostra a retirada estrangeira da Bovespa em 2019, sob o governo Bolsonaro. Diz a Bloomberg que os investidores estrangeiros vinham “fugindo do Brasil”, com retirada de R$ 5 bilhões da Bovespa só no primeiro semestre deste ano. “Os recordes seguidos de alta no índice de ações são guiados em sua maioria por investidores locais”, assinala a matéria.
Já o jornal inglês Financial Times avaliou na sua reportagem que “a mudança é vista como essencial para restaurar a confiança na economia do Brasil, que enfrenta perspectiva de recessão no segundo semestre” por causa “do mergulho no investimento e do encolhimento na produção industrial”.
E A DÍVIDA – Lá de longe, os especialistas enxergam nossa realidade melhor do que aqui. Mas nem a imprensa nacional nem a estrangeira tocam no ponto principal da crise brasileira, o descontrole da dívida pública. É que a participação estrangeira é pequena – o Brasil deve aos próprios brasileiros. Somente cerca de 6,33% da dívida estão com bancos do exterior e outros 5,86% com investidores estrangeiros. No total, apenas 12,19% nas mãos do pessoal lá de fora. Talvez por isso não se preocupem muito com a disparada da dívida brasileira.
O maior credor é o mercado financeiro. Somente os fundos de investimentos detêm cerca de 50% do total, e os bancos nacionais estão com 27,74% da dívida.
Como todos sabem, Bolsonaro confessa não ter a menor ideia de que como evolui a dívida. O superministro Paulo Guedes sabe, acompanha, porém se cala e nada faz. É um estranho procedimento. Mas quem se interessa?
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P.S. 1 – É fundamental fazer uma auditoria da dívida, sem dar calote nos credores, mas analisando aspectos importantes, como os juros compostos – ou juros sobre juros, como se diz hoje em dia. A continuar essa situação, é melhor trocar a dívida interna pela dívida externa, porque fica muito mais barato.
P.S. 1 – É fundamental fazer uma auditoria da dívida, sem dar calote nos credores, mas analisando aspectos importantes, como os juros compostos – ou juros sobre juros, como se diz hoje em dia. A continuar essa situação, é melhor trocar a dívida interna pela dívida externa, porque fica muito mais barato.
P.S. 2 – Os culpados pela dívida interna gigantesca são Fernando Henrique Cardoso, Lula da Silva e Dilma Rousseff, porque Michel Temer tentou contê-la, mas não conseguiu, e Jair Bolsonaro é pior ainda, porque nem sabe que a dívida existe. Acredite se quiser. (C.N.)
Projeto de Lei da Cidadania proíbe nomear embaixador que não seja diplomata
Posted on by Tribuna da Internet
Bernardo BittarCorreio Braziliense
O deputado Marcelo Calero (Cidadania-RJ) protocolou dois projetos (um projeto de lei e uma proposta de emenda à Constituição) para impedir que pessoas fora da carreira diplomática possam comandar missões em nome do Brasil no exterior. A decisão vem um dia depois que o presidente da República, Jair Bolsonaro, aventou a possibilidade de indicar o filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, como embaixador do país nos Estados Unidos.
Ao Correio, Calero, que é diplomata de carreira, diz que a Lei do Serviço Exterior possibilita que sejam nomeados chefes de missões diplomáticas pessoas que não tenham prestado concurso.
DESPRESTÍGIO – “Havia um uso, num passado bastante longínquo, de que houvesse indicações políticas para esses cargos. Mas essas indicações foram sempre muito raras porque temos uma carreira consolidada. Nunca teve o filho de um presidente. É a primeira vez, e é um desprestígio”.
O deputado lembrou os nomes de figuras políticas indicadas a cargos semelhantes no passado, como Negrão de Lima, Itamar Franco e Assis Chateaubriand, fundador do grupo Diários Associados. “Essas eram pessoas de proeminência nacional, inclusive um ex-presidente da República, não é o caso agora”.
Protocolizado nesta sexta-feira à tarde, o projeto de Calero muda a redação do parágrafo 2 do art. 84 e a PEC endossa essa renovação. “Os textos vão ao encontro de uma prática que dura mais de 10 anos, iniciada no governo Lula, de que não houvesse nomeações de fora da carreira. Isso é um prestígio para o Itamaraty e à formação que a gente recebe para tanto”, afirmou Marcelo Calero.
COERÊNCIA – Para ser aprovada e, de fato, vigorar, a PEC de Calero precisa de 308 votos no Plenário (mesmo número da reforma da Previdência, por exemplo). Questionado sobre a possibilidade de o texto afundar por causa da falta de apoio, Calero diz que “se o plenário for coerente com quem o elegeu, vai aprovar, sim”.
Sobre a possibilidade de Eduardo Bolsonaro assumir a embaixada de Washington e o filho do presidente norte-americano Donald Trump, Erik, vir para o Brasil em cargo semelhante, o deputado lamenta: “Acho uma pena que relações internacionais de países que têm tradição de aliados como tem Brasil e Estados Unidos se resuma a um intercâmbio do Rotary (programa internacional de intercâmbio de estudantes).
INDICAÇÃO – O presidente Jair Bolsonaro disse, nessa quinta-feira (11/7), que “está no radar” dele a possibilidade de indicar o filho, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) como embaixador do Brasil nos Estados Unidos. O parlamentar respondeu nesta sexta-feira (12/7), que o chanceler Ernesto Araújo “expressou apoio” à eventual indicação.
O possível embaixador disse que deve se reunir com o presidente Jair Bolsonaro até o próximo domingo (14/7) para tentar resolver as questões. “Agora só falta conversar com o presidente e afirmar se essa é realmente a vontade dele”.
A vaga em Washington está disponível desde abril, quando o chanceler Ernesto Araújo removeu o diplomata Sérgio Amaral do posto. O diplomata Nestor Foster era considerado o favorito para substituí-lo.
IDADE MÍNIMA – Eduardo Bolsonaro fez 35 anos nesta quarta, dia em que a reforma da Previdência foi aprovada no plenário da Câmara em primeiro turno. A nova idade é fator decisivo, pois preenche um dos requisitos para assumir o cargo de embaixador.
Após a indicação do presidente, essa decisão precisa ser endossada pelo Senado, que delibera sobre a questão em plenário. Eduardo Bolsonaro é presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
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