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terça-feira, julho 02, 2019

CPI no Senado pede indiciamento de ex-presidente da Vale e por homicídio culposo

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Fábio Schvartsman
Schvartsman presidia a Vale na época da tragédia de Brumadinho
Cristina Moreno de CastroO Tempo
A CPI de Brumadinho no Senado Federal, reunida nesta terça-feira (dia 2), apresenta seu relatório final. O documento pede às autoridades judiciais que sejam indiciados 12 funcionários da Vale, inclusive o presidente da mineradora à época do rompimento da barragem em Córrego do Feijão, Fábio Schvartsman, por crimes de homicídio culposo e lesão corporal culposa, além de crimes ambientais.
Além de Schvartsman, o relatório final da CPI sugere o indiciamento de quatro diretores da Vale, cinco gerentes, dois outros funcionários e dois funcionários da Tuv Sud.
LISTA DOS CULPADOS – Veja a lista completa dos nomes de indiciados pela CPI, iniciada por funcionários da Vale S/A e seus cargos à época do rompimento: Fábio Schvartsman (presidente); Gerd Peter Poppinga (dir. exec. Ferrosos); Luciano Siani (dir. exec. Finanças); Lúcio Flavo Gallon Cavalli (Dir. Plan. Desenv. Ferrosos e Carvão); Silmar Magalhães Silva (Dir. Operações Corredor Sudeste); Alexandre de Paula Campanha (Ger. Exec. Gov. Geotecnia Corporativa); Rodrigo Artur Gomes de Melo (Ger. Exec. Complexo Paraopeba); Joaquim Pedro de Toledo (Ger. Exec. Plan. Prog. Corredor Sudeste); Renzo Albieri Guimarães Carvalho (Ger. Operacional Geotecnia Corr. Sud); Marilene Christina Oliveira Lopes de Assis Araújo (Ger. Riscos Geotécnicos); César Augusto Paulino Grandchamp (Esp. Geotecnia); e Cristina Heloiza da Silva Malheiros (Geotecnia). E os funcionários da TUV SUD: engenheiros Makoto Namba e André Jum Yassuda.
Além disso, o relatório final sugere o indiciamento da empresa Vale S.A. e da empresa Tüv Süd, “por crimes culposos de destruição de flora de preservação permanente e de Mata Atlântica e de poluição que provoca mortandade de fauna e flora, com inviabilização de área para ocupação humana, combinados com responsabilidade penal da pessoa jurídica”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A CPI do Senado está fazendo o trabalho que a Polícia Federal e a Polícia Civil de Minas Gerais já deveriam ter feito. (C.N.)

Ex-presidente da Funai, coronel Franklimberg de Freitas ataca bancada ruralista


Imagem relacionada
Coronel Franklimberg denuncia que existe um boicote à Funai
Deu no Correio Braziliense(Agência Estado)
Duas semanas depois de deixar a presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai), o coronel Franklimberg de Freitas diz que foi alvo de mentiras e conluio da bancada ruralista e do secretário especial de Assuntos Fundiários do governo, Luiz Antônio Nabhan Garcia. Ao jornal O Estado de S. Paulo, disse que, em março, em um encontro com o presidente Jair Bolsonaro para tratar da pauta indígena, foi recebido “com indiferença”.
Segundo ele, a política indigenista tem sido feita apenas dentro do Palácio do Planalto e “o que menos sobra é o foco no índio. “A Funai praticamente não tem conhecimento de nada.” A seguir os principais trechos da entrevista:
Nabhan Garcia disse que o sr. foi demitido porque não teve competência para ficar no cargo. O que o sr. tem a dizer sobre isso?Olha, o Exército me designou para comandar uma tropa de paraquedistas em Moçambique, e para atuar como oficial no Estado do Kansas, nos Estados Unidos, por dois anos. Comandei uma brigada em Boa Vista (RR). Fui chefe do comando militar do Amazonas. Acho que o Exército não teria feito tudo isso comigo se eu fosse incompetente. O que vejo é que determinados deveres de casa não foram feitos por essa pessoa, para apoiar o presidente. O que está acontecendo na área indígena é fruto desse assessoramento, este sim, muito incompetente.
O sr. deixou a Funai dizendo que Nabhan “saliva ódio contra os povos indígenas”. Por quê?Usei essa expressão porque se trata de alguém que vem prestando informações erradas ao presidente Bolsonaro. É alguém que não tem conhecimento suficiente para assessorar nas questões indígenas. Tudo o que ele disse é mentira. A Funai, enquanto isso, segue isolada, com dificuldades para realizar seu trabalho, que é cuidar do índio.
Como o sr. vê a mobilização da bancada ruralista para cuidar da demarcação de terras indígenas?É preocupante. Grande parte das nossas demarcações ocorreu em processos de litígio com o segmento rural. Da última vez que eu estive na presidência da Funai, um ano e meio atrás, tínhamos 19 processos de demarcação judicializados. Hoje, há 59. Como ainda há outras 119 terras em fase de estudo, a tendência é que esse volume aumente. Por isso, vemos toda essa pressão do segmento rural. É um assunto que envolve políticos e grandes proprietários que vão direto ao presidente. Por isso, fica um vácuo nesse diálogo.
O sr. não estava na Funai para que o vácuo deixasse de existir?Sim, mas a verdade é que a política indigenista tem sido feita apenas dentro do Palácio do Planalto. A Funai praticamente não tem conhecimento de nada. Quem assessora o presidente são essas pessoas. Levam para o presidente a informação de que sou um ongueiro, golpista, bolivariano. Jamais me identificaria com essas afirmações, mas me parece que o presidente acreditou.
O sr. esteve com Bolsonaro em março. Como foi recebido?O presidente foi indiferente. Falei sobre todas as questões e necessidades, mas observei certa indiferença do presidente, provavelmente já acreditando nessas mentiras passadas a ele por representantes da bancada ruralista.
Quais representantes?Vamos ser claros. Me colocaram no alvo quando, em julho de 2017, o deputado Alceu Moreira (MDB-RS), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, entrou no nosso gabinete na Funai e desrespeitou todos os nossos servidores durante uma reunião.
O que ocorreu?Ele chegou, jogou um DVD em cima da mesa e disse que ali estava o que fazíamos de falcatruas. Tive que me posicionar, me contrapor. Então, pediram a minha cabeça. Como fiquei no cargo por mais um tempo, criou essa animosidade.
Em abril, o presidente recebeu indígenas ao lado de Nabhan. O senhor não foi convidado?Claro que não, porque aquilo foi uma cena montada. Não foi sequer a Funai que pagou a passagem daqueles índios para irem a Brasília e gravar com o presidente. Esses índios não representavam suas comunidades. Foram plantados ali para reclamarem de tudo.
O ex-ministro Santos Cruz, que te indicou para a Funai, disse que o governo é um “show de besteiras”. Como o senhor vê a gestão da área indígena?É só o que vejo na área indígena. O que menos sobra é foco no índio. Grande parte do tempo se gasta para resolver essas interferências, essas mentiras e a pressão dessa bancada. Veja o aconteceu com a medida provisória que tirava a demarcação da Funai. O governo foi derrotado, mas disseram que fui eu que não consegui garantir a aprovação. Espera aí. Quem estava trabalhando nisso o tempo todo não era eu, mas a bancada ruralista, com seus 247 membros. Quem deixou de atuar? Eu é que sou o incompetente? Meu trabalho era com o índio.
O sr. voltaria a atuar neste governo?Acredito que, em razão dessa oposição que existe da bancada ruralista, seria contraproducente qualquer tipo de ação minha nesse caminho.

Manchete de O Globo sobre desmatamento abala a imagem de Bolsonaro no exterior Posted on 2 de julho de 2019, 10:10 by Tribuna da Internet FacebookTwitterWhatsAppPrint Zona desmatada da Floresta Amazônica para o plantio de soja, em Mato Grosso, em foto de outubro de 2015 Foto: PAULO WHITAKER / Agência O Globo Se o governo fiscalizar e punir, o desmatamento logo vai parar Johanns Eller O Globo O desmatamento na Amazônia aumentou, em junho, quase 60% em relação ao mesmo mês em 2018. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a floresta perdeu, no mês passado, 762,3 km² de mata nativa, o equivalente a duas vezes a área de Belo Horizonte. No mesmo período, em junho de 2018, o desmatamento havia sido de 488,4 km². No acumulado de 2019, o Brasil viu uma redução de aproximadamente 1,5 vez o território da cidade de São Paulo: 2.273,6 km². Este é o pior registro desde 2016. CRESCIMENTO – Na comparação mês a mês com relação a 2018, os dados estavam estáveis até abril. De abril a maio, o desmatamento deu um salto, de 247,2 km² a 735,8 km² de floresta destruída. Dados irrefutáveis – Considerados válidos e comprovados pela comunidade científica nacional e internacional (por poderem ser aferidos de forma independente), os dados do Inpe já foram postos em dúvida em uma ocasião pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. O Inpe usa dois sistemas para monitorar o desmatamento. O instituto tem o Prodes, com maior resolução e anual, que oferece um cenário preciso. E o Deter, mensal, que só detecta áreas maiores e não ocultas por nuvens comuns na Amazônia, mas que é considerado uma ferramenta importante para a fiscalização. Os dados divulgados agora são do Deter. O Inpe usa em suas análises satélites internacionais qualificados, como, por exemplo, os do sistema Landsat. O ministro propôs análises por uma empresa privada, mas não informou qual nem que sistema de satélites usaria. SOLO EXPOSTO – Os números levam em conta desmatamentos com solo exposto, com vegetação remanescente e derrubadas resultantes de atividades ligadas à mineração, metodologia adotada e analisada pelo Observatório do Clima. Na série histórica da plataforma Terra Brasilis, disponibilizada pelo Inpe e iniciada em 2015, os números deste ano até agora só são superados pelos de 2016, que registrou, até junho daquele ano, 3.183 km² de áreas desmatadas, no consolidado do ano. Naquela ocasião, os índices foram os piores desde 2008. O cenário coloca em risco as metas do Brasil para o Acordo de Paris , assinado em 2015. No documento, o país se compromete a zerar o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030. SEM COMENTÁRIOS – Procurado pelo GLOBO, o Ministério do Meio Ambiente não respondeu aos questionamentos até o momento. Para Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima, o quadro mostra que o discurso oficial de “combater a indústria de multas” e contrário à destruição legal de equipamentos de desmatadores acabam por favorecer o desflorestamento. “Se você diz que vai tirar o governo das costas de quem quer produzir, estamos, na verdade, tirando o governo das costas de quem está cometendo crimes ambientais” — avalia Rittl. Sobre as críticas de Salles ao monitoramento do Inpe, o ambientalista é taxativo: “O sistema mensal do Inpe visa a alertar os órgãos ambientais para que vão a campo para acabar com o desmatamento. Ele não detecta o desmatamento em sua totalidade. Esses números mostram uma tendência muito forte, mas não permitem dizer que foi só isso que foi desmatado” — explica o secretário-executivo. DESDE TEMER – O pesquisador do Instituto Socioambiental Antonio Oviedo pontua que a “retomada do desmatamento” teve início no governo de Michel Temer, com a publicação de medidas legais, como a chamada lei da grilagem. No atual governo, segundo o pesquisador, há uma “narrativa” que, entre outras coisas, “desautoriza operações em andamento contra madeira ilegal”. “São sinais que, no campo, se refletem em aumento do desmatamento. Agora temos um setor muito interessado na pilhagem da Amazônia, na conversão da floresta em lavoura e pecuária” — afirma Oviedo. Ele explica ainda que essas taxas de desatamento devem aumentar nos próximos meses, pois começará o período seco da Amazônia, em que a atividade de exploração madeireira também se intensifica. O acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE), assinado na última sexta-feira, tem condicionantes ambientais. Porém, o Fundo Amazônia, iniciativa financiada pelos governos da Alemanha e da Noruega voltada para a proteção do bioma, está paralisado. NOVO FORMATO – O comitê organizador do fundo não foi renovado no decreto presidencial da última sexta-feira , enquanto o governo negocia um novo formato com os dois países europeus. Boa parte do financiamento do Ibama, por exemplo, deriva atualmente do fundo. O endurecimento do discurso de lideranças europeias como o presidente da França, Emmanuel Macron, não impedirá que o desmatamento ilegal avance, teme Rittl. Para ele, o bloco europeu “assinou um cheque em branco” em relação ao aumento da violência contra povos indígenas e do desmatamento. Ainda de acordo com Rittl, o próprio acordo com a União Europeia pode ficar na berlinda se o desmatamento continuar a aumentar: “Temos no acordo referências a questões de proteção do meio ambiente, como no Acordo de Paris. Tudo isso é bonito no papel. Como traduzir isso em mecanismos? O que vai assegurar que esse país cumprirá? Se o acordo entrar em pleno vigor em dois ou três anos, corremos o risco de perder muita floresta”. ### NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A matéria de O Globo foi feita por um jovem estagiário, que irá longe. Liquida a imagem de Bolsonaro no exterior e mostra que ele está no caminho errado, ao reduzir a fiscalização e pretender diminuir o valor das multas. A legislação manda que, para desmatar na Amazônia, é preciso manter a floresta em 80% da área do empreendimento. Isso é muito fácil de fiscalizar, multar e desapropriar. Basta cumprir a lei, e a fiscalização por satélite é moleza. Se aumentarmos a fiscalização e houver punição, o desmatamento cessará, porque custa caro destruir a floresta, e o transporte da madeira é facilmente detectável. Falta vontade política para preservar a mata, esta é a realidade, porque fiscalizar e punir são atividades altamente lucrativas, em função do alto valor das multas. (C.N.)


Zona desmatada da Floresta Amazônica para o plantio de soja, em Mato Grosso, em foto de outubro de 2015 Foto: PAULO WHITAKER / Agência O Globo
Se o governo fiscalizar e punir, o desmatamento logo vai parar
Johanns EllerO Globo
O desmatamento na Amazônia aumentou, em junho, quase 60% em relação ao mesmo mês em 2018. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a floresta perdeu, no mês passado, 762,3 km² de mata nativa, o equivalente a duas vezes a área de Belo Horizonte.
No mesmo período, em junho de 2018, o desmatamento havia sido de 488,4 km². No acumulado de 2019, o Brasil viu uma redução de aproximadamente 1,5 vez o território da cidade de São Paulo: 2.273,6 km². Este é o pior registro desde 2016.
CRESCIMENTO – Na comparação mês a mês com relação a 2018, os dados estavam estáveis até abril. De abril a maio, o desmatamento deu um salto, de 247,2 km² a 735,8 km² de floresta destruída.
Dados irrefutáveis – Considerados válidos e comprovados pela comunidade científica nacional e internacional (por poderem ser aferidos de forma independente), os dados do Inpe já foram postos em dúvida em uma ocasião pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
O Inpe usa dois sistemas para monitorar o desmatamento. O instituto tem o Prodes, com maior resolução e anual, que oferece um cenário preciso. E o Deter, mensal, que só detecta áreas maiores e não ocultas por nuvens comuns na Amazônia, mas que é considerado uma ferramenta importante para a fiscalização. Os dados divulgados agora são do Deter.
O Inpe usa em suas análises satélites internacionais qualificados, como, por exemplo, os do sistema Landsat. O ministro propôs análises por uma empresa privada, mas não informou qual nem que sistema de satélites usaria.
SOLO EXPOSTO – Os números levam em conta desmatamentos com solo exposto, com vegetação remanescente e derrubadas resultantes de atividades ligadas à mineração, metodologia adotada e analisada pelo Observatório do Clima.
Na série histórica da plataforma Terra Brasilis, disponibilizada pelo Inpe e iniciada em 2015, os números deste ano até agora só são superados pelos de 2016, que registrou, até junho daquele ano, 3.183 km² de áreas desmatadas, no consolidado do ano. Naquela ocasião, os índices foram os piores desde 2008.
O cenário coloca em risco as metas do Brasil para o Acordo de Paris , assinado em 2015. No documento, o país se compromete a zerar o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030.
SEM COMENTÁRIOS – Procurado pelo GLOBO, o Ministério do Meio Ambiente não respondeu aos questionamentos até o momento.
Para Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima, o quadro mostra que o discurso oficial de “combater a indústria de multas” e contrário à destruição legal de equipamentos de desmatadores acabam por favorecer o desflorestamento. “Se você diz que vai tirar o governo das costas de quem quer produzir, estamos, na verdade, tirando o governo das costas de quem está cometendo crimes ambientais” — avalia Rittl.
Sobre as críticas de Salles ao monitoramento do Inpe, o ambientalista é taxativo: “O sistema mensal do Inpe visa a alertar os órgãos ambientais para que vão a campo para acabar com o desmatamento. Ele não detecta o desmatamento em sua totalidade. Esses números mostram uma tendência muito forte, mas não permitem dizer que foi só isso que foi desmatado” — explica o secretário-executivo.
DESDE TEMER – O pesquisador do Instituto Socioambiental Antonio Oviedo pontua que a “retomada do desmatamento” teve início no governo de Michel Temer, com a publicação de medidas legais, como a chamada lei da grilagem. No atual governo, segundo o pesquisador, há uma “narrativa” que, entre outras coisas, “desautoriza operações em andamento contra madeira ilegal”.
“São sinais que, no campo, se refletem em aumento do desmatamento. Agora temos um setor muito interessado na pilhagem da Amazônia, na conversão da floresta em lavoura e pecuária” — afirma Oviedo. Ele explica ainda que essas taxas de desatamento devem aumentar nos próximos meses, pois começará o período seco da Amazônia, em que a atividade de exploração madeireira também se intensifica.
O acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE), assinado na última sexta-feira, tem condicionantes ambientais. Porém, o Fundo Amazônia, iniciativa financiada pelos governos da Alemanha e da Noruega voltada para a proteção do bioma, está paralisado.
NOVO FORMATO – O comitê organizador do fundo não foi renovado no decreto presidencial da última sexta-feira , enquanto o governo negocia um novo formato com os dois países europeus. Boa parte do financiamento do Ibama, por exemplo, deriva atualmente do fundo.
O endurecimento do discurso de lideranças europeias como o presidente da França, Emmanuel Macron, não impedirá que o desmatamento ilegal avance, teme Rittl. Para ele, o bloco europeu “assinou um cheque em branco” em relação ao aumento da violência contra povos indígenas e do desmatamento. Ainda de acordo com Rittl, o próprio acordo com a União Europeia pode ficar na berlinda se o desmatamento continuar a aumentar:
“Temos no acordo referências a questões de proteção do meio ambiente, como no Acordo de Paris. Tudo isso é bonito no papel. Como traduzir isso em mecanismos? O que vai assegurar que esse país cumprirá? Se o acordo entrar em pleno vigor em dois ou três anos, corremos o risco de perder muita floresta”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A matéria de O Globo foi feita por um jovem estagiário, que irá longe. Liquida a imagem de Bolsonaro no exterior e mostra que ele está no caminho errado, ao reduzir a fiscalização e pretender diminuir o valor das multas. A legislação manda que, para desmatar na Amazônia, é preciso manter a floresta em 80% da área do empreendimento. Isso é muito fácil de fiscalizar, multar e desapropriar. Basta cumprir a lei, e a fiscalização por satélite é moleza.
Se aumentarmos a fiscalização e houver punição, o desmatamento cessará, porque custa caro destruir a floresta, e o transporte da madeira é facilmente detectável. Falta vontade política para preservar a mata, esta é a realidade, porque fiscalizar e punir são atividades altamente lucrativas, em função do alto valor das multas(C.N.)

GARANTIA DA AUTORIDADE Juízes vêm dando liminares para desrespeitar CNJ, diz Humberto Martins

As recomendações da Corregedoria Nacional de Justiça para que os tribunais cumpram as decisões do CNJ foram publicadas para garantir a autoridade do Conselho. É o que afirma o corregedor nacional, ministro Humberto Martins. A recomendação 38, que é mais ampla e se refere ao Judiciário de maneira geral, foi suspensa por decisão do ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal.
Eu estou cumprindo o meu dever, reitera corregedor nacional de Justiça.
José Cruz/Agência Brasil
Segundo Humberto Martins, as recomendações foram expedidas porque "há inúmeros casos em que decisões do CNJ têm sido desconstituídas, até mesmo em liminar, por juízes de primeiro grau, gerando insegurança jurídica e fragilizando a possibilidade de controle efetivo do Judiciário". O ministro falou aos colegas do STJ nesta segunda-feira (1º/7), na última sessão do semestre, na Corte Especial. 
No pronunciamento, Humberto esclareceu que em nenhum momento desrespeitou a autoridade de decisões de cortes superiores. Suas recomendações, afirma, se baseiam no artigo 106 do Regimento Interno do CNJ, que, embora tenha tido sua constitucionalidade questionada no Supremo, não foi objeto de decisão. "Portanto, está em vigor", conclui Humberto Martins.
As recomendações a que ele se refere dizem que os tribunais são obrigados a cumprir as decisões do CNJ mesmo que haja decisão judicial em sentido contrário. Somente as decisões do Supremo se sobreporiam aos pronunciamentos do CNJ.
O artigo 106 do Regimento Interno diz que o Conselho pode tomar medidas para obrigar a "autoridade recalcitrante" a adotar suas decisões e atos quando impugnado perante outro juízo que não o STF".
"As inspeções do CNJ nos tribunais constataram que diversas decisões da Corregedoria não eram implementadas porque liminares autorizavam os tribunais a desobedecê-las. As decisões se baseiam no artigo 106 do Regimento Interno do CNJ, que teve sua constitucionalidade questionada no Supremo, mas ainda não foi objeto de decisão. Portanto, está em vigor", esclarece o ministro Humberto. 
Segundo o ministro, é a Constituição quem garante ao CNJ suas competências. "Que incluem a apreciação da legalidade de atos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário e de reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário."
 é correspondente da revista Consultor Jurídico em Brasília.
Revista Consultor Jurídico, 1 de julho de 2019, 11h04

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MPPE realizará audiência pública em Belém de São Francisco para debater atrasos de salários de servidores

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De acordo com o MPPE, o objetivo da audiência é discutir a situação e apresentar propostas para garantir que os atrasos dos vencimentos não voltem a ocorrer. Representantes dos aposentados e pensionistas serão ouvidos já no início da audiência.
Segundo o edital de convocação da audiência, publicado no Diário Oficial do dia 21 de junho, representantes do município e o público em geral estão convidados a participar do evento, que será presidido pelo promotor de Justiça Sérgio Roberto Feliciano.













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