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sábado, maio 18, 2019

Promotoria não acredita que Queiroz possa ser o líder da organização criminosa


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Se Queiroz não era o líder, quem chefiava a organização criminosa?
Luiz Vassallo e Fausto MacedoEstadão
Ao pedir a quebra de sigilo do senador Flávio Bolsonaro (PSL) e de outras 94 pessoas físicas e jurídicas, o Ministério Público Estadual do Rio afirmou que são ‘inverossímeis’ as justificativas do ex-assessor Fabrício Queiroz sobre as movimentações financeiras de R$ 1,2 milhão consideradas suspeitas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção da Promotoria do Rio atribui ao senador indícios de ‘fantasmas’, compra e venda sub e superfaturada de imóveis, apropriação de salários e ‘laranjas’.
De acordo com a Promotoria, ‘não parece crível a insinuação da defesa de que a liderança da organização criminosa caberia ao próprio Queiroz, um assessor subalterno, que teria agido sem conhecimento de seus superiores hierárquicos durante tantos anos’.
IDENTIFICAÇÃO – O Ministério Público diz que ainda está pendente a identificação das lideranças do núcleo político e outros possíveis integrantes dos núcleos operacional e executivo, bem como a descoberta do destino final dos recursos desviados’.
Nos autos da investigação, Queiroz afirmou, por meio de seus advogados, ter conhecido Flávio na década de 1980, e foi convidado a exercer o cargo em 2007.
Ele justifica que, em razão de o parlamentar ter tido uma ‘margem pequena de votos’ nas eleições de 2006, teve a ideia de construir uma ‘aproximação maior com a base eleitoral nos setores de segurança pública e forças armadas’, acrescentando que, apesar de o chefe de gabinete oficial da reserva da Força Aérea Brasileira e já cuidar da relação superior e institucional da base eleitoral, coube a Fabrício Queiroz ‘gerenciar as questões relacionadas à atuação dos assessores fora do gabinete do deputado, ou seja, em caráter externo, trabalhando para ‘expandir as redes de contato e de colaboradores do deputado’.
RACHADINHA? – Queiroz diz que acertou com os comissionados que, para trabalharem no gabinete de Flávio, teriam de entregar parte dos vencimentos para que ele repassasse a outras pessoas que atuariam como assistentes informais da base eleitoral do deputado estadual.
Antes ainda de se manifestar por meio de defensores, Queiroz havia dado outra versão, em entrevista ao SBT na qual afirmou ter obtido o dinheiro com revenda de carros usados. “Sou muito bom de negócio”.
Para os promotores, as afirmações não são factíveis. “As declarações de Fabrício Queiroz, com nítido objetivo de tentar assumir sozinho a responsabilidade penal e desviar o foco da investigação que também recai sobre o ex-deputado estadual que nomeou os assessores envolvidos no esquema criminoso, não foram acompanhadas por nenhum momento de prova e pecam por diversas fragilidades e contradições”.
SEM NOMES – A Promotoria ressalta que a defesa ‘nem sequer indicou os nomes desses supostos assessores ‘externos’ ou apresentou a contabilidade de tais pagamentos’.
“Ora, caso a destinação dos recursos desviados realmente tivesse a finalidade alegada pela defesa, Fabrício Queiroz não teria dificuldades de indicar os dados qualificativos e a quantia que cada pessoa teria recebido, já que se intitulou como gerente dos ‘assessores’ de fora do gabinete”.
“Não se pode sequer alegar que não houve tempo de providenciar a relação dos destinatários dos recursos, pois a defesa técnica do investigado já teve acesso aos autos há mais de três meses e mesmo assim não juntou qualquer comprovação material de suas alegações”, afirmam os promotores.
SEM DOCUMENTOS – Eles destacam que, ’além de não ter sido fornecido pela defesa técnica nenhum documento com a identificação das pessoas e a contabilização dos recursos repassados aos supostos assessores, pela argumentação defensiva tampouco haveria qualquer controle sobre as atividades externas, supostamente desenvolvidas por essas pessoas’.
“Ou seja, não há evidências de que quaisquer pessoas tenham sido remuneradas pelos valores desviados para a conta de Fabrício Queiroz, nem de que quaisquer valores lhes tenham sido repassados, nem de que quaisquer atividades tenham sido desempenhadas pelas mesmas, inexistindo qualquer elemento de corroboração a indicar que tal alegação seja algo diverso do que uma conveniente obra de ficção.”
INCOMPATÍVEL – Segundo os promotores, a versão de Queiroz também não é compatível com os relatórios de inteligência financeira do Coaf, que mostram que ele ‘acolheu como vencimentos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro o valor de R$ 81 mil, enquanto os pagamentos de títulos bancários, despesas eminentemente pessoais, superam seus vencimentos, alcançando o valor de R$ 101 mil, de onde é possível concluir que, no mínimo, Fabrício Queiroz se apropriava de parte dos valores desviados dos salários dos assessores depositados em sua conta bancária para pagar despesas pessoais que superavam sua capacidade financeira’.
“Outro ponto que fragiliza sobremaneira a tese defensiva é a existência de centenas de milhares de reais movimentados através de depósitos e saques fracionados em espécie na conta de Fabrício Queiroz ao lado de transferências bancárias identificadas envolvendo outros assessores”, afirmam os promotores.
INEXPLICÁVEL – “Ora, se o investigado entendia ser lícita a conduta de exigir parte dos salários dos assessores e transferir para terceiros, por que ao invés de transferir diretamente os recursos para as contas dos destinatários realizava vários depósitos e saques em espécie de forma fracionada, em notória tentativa de burlar os mecanismos de identificação do Coaf?”, indagam.
Os promotores ainda questionam. “E por que o advogado do investigado, mais de três meses depois de ter tido acesso aos autos da investigação, ainda não sabe informar a relação das pessoas que teriam sido beneficiadas pelas contratações informais?”
E exemplificam. “Mais uma circunstância que torna incoerente a tese defensiva é o fato de o policial militar Jorge Luís de Souza, também assessor do ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro, ter depositado a expressiva quantia de R$ 90 mil em uma única transação, em espécie, na conta bancária de sua mãe”.
MEDIDA CAUTELAR – “Portanto, todas essas circunstâncias levantam suspeitas de que os valores transferidos ou sacados em espécie pelos assessores não eram destinados para a contratação de assistentes informais como afirma a defesa de Queiroz.
Ao revés, as informações de inteligência financeira sugerem que as quantias desviadas do orçamento da Alerj eram distribuídas entre as principais lideranças do Gabinete Parlamentar, razão pela qual se justifica a presente medida cautelar para aprofundamento das investigações”, concluem.
DIZ O SENADOR – O senador Flávio Bolsonaro defende-se por meio de nota divulgada por sua assessoria dizendo que ‘não são verdadeiras as informações vazadas acerca de meu patrimônio’. Ele afirmou que continua sendo ‘vítima de seguidos e constantes vazamentos de informações contidas em processo que está em segredo de justiça’.
E o advogado Paulo Klein, defensor da família Queiroz, também rebateu as acusações. “O que dizer do MP que depois de um ano e cinco meses não tem indícios mínimos de prática criminosa? Tanto é que não existe denúncia até agora.”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Se Fabricio Queiroz não era o líder, quem seria? Oh, dúvida cruel, como poderemos continuar sem ter resposta a essa pergunta? (C.N.)

Relator diz que as contribuições das empresas atingem 90% da receita do INSS


Relator contesta Guedes e vai manter a contribuição patronal
Pedro do Coutto
Numa entrevista tanto ao Valor quanto à Folha de São Paulo, edições de ontem, o deputado Samuel Moreira, relator do projeto de reforma da Previdência Social, afirmou que não é possível desonerar as empresas de suas contribuições, pois elas representam 90% da receita do INSS. A desoneração é uma ideia do Ministro Paulo Guedes, na minha opinião tentativa mágica sem base na realidade. Pensei que a contribuição dos empregadores representasse 2/3 da renda do INSS. Agora vejo que não são 2/3 mas 90%, percentual que surpreende.
A matéria do Valor está assinada por Fábio Graner, Rafael Di Cunto e Edna Simão. A da Folha, por Thiago Rezende e Ângela Boldrini.
SUBSTITUTIVO – Samuel Moreira anunciou que seu parecer vai propor um substitutivo mantendo a contribuição patronal, para ele essencial à capitalização do sistema. A receita do INSS está projetada na escala de 600 bilhões ano. O programa do governo acentua um déficit de 190 bilhões, diferença entre a despeça e receita. O cotejo entre os números acrescento, demonstra o absurdo colocado pelo ministro da Economia no projeto de emenda constitucional. Enquanto os empregados inclusive das empresas estatais contribuem no máximo com 610 reais por mês, os empregadores desembolsam 20% sem limite das folhas mensais. Trata-se, creio eu, de uma contradição.
Samuel Moreira pretende também mudar a regra de transição tornando-a mais clara no respeito dos direitos adquiridos. Pelo texto da mensagem, disse Moreira, percebe-se que em vários casos as pensões por morte cairiam a um nível abaixo do salário mínimo. O que significa um absurdo completo.
DEMISSÕES NAS ESTATAIS – Reportagem de Geralda Doca, em O Globo de ontem, destaca que o governo pretende demitir 21 mil servidores regidos pela CLT. A meta é economizar 2,3 milhões de reais. Na minha impressão o alvo principal encontra-se no projeto de privatização, visando reduzir os passivos trabalhistas e nas dívidas que se referem ao não recolhimento do INSS e do FGTS. Assim as transferências para as novas empresas que surgirem vão livrá-las de endividamentos registrados com o passar do tempo.
Mas o falar em demissões voluntárias significa financiamento indireto por parte do Tesouro Nacional para pavimentar o caminho das empresas que surgirem.
Na verdade não são demissões voluntárias ou incentivadas. São opções colocadas para os servidores. Se não aceitarem a demissão voluntária serão demitidos sem receber o incentivo. No caso de servidores antigos, aproveitam a oferta para se aposentar requerendo ao Fundo de Pensão o pagamento da diferença entre seus vencimentos reais e o teto de 5,8 mil reais, valor máximo da aposentadoria pelo INSS.

Ninguém quer dar calote na dívida pública, mas temos o direito de discuti-la


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Charge do Nani (nanihumor;com)
Carlos Newton
Se o marqueteiro americano James Carville fosse consultado sobre o agravamento da crise no Brasil, certamente repetiria sua frase célebre: “É a economia, estúpido”. Quando a economia vai bem, tudo se acerta, a vida segue em frente. No caso atual do Brasil, a frase de Carville se adapta perfeitamente, porque a falta de recursos atinge os três níveis de governo – federal, municipal e estadual. Curiosamente, não afeta com a mesma intensidade os três Poderes. Em praticamente todo o país, Legislativo e Judiciário vivem como se estivessem num outro mundo, ou na própria “Ilha da Fantasia”, com o anãozinho Tattoo servindo drinques tropicais a parlamentares e magistrados.
Mas há exceções e nem sempre os servidores de Legislativo e Judiciário conseguem se beneficiar. No Rio de Janeiro, por exemplo, há cinco anos os funcionários da Justiça não têm aumento, embora o céu ainda seja o limite para remunerar os magistrados e garantir os penduricalhos, as gratificações e as mordomias.
LIVRE DISCUSSÃO – O fato concreto é que a crise econômico-financeira precisa ser discutida abertamente, sem subterfúgios nem estatísticas mantidas sob sigilo ou manipuladas. O ministro Paulo Guedes, porém, continua se recusando a divulgar os números da Previdência, como se fosse um czar da Economia, e com isso está colocando em risco essa importantíssima reforma.
Os números da dívida pública também são manipulados e nas contas até aparece uma rubrica denominada “Amortização”, que na verdade “non ecziste”, como diria o Padre Quevedo – é apenas uma obra de ficção. Há última vez em que houve superávit primário (economia que o governo precisa fazer para pagar os juros da dívida) e até poderia ter havido “amortização” foi em 2013, de lá para cá, os déficits foram aumentando junto com a dívida.
Em abril de 2018, o Fundo Monetário Internacional (FMI) piorou  sua estimativa e passou a projetar que o Brasil só deveria novo superávit primário  em 2022. Agora, com o agravamento da crise, só Deus sabe quando haverá superávit novamente.
SEM MORATÓRIA – O fanatismo cega as pessoas e deturpa a troca de ideias. Aqui na “Tribuna da Internet””, toda vez em que defendemos a discussão da dívida, sugerindo uma auditoria, sempre aparece um otário aqui para manipular nossa oposição e alegar que pretendemos dar calote nos credores. É uma chatice.
Ninguém está defendendo calote nem moratória. Ao propor a auditoria, o que desejamos saber é se houve alguma manipulação nos números e se foram aplicados juros compostos, que não vigoram no mercado internacional, e isso significaria que a dívida está sendo elevada artificialmente.
Será que defender uma auditoria agora é crime? Por que o ministro Paulo Guedes mantém em sigilo os números da Previdência? Aliás, por falar em crime, por que Guedes tanto foge de prestar depoimento sobre as aplicações que fez com recursos dos fundos de pensão?
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P.S.
 – O comportamento de Guedes é altamente suspeito. As aplicações foram feitas em fundos educacionais criados pelo próprio Guedes. Se deram lucro, conforme o ministro alega, então por que não depõe logo e acaba com essa polêmica? A resposta é simples: Guedes deu um tremendo prejuízo aos fundos, já denunciado à Justiça pela Previc (Superintendência de Seguros Privados) e sob investigação no Tribunal de Contas da União; Por isso ele não pode depor(C.N.)

Militares e ‘ideológicos’ acirram disputa pela comunicação do governo Bolsonaro


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Santos Cruz continua na mira da ala ligada a Olavo de Carvalho
Jussara Soares, Gustavo Maia e Jailton de CarvalhoO Globo
A disputa entre as alas ideológica e militar do governo Jair Bolsonaro tem como pano de fundo o controle do discurso e da estratégia de comunicação do Palácio do Planalto . Auxiliares do presidente ligados ao ideólogo Olavo de Carvalho afirmam que militares são um entrave para posições mais “conservadoras e de direita” do Executivo e promovem uma ofensiva para desgastar o grupo de generais. Os militares, por sua vez, prometem resistir e não ceder a qualquer radicalismo.
O último alvo dos olavistas foi o ministro Carlos Alberto dos Santos Cruz, chefe da Secretaria de Governo, pasta a qual está subordinada a Secretaria de Comunicação (Secom), chefiada por Fábio Wajngarten. O próximo adversário já foi escolhido: o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros.
Nos bastidores, integrantes do grupo comemoraram o fato de Rêgo Barros, que também é general do Exército, ter ficado de fora da viagem de Bolsonaro aos EUA. No lugar, embarcou Wajngarten, que disputa o controle do relacionamento com a imprensa com o porta-voz e é desafeto de Santos Cruz.
LINHA DO CENTRO – Os militares, em outra frente, defendem a moderação ao afirmar que têm no “centro” a sua virtude e não cederão à pressão para tomar posturas consideradas por eles radicais. Segundo fontes ligadas às Forças Armadas, uma mudança de conduta só será avaliada diante de uma determinação expressa do presidente, que até o momento não tomou partido publicamente na briga.
Internamente, no entanto, Bolsonaro estaria emitindo sinais de “irritação” com a reação em grupo dos militares às críticas de Olavo de Carvalho, que comandou os disparos contra Santos Cruz e o vice-presidente Hamilton Mourão. De acordo com auxiliares do presidente, Bolsonaro teria aumentado seu descontentamento ao ver a imagem de uma conversa por Whatsapp, supostamente escrita por Santos Cruz, na qual o ministro o chamaria de “imbecil” e sinalizaria aprovar a “solução Mourão”.
GENERAL NEGA – Ao Globo, o ministro negou ser autor das mensagens. Ainda assim, segundo um interlocutor de Bolsonaro, o presidente estaria incomodado com o auxiliar. Dois motivos, no entanto, protegem Santos Cruz. O primeiro deles é que o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, entrou em cena e está tentando achar uma saída para o impasse. Heleno é, hoje, o único militar do alto escalão que Bolsonaro escuta e em quem confia plenamente.
O outro motivo é de natureza política. Bolsonaro não quer melindrar ainda mais parte do PSL simpática a Santos Cruz, num momento de fragilidade do governo no Congresso. Bolsonaro sabe que uma eventual demissão de Santos Cruz é explosiva e poderia tornar ainda mais explícitos os entraves nas relações cada vez mais tensas que mantém com boa parte do núcleo militar do governo.
DECRETO – Nesta quarta-feira, Santos Cruz se fortaleceu. Um decreto de Bolsonaro conferiu à Secretaria de Governo, chefiada pelo militar, a atribuição de avaliar indicações para postos de segundo e terceiro escalão, reitores de instituições federais de ensino e para funções no exterior. O decreto entra em vigor em 25 de junho.
Um dia antes, na terça-feira, Bolsonaro se reuniu na com Santos Cruz e Heleno. Na conversa, segundo um auxiliar do presidente, ele pediu para os ministros “aprenderem a engolir sapo, serem mais políticos e menos militares e entenderem que o governo é de direita e que ele pretende levar adiante todas as pautas que o elegeram”. Heleno conseguiu depois que Santos Cruz integrasse a comitiva presidencial na viagem a Dallas.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – É um governo marcado pela intriga e pela fofoca, que acabam se transformando em teorias conspiratórias. Perde-se um tempo enorme com essas bobajadas e o governo fica parado, ao invés de estar procurando solução para os graves problemas nacionais. Achar que a reforma da Previdência vai tirar o país da crise é apenas uma ilusão à toa, no estilo Johnny Alf(C.N.)

‘O vulcão entrou em erupção’, disse Dirceu, antes de seguir de carro para se entregar


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Dirceu gravou mensagem antes de viajar de carro para Curitiba
Deu em O Tempo(Estadão Conteúdo)
Em mensagem à militância petista, gravada quinta-feira, 16, à noite e compartilhada em grupos petistas do WhatsApp, o ex-ministro José Dirceu diz que “o vulcão já entrou em erupção”.  A comunicação, gravada poucas horas antes de Dirceu embarcar rumo a Curitiba, onde vai se apresentar à Justiça para cumprir pena de 8 anos e 10 meses, em sua segunda condenação na Lava Jato, foi interpretada como uma referência às manifestações em defesa da educação e contra o governo Jair Bolsonaro que levaram centenas de milhares der pessoas às ruas na quarta-feira, dia 15.
“O Brasil já está mudando, o vulcão já está em erupção. Como eu disse no Tuca (teatro paulistano), um vulcão embaixo de um país de jovens e mulheres vai, como está acontecendo, entrar em erupção”, diz Dirceu.
ESPERANÇA – Com a voz rouca e tentando demonstrar otimismo, Dirceu classifica a prisão como mais uma “trincheira de luta” e diz ter esperança quanto a uma decisão favorável nos tribunais superiores.
“Estamos aqui nos preparando para mais essa trincheira de luta. Vamos ver assim. Tem uma série de recursos jurídicos a curto prazo, uma série de decisões a serem tomadas no Supremo, no STJ. Vamos ver se conseguimos Justiça no curto prazo. Eu me preparei para isso. Vamos retomar o segundo volume (das memórias), vou ler mais, manter a saúde, manter o contato. Fiquem aí na trincheira de vocês que é nossa”, diz o ex-ministro.
ATRASADO – Dirceu teria até as 16h desta sexta para se entregar na sede da Polícia Federal em Curitiba, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso. Ele optou por ir de carro de Brasília, onde mora, até a capital do Paraná.
No caminho, um acidente na rodovia atrasou muito a chegada de Dirceu a Curitiba, mas o juiz foi comunicado.

Guanambi: Ex-governador é condenado por forjar licitação quando era prefeito


Guanambi: Ex-governador é condenado por forjar licitação quando era prefeito
Foto: Reprodução / Candiba News
O ex-governador da Bahia e ex-prefeito de Guanambi, no Sertão Produtivo, sudoeste, Nilo Coelho, foi condenado pela Justiça Federal por improbidade administrativa em um caso de fraude na locação de caminhões. O contrato – feito em 2009 quando Coelho era prefeito de Guanambi – previa um valor de mais de R$ 4 milhões. Além dele, foram também condenados os membros da comissão de licitação à época Elisângela Alves Teixeira, David Xavier Souza Júnior e Alencastre Honório Moura.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), autor da denúncia, os réus faziam “licitação de fachada, para forjar competição entre falsos participantes para locação de vinte caminhões tipo basculante, com potência superior a 132 HP e capacidade de carga de 12m³”. O MPF apontou outras irregularidades na licitação, como restrições que impediam participação de outros interessados e edital que sem pesquisa prévia de preços. Até uma falsa sessão de julgamento em que só participaram membros comissão de licitação ocorreu.

O MPF também apontou que a licitação foi homologada e o contrato foi assinado em tempo recorde: no mesmo dia da análise das propostas, sem qualquer análise pela assessoria jurídica da prefeitura e pelo valor máximo estimado para o aluguel dos veículos. Para o MPF, o ex-prefeito e os servidores acionados “trataram a coisa pública como se sua fosse, realizando contratação direta ao seu bel prazer”.

Nilo Coelho e os três servidores também ficarão com os direitos políticos por cinco anos, além de ter de arcar com multa de três vezes o valor da última remuneração recebida na gestão de Nilo Coelho à frente de Guanambi. 

Em resposta, o ex-governador afirmou que a juíza identificou "irregularidades formais no procedimento, sem qualquer prejuízo ou dano ao erário". Coelho também negou que houve condenação por fraude ou irregularidade grave. "Nem o ex-prefeito nem os servidores foram condenados a devolver qualquer valor à União, a juíza ainda reconhece que a contratação foi em valor abaixo do preço de mercado, o que ocasionou economia para o Município". Atualizado às 14h13.
Bahia Notícias

Concurso público de juiz do TJ-BA é suspenso por determinação do CNJ


por Cláudia Cardozo
Concurso público de juiz do TJ-BA é suspenso por determinação do CNJ
Foto: Cláudia Cardozo/ Bahia Notícias
O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) suspendeu o concurso público para juiz substituto para provimento de 50 vagas e formação de cadastro reserva. A informação foi publicada nesta sexta-feira (17), no Diário da Justiça Eletrônico. A suspensão foi motivada por uma determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), através de um procedimento de controle administrativo. O procedimento foi feito por um candidato ao cargo de juiz. Ele alegou que houve erro de correção pela Banca Examinadora nas provas discursivas e de sentença cível e criminal.

As provas discursivas foram realizadas nos dias 29,30 e 31 de março. O candidato afirma que a Banca adotou “fórmula inovadora, incompreensível e incompatível com os concursos para ingresso na Magistratura”, que permitiria descontos ilimitados da pontuação do conteúdo jurídico das questões em decorrência de erros gramaticais. Questionou também o tempo disponível para a realização das provas, bem como a “incompatibilidade das cadeiras/mesas disponibilizadas”. Ainda afirmou que  “os erros de português não foram demonstrados de forma clara aos candidatos” no espelho de correção, pois a banca examinadora somente teria apontado a linha do erro e sua classificação gramatical (ortografia, morfossintaxe e propriedade vocabular). Aduz, ainda, que o edital inaugural não explicitou os nomes dos professores de português que realizariam a correção das questões dissertativas. O concurso é realizado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe).
Bahia Notícias

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