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quarta-feira, novembro 24, 2010

Foram os juros, estúpido!

Carlos Chagas

Henrique Meirelles está sendo defenestrado da presidência do Banco Central por razão bem superior a um eventual desencontro de palavras, isto é, pouca importância teve na decisão de Dilma Rousseff de não conservá-lo a declaração de que só aceitaria caso mantivesse autonomia e independência. Primeiro porque num sistema presidencialista quem tem a caneta e o poder de nomear e demitir presidentes do Banco Central é o presidente da República. Depois, porque Meirelles tem cabeça para não declarar tamanha bobagem. Na verdade, a divergência envolve a questão dos juros: Dilma pretende reduzí-los a 2% no prazo de um ano ou pouco mais. Meirelles sustenta a permanência indefinida das taxas mais altas do planeta.

Outra versão a ser desmentida é de que o presidente Lula aconselhou a presidente eleita a manter Meirelles no cargo. A sugestão presidencial envolveu apenas o ministro da Fazenda. Sabendo-se da divergência entre Guido Mantega e Henrique Meirelles, fica claro que o primeiro-companheiro jamais proporia a continuação da dicotomia. Acresce que o ainda presidente do Banco Central é banqueiro, categoria não propriamente bem situada nas graças de Dilma.

Mesmo sendo cogitado o nome de Alexandre Tombini, atual diretor de Normas do BC, a decisão ainda não teria sido tomada pela presidente eleita. Certo, mesmo, é que Guido Mantega responderá diretamente a Dilma pelo comando da política econômica, tendo o Banco Central sob sua supervisão, coisa que não acontece no governo Lula.

DEFESA: OUTRO NÓ A DESATAR

É antigo o distanciamento entre Dilma Rousseff e Nelson Jobim. O ministro da Defesa foi o primeiro, quem sabe o único, a reagir ao estilo áspero e deselegante da então chefe da Casa Civil, nas raras vezes em que despacharam. Conta-se até que teria se referido à necessidade de conter os arroubos da ministra, no café da manhã num hotel de Buenos Aires, na presença de mais dois ministros brasileiros, por ocasião de uma visita do presidente Lula à Argentina. Os três fizeram um pacto de resistência, naqueles idos em que nem se cogitava da candidatura de Dilma. Se os outros dois cumpriram ou ficaram apenas na intenção, é outra história.

Por conta disso ignora-se a hipótese da continuação de Jobim, na bolsa das especulações. Apesar de fartamente elogiado pelos comandantes das três forças armadas, o ministro ainda não foi convocado pela presidente eleita para conversar.

A Defesa é um ministério delicado, exigindo de seu titular densa biografia, bem mais do que representatividade partidária. Nomes como Waldir Pires e em especial o vice-presidente José Alencar, e depois Nelson Jobim, preencheram esses requisitos. Caso Dilma Rousseff pretenda designar outro ministro, precisará sair de lanterna em punho, pois as opções à altura são poucas.

CATUCANDO COM VARA CURTA

Deve cuidar-se o presidente do PTB, Roberto Jefferson, posto no ostracismo desde antes de sua cassação como deputado federal. Mesmo com o partido integrando a base parlamentar do presidente Lula, Jefferson jamais foi convidado para reuniões do Conselho Político ou audiências isoladas. Por conta disso, tem funcionado como livre atirador, causando certos constrangimentos no governo, como a repetição de que o mensalão continuou existindo até muito depois de havê-lo denunciado ao chefe do governo. Na recente sucessão presidencial, liberou o PTB para apoiar qualquer dos candidatos, tendo pessoalmente ficado com José Serra, cuja campanha criticou de forma ostensiva. Mas não perde oportunidade de jogar farpas na presidente eleita e em seu criador. Ainda agora acaba de dizer que não adiantou o eleitorado escolher uma mulher para presidente, porque na verdade quem manda é um homem. No caso, o presidente Lula. Dilma não deve ter gostado nem um pouco…

ÁGUIA, LOBO MAU OU ONÇA?

Durante a campanha, a empresa aérea contratada para transportar a candidata recomendava às suas tripulações manter contacto permanente com seus diretores. Criaram um código para trocar informações, que sempre começava com “a águia decolou”, “a águia está no ar, rumando para tal lugar” ou “a águia pousou”.

Agora, com o humor da referência de Dilma Rousseff a seus três principais auxiliares como sendo “os três porquinhos”, ainda na reunião do diretório nacional do PT chegaram as perguntas a José Eduardo Dutra, José Eduardo Cardoso e Antônio Palocci: “quem é o lobo mau?” Conta a lenda que pelo menos dois dos três porquinhos não seguraram o riso, olhando fixamente para a presidente eleita.

Há quem se prepare para uma terceira incursão no reino zoológico, porque depois de algumas semanas de empossada, será fácil verificar que a mulher é uma onça…

Fonte: Tribuna da Imprensa

OEA: Guerrilha do Araguaia pode abrir precedente na AL

Agência Estado

A relatora especial para Liberdade de Expressão da Organização dos Estados Americanos (OEA), Catalina Botero, afirmou hoje que a conclusão do julgamento de crimes da ditadura militar durante a Guerrilha do Araguaia (1972/1975) pode abrir um precedente "muito importante" para todos os países da América Latina. Segundo ela, a eventual condenação do País na Corte Interamericana de Direitos Humanos poderia resultar numa jurisprudência aplicável não apenas a outros casos brasileiros, como também para outros países latino-americanos.

No Brasil para participar da abertura do I Seminário Internacional sobre Acesso à Informação e Direitos Humanos, no Rio de Janeiro, Catalina fez questão de ressaltar que o entendimento da corte interamericana é que deixar familiares de desaparecidos sem informações sobre as circunstâncias do sumiço é equivalente a "mantê-los em estado análogo de tortura extrema ou ato cruel, desumano e de degradação".

"Este caso da Guerrilha do Araguaia é um precedente muito importante. Não apenas para o estado brasileiro, como para outros Estados, como a Guatemala, por exemplo, onde há arquivos que contêm informações sobre violações de direitos humanos e têm vítimas que pedem o direito de acesso a essas informações", disse a relatora especial.

As audiências públicas do julgamento do Brasil na Corte Interamericana acabaram em maio. A conclusão do processo estava prevista para ocorrer até o fim do ano. A ação, proposta por três organizações não-governamentais (ONGs), pede a responsabilização do Estado brasileiro por violações na repressão à Guerrilha do Araguaia.

Caso seja condenado, o Brasil poderá ser declarado pela OEA como infrator de tratados internacionais dos quais é signatário. O País também poderá ser obrigado a remediar a situação com compensações aos parentes das vítimas e mudanças na sua legislação.
Fonte: A Tarde

Lula desconversa sobre permanência de Meirelles no BC

Agência Estado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi questionado hoje se defenderia a manutenção do presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, no cargo. Em resposta, Lula disse que não defendia ninguém e que todos os ocupantes de cargos públicos no atual governo têm como única garantia a permanência até 31 de dezembro. A afirmação foi feita em evento do setor sucroenergético em Ribeirão Preto, interior paulista.

Segundo Lula, a partir de 1.º de janeiro, Dilma "indica quem ela quiser, porque conhece todo mundo, e deve montar um governo com a cara e a semelhança dela". O presidente afirmou ainda que sua sucessora só pode indicar nomes que ela possa ter a liberdade de trocar quando quiser. "Ela está livre para montar o governo dela", destacou.

Lula também condenou o conflito entre Coreia do Norte e Coreia do Sul. "Eu não sei quem atacou primeiro, mas, de qualquer forma, qualquer ataque eu condeno. Tem de respeitar a soberania do país", afirmou. Sobre a onda de violência no Rio de Janeiro, Lula disse ter conversado com o governador Sérgio Cabral, que pediu a ele reforços de policiais rodoviários federais. Ele afirmou que Cabral será atendido. "Faremos o máximo para que as pessoas do bem vençam as do mal."

Bem humorado, Lula disse que, ao deixar o governo, vai "desencarnar" do cargo de presidente para depois voltar à normalidade. Lula, que é corintiano, criticou a torcida do São Paulo, que comemorou a derrota do time para o Fluminense, a qual prejudicou o Corinthians na rodada do último domingo do Campeonato Brasileiro. "Nunca vi torcida bater palma para gol do adversário. Não é assim que o Corinthians joga", afirmou.
Fonte: A Tarde

terça-feira, novembro 23, 2010

Nos jornais: Com PDT, PC do B e PSB, Kassab tenta criar 3ª via

O Estado de S. Paulo

Com PDT, PC do B e PSB, Kassab tenta criar 3ª via

De saída do DEM e próximo do PMDB, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, já articula uma base de apoio com PDT, PC do B e PSB para consolidar uma "terceira via" política no Estado. Para promover o rearranjo, Kassab sinalizou ontem, em almoço com líderes das três legendas, que mudará de partido até o final do ano. Ele deve reformular o governo a partir de janeiro para acomodar os novos aliados.

O argumento para a transformação política do prefeito, bem-vindo no chamado "bloquinho", é acabar com a polarização entre PT e PSDB e abrir caminho para um movimento de "centro-esquerda" a partir de sua chegada ao PMDB. Na avaliação de dirigentes das siglas, o movimento garante força política suficiente para retirar dos tucanos o domínio do governo de São Paulo, que completará 20 anos ao fim da gestão de Geraldo Alckmin (PSDB).

Equipe de Dilma já tem quatro nomes para substituição de Meirelles no BC

A pedido de Dilma Rousseff, quatro nomes já foram sondados para substituir o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Na prática, a presidente eleita só aguarda a conversa com Meirelles, que deve ocorrer amanhã, em Brasília, para decidir quem comandará a política monetária a partir de 2011.

"Alguns me perguntam o que espero para o futuro, o que espero para a vida pública. Eu espero terminar, de fato, esse mandato juntamente com o presidente Lula", disse Meirelles, na noite de ontem, ao participar de cerimônia na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Questionado se o discurso tinha tom de despedida, ele abriu um sorriso. "Foi de celebração", respondeu.

Até agora, o mais cotado para a cadeira de Meirelles é uma solução doméstica: Alexandre Tombini, diretor de Normas do Banco Central. Mas também foram sondados o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabucco; o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Fábio Barbosa (Santander), e o economista-chefe do Bradesco, Octávio de Barros.

Mantega busca sucessor para Receita Federal

Depois da definição sobre a permanência no cargo do ministro da Fazenda, Guido Mantega, começaram as negociações para a escolha do novo secretário da Receita Federal - e o atual presidente do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), Carlos Alberto Barreto, é o mais cotado para assumir o posto. Também estão na disputa o subsecretário de Fiscalização, Marcus Vinicius Neder (o preferido dos auditores fiscais) e o presidente do INSS, Valdir Moisés Simão.

Ex-secretário adjunto da Receita, Barreto ganhou a simpatia da presidente eleita, Dilma Rousseff, quando ela era ministra da Casa Civil. Responsável na época pela área do Fisco que prepara medidas tributárias, ele se aproximou de Dilma na negociação, com o Congresso, de MPs sobre desonerações de impostos e mudanças na legislação.

FHC refuta tese de que PSDB reproduz 'Avenida Paulista'

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso refutou ontem a ideia de que o PSDB seja um partido predominado por lideranças paulistas, o que chamou de um "slogan da oposição". Ele também classificou como "uma expressão muito forte" a tese de refundação do partido proposta pelo ex-governador mineiro e senador eleito, Aécio Neves.

Questionado se o PSDB não seria "muito Avenida Paulista", ele lembrou que o partido saiu vitorioso em oito Estados. "Isso é slogan que a oposição coloca para marcar. O PSDB teve 44% da população, você acha que isso é Avenida Paulista? Não é verdade. Isso é simplesmente uma repetição de política eleitoreira. Se fosse assim, eu não teria sido eleito presidente", reagiu FHC, que esteve em Belo Horizonte para dar uma palestra.

Justiça condena Paulinho da Força a devolver R$ 235 mil

O deputado Paulinho da Força (PDT-SP) foi condenado pela Justiça Federal de São Paulo em ação civil de improbidade administrativa a devolver aos cofres públicos R$ 235.490,00 e ao pagamento de multa de R$ 471 mil. Na mesma ação foi condenada a Força Sindical, presidida pelo parlamentar. Ambos são acusados de irregularidades na gestão de R$ 40 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) em 2001.

A decisão, imposta em 64 páginas pela juíza Fernanda Souza Hutzler, da 25.ª Vara Federal Cível, é datada de 20 de agosto, mas apenas ontem foi divulgada. O FAT é atrelado ao Ministério do Trabalho e Emprego - o fundo é reservado a investimentos do Programa do Seguro Desemprego, Abono Salarial e ao desenvolvimento econômico.

Em Genebra, Amorim confessa que já está desfazendo o gabinete

O chanceler Celso Amorim deixou escapar que pode estar mesmo terminando seu mandato à frente do Itamaraty, depois de oito anos consecutivos no comando da diplomacia brasileira. Ontem, ao iniciar um discurso na Organização Internacional do Trabalho (OIT), Amorim afirmou que sua participação no evento seria uma espécie de "despedida" de Genebra. "Pelo menos por enquanto", afirmou.

Mais tarde, questionado por uma jornalista estrangeira se ficaria no governo na gestão de Dilma Rousseff, apenas respondeu: "Eu não sei. Não posso fazer nenhum comentário a respeito disso. Não estou formando nenhum gabinete, somente o meu, que não estou formando, mas sim desfazendo", completou.

Ontem, Amorim assinou acordo com a OIT abrindo espaço para que o Brasil coopere no setor humanitário. Mas seu discurso foi uma espécie de resumo dos oito anos de sua política externa.

Instituto Lula vai se dedicar à África, mas não só por caridade

O Instituto Lula vai se dedicar principalmente a obras e ações na África, o continente mais pobre do planeta. Esse será um dos pilares da atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a partir de janeiro, quando terminam seus oito anos de mandato.

Segundo Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente, uma das opções é o estabelecimento do Instituto na região do Ibirapuera, em São Paulo. "Internamente, Lula vai acompanhar as reformas políticas. No exterior, seu alvo será mesmo a África", disse Carvalho que, ontem, explicou ao Vaticano os planos do presidente.

Vaticano cobra de Dilma que preserve acordo bilateral

O Vaticano cobra do novo governo de Dilma Rousseff um compromisso para que não reabra o acordo que rege as relações bilaterais com o Brasil e que foi alvo de muita polêmica. O assunto foi debatido ontem em reunião do secretário da Santa Sé para Relações com os Estados, Dominique Mamberti, com Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Definiu-se, no encontro, que Dilma fará uma viagem a Roma em 2012 para se reunir com o papa Bento XVI. A visita já está sendo organizada pelo Palácio do Planalto e pela Santa Sé e faz parte do projeto de uma "trégua" entre o Vaticano e Dilma depois da polêmica sobre o aborto, durante a campanha eleitoral.

Procurado, senador não fala sobre bens pessoais e familiares

Procurado pela reportagem, o senador Romero Jucá (PMDB) não quis falar
por telefone e pediu que as perguntas lhe fossem encaminhadas por
e-mail. Depois, sua assessoria de imprensa declarou que ele não se
pronunciaria porque considerou as perguntas genéricas. A assessoria ressaltou, entretanto, que ele não chegou a ver as perguntas - que eram específicas sobre os bens dele e da família.

Ainda por meio de sua assessoria, Jucá atribuiu as declarações de seu adversário político, Mecias de Jesus (PR), às desavenças políticas locais.
Na avaliação do senador, Mecias desejava concorrer a uma vaga para o Senado, mas perdeu o lugar na coligação para a viúva do ex-governador Ottomar Pinto, Marluce Pinto (PSDB), que não se elegeu. Mecias acabou sendo o deputado mais votado no Estado.

Sindicalistas sugerem nomes para secretaria

O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, recebeu ontem da União Geral dos Trabalhadores (UGT) duas sugestões de nomes para ocupar a Secretaria do Emprego e das Relações de Trabalho - os do deputado estadual Davi Zaia (PPS) e do sindicalista Chico Pereira.

"O governador recebeu bem as sugestões, mas não mostrou pressa nem deu sinais de qual será sua decisão", disse Ricardo Patah, presidente da UGT. Segundo ele, Alckmin teria reconhecido, durante a campanha, que o PSDB está muito distante dos movimentos sociais. "Ele prometeu se aproximar e nada melhor que alguém que tenha a sensibilidade e a cabeça do trabalhador para a secretaria do Trabalho", defendeu Patah.

O Globo

Anac tenta evitar o caos aéreo

Para evitar o caos aéreo neste fim de ano nos aeroportos brasileiros, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) fechou um acordo com as companhias de aviação, proibindo a prática de overbooking entre 17 de dezembro e 3 de janeiro. Com isso, as empresas não poderão vender mais passagens do que o número de assentos disponíveis nos voos.

Para fiscalizar, o órgão regulador terá 120 fiscais espalhados pelos principais aeroportos do país no período. Ainda assim, a Anac prevê que 18% dos trechos sairão com atrasos superiores a 30 minutos - mesmo nível do fim de 2009.

O plano, que é feito anualmente, foi antecipado este ano devido ao bom momento econômico do setor.

EUA admitem rever segurança em aeroportos

Autoridades do setor de segurança dos EUA já admitem rever os polêmicos e invasivos novos procedimentos de segurança em aeroportos do país que causaram revolta na população americana, disse nesta segunda-feira John Pistole, chefe da Administração de Segurança de Transportes.

De acordo com a novas medidas, os passageiros são submetidos a um scanner corporal, que revela vários detalhes da anatomia. Os que se negam são apalpados por agentes do mesmo sexo.

Autoridade iraniana diz que Sakineh pode ser poupada

Há uma boa chance de que o Irã desista de executar Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por envolvimento no assassinato do marido e por adultério, disse uma autoridade iraniana nesta segunda-feira a uma TV local.

Diante da reação internacional, a pena de apedrejamento dada inicialmente a Sakineh foi suspensa, mas ela ainda pode ser executada por outros meios.

Copa: aeroportos são o nó

As obras de reforma e ampliação dos aeroportos brasileiros, que são o maior gargalo de infraestrutura a ser resolvido pelo governo para a Copa do Mundo de 2014, ainda estão longe do ritmo necessário e podem representar um embaraço para o Brasil, alertou o ministro do Esporte, Orlando Silva, nesta segunda-feira.

"Hoje tenho uma preocupação muito forte com aeroportos", disse o ministro a jornalistas durante a feira de negócios e esportes Soccerex.
Fonte: Congressoemfoco

Lula: Brasil está longe de reduzir desigualdade racial

Edson Sardinha

O presidente Lula admitiu hoje (22) que o Brasil ainda está longe de reduzir as desigualdades provocadas pela discriminação racial. Para mudar esse cenário, segundo o presidente, é necessário que haja uma “evolução da consciência política” de cada brasileiro, além do aperfeiçoamento da legislação e punição rigorosa para quem comete esse tipo de crime.

Em seu programa semanal de rádio, Lula afirmou que o problema não pode ser combatido apenas com leis. “Nós ainda estamos longe de diminuir as desigualdades, porque a Constituição Brasileira, ela prevê – e a Constituição é de 88 –que não haja discriminação racial no Brasil. Mas nós sabemos que há, porque não é uma questão de lei, é uma questão da cabeça de cada brasileiro e de cada brasileira”, declarou no Café com o Presidente.

Lula destacou iniciativas do governo federal para reduzir as desigualdades e combater a discriminação racial. “Nós aperfeiçoamos, criamos o Ministério da Igualdade Racial, o ProUni, hoje, tem 40% de estudantes negros, meninos e meninas da periferia, e acho que nós estamos avançando. Os quilombolas estão sendo reconhecidos, os quilombos estão sendo legalizados, e a gente está criando condições de não haver, definitivamente, mais discriminação no Brasil, e todo mundo viver as mesmas oportunidades, viver a igualdade que todos nós sonhamos.”

Durante seu programa semanal, Lula tratou ainda de outro assunto: a necessidade de o país recuperar a indústria naval. O presidente afirmou que há 82 navios em construção no Brasil e outras 150 embarcações se encontram em fase de planejamento. De acordo com ele, o Fundo da Marinha Mercante prevê a contratação de R$ 30 bilhões até 2014.

“Tudo isso demonstra claramente que o Brasil está levando a sério a indústria naval, a construção de navios, não apenas para atender a demanda da Petrobras no que diz respeito a navios, no que diz respeito à plataforma, no que diz respeita a sonda de perfurações em grandes profundidades, mas também, por conta de termos navios de transporte e diminuir o déficit que nós temos hoje na conta de fretes, que é muito grande”, disse.

Veja a íntegra do Café com o Presidente:

“Apresentador: Presidente, o senhor está em São Bernardo do Campo, em São Paulo, e nós estamos nos estúdios da EBC Serviços em Brasília. O senhor esteve no Rio de Janeiro para inaugurar, na sexta-feira passada, o navio Sérgio Buarque de Holanda, o terceiro navio do programa de modernização e expansão da frota da Transpetro – Promef. Como o senhor vê essa expansão?

Presidente: Olha, Luciano, na verdade o Promef prevê a construção de um total de 49 navios no Brasil. Quarenta e seis deles já foram contratados, com investimento de quase R$ 5 bilhões, e nós estamos fazendo com que a cada navio inaugurado, a gente possa prestar homenagem a uma personalidade brasileira. O primeiro navio, inaugurado em Pernambuco, a gente colocou o nome de João Cândido, que é o nosso herói, marinheiro da Revolta da Chibata, o segundo nós colocamos o nome de Celso Furtado, o terceiro nós colocamos o nome de Sérgio Buarque, e o quarto navio, que era para ser colocado no mar este ano ainda, mas que atrasou um pouco, vai ser só em março do ano que vem, deverá ser Zumbi dos Palmares. E, assim, nós vamos inaugurando os navios e vamos colocando nomes de personalidades da cultura, da luta social neste país, para que a gente comece a homenagear aqueles que precisam ser homenageados.
O dado concreto é que a inauguração de navios e os contratos que nós temos, não param apenas nos 49 navios contratados pelo Promef. De acordo com os dados do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval, atualmente já são 82 navios em construção, e cerca de 150 novas embarcações em planejamento no Brasil. Só para você ter ideia, Luciano, o Fundo da Marinha Mercante prevê a contratação de R$ 30 bilhões até 2014. Olha, tudo isso demonstra claramente que o Brasil está levando a sério a indústria naval, a construção de navios, não apenas para atender a demanda da Petrobras no que diz respeito a navios, no que diz respeito à plataforma, no que diz respeita a sonda de perfurações em grandes profundidades, mas também, por conta de termos navios de transporte e diminuir o déficit que nós temos hoje na conta de fretes, que é muito grande. Então, nós precisamos ter navios próprios nacionais transportando a nossa carga, aquilo que nós produzimos, e também trazendo aquilo que nós compramos. Eu acho que o Brasil, definitivamente, Luciano, assumiu a responsabilidade de recuperar a indústria naval. Nós, que já fomos a segunda indústria naval do mundo nos anos 70, praticamente acabamos, e, agora, nós estamos reconstruindo a indústria naval, já estamos com mais de 50 mil trabalhadores na categoria, e eu tenho certeza que é um processo em expansão que não tem retorno.
Apresentador: Naturalmente, não é, presidente, esse renascimento da indústria naval brasileira gera muito dinheiro na economia e gera muitas oportunidades, muito empregos, não é?

Presidente: Gera muito dinheiro, gera emprego e gera, eu diria, conhecimento tecnológico. Ou seja, na medida em que o Brasil não produzia mais aqui, nós não tínhamos nem engenheiro mais para indústria naval. Agora, nós estamos nas nossas universidades, nas nossas escolas técnicas, preparando gente para trabalhar na indústria naval. Só pra você ter ideia, em Pernambuco, mulheres que eram cortadoras de cana, foram preparadas para trabalhar na indústria naval. Pessoas que estavam no Japão porque não tinha emprego no Brasil há pouco tempo atrás, estão de volta trabalhando no Brasil, prestando serviços ao povo brasileiro e cuidando da sua família. Então, é isso: mais estaleiros, mais navios, mais empregos, mais distribuição de renda, mais conhecimento tecnológico, ou seja, mais soberania nacional. Tudo isso é sagrado.

Apresentador: Você está ouvindo o Café com o Presidente, o programa de rádio do Presidente Lula. Presidente, mudando de assunto, dia 20 de novembro foi celebrado o Dia da Consciência Negra. As desigualdades estão diminuindo, presidente?

Presidente: Eu acredito, Luciano, que nós ainda estamos longe de diminuir as desigualdades, porque a Constituição Brasileira, ela prevê – e a Constituição é de 88 –que não haja discriminação racial no Brasil. Mas nós sabemos que há, porque não é uma questão de lei, é uma questão da cabeça de cada brasileiro e de cada brasileira. Nós estamos superando, ou seja, nós temos trabalhado muito nesses últimos oito anos, mas muito mesmo. Aliás, esse trabalho já vinha sendo feito antes de eu chegar à Presidência da República. Nós aperfeiçoamos, criamos o Ministério da Igualdade Racial, o ProUni, hoje, tem 40% de estudantes negros, meninos e meninas da periferia, e acho que nós estamos avançando. Os quilombolas estão sendo reconhecidos, os quilombos estão sendo legalizados, e a gente está criando condições de não haver, definitivamente, mais discriminação no Brasil, e todo mundo viver as mesmas oportunidades, viver a igualdade que todos nós sonhamos. Eu estou convencido que nós fizemos muito, mas estou convencido, também, que ainda falta muito a ser feito. Falta muito a ser feito e o muito que precisa ser feito, vai ser necessário que haja uma evolução na consciência política de cada homem e de cada mulher, além do aperfeiçoamento da legislação e da punição rigorosa para quem cometer qualquer crime de discriminação.

Apresentador: Muito obrigado, presidente Lula, e até a próxima semana!"
Fonte: Congressoemfoco

Folha e Globo mentem sobre a heróica luta de Dilma contra a ditadura

Folha de S. Paulo, jornal O Globo (e também a revista Veja e o velho Estadão) mentem para seus leitores quando não contextualizam o envolvimento de Dilma Rousseff na luta armada contra a ditadura militar. Não são reportagens sérias, são “reporcagens” para usar o jargão que grassa na blogosfera.

Como os editores destes veículos não são ignorantes, como muitos de seus repórteres, fica evidente a má-fé.

Como bem situa o blog “Amigos do Presidente Lula”, ignorar a realidade da época “é o mesmo que publicar uma reportagem sobre o processo de D. Maria, a Louca, contra Tiradentes, e endossar as acusações tiranas de que Tiradentes seria um “traidor infame”.

LEIA MAIS SOBRE A MÁ-FÉ DO PIG

A má-fé dos dois jornais não está em publicar o conteúdo dos autos do STM, que pertencem à história, e podem ser estudados, para evitar novas tiranias, com a devida crítica (por exemplo, considerando sem valor, a princípio, informações obtidas sob tortura, sem que haja confirmação).

A má-fé está em confundir o leitor, principalmente aquele que não conhece o contexto da época, querendo atribuir caráter criminoso em ações de combate, de insurgência contra a tirania, de guerra de guerrilha (como tomada de armas do inimigo, expropriação a bancos), da mesma forma que a Coroa Portuguesa atribuiu como criminosa a insurgência política de Tiradentes.

Como a mentira tem pernas curtas, é fácil desmascarar essa imprensa corrupta: se as ações rebeldes fossem crimes comuns, porque Dilma e seus companheiros eram julgados por um Tribunal Militar, e não pela justiça civil comum?

À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares, crimes de guerra. É a prova irrefutável de que a própria ditadura reconhecia haver uma guerra de guerrilha em curso, e que as ações da guerrilha eram de combate.

O Brasil viveu uma guerra civil durante a ditadura camuflada pela censura e pelo PIG

Não foi uma guerra civil ostensiva, foi guerra de guerrilha.

Guerrilha é quando um combate se trava entre forças desproporcionais. Sem poder bélico para enfrentar um exército regular, a guerrilha precisa ficar escondida, e só apontar a cabeça em ações típicas de emboscada e sabotagens (como tomada de armas em quartéis e de policiais, expropriação a bancos, ataques a alvos da ditadura), para depois se esconder de novo. A guerrilha não pode ter quartéis visíveis, nem campos de batalha previsíveis, senão é facilmente dizimada pela inferioridade numérica e bélica.

A guerrilha não visa necessariamente vencer na força bélica. Visa criar focos de resistência, inserindo o espírito de luta (mesmo não armado) e resistência na população, na nação.

O AI-5, em dezembro de 1968, fechou as portas para qualquer atividade de oposição. A falta de resistência em 1964, que havia levado à ditadura cada vez mais atroz, explodiu em 1968, com milhares de jovens (de todas as idades) resolvendo resistir, aderindo à unica forma de resistência que ainda parecia viável: a luta armada.

Dilma não participou diretamente de ações armadas, mas não há nenhum demérito em quem participou, pelo contrário.

Foi um ato voluntário, de sacrifício e bravura, como o de qualquer soldado que combate em uma guerra. Muitos sem qualquer preparo, nem aptidão militar, acabaram sacrificando a própria vida ou em confronto com um exército e polícia bem preparada, ou torturados e executados nas masmorras da ditadura.

Fonte: Blogs “Amigos do Presidente Lula” e “Conversa Afiada”.
# posted by Oldack Miranda/Bahia de Fato

Petrobras faz seleção

Carol Rocha
do Agora

A Petrobras prevê a abertura de concursos para preencher 6.000 vagas até 2013. Uma seleção será iniciada já no ano que vem. Mas ainda não há um número de chances definido. A empresa petrolífera também não soube informar quantas vagas serão destinadas para São Paulo.

Os cargos devem ser para funções de níveis médio e superior. Segundo a empresa, atualmente, a maior demanda é para vagas de engenharia (para equipamentos, petróleo, processamento e naval), de geologia e de geofísica, além de técnicos de manutenção e de operação.

Os salários oferecidos pela companhia variam de R$ 1.647,19 a R$ 5.685,07.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta terça

Justiça aumenta o valor dos atrasados

Ana Magalhães
do Agora

Os segurados que ganharam uma ação de concessão ou de revisão de benefício contra o INSS podem conseguir, na Justiça, um aumento de até 6% no valor dos atrasados. Uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça), publicada na última terça-feira no "Diário da Justiça Eletrônico", impediu que a Previdência aplique, sobre os atrasados, correção monetária negativa referente aos meses em que houve deflação.

A deflação ocorre quando, em um determinado mês, há inflação negativa --ou seja, os preços diminuem em vez de aumentar. Quando há deflação, o índice inflacionário é negativo (menor do que zero) e, ao incidir sobre os atrasados, reduz o seu valor.

Os atrasados são as diferenças que deveriam ter sido pagas pelo INSS nos últimos cinco anos. Sobre esse montante, há uma correção monetária para a recomposição das perdas causadas pela inflação.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta terça,

Fotos do dia

Simone Freitas é uma das gatas do Bella da Semana Modelo desde os 15 anos, a gata já fez várias campanhas, ilustrou catálogos e fez desfiles O homem mais alto do mundo caminha pela avenida Paulista
Fãs se protegem da chuva na entrada do show de Paul McCartney no estádio do Morumbi Avenida 23 de maio tem congestionamento por causa da chuva Torcedores do Palmeiras enfrentam fila para comprar ingressos

Paulinho e Força são condenados a devolver grana

Folha.com

O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) e a Força Sindical foram condenados a devolver R$ 235,5 mil aos cofres públicos por improbidade administrativa na gestão de R$ 40 milhões do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

A decisão é da juíza Fernanda Souza Hutzler, da 25ª Vara Federal Cível de São Paulo, que também estipulou multa de R$ 471 mil.

A sentença é de agosto, mas foi divulgada ontem pelo Ministério Público Federal, que irá pedir ao TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região (São Paulo e Mato Grosso do Sul) que mantenha a condenação. A juíza determinou que Paulinho e a Força sejam proibidos de fechar contrato com o poder público ou de receber incentivos fiscais.

Na decisão, a juíza lista nove irregularidades no programa da Força Sindical, encomendado pelo FAT, para treinamento de mão-de-obra.

Uma dos problemas foi a contratação em 2001 sem licitação do Instituto Paulista de Ensino e Cultura por cerca de R$ 20,3 milhões.

A investigação do Ministério Público começou depois que o TCU (Tribunal de Contas da União) levantou suspeitas no uso dos recursos em 2002.

As acusações surgiram quando ele era candidato a vice-presidente na chapa de Ciro Gomes (PSB). O processo contra Paulinho começou a tramitar em 2003.

Fonte: Agora

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Juiz federal condena Tânia Bulhões e proíbe sua saída do país sem aviso

Empresária foi condenada por crimes na importação de artigos de luxo. Ela terá de avisar sempre que sair do país por mais de dez dias

22/11/2010 | 18:34 | G1/Globo.com

O juiz federal Fausto Martin De Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, condenou nesta segunda-feira (22) a empresária Tânia Bulhões Grendene Bartelle a quatro anos de reclusão, convertidos em duas penas restritivas de direito, mais pagamento de multa, pelos crimes de falsidade ideológica, descaminho, formação de quadrilha e crimes contra o sistema financeiro nacional.

Com a decisão, durante estes quatro anos, Tânia Bulhões fica proibida de empreender viagem ao exterior, por mais de dez dias, sem autorização judicial. Também fica obrigada a prestação de serviço à comunidade junto à entidade Fundação Dorina Nowill para cegos.

A empresária também terá de pagar 20 dias-multa. Segundo a Justiça Federal parte do valor foi considerado paga porque a empresária concordou, durante o procedimento de delação premiada que faria o pagamento de todos os valores decorrentes da sentença.

Às 17h40 desta segunda-feira, o G1 procurou o advogado Arnaldo Malheiros Filho, da equipe de defesa da empresária, mas foi informado que ele estaria em reunião. Em nota, o grupo Tânia Bulhões afirmou que recebeu a sentença com serenidade e que trata-se de um caso pontual.

"Recebemos com serenidade e responsabilidade a sentença. De forma coerente com a postura que adotamos desde o início das investigações, nossa disposição sempre foi a de esclarecer e resolver esta questão o mais rapidamente possível. A referida sentença, com a adoção de uma pena alternativa de prestação de serviços à comunidade expressa tratar-se de um caso extremamente pontual, que envolveu apenas uma das empresas do Grupo, a Tania Bulhões Home, relativa ao pagamento de impostos de importação, devidos entre 2005 e 2006, no montante atualizado pela Receita Federal de R$ 1,2 milhão, já incluindo multa e demais acréscimos. Para efeito de comparação, isto representa 0,1% do faturamento/ano do grupo."

A nota também afirma que a empresária Tania Bulhões se compromete a implementar um programa de ensino na área de perfumaria e desenvolvimento do sentido do olfato para jovens com deficiência visual, visando sua inclusão social.

Dona de uma loja de luxo e acusada de fraude em importações, Tânia Bulhões propôs em agosto ao Ministério Público Federal um acordo de delação premiada por meio do qual, em troca de sua confissão e de mais informações sobre a participação de outros réus, terá a pena de prisão trocada por uma pena restritiva de direitos e o pagamento de indenização à sociedade. O MPF propôs o acordo à Justiça Federal, que agora determinou a sentença.

Tânia Bulhões admite que, em 2004, resolveu expandir seus negócios e montou um esquema de importação de artigos de luxo que reduzisse os impostos a pagar pelo grupo. Em sua confissão, a ré dá mais informações sobre a participação de outros acusados, mas afirma que seus sócios, a irmã Kátia Bulhões e Ivan Ferreira Filho, acusados de participação no caso pelo MPF, junto com Tânia e outras dez pessoas, são inocentes.

Segundo o Ministério Público, a confissão e a delação levarão à extinção do processo contra Tânia. O processo contra os demais 12 réus, portanto, prosseguirá na 6ª Vara Federal normalmente.

O esquema denunciado pelo MPF funcionou de 2004 a 2006. Tânia Bulhões visitava feiras de artigos de luxo no exterior e escolhia as mercadorias. As encomendas eram então passadas às importadoras no Brasil, entre elas a By Brasil, que se apresentava nos documentos como importadora dos artigos.

Essa manipulação de dados, chamada pela Receita Federal de interposição fraudulenta, consiste em colocar no meio da transação entre o fornecedor e o comprador, um importador ou exportador, ou ambos, para ocultar o verdadeiro comprador da mercadoria, ou seja, o grupo Tânia Bulhões, dos controles da Receita Federal e do Banco Central do Brasil, reduzindo impostos e taxas de remessas ao exterior.

Quando se oculta o real comprador de um produto estrangeiro, comete-se o crime de descaminho, que é a importação mediante fraude. É um crime do mesmo tipo penal do contrabando. A diferença é que o contrabando é o crime de entrar no país com um produto cuja importação é proibida, caso do cigarro, por exemplo. No caso específico, como alguns pagamentos foram feitos à margem do Banco Central, houve também os crimes financeiros de fraude cambial e evasão de divisas.

Após a Operação Narciso, o esquema foi sofisticado e passou também a subfaturar as importações. O processo administrativo na Receita Federal, para o pagamento dos impostos devidos, segue normalmente, independente do acordo.

Fonte: Gazeta do Povo

Divulgação/PRF / Medicamentos proibidos avaliados em US$ 27 mil são apreendidos no Oeste do PR

PRF / Divulgação

PRF / Divulgação / Foram apreendidos cerca de US$ 27 mil em medicamentos de consumo e venda proibidos no Brasil Foram apreendidos cerca de US$ 27 mil em medicamentos de consumo e venda proibidos no Brasil
Santa Terezinha de Itaipu

Carga de medicamentos proibidos avaliada em US$ 27 mil é apreendida no Oeste do Paraná

Anabolizantes, estimulantes sexuais e suplementos alimentares estavam escondidos em embalagens de alto-falantes. Dois homens foram presos

22/11/2010 | 11:15 | Gazeta do Povo

Dois homens transportavam cerca de US$ 27 mil em medicamentos irregulares quando foram presos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na madrugada desta segunda-feira (22), em Santa Terezinha de Itaipu, na região Oeste. Como a quantidade de remédios era muito grande, a polícia não contabilizou a apreensão. Entre os medicamentos estavam anabolizantes, estimulantes sexuais e suplementos alimentares para consumo humano e animal.

Os homens que transportavam a mercadoria tinham 23 e 48 anos. Além dos medicamentos, que tem consumo e venda proibidos no Brasil, eles tinham oito aparelhos celulares em uso, vários cartões de memória para celular e duas balanças de precisão. Também havia um mandado de apreensão do carro.

Os agentes da PRF ainda abordaram outro veículo, conduzido por um homem de 43 anos, que fazia o serviço de batedor. O homem disse que receberia R$ 2,5 mil pelo trabalho e levaria os medicamentos até Cascavel, também no Oeste.

O caso foi encaminhado para a Polícia Federal de Foz do Iguaçu.

BC entre juros e inflação

A possível saída de Henrique Meirelles pode sinalizar que o Planalto pretende reduzir as taxas para estimular o consumo

Publicado em 23/11/2010 | André Gonçalves


Passa pelo perfil do escolhido para comandar o Banco Central (BC) a decisão que mais vai afetar o bolso do brasileiro no governo Dilma Rousseff (PT). Com a provável saída de Henrique Meirelles do cargo, a presidente eleita está numa encruzilhada – manter ou reformular a política de juros adotada nas gestões Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Lula (PT). Se optar por um ministro que reduza os juros em curto prazo, a economia terá impactos positivos, como o estímulo ao consumo, e negativos, como o aumento da inflação.

A petista deve se reunir com Meirelles até sexta-feira. Ontem, no entanto, agências de notícias já davam como certo que ele não vai permanecer no cargo, que ocupa desde 2003. As divergências com Dilma estariam ligadas ao conceito de autonomia do BC.

Com Lula, Meirelles teve liberdade para escolher os dispositivos de regulação da inflação. Sempre que houve ameaça de alta nos preços, subiu a Selic (taxa básica de juros paga pelo governo). A prática, que freia o crescimento da economia, é criticada por setores mais à esquerda do governo.

A discussão divide duas vertentes de economistas. Os alinhados a Meirelles são definidos como “monetaristas”, mais liberais. Do outro lado, estão os “desenvolvimentistas”, linha que defende o Estado como indutor da economia e que contempla o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a própria Dilma – para especialistas, a troca no banco indica que ela está disposta a interferir pessoalmente na política de juros.

“Há um erro conceitual: o BC tem que ser ocupado por alguém preocupado com a estabilidade da moeda. É só para isso que o banco existe”, diz o economista Cláudio Considera, da Universidade Federal Fluminense. Segundo ele, a escolha de um presidente com menos autonomia ou engajado em outras tarefas terá um “impacto terrível”. “A inflação é um mal que empobrece as pessoas.”

O professor de Economia Fernando Ferrari Filho, da Uni­­­versidade Federal do Rio Grande do Sul, explica que a autonomia do BC é informal, ou seja, não há qualquer norma jurídica que obrigue o presidente da República a acatar as decisões da direção do banco. Ele não acredita em alterações drásticas, independentemente de quem for escolhido. “Não há clima para uma mudança abrupta.”

Durante a campanha eleitoral, Dilma disse ser favorável à autonomia do BC. Por outro lado, tem repetido que vai trabalhar para que os juros reais sejam reduzidos dos atuais 5,5% ao ano (um dos maiores do mundo) para 2%. Se isso ocorrer, o primeiro reflexo na economia real seria a também diminuição dos juros cobrados pelo mercado.

“Não é na mesma proporção, mas uma redução leva à outra”, diz Ferrari Filho. Em setembro, a média dos juros cobrados de empréstimos para pessoas físicas (aplicados, por exemplo, no cheque especial e na aquisição de bens como automóveis) foi de 39,44% ao ano, de acordo com estimativa do próprio BC. Com uma queda na Selic para 3% ao ano, eles ficariam entre 30% e 33%, na avaliação do professor.

Com crédito mais barato, haveria também mais investimentos no setor produtivo. Combinado com o aumento do consumo, seriam gerados, em tese, mais empregos. Por último, juros baixos inibiriam a entrada de capital especulativo do exterior, ajudariam a valorizar o real e a mitigar os efeitos da guerra cambial entre China e Estados Unidos.

Do outro lado, o principal vilão é o aumento da inflação. Para o economista uruguaio e professor da Universidade de Brasília, Carlos Alberto Ramos, o efeito será quase imediato. “É bom lembrar que a inflação deste ano já tem previsão de ficar acima da inflação estipulada.”

Ramos avalia que Dilma ainda pode promover uma reestruturação dos atuais instrumentos utilizados atualmente para aferir a meta anual de inflação. “É pouco usual, mas ela pode, por exemplo, mudar a periodicidade do cálculo.”

Juros em alta

Apesar de a Selic ter caído quase pela metade durante o governo Lula, os juros estipulados pelo governo brasileiro (atualmente em 11,75% ao ano) ainda estão entre os mais altos do mundo. A política de Henrique Meirelles ajudou a manter a economia estável e trouxe oportunidades e prejuízos.

Prós

Estabilidade

A política de juros altos contém os preços porque desestimula o investimento produtivo e, por consequência, o consumo. Com a inflação em baixa, os salários sofrem menos perdas e há a possibilidade de as pessoas planejarem as finanças pessoais com menos sobressaltos.

Renda fixa

Com a taxa básica de juros em alta, a aplicação em renda fixa torna-se um dos melhores investimentos – tanto para o grande especulador quanto para o pequeno investidor. Modalidades como Certificado de Depósito Bancário (CDB) e a compra de títulos públicos do governo tornam-se melhores opções de poupança.

Viagens

Os juros altos estimulam a entrada de investimentos estrangeiros no país. O fluxo faz a cotação do dólar baixar. Com isso, fica muito mais barato viajar ao exterior. Em 2010, os brasileiros vêm batendo recordes mensais de gastos com turismo fora do país.

Contra

Crédito caro

Os altos juros praticados pelo governo também se refletem no custo do crédito oferecido pelo mercado financeiro para as pessoas físicas. Em setembro, o custo médio dos juros de empréstimos para aquisição de bens como automóveis ficou em quase 40% ao ano, segundo estimativa do próprio BC.

Especulação

Com os juros em alta, o investidor fica mais tentado a aplicar recursos em papéis do governo ou títulos de renda fixa do que em investimentos produtivos. Se o dinheiro fosse colocado na economia real, geraria mais empregos. Além disso, ampliaria a arrecadação do governo.

Menos competitividade

A entrada de dólares provocada pelo capital especulativo internacional sobrevaloriza o real e, com isso, as empresas brasileiras ficam menos competitivas no exterior. Além disso, estimula o consumo de produtos importados no Brasil e abre a possibilidade de desindustrialização de alguns setores da economia.

* * * * *

Juros baixos

A possível saída de Henrique Meirelles do BC pode abrir caminho para a redução de juros a curto prazo. A previsão da presidente eleita Dilma Rousseff é conseguir reduzir a Selic dos atuais 11,75% para até 6,5% ao longo dos quatro anos de governo.

Prós

Ações

Com mais oferta de crédito provocada pela queda dos juros as empresas apresentam resultados melhores e, por consequência, tornam-se mais atrativas para novos acionistas. Além disso, o dinheiro que antes era aplicado em papéis do governo migra quase naturalmente para o mercado acionário.

Dívida pública

Os juros mais baixos facilitam o controle da dívida pública. Ao longo da campanha presidencial, Dilma disse que essa é uma das metas prioritárias da economia. Com a dívida contida também há mais espaço no orçamento estatal para investimentos.

Superávit

O real desvalorizado pela diminuição da entrada de recursos estrangeiros torna as empresas nacionais mais competitivas dentro e fora do Brasil. O aumento das exportações amplia o superávit da balança comercial.

Contra

Inflação imediata

O principal temor da redução de juros é o aumento imediato da inflação. O governo não deve atingir a meta de 4,5% de inflação ao ano em 2010, o que sugere que qualquer mudança seja gradual. Há também o receio de que a redução de juros precise ser compensada depois por um aumento proporcionalmente maior para conter o “repique” inflacionário.

Importações

Os produtos importados ficam mais caros devido à valorização do dólar. A alta também pode encarecer insumos para produtos industrializados que são montados no Brasil. A perda de competitividade em relação aos produtos nacionais também pressiona a inflação para cima.

Títulos públicos

A redução dos juros diminui a procura por títulos públicos emitidos pelo governo brasileiro no mercado interno e externo. Essa redução prejudica a rolagem da papéis.

Fonte: Gazeta do Povo

País gasta em juros o dobro do que em educação e saúde

Pedro do Coutto

O Globo publicou na edição de segunda-feira reportagem de Regina Alvarez sobre a quase nula evolução dos gastos públicos com Educação e Saúde, em confronto com o aumento geral das despesas, ao longo dos períodos do governo Lula. Perfeito, a edição está certa como forma de identificar um desequilíbrio de prioridades. O alvo, porém, nem tanto. A matéria incluindo opiniões de especialistas nas duas áreas essenciais à vida humana, professores Mozart Neves Ramos e Magda Scherer, coteja os recursos destinados ao MEC e MS com as despesas com o funcionalismo civil e militar (rubrica de pessoal) e com os investimentos oficiais.

Primeiro engano. Investimento é uma coisa, custeio é outra. Segundo equívoco: os gastos com Saúde e Educação têm que ser vistos dentro do panorama orçamentário. Em terceiro lugar, o cotejo mais impressionante deve balizar as obrigações fundamentais do governo com o desembolso anual com os juros pagos pela rolagem da dívida interna. Sugiro a Regina Alvarez a leitura das páginas 5 e 51 do Diário Oficial de 30 se setembro deste ano.

Na página 5 vai verificar que o montante da dívida interna atinge a 2 trilhões e 200 bilhões de reais. Na página 51 verificará que a verba destinada à Educação, este ano, é de apenas 54,8 bilhões de reais, enquanto a remetida à Saúde é ligeiramente superior: 65,4 bilhões. Ambas insuficientes para os encargos que pesam sobre os dois setores. Com isso, constatamos que as despesas com juros superam de muito as duas outras somadas. É só aplicar juros anuais de 10,75% sobre 2,2 trilhões de reais. E confrontar.

Mas existe ainda mais um aspecto, igualmente essencial. Comparar todos esses dados com o teto da lei de meios que é de 1 trilhão e 766 bilhões. A repórter, conduzida provavelmente por informações incompletas, ao citar as despesas com pessoal não pesquisou o seu montante. Mas ele está também na edição do DO de 30 de setembro. É somente 169,4 bilhões de reais, menos de dez por cento do total do orçamento. Bem abaixo dos encargos com o pagamento de juros aos bancos. Isso de um lado. De outro, os desembolsos com Saúde e Educação somam, em seu conjunto, 120,2 bilhões de reais. Este é o verdadeiro panorama visto da ponte em matéria de despesas públicas.

Não se pode traduzir o quadro de fato comparando as diversas rubricas com os valores anuais do PIB. Pois, neste caso, indispensável é colocar-se os índices inflacionários do IBGE no contexto financeiro. Por exemplo: recebendo 10,75% ao ano para girar a dívida mobiliária interna (títulos em poder da rede bancária) vemos a existência de juros reais de 5,4%, já que a inflação dos últimos doze meses alcançou 5,3%. Para efeito de PIB, é fundamental incluir-se o índice demográfico anual, da ordem de 1,3%. São mais 2 milhões de seres humanos a cada exercício.

Enfim, nós, jornalistas, aliás como todo mundo, não devemos nos deixar levar pela primeira informação transmitida, tampouco pela impressão inicial. Este problema é grave tanto na área da comunicação, quanto na de educação. Pois há professores que, em vez de estimular o raciocínio, cuja evolução depende de uma dose de dúvida, apresentam seus conceitos como verdades
eternas.

Fonte: Tribuna ad Imprensa

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