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quinta-feira, abril 22, 2010

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Camelô vende cenas de sexo com padre por R$ 5

Agência Folha

Via Bluetooth --imagens e som transmitidos, sem o uso de fios, de celular para celular--, é mais barato. O mais caro promete "imagens originais". Gravações das cenas de sexo envolvendo um ex-pároco de Arapiraca (a 122 km de Maceió, AL) e um suposto ex-coroinha estão sendo vendidas clandestinamente na cidade a preços que variam entre R$ 5 e R$ 10. O valor depende da qualidade das imagens e da mídia utilizada.

As imagens via Bluetooth exibem cenas borradas por computador. A venda, "proibida" na cidade, é feita por camelôs e pessoas que circulam em locais públicos, sem gerar desconfiança. Abordados sobre o assunto, eles negam a princípio. Só admitem negociar as cenas de sexo após serem apresentados por "amigos" ou "conhecidos".

Segundo um dos vendedores, o vídeo mais procurado é o "completo", supostamente com a íntegra da gravação que teria sido feita por um dos ex-coroinhas que acusam três religiosos de abuso sexual. Os compradores, garantiu o camelô, "são quase todos apenas curiosos".

Um mês depois de ser exposto na TV, o escândalo sexual de Arapiraca ainda é motivo de polêmica na cidade. Religioso respeitado até o surgimento da denúncia, o monsenhor Luiz Marques Barbosa, 82, um dos pivôs da história, é hoje motivo de vergonha para muitos.

Uma das mais tradicionais unidades particulares de ensino da cidade, a escola de ensino fundamental Monsenhor Luiz Marques decidiu trocar de nome, após a divulgação do caso. Os pais de alunos já foram avisados da mudança.

As escritas nas paredes que identificavam o local foram pintadas _numa tentativa de apagar o nome. De lembrança da antiga escola, hoje em reforma, restou um banco verde de concreto, próximo à entrada do prédio, com o nome do monsenhor em relevo.

O monsenhor foi detido no domingo após depor na CPI da Pedofilia, mas foi transferido na terça para prisão domiciliar. Ele está em sua residência sob escolta policial.

Fonte: Agora

Curso técnico garante emprego e salários altos

Paulo Muzzolon
do Agora

Quem está em busca do primeiro emprego ou precisa de qualificação para conseguir uma colocação melhor no mercado de trabalho pode aproveitar os cursos técnicos.

Segundo levantamento feito pelo Centro Paula Souza, do governo do Estado, todos os estudantes que terminaram o curso de mecânica - soldagem oferecido pelas Fatecs-SP (Faculdades de Tecnologia de São Paulo) há um ano estão empregados. Além disso, eles recebem, em média, dez salários mínimos (R$ 5.100, hoje).

A taxa de empregabilidade é alta também em outros cursos, como mecânica - processos de produção (97,3%), construção civil - edifícios (97,1%) e análise e desenvolvimento de sistemas (96,8%).

Alimentação balanceada previne Alzheimer

Karina Chimenti
do Agora

Uma pesquisa americana desenvolvida pela Universidade de Colúmbia revela que uma alimentação balanceada --com consumo frequente de aves e peixes, castanhas e verduras-- ajuda a prevenir o mal de Alzheimer.

A doença afeta o cérebro devido a alterações sofridas por células nervosas e neurônios ao longo de toda a vida. Pessoas acima dos 65 anos são a maior parte das vítimas.

Novo precatório vai sair mais rápido

Gisele Lobato
do Agora

A partir de 22 de junho, o servidor que entrar com uma ação contra o Estado ou o município vai esperar menos tempo para receber o pagamento se ganhar a causa. A redução valerá para as ações avaliadas em até R$ 30.600.

Nessa data, entra em vigor a lei que cria o Juizado Especial da Fazenda Pública, que receberá ações de até 60 salários mínimos contra Estados, municípios, autarquias e fundações públicas ligadas a eles. Nas causas até R$ 10.200, não será preciso advogado.

Caso seja condenado até o limite da OPV (Obrigação de Pequeno Valor) nesses juizados, o Estado ou município deverá pagar o servidor em até 60 dias, sob o risco de ter o montante sequestrado de suas contas, disse o juiz Fernando Figueiredo Bartoletti, que coordena a instalação dos novos órgãos na capital.

Saiba quando ex-segurado doente se aposenta

Gisele Lobato e Paulo Muzzolon
do Agora

O trabalhador que parou de pagar a contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) pode conseguir benefícios por incapacidade, como o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez. Para isso, é preciso comprovar que a doença começou quando ele ainda era segurado (veja como no quadro ao lado).

Neste mês, o TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que atende São Paulo e Mato Grosso do Sul) publicou novas decisões reconhecendo o direito ao benefício de trabalhadores que deixaram de efetuar as contribuições à Previdência. Em dois casos, a causa da interrupção das contribuições era a doença.

Em 2008, a AGU (Advocacia-Geral da União) editou uma súmula (entendimento unificado sobre um tema) reconhecendo esse direito, que deve ser concedido até no posto do INSS. Se o órgão negar, o segurado deverá entrar com uma ação na Justiça.

Fonte: Agora

Multa indevida pode indicar clonagem

Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Hedeson Alves/Gazeta do Povo / Ervino diz nunca ter estado em  Ivaiporã, mas recebeu multa em casa Ervino diz nunca ter estado em Ivaiporã, mas recebeu multa em casa
Infração


Cabe ao proprietário do veículo notificado provar que não cometeu a infração. Para o recurso, é importante guardar os comprovantes

| Pedro de Castro

O aposentado Ervino Ferraz de Andrade, de 78 anos, recebeu em casa uma multa por avanço de sinal vermelho, às 22h10 de 26 de dezembro de 2009, na esquina da Avenida Paraná com a Praça Manoel Teodoro da Rocha, em Ivaiporã, Norte do estado. O problema é que ele mora em Curitiba, a 380 quilômetros do local, e nunca esteve no local da infração. “Imagina se eu faria uma viagem dessas na minha idade. O mais longe que vou é Campo Largo, visitar minha filha”, brinca. Provavelmente ele foi vítima da clonagem de veículos.

O recebimento de uma multa em horário e local estranhos ao proprietário do veículo remete, geralmente, a duas situações: a clonagem do veículo ou seu uso indevido de um estabelecimento onde ele estava guardado -- estacionamento ou oficina. Nesses casos, segundo o advogado especialista em trânsito Reginaldo Koga, a primeira providência é requerer o auto de infração à autoridade de trânsito para ter certeza de que não se trata de uma terceira opção -- erro do órgão fiscalizador. “Se a descrição do veículo no auto for diferente da notificação, houve um erro no processo. Nunca tratei de um caso assim, mas é bom garantir”, diz Koga.

Recursos e restrições

Andrade seguiu as recomendações e constatou que a descrição do modelo e cor conferiam com seu Corsa prata. “Expliquei em minha defesa que, naquela noite, estava com minha esposa, em casa. Mas responderam que minha alegação não era suficiente”, conta. Acontece que, por lei, os atos da autoridade de trânsito têm presunção de legitimidade. Ou seja, cabe ao cidadão apresentar provas de que não cometeu a infração. É nesse muro que esbarra a maioria dos recursos. “Muitos não sabem que precisam produzir evidências e preferem pagar, a contragosto, a procurar um especialista, porque sai mais barato”, avalia Koga.

Quando o proprietário tiver certeza de que o carro flagrado não é seu, deve suspeitar da clonagem, procurar a polícia e começar a levantar documentos e testemunhos que assegurem que ele não esteve lá. As provas e o próprio Boletim de Ocorrência vão embasar a defesa prévia à própria autoridade de trânsito e os recursos à Junta Administrativa de Recursos de Infrações (Jari) e ao Conselho Estadual de Trânsito (Cetran), se necessário. De acordo com decisão da Justiça, a multa só deve ser paga após o resultado final.

Mesmo que a multa seja municipal, o proprietário deve procurar o Detran. Se constatada a clonagem do veículo, o órgão faz a troca das placas do veículo regular. Já no caso de a infração ter sido cometida quando o carro estava no estacionamento ou na oficina, dificilmente a defesa será aceita.

Oficinas podem testar os automóveis na rua, mas devem usar uma placa especial. “É bem provável que a infração tenha ocorrido, mas no uso indevido do veículo por outros. O que o dono pode fazer é entrar na Justiça contra o estabelecimento”, orienta o advogado. Nesse caso, é necessário guardar os comprovantes do horário de entrada e saída. Eles constituirão prova essencial.

Fonte: Gazeta do Povo

MP determina suspensão de vendas do Corolla em MG

Divulgação/Toyota / O preço do veículo topo de linha quase chega a  R$ 90 mil. Mesmo assim, a marca japonesa espera vender 60 mil unidades  por ano

Decisão foi tomada após alguns modelos terem apresentado problemas de aceleração contínua

| Agência Estado

O Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) determinou a suspensão das vendas do Toyota Corolla em todo o Estado. A decisão administrativa cautelar, assinada na segunda-feira (19) pelo promotor da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Minas, Amauri Artimos da Matta, foi tomada após alguns modelos terem apresentado problemas de aceleração contínua. A determinação vale a partir desta quinta-feira (22) em todo o Estado.

Segundo o MP, a medida visa a "impedir que a vida, saúde e segurança dos consumidores continuem a ser expostas a riscos pela ausência de informação". O Procon determinou também a abertura de processo administrativo contra a Toyota do Brasil e duas concessionárias de Belo Horizonte. Na decisão, foram relatados nove casos de veículos que apresentaram o defeito.

O promotor afirmou que, em função de problemas semelhantes, a montadora vem realizando "recalls" nos Estados Unidos. Citou a substituição do tapete e correção do pedal do acelerador. No Brasil, ressaltou o MP, a Toyota entende que a convocação dos consumidores é desnecessária. Para o promotor, contudo, trata-se de um "comportamento omissivo", que leva também ao não cumprimento das boas práticas de revenda.

No mês passado, a Assembleia Legislativa de Minas realizou uma audiência pública para ouvir vítimas da suposta falha. Representantes da montadora compareceram à Assembleia no início de abril e o promotor determinou que as concessionárias fossem fiscalizadas.

Segundo o MP, os representantes da Toyota alegaram que os casos de aceleração súbita foram causados pela falta de fixação do tapete, mas essa informação não é dada ao consumidor no momento da compra, nem está visível no interior do veículo. "Ela consta apenas no manual de instruções do carro, o que não atende a exigências do Código de Defesa do Consumidor".

Pela determinação, a venda do modelo só será liberada quando a Toyota adotar as medidas determinadas pelo Procon: informar com clareza os riscos do produto e substituir os tapetes já revendidos no mercado por produtos seguros, melhorar o processo de fixação, além de promover o recolhimento dos tapetes que foram ou estejam sendo ofertados por sua rede concessionária.

Fonte: Gazeta do Povo

Antivírus falha e trava computadores no mundo inteiro

O programa sofreu uma atualização errada e, a partir daí, passou a considerar um arquivo do próprio sistema operacional Windows como se fosse um vírus


Uma falha no sistema de antivírus da empresa McAfee travou milhares de computadores mundo afora nesta quarta-feira (21). Segundo informações liberadas pela própria empresa, uma das maiores no ramo de software de segurança corporativa, o programa sofreu uma atualização errada e, a partir daí, passou a considerar um arquivo do próprio sistema operacional Windows como se fosse um vírus. Ao isolar o arquivo, o antivírus acabava travando a máquina.

A companhia publicou ainda na quarta-feira uma atualização que corrige o erro. De acordo com a McAfee, foram afetados apenas usuários que rodam suas máquinas com Windows XP e com a atualização Service Pack 3. Até o fechamento desta edição, não havia ainda uma estimativa exata de quantas pessoas haviam sido afetadas pelo problema, mas especulava-se que seriam dezenas de milhares.

De acordo com o site do jornal The New York Times, nos Estados Unidos a falha no antivírus chegou a ser responsável pelo cancelamento de cirurgias e por problemas com a polícia. No estado de Rhode Island, um terço dos hospitais teria tido problemas. Cirurgias eletivas foram canceladas. O desligamento de todos os computadores foi a solução encontrada em Kentucky.

A McAfee diz que está estudando a origem do problema e afirmou que está trabalhando para que a falha não se repita.

Fonte: Gazeta do Povo

De boné e outros males

Dora Kramer

De boné e outros

Toda manifestação de condenação a ilegalidades é bem posta. De autoridades ou postulantes a mandatos eletivos ainda mais. O contrário é que soa fora do esquadro. Portanto, a declaração da pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, sobre as últimas invasões de prédios públicos pelo MST, não requer reparos.

“É incorreto e ilegal. Não se pode conviver com ilegalidade estando no governo”, disse.

Talvez se pudesse cobrar dela um acréscimo, já que é candidata do governo, foi ministra da Casa Civil até outro dia, faz campanha apresentando-se justamente como corresponsável pelo êxito do presidente Luiz Inácio da Silva.

Uma explicação para o fato de o governo que representa conviver tão bem e há tanto tempo com as ilegalidades por ela precisamente definidas.

No mesmo dia em que a ex-ministra dava declarações escorreitas à Rádio Jornal de Per­­nambuco, uma comissão de invasores do prédio do Incra em Bra­­­sília e em mais seis estados era recebida pelo ministro do Planejamento e pelo presidente do Incra, separadamente, para discutir reivindicações.

Nenhuma novidade. As coisas se passam sempre assim. Mesmo quando as invasões têm conse­quências mais graves, deixam rastros de destruição e até vítimas. Há negociações, convivência, portanto.

Não foi a primeira vez, queira o bom senso que seja das últimas. O próximo “abril vermelho” alcançará Lula fora da Presidência. Descontada uma surpresa monumental, encontrará na cadeira presidencial Dilma Rousseff ou José Serra.

Conviria em breve que o pré-candidato tucano se pronunciasse a respeito. E Dilma, já que começou a abordar o tema poderia desde logo desenvolvê-lo.

Não no rumo que ganhou destaque no noticiário: se vestiria ou não o boné do MST como fez o presidente Lula no início de seu primeiro mandato nas dependências do Palácio do Planalto. Essa é uma questão de fácil solução.

Tanto que Dilma nem titubeou quando indagada a respeito: “Acho que não é cabível vestir o boné do MST. Governo é governo, movimento social é movimento social.” Bem como mãe é mãe, pai é pai e nada de novo se extrai disso.

O boné, assim como o simbolismo romântico do MST, perdeu-se em obsolescência no tempo.

A questão em pauta não é essa. O essencial é saber dos candidatos se o próximo governo cumprirá a lei que excluiu da reforma agrária terras invadidas e invasores, o que equivale cortar-lhes o acesso a verbas federais, ou se continuará sustentando o movimento e patrocinando a ilegalidade ao arrepio do Estado de Direito.

Diplomacia, apenas

O episódio que levou o presidente Lula a cometer o que seria mais uma de suas descortesias, não configurasse antes uma agressão ao Itamaraty e aos fatos, não foi fruto da “diplomacia de vira-latas” daquele Brasil substituído pelo outro fundado em janeiro de 2003.

Em janeiro de 2002, o então chanceler Celso Lafer em três aeroportos norte-americanos foi submetido a revistas e obrigado pelos seguranças a tirar os sapatos.

Tratamentos similares receberam os chanceleres do Canadá, da Rússia e do México. Já ao britânico não foi aplicada a regra geral de segurança.

Na primeira revista, Lafer comunicou o ocorrido ao embaixador brasileiro em Washington, Rubens Barbosa, que apresentou protestos junto ao governo norte-americano, todos inúteis.

Lafer só veio a receber pedidos formais de desculpas quando voltou ao Brasil por intermédio do então embaixador interino, Cristóbal Orozco.

Uma atitude altiva do ministro das Relações Exteriores seria qual, armar o chamado “comigo ninguém pode” na base da carteirada na frente de sabe-se lá quantos passageiros comuns igualmente revistados e sem sapatos?

Não, agiu diplomaticamente assim como os outros chanceleres que tiveram o princípio da imunidade diplomática desrespeitada pelos Estados Unidos, que, no caso, fez a diplomacia do pitbull atabalhoado.

O vexame ficou para a maior democracia do mundo, que ao aplicar uma simples regra de segurança de aeroporto se revelou discricionária.

Fonte: Gazeta do Povo

Magia negra contra Tancredo Neves?

Carlos Chagas

Os 25 anos da morte de Tancredo Neves continuam fazendo aflorar na memória uma série de episódios fundamentais para a compreensão da Nova República. Uns claros, outros ainda cercados de mistério. Vai o relato de um deles.

Naqueles idos, entre março e abril de 1985, com o presidente eleito internado num hospital de São Paulo e já submetido a seis operações, diminuía a expectativa de que pudesse recuperar-se. Mesmo assim, as esperanças continuavam.

Em Brasília, José Sarney governava interinamente, com o ministério antes escolhido por Tancredo.

Francisco Dornelles era ministro da Fazenda, nossa amizade vinha de longe. Quase todos os dias trocávamos informações sobre a saúde do presidente. Certa manhã recebo dele uma intimação: “Venha imediatamente ao meu gabinete, aqui na Esplanada.”

Fui. O gabinete estava vazio mas logo surge o ministro, de uma pequena porta ao lado. Pegando-me pelo braço, entramos numa pequena sala onde, sentados num sofá, estavam dois senhores de aspecto modesto, paletó sem gravata e camisa abotoada no colarinho. Meias brancas com sapatos pretos.

Dornelles apresentou-me como amigo, dizendo tratar-se de dois monges que há dias tentavam comunicar-se com ele. Recebeu-os naquela manhã, quando disseram pertencer a um mosteiro no interior de Goiás. Tinham vindo à capital federal informar o ministro e sobrinho do presidente que Tancredo estava sob os efeitos de um forte trabalho de magia negra. Como eram cultores da magia branca, punham-se à disposição para desfazer o mal.

Na presença dos monges, o ministro falou não haver acreditado numa palavra daquela história e já ia mandá-los embora quando um deles atalhou, pedindo para demonstrar o que diziam. Disse que no apartamento particular de Tancredo, numa das superquadras do Plano Piloto, estavam as provas do tal “trabalho”. Como se estivesse no ministério outro sobrinho do presidente, Gastão Neves, primo de Dornelles, foi pedido que acompanhasse os monges.

Nessa altura do relato que o ministro me fazia, ele aproximou-se de uma pequena mesa redonda, coberta por um lençol, que abriu e acentuou: “Veja o que eles acharam dentro do travesseiro do Tancredo”.

Um dos objetos era um boneco rústico, desses que a gente vê em filmes de vudu, todo espetado por alfinetes. O outro era um terço, tão a gosto das beatas, mas formando o perfil de uma cabeça humana.

Não entendi nada. Dornelles contou que na presença do Gastão os monges haviam ido pouco antes ao quarto de dormir de Tancredo e logo, com um canivete, abriram o travesseiro e retiraram as duas peças, que levaram ao ministério.

Fazer o quê? Foi quando um dos monges explicou estar ali a evidência do falavam. Havia apenas uma forma de desfazer o malefício: levar os dois objetos e colocá-los debaixo de uma queda d’água natural, o mais próximo possível de Brasília, e serem levados, os dois, ao quarto de Tancredo, no hospital paulista, para orações. Junto com o primo Gastão, encontraram pequena cachoeira de água límpida, nos arredores do entorno da cidade.

Enquanto isso, quando ainda estávamos na salinha, Dornelles tomou a decisão. Disse que continuava não acreditando em nada, mas, por via das duvidas, tomaria providências. Telefonou para o delegado Romeu Tuma, encarregado da segurança de Tancredo, no hospital de São Paulo, dizendo-lhe estar enviando dois amigos no jatinho particular do ministério. Encareceu a Tuma que os recebesse no aeroporto e fizesse o possível para atender-lhes os pedidos.

É claro que era proibido entrar no quarto de Tancredo, transformado em UTI. Os monges contentaram-se em ficar o mais próximo possível do ilustre doente. Tuma encontrou a solução colocando-os um andar acima, num quarto exatamente sobre o quarto de Tancredo. Lá, passaram a noite rezando.

Todos os dias a equipe médica que atendia o presidente divulgava um boletim, lido pelo professor-doutor chefe das operações hospitalares. Naquela tarde, um dia depois da passagem dos monges por Brasília, o país inteiro teve suas esperanças renovadas. Depois de anteriores e seguidas informações pessimistas, o médico anunciou que Tancredo havia tido sensível melhora, na pressão sanguínea e outros exames.

Eu estava em meu local de trabalho quando o telefone toca. Era Dornelles, que emocionado comenta: “Você viu? Não acredito, mas como desconhecer o que aconteceu?”

Semanas depois Tancredo morreu. Os monges sumiram, internando-se no mosteiro misterioso, tendo destruído o boneco e o terço. Concluí, apenas, que entre o céu e a terra existem coisas que nossa vã inteligência não explica…

Fonte: Tribuna da Imprensa

Primeiro os meus, depois...

Tasso Franco

Como havíamos previsto neste espaço, a aprovação do projeto de lei que autoriza o governo da Bahia a efetivar empréstimo de R$563,7 milhões junto ao BNDES para recompor seu caixa de investimentos abalado pela crise financeira de 2009, se constituiu numa “batalha” entre a base governista e a oposição na Assembleia Legislativa. E mostrou que, se não fossem manobras regimentais utilizadas pela Mesa, muito esforço do líder do governo, deputado Waldenor Pereira (PT), e uma ação pessoal do governador que teria ligado para todos deputados governistas, o projeto não seria aprovado.

Diz-se que, reza a tradição na Assembleia, momentos como os praticados na Casa Legislativa nas últimas 72 horas sempre existiram e vão existir em sua história. A questão é que o atual governo está com sua base de apoio fragilizada desde que o PMDB/PR/PSC tomaram outro rumo político, não tem mais maioria em algumas comissões importantes, e a votação em plenário mesmo usando os trunfos regimentais do Artigo 178 e outros apelos ficou apertadíssima. Tanto que o polêmico empréstimo bateu na trave com apenas 31 votos favoráveis e 2 nulos numa Casa que tem 63 deputados.

Mas passou e foi importante para o Estado que passasse. São recursos que, se bem aplicados em obras de infraestrutura e segurança como relatam a mensagem do governador e a defesa da liderança do governo, e não desviados para custeio e uso eleitoreiro, como sustentou a oposição durante mais de 30 horas de sessões contínuas, tornam-se imprescindíveis. A questão, agora, é saber se o BNDES terá agilidade para disponibilizar esses investimentos com rapidez e onde serão aplicados.

O líder da oposição, deputado Heraldo Rocha (DEM), e o líder do PMDB, deputado Leur Lomanto Jr, desconfiam das duas coisas: que o dinheiro chegue logo à Bahia, até porque sequer foi liberado pelo BNDES a segunda parcela de um empréstimo de R$380 milhões aprovado pela ALBA no ano passado (só veio R$178 milhões), e em chegando à Bahia esses recursos, argúem que têm certeza da aplicabilidade em obras eleitoreiras para atender políticos ligados ao governador e sua chapa à reeleição.

O líder do governo, deputado Waldenor Pereira (PT), tem uma argumentação inversa e sustenta que os recursos serão para todos. Ou seja, pode até uma obra de infraestrutura beneficiar deputados da oposição, porque o território baiano é imenso e essa delimitação de quem é dono político deste ou daquele pedaço não existe. De bom coração, evidente que essa afirmação também é verdade. Mas, na prática, ninguém acredita que o governador Wagner leve consigo Leur ou Heraldo para uma inauguração de obras.

Vive-se época de ano eleitoral. E, embora o governo difunda em sua marca que a “Bahia é de Todos Nós”, natural que primeiro os meus e depois os teus. Todo governo é assim e o de Wagner não poderia fugir a essa regra porque se assim agir, magistrado pleno, o que não existe na política, perde a competitividade. Ademais, a crise de 2009 deu uma atropelada séria nos investimentos do Estado com rubrica própria e maleável, diferente daquelas que já vêm carimbadas com a marca federal, e esses novos recursos são importantíssimos para os planos do governador.

Em certo sentido, foi mais importante do que esse debate estéril em relação à composição final de sua chapa.
Fonte: Correio da Bahia

Lula, agora, diz que é a favor da reeleição e planeja conversa com Ciro

Folhapress

Em entrevista publicada na edição desta quarta-feira (21) do jornal "Correio Braziliense", o presidente Lula admite que mudou de oposição sobre a reeleição. Agora, segundo ele, é a favor dessa opção eleitoral.

Sem citar nomes e datas, o petista disse que foi procurado recentemente por um interlocutor do PSDB para propor uma parceria com o PT pela aprovação do mandato de cinco anos e pelo fim da reeleição --o que foi defendido nesta semana pelo pré-candidato tucano, José Serra.

"Eu falei para meu companheiro interlocutor: 'Olha, eu era contra a reeleição, agora eu quero que tenha a reeleição mesmo se você [tucano] ganhar, porque em quatro anos você não consegue fazer nenhuma obra estruturante, nenhuma'."

Ele justificou: "Entre você pensar uma grande obra, fazer projeto básico, executivo, tirar licença ambiental, enfrentar o Judiciário, enfrentar o Tribunal de Contas e vencer todos os obstáculos, termina o mandato e você não começa a obra, sabe? Então eu falei [ao interlocutor]: 'Não quero mais o fim da reeleição'".

Na mesma entrevista, o presidente admitiu que pretende conversar com Ciro Gomes (PSB) sobre sua pré-candidatura ao Planalto e disse que a "guerra" do PT mineiro não resolve nada, numa referência às prévias agendadas entre Patrus Ananias e Fernando Pimentel.

"Essas guerras não resolvem o problema. As pessoas pensam que podem fazer insultos, provocações e, depois, botar um papel em cima. No PT não volta à normalidade."

Ao "Correio" Lula falou com entusiasmo da opção do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), para a vaga de vice na chapa de Dilma Rousseff. "Se ele for o indicado pelo partido, dará a tranquilidade de que nós não teremos problemas de governabilidade."

O presidente também relatou uma conversa que teve com o senador Aloizio Mercadante, pré-candidato petista ao governo de São Paulo.

"O PT não precisa provar para ninguém que tem 30% dos votos em São Paulo. Precisamos arrumar os outros 20%. Eu disse a Mercadante: 'É preciso que você arrume o teu José Alencar'. O Alencar teve importância para mim que não é a quantidade de votos, mas na quantidade de preconceito que quebrou."

No início desta semana, Serra defendeu o mandato de cinco anos sem reeleição e disse que levará essa questão para o Congresso, se for eleito.

"Eu conversei com Lula, ele estava de acordo, mas depois mudou de ideia. Eu espero que ele mude de novo, porque Lula, mesmo fora do governo, vai ter um peso político muito grande e eu pretendo manter o diálogo com ele", disse o tucano.

Fonte: Correio da Bahia

Pichador arrependido diz que vai se entregar à polícia nesta quinta-feira

Com cara de arrependido, voz embargada, e demonstrando alguma surpresa pela recompensa que ofereceram por sua captura, o pintor de paredes Paulo Souza dos Santos, de 28 anos, confessou, na noite desta quarta-feira (21), que pichou a estátua do Cristo Redentor na noite de quarta-feira (14).

Ele admite que não esperava que isso fosse causar tanta repercussão e, ao lado do pastor Marcos Pereira da Silva, a quem procurou para pedir apoio, foi orientado a se entregar à polícia nesta quinta-feira (22). Morador de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, Paulo é casado, pai de um filho de quatro anos. A mulher do ex-soldado do Exército está grávida de quatro meses.

Os responsáveis pelo vandalismo serão acusados por crime ambiental e injúria discriminatória e, se condenados, podem pegar até quatro anos de prisão. O advogado Alexandre Magalhães, que acompanhou as declarações do pintor ao lado do pastor Marcos e do cantor Waguinho, integrante da Igreja Assembléia dos Últimos Dias, espera que ele responda pelas acusações em liberdade. Informações são do G1.

Justiça suspende 26 procedimentos da PF da Bahia

Agência Estado

A Justiça Federal determinou liminarmente a paralisação de 15 procedimentos disciplinares e 11 sindicâncias que têm como alvo delegados, agentes e escrivães da Superintendência da Polícia Federal na Bahia. Policiais sob investigação teriam agido com negligência, descaso e omissão na condução de inquéritos abertos há mais de 5 anos e sem solução à vista.

A decisão que manda suspender os trabalhos de duas comissões permanentes disciplinares é da juíza Marla Consuelo Santos Marinho, da 6.ª Vara Federal em Salvador. Ela acolheu mandado de segurança subscrito por seis delegados que se insurgiram contra a fiscalização da Corregedoria Geral da PF. A iniciativa dos delegados interrompe o mais ambicioso projeto da cúpula da PF, que classifica como afronta à atividade precípua de polícia judiciária que lhe é atribuída pela Constituição.

Logo que assumiu a direção geral da PF, em 2008, o delegado Luiz Fernando Corrêa ordenou celeridade nos inquéritos. Ele convocou a Corregedoria para inspecionar as superintendências e verificar motivos do encalhe. Na maioria dos Estados o jogo virou. Mas, desde setembro de 2009, foi constatada "baixíssima produtividade" na PF da Bahia, após a Corregedoria abrir correição extraordinária.

No primeiro trimestre de 2010, depois que a Corregedoria deslocou contingente de escrivães para reforçar a superintendência de Salvador, a meta foi batida. Mas a Corregedoria identificou "condutas temerárias" que, em sua avaliação, devem ser rigorosamente investigadas internamente. A Corregedoria abriu 26 procedimentos divididos em 15 ações de caráter administrativo e 11 sindicâncias e mobilizou 14 servidores de Brasília para integrar as comissões permanentes de disciplina.

Agora, esses servidores estão de braços cruzados por força da suspensão das sindicâncias que abrangem não apenas os autores do mandado de segurança, "mas muitos outros profissionais, entre delegados, escrivães, agentes e administrativos". A direção da PF avalia que a decisão foi grave revés para o programa de agilização dos inquérito e teme a repercussão negativa da paralisação dos procedimentos disciplinares em todas as superintendências. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo./A Tarde

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