A Bahia Pesca inaugura hoje as 3 primeiras unidades demonstrativas de piscicultura em tanques-rede nas cidades de Vitória da Conquista, Anagé e Ibiassucê – os tanques serão povoados com alevinos de tilápia. O projeto integra o Plano de Desenvolvimento da Aqüicultura da Bahia, que visa fomentar a criação de peixes como alternativa de geração de emprego e renda. Em Conquista, o povoamento acontece, nos 40 tanques entregues pela Bahia Pesca, empresa da Seagri. A ação vai beneficiar as comunidades de Saquinho, Volta Grande, São Domingos e Iguá, totalizando 132 associados. Já nos municípios de Anagé e Ibiassucê, o ato acontece na sexta-feira, beneficiando 117 associações. O investimento total do projeto Unidades Demonstrativas de Piscicultura em Tanques-rede será de R$ 5,647 milhões e conta com o financiamento do Funcep e apoio para a execução da Uneb e da Uesb. Até o final deste mês, mais 29 módulos serão implantados em Xique-Xique, Jequié, Brumado, Ruy Barbosa e Cayru. A Bahia produz hoje apenas 80 mil toneladas de pescado, sendo que somente 20% desse total é oriundo das atividades da aqüicultura no Estado, número considerado insuficiente. Apesar das atividades produtivas em piscicultura estarem concentradas no pólo produtivo de Paulo Afonso, outros territórios na Bahia podem ser beneficiados pela implantação de projetos produtivos. Marisqueiras dos municípios de Maragojipe e Cachoeira receberão um importante incentivo do governo baiano. Através da Sedes, elas serão beneficiadas com 160 kits, que vão possibilitar melhores condições para o desenvolvimento das suas atividades. A ação será viabilizada por meio de convênio, entre representantes da Sedes e do Instituto Brasileiro de Educação e Negócios Sustentáveis. A solenidade acontece no Centro de Cultura de Maragojipe. Os kits marisqueiras vão beneficiar exclusivamente famílias inseridas no programa Bolsa Família, que a partir desta iniciativa, terão maior incremento na renda.
Empresas serão selecionadas para executar regularização de assentamentos
Está aberto um processo licitatório para a contratação de empresas para elaboração de estudos ambientais e peças técnicas em 53 assentamentos. A ação visa à obtenção do licenciamento ambiental em áreas de reforma agrária e beneficiará 3.182 famílias situadas nos quatro Territórios da Cidadania do Estado: Sisal, Velho Chico, Chapada Diamantina e Sul. No dia 19 de novembro, ocorrerá o recebimento e a abertura de envelopes para habilitação e propostas das empresas que queiram participar do processo licitatório. Essa etapa será realizada na superintendência regional do Incra, na Bahia, situada no CAB. O investimento previsto é de R$ 1.491.178,00. A licitação, na modalidade Tomada de Preço, está dividida em sete lotes. Os 53 assentamentos terão a regularidade ambiental diretamente protocolada junto ao Instituto do Meio Ambiente, órgão do governo do Estado. O conteúdo do edital pode ser obtido no endereço no site do Incra. No Território da Cidadania do Velho Chico serão beneficiados 19 assentamentos com 1.457 famílias. Outras 844 famílias de 14 assentamentos, no Território da Cidadania da Chapada Diamantina, também terão estudos ambientais e a elaboração de peças técnicas realizadas. No Território da Cidadania do Sul, 11 assentamentos com 554 famílias serão favorecidos. Outros nove assentamentos, no Território da Cidadania do Sisal, com 327 famílias também terão protocolados os licenciamentos ambientais.
Fonte: Tribuna da Bahia
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sexta-feira, outubro 31, 2008
Rompimento com o PMDB está por um fio
Tribuna da Bahia Notícias-----------------------
O mal estar entre o PT e o PMDB, instaurado na sucessão municipal, que colocou as duas siglas frente a frente, pode chegar ao fim de forma “drástica”. Informações dão conta de que tão logo o governador Jaques Wagner retorne do exterior, o rompimento com um dos maiores partidos no Legislativo estadual estaria selado de forma definitiva. A idéia inicial de Wagner, segundo circula nos bastidores, seria abrir espaço no governo para o PP, partido que almeja há meses fazer parte da base, utilizando para isso, entretanto, as pastas que hoje estão nas mãos de peemedebistas, a exemplo da de Infra-Estrutura, sob a responsabilidade de Batista Neves. Decisão esta que os peemedebistas não aceitariam em hipótese alguma e, conseqüentemente, acabariam por decretar o tão ensaiado rompimento. Vale ressaltar que, ainda que por outros motivos – pessoais – , a largada já foi dada por Maria Luíza, esposa do prefeito João Henrique, que abandonou a base governista, embora declare apoiar os projetos de interesse do Estado. O “estopim” teria sido a possibilidade de ver o PMDB sair vitorioso em mais uma disputa, desta vez a que envolve a presidência da Assembléia Legislativa da Bahia, onde nem mesmo o risco de perder o apoio de nove deputados e ver os seus projetos travados, para contar com apenas cinco do PP o faria mudar de idéia. O peemedebista Arthur Maia, já deixou claro o seu desejo de presidir a AL, assim como o atual presidente Marcelo Nilo (PSDB), indicação de Wagner na legislatura passada, a sua vontade de reeleger-se. Procurado pela Tribuna, o deputado federal e presidente do PP na Bahia, Mário Negromonte não descarta uma negociação futura com o governador. “Não existe nada acertado. Mas, há muito estamos conversando com Wagner, neste sentido. O último contato foi no ano passado, mas uma conversa não está descartada”, destacou. Os deputados estaduais, por sua vez, apesar de não esconderem a insatisfação quanto ao fogo cruzado, pelo menos por enquanto, preferem se esquivar da polêmica. Este foi o caso da parlamentar Virginia Hage. “Tudo não passa de especulação. O governador ainda não teve nenhuma conversa conosco sobre isso. Portanto, o PMDB continua marchando ao lado do PT”, garantiu, deixando escapar que “ao nosso conhecimento não chegou nada ainda de concreto”. Enquanto isso, o fato é que já é grande a corrida pela presidência da AL. Se por um lado o peemedebista acusa o tucano de tentar destituir as lideranças das bancadas, no sentido de favorecer o governo e assegurar a sua reeleição e afirma ainda, que o seu partido possui documento assinado por Nilo em que ele se compromete a não disputar a presidência novamente – “essa questão virá à tona em momento oportuno” –, o atual presidente não deixa por menos e rebate as acusações. De acordo com ele, o documento citado pelo deputado peemedebista diz apenas que havia se comprometido a apoiar o candidato ao seu atual cargo indicado pela base do governo Wagner. “Além disso, quando assumi o compromisso, sequer era presidente da Casa. Vou apoiar o candidato da base, mas como eu faço parte de um partido da base e ela resolver por bem me indicar, vou pensar no assunto. Assim, cumpro a promessa e apóio o candidato da base”, declarou. (Por Fernanda Chagas)
Até fevereiro, Assembléia vive eleição do presidente
A luta pela presidência da Assembléia Legislativa está deflagrada e promete preencher, por motivos variados, os três meses que decorrerão até a eleição, em 2 de fevereiro de 2009. Da última vez, dois anos atrás, o foco estava voltado para o governador recém-eleito, Jaques Wagner, e para a composição de seu secretariado, e o PMDB era um aliado indiscutível, tanto que, apesar de pleitear a cadeira, terminou acatando as ponderações do governador para apoiar a eleição do deputado Marcelo Nilo (PSDB). O quadro que se desenha agora é tal que, se as oito vagas da Mesa fossem todas de presidente da Casa, possivelmente não seriam suficientes para atender aos pretendentes. Além do próprio Nilo, que teria recebido autorização de Wagner para trabalhar seu nome, colocam-se no páreo os peemedebistas Arthur Maia e Luciano Simões, que é primeiro secretário, o líder do PR-PRTB, Elmar Nascimento, e os deputados Edson Pimenta (PCdoB) e Jurandy Oliveira (PRTB). O PT, dono da maior bancada governista e que, em nome do projeto estadual, abriu mão em 2007, pode oferecer para a disputa os nomes do líder da maioria, Waldenor Pereira, e de Paulo Rangel, que anunciou para amanhã uma reunião da bancada para discutir a questão. Na perspectiva de fissura no bloco governista, o direito de sonhar cabe até a parlamentares do DEM, como Paulo Azi ou o líder da minoria, Gildásio Penedo. Por fora, como soluções conciliatórias, são citados o líder do PP-PRP, Roberto Muniz, e o ex-presidente Reinaldo Braga (PSL). Na Assembléia, comenta-se que o governador irá empenhar-se muito pela reeleição de Nilo, porque seria difícil emplacar um petista e há a crença de que “acabou o governo” se o próximo presidente não for alinhado a Wagner. Caso venham a ser acertados os ponteiros entre o governador e o ministro Geddel Vieira Lima, é consenso que o PMDB cederá mais uma vez a preferência ao governador. Entre os postulantes à presidência, o deputado Luciano Simões (PMDB) não faz questão de sigilo nem modéstia: “Sou o candidato declarado mais forte”. Simões alega que seu partido está decidido a disputar a eleição e que ele é o membro mais antigo da bancada, com seis mandatos. Confrontado com o fato de que o deputado Arthur Maia também tem muitos anos na Casa, contemporiza: “Na hora certa, vamos sentar e ver quem tem mais apoio”. (Por Luis Augusto Gomes)
Parlamentar nega ausências
Simões contesta o argumento de que é pouco freqüente e que, por isso, não teria a simpatia dos seus pares. “Sou o deputado mais freqüente. Chego aqui às 7 da manhã e só saio às 8 da noite. É que o primeiro secretário tem mais atividade fora do plenário. Administro a Casa e despacho de 100 a 200 documentos todo dia. Conto com apoio em todos os partidos: no governo, na oposição e nos independentes”. O deputado Elmar Nascimento, que esteve no centro da polêmica entre o governo e o PR por causa de sua frustrada indicação para a Secretaria da Agricultura, não assume abertamente a disposição de presidir a Assembléia, limitando-se a dizer poderá ser candidato “a depender das circunstâncias”, isto é, ter a “capacidade de aglutinação” que considera indispensável para a disputa. Ele acha que o atual presidente, Marcelo Nilo, perdeu as condições de reeleger-se “porque vem sendo o articulador do governo, quando deveria ser independente”. Lembrando que Nilo defendeu o governo nas recentes querelas envolvendo o prefeito João Henrique e o ex-governador Paulo Souto, Elmar afirma que “ele se credencia junto a Wagner, mas fecha portas na Assembléia, onde o sentimento é por um perfil de independência”. O líder nada revela de suas articulações, e justifica: “Tenho amizades, mas não vou dizer o caminho das pedras. Só digo uma coisa: se for candidato, é para ganhar”. (Por Luis Augusto Gomes)
Deputados não foram bem sucedidos nas eleições
Vários deputados federais e estaduais baianos entraram na disputa das eleições municipais deste ano, mas a maioria deles não conseguiu sucesso. Dos deputados federais que disputaram o pleito no último dia 5, apenas Guilherme Menezes (PT) conseguiu se eleger prefeito em Vitória da Conquista, e Jusmari Oliveira (PR) em Barreiras. Também se candidataram, mas foram derrotados, os deputados Walter Pinheiro (PT) e ACM Neto (DEM) em Salvador, Tonha Magalhães (DEM) em Candeias, Sérgio Carneiro (PT) e Colbert Martins (PMDB) em Feira de Santana, e Joseph Bandeira (PT) em Juazeiro, além de Márcio Marinho (PR) e Lídice da Mata (PSB), que disputaram como vice em Salvador. Na Assembléia Legislativa, o número de deputados que disputou a eleição foi maior do que na Câmara Federal. Contudo, entre os que disputaram apenas Tarcizio Pimenta (DEM) conseguiu se eleger prefeito de Feira de Santana (no primeiro turno), e Zé das Virgens (PT) em Irecê. Mas também disputaram a eleição, sem sucesso, os deputados Fábio Santana (PMDB) em Itabuna, Roberto Muniz (PP) em Lauro de Freitas, Isaac Cunha (PT) em Jequié, e Roberto Carlos (PDT) em Juazeiro. Há ainda o caso do deputado Adolfo Meneses (PRP), que disputou a eleição como candidato a vice na chapa de Dr. Chiquinho, em Campo Formoso, mas também foi derrotado. Mesmo sem disputar diretamente a eleição, vários parlamentares foram representados por pessoas da família, principalmente esposos, esposas, mães, pais ou filhos. Entre os que tiveram parentes disputando a eleição, a deputada Maria Luiza Carneiro (PMDB) foi a que obteve a vitória mais representativa. Esposa do prefeito João Henrique, a reeleição do peemedebista em Salvador veio coroar a sua rebeldia, já que antes mesmo do pleito se encerrar ela já anunciava a sua independência na Assembléia Legislativa. (Por Evandro Matos)
Governador se reúne com diretoria mundial da PepsiCo
O governador Jaques Wagner está em Nova Iorque para cumprir agenda de contatos com dirigentes de grandes empresas norte-americanas até hoje. Amanhã, Wagner e comitiva se juntam aos governadores Marcelo Deda (SE) e Eduardo Campos (PE) para uma série de compromissos formais com a embaixada brasileira nos Estados Unidos e com representantes da American Airlines. Os três governadores e demais convidados da empresa aérea chegarão a Salvador às 7h20 da próxima segunda-feira (3), no vôo inaugural Miami-Salvador. O Vôo 980 é o único destinado a Salvador, principal portão de entrada internacional do Nordeste, com freqüência diária e 225 lugares.Na tarde de ontem Jaques Wagner visitou a matriz da Hardesty & Hanover (H & H) - empresa especializada em consultoria de serviços de engenharia de transportes, especialmente de diversos tipos de pontes - e a alguns dos empreendimentos planejados ou executados por ela. Logo mais, às 20h (19h local) o governador jantou com a diretoria mundial da PepsiCo, fabricante de refrigerantes, sucos e salgadinhos, com receita líquida anual de US$ 39 bilhões.Até o final de novembro a diretoria da empresa será recebida pelo governo baiano em Feira de Santana para o lançamento da pedra fundamental da nova fábrica do grupo. Serão investidos R$ 5 milhões na primeira etapa do empreendimento, com geração de 200 empregos e produção de salgadinhos. Outros R$ 5 milhões serão investidos na segunda etapa do projeto, quando a nova unidade da PepsiCo passará a produzir leite com sabores diversos e achocolatado em pó. Hoje, o governador e os secretários Rafael Amoedo (Indústria, Comércio e Mineração) e Carlos Martins (Fazenda) visitarão a sede da empresa e terão uma reunião de trabalho com John Compton, principal executivo da PesiCo Americas Foods, e dirigentes da empresa para a América Latina e Brasil.
Fonte: Tribuna da Bahia
O mal estar entre o PT e o PMDB, instaurado na sucessão municipal, que colocou as duas siglas frente a frente, pode chegar ao fim de forma “drástica”. Informações dão conta de que tão logo o governador Jaques Wagner retorne do exterior, o rompimento com um dos maiores partidos no Legislativo estadual estaria selado de forma definitiva. A idéia inicial de Wagner, segundo circula nos bastidores, seria abrir espaço no governo para o PP, partido que almeja há meses fazer parte da base, utilizando para isso, entretanto, as pastas que hoje estão nas mãos de peemedebistas, a exemplo da de Infra-Estrutura, sob a responsabilidade de Batista Neves. Decisão esta que os peemedebistas não aceitariam em hipótese alguma e, conseqüentemente, acabariam por decretar o tão ensaiado rompimento. Vale ressaltar que, ainda que por outros motivos – pessoais – , a largada já foi dada por Maria Luíza, esposa do prefeito João Henrique, que abandonou a base governista, embora declare apoiar os projetos de interesse do Estado. O “estopim” teria sido a possibilidade de ver o PMDB sair vitorioso em mais uma disputa, desta vez a que envolve a presidência da Assembléia Legislativa da Bahia, onde nem mesmo o risco de perder o apoio de nove deputados e ver os seus projetos travados, para contar com apenas cinco do PP o faria mudar de idéia. O peemedebista Arthur Maia, já deixou claro o seu desejo de presidir a AL, assim como o atual presidente Marcelo Nilo (PSDB), indicação de Wagner na legislatura passada, a sua vontade de reeleger-se. Procurado pela Tribuna, o deputado federal e presidente do PP na Bahia, Mário Negromonte não descarta uma negociação futura com o governador. “Não existe nada acertado. Mas, há muito estamos conversando com Wagner, neste sentido. O último contato foi no ano passado, mas uma conversa não está descartada”, destacou. Os deputados estaduais, por sua vez, apesar de não esconderem a insatisfação quanto ao fogo cruzado, pelo menos por enquanto, preferem se esquivar da polêmica. Este foi o caso da parlamentar Virginia Hage. “Tudo não passa de especulação. O governador ainda não teve nenhuma conversa conosco sobre isso. Portanto, o PMDB continua marchando ao lado do PT”, garantiu, deixando escapar que “ao nosso conhecimento não chegou nada ainda de concreto”. Enquanto isso, o fato é que já é grande a corrida pela presidência da AL. Se por um lado o peemedebista acusa o tucano de tentar destituir as lideranças das bancadas, no sentido de favorecer o governo e assegurar a sua reeleição e afirma ainda, que o seu partido possui documento assinado por Nilo em que ele se compromete a não disputar a presidência novamente – “essa questão virá à tona em momento oportuno” –, o atual presidente não deixa por menos e rebate as acusações. De acordo com ele, o documento citado pelo deputado peemedebista diz apenas que havia se comprometido a apoiar o candidato ao seu atual cargo indicado pela base do governo Wagner. “Além disso, quando assumi o compromisso, sequer era presidente da Casa. Vou apoiar o candidato da base, mas como eu faço parte de um partido da base e ela resolver por bem me indicar, vou pensar no assunto. Assim, cumpro a promessa e apóio o candidato da base”, declarou. (Por Fernanda Chagas)
Até fevereiro, Assembléia vive eleição do presidente
A luta pela presidência da Assembléia Legislativa está deflagrada e promete preencher, por motivos variados, os três meses que decorrerão até a eleição, em 2 de fevereiro de 2009. Da última vez, dois anos atrás, o foco estava voltado para o governador recém-eleito, Jaques Wagner, e para a composição de seu secretariado, e o PMDB era um aliado indiscutível, tanto que, apesar de pleitear a cadeira, terminou acatando as ponderações do governador para apoiar a eleição do deputado Marcelo Nilo (PSDB). O quadro que se desenha agora é tal que, se as oito vagas da Mesa fossem todas de presidente da Casa, possivelmente não seriam suficientes para atender aos pretendentes. Além do próprio Nilo, que teria recebido autorização de Wagner para trabalhar seu nome, colocam-se no páreo os peemedebistas Arthur Maia e Luciano Simões, que é primeiro secretário, o líder do PR-PRTB, Elmar Nascimento, e os deputados Edson Pimenta (PCdoB) e Jurandy Oliveira (PRTB). O PT, dono da maior bancada governista e que, em nome do projeto estadual, abriu mão em 2007, pode oferecer para a disputa os nomes do líder da maioria, Waldenor Pereira, e de Paulo Rangel, que anunciou para amanhã uma reunião da bancada para discutir a questão. Na perspectiva de fissura no bloco governista, o direito de sonhar cabe até a parlamentares do DEM, como Paulo Azi ou o líder da minoria, Gildásio Penedo. Por fora, como soluções conciliatórias, são citados o líder do PP-PRP, Roberto Muniz, e o ex-presidente Reinaldo Braga (PSL). Na Assembléia, comenta-se que o governador irá empenhar-se muito pela reeleição de Nilo, porque seria difícil emplacar um petista e há a crença de que “acabou o governo” se o próximo presidente não for alinhado a Wagner. Caso venham a ser acertados os ponteiros entre o governador e o ministro Geddel Vieira Lima, é consenso que o PMDB cederá mais uma vez a preferência ao governador. Entre os postulantes à presidência, o deputado Luciano Simões (PMDB) não faz questão de sigilo nem modéstia: “Sou o candidato declarado mais forte”. Simões alega que seu partido está decidido a disputar a eleição e que ele é o membro mais antigo da bancada, com seis mandatos. Confrontado com o fato de que o deputado Arthur Maia também tem muitos anos na Casa, contemporiza: “Na hora certa, vamos sentar e ver quem tem mais apoio”. (Por Luis Augusto Gomes)
Parlamentar nega ausências
Simões contesta o argumento de que é pouco freqüente e que, por isso, não teria a simpatia dos seus pares. “Sou o deputado mais freqüente. Chego aqui às 7 da manhã e só saio às 8 da noite. É que o primeiro secretário tem mais atividade fora do plenário. Administro a Casa e despacho de 100 a 200 documentos todo dia. Conto com apoio em todos os partidos: no governo, na oposição e nos independentes”. O deputado Elmar Nascimento, que esteve no centro da polêmica entre o governo e o PR por causa de sua frustrada indicação para a Secretaria da Agricultura, não assume abertamente a disposição de presidir a Assembléia, limitando-se a dizer poderá ser candidato “a depender das circunstâncias”, isto é, ter a “capacidade de aglutinação” que considera indispensável para a disputa. Ele acha que o atual presidente, Marcelo Nilo, perdeu as condições de reeleger-se “porque vem sendo o articulador do governo, quando deveria ser independente”. Lembrando que Nilo defendeu o governo nas recentes querelas envolvendo o prefeito João Henrique e o ex-governador Paulo Souto, Elmar afirma que “ele se credencia junto a Wagner, mas fecha portas na Assembléia, onde o sentimento é por um perfil de independência”. O líder nada revela de suas articulações, e justifica: “Tenho amizades, mas não vou dizer o caminho das pedras. Só digo uma coisa: se for candidato, é para ganhar”. (Por Luis Augusto Gomes)
Deputados não foram bem sucedidos nas eleições
Vários deputados federais e estaduais baianos entraram na disputa das eleições municipais deste ano, mas a maioria deles não conseguiu sucesso. Dos deputados federais que disputaram o pleito no último dia 5, apenas Guilherme Menezes (PT) conseguiu se eleger prefeito em Vitória da Conquista, e Jusmari Oliveira (PR) em Barreiras. Também se candidataram, mas foram derrotados, os deputados Walter Pinheiro (PT) e ACM Neto (DEM) em Salvador, Tonha Magalhães (DEM) em Candeias, Sérgio Carneiro (PT) e Colbert Martins (PMDB) em Feira de Santana, e Joseph Bandeira (PT) em Juazeiro, além de Márcio Marinho (PR) e Lídice da Mata (PSB), que disputaram como vice em Salvador. Na Assembléia Legislativa, o número de deputados que disputou a eleição foi maior do que na Câmara Federal. Contudo, entre os que disputaram apenas Tarcizio Pimenta (DEM) conseguiu se eleger prefeito de Feira de Santana (no primeiro turno), e Zé das Virgens (PT) em Irecê. Mas também disputaram a eleição, sem sucesso, os deputados Fábio Santana (PMDB) em Itabuna, Roberto Muniz (PP) em Lauro de Freitas, Isaac Cunha (PT) em Jequié, e Roberto Carlos (PDT) em Juazeiro. Há ainda o caso do deputado Adolfo Meneses (PRP), que disputou a eleição como candidato a vice na chapa de Dr. Chiquinho, em Campo Formoso, mas também foi derrotado. Mesmo sem disputar diretamente a eleição, vários parlamentares foram representados por pessoas da família, principalmente esposos, esposas, mães, pais ou filhos. Entre os que tiveram parentes disputando a eleição, a deputada Maria Luiza Carneiro (PMDB) foi a que obteve a vitória mais representativa. Esposa do prefeito João Henrique, a reeleição do peemedebista em Salvador veio coroar a sua rebeldia, já que antes mesmo do pleito se encerrar ela já anunciava a sua independência na Assembléia Legislativa. (Por Evandro Matos)
Governador se reúne com diretoria mundial da PepsiCo
O governador Jaques Wagner está em Nova Iorque para cumprir agenda de contatos com dirigentes de grandes empresas norte-americanas até hoje. Amanhã, Wagner e comitiva se juntam aos governadores Marcelo Deda (SE) e Eduardo Campos (PE) para uma série de compromissos formais com a embaixada brasileira nos Estados Unidos e com representantes da American Airlines. Os três governadores e demais convidados da empresa aérea chegarão a Salvador às 7h20 da próxima segunda-feira (3), no vôo inaugural Miami-Salvador. O Vôo 980 é o único destinado a Salvador, principal portão de entrada internacional do Nordeste, com freqüência diária e 225 lugares.Na tarde de ontem Jaques Wagner visitou a matriz da Hardesty & Hanover (H & H) - empresa especializada em consultoria de serviços de engenharia de transportes, especialmente de diversos tipos de pontes - e a alguns dos empreendimentos planejados ou executados por ela. Logo mais, às 20h (19h local) o governador jantou com a diretoria mundial da PepsiCo, fabricante de refrigerantes, sucos e salgadinhos, com receita líquida anual de US$ 39 bilhões.Até o final de novembro a diretoria da empresa será recebida pelo governo baiano em Feira de Santana para o lançamento da pedra fundamental da nova fábrica do grupo. Serão investidos R$ 5 milhões na primeira etapa do empreendimento, com geração de 200 empregos e produção de salgadinhos. Outros R$ 5 milhões serão investidos na segunda etapa do projeto, quando a nova unidade da PepsiCo passará a produzir leite com sabores diversos e achocolatado em pó. Hoje, o governador e os secretários Rafael Amoedo (Indústria, Comércio e Mineração) e Carlos Martins (Fazenda) visitarão a sede da empresa e terão uma reunião de trabalho com John Compton, principal executivo da PesiCo Americas Foods, e dirigentes da empresa para a América Latina e Brasil.
Fonte: Tribuna da Bahia
Combater pirataria é o mesmo que enxugar gelo
Por Lilian Machado
O delegado titular do Grupo Especializado na Proteção a Propriedade Intelectual (Geppi), Marcelo Tannus, comparou o combate à pirataria em Salvador à tarefa de “enxugar gelo”. Entre outras coisas, o coordenador do grupo da Polícia Civil responsável pela repressão aos produtos falsificados admitiu certo constrangimento da polícia diante de um número cada vez maior de falsificações e fez críticas ao Código Penal. Pessimista diante do modelo atual de repressão a pirataria, ele comparou o crime ao tráfico de drogas e considerou que somente punições mais rigorosas, inclusive aos ambulantes, seriam capazes de banir o problema. Em recordação a uma operação feita em conjunto com outros órgãos, no ano passado, Tannus resumiu o que, para ele, tem sido o combate à pirataria atualmente: “Apreendemos mais de 100 mil CDs e DVDs piratas, e, no outro dia, era como se não houvesse acontecido nada. É como enxugar gelo”, declarou. Em entrevista à Tribuna da Bahia, Tannus falou sem receios quanto a sua visão de um crime que tem se espalhado com rapidez pelas ruas da capital baiana.
Entrevista
TRIBUNA DA BAHIA - O Geppi foi criado no ano passado. De lá para cá, quantos produtos piratas já foram apreendidos em Salvador? MARCELO TANNUS – O Geppi foi criado em 13 de maio de 2007, porém não temos esse levantamento completo, tenho apenas de julho (último) para cá. Com relação a CDs e DVDs, já há algo em torno de 60 e 70 mil apreendidos, cigarro já foram cerca de 40 mil carteiras. Recentemente fizemos uma apreensão de livros, foram 511. Também apreendemos bonecos, foram 1.090 do modelo batman e 300 de um outro tipo. Na mesma operação apreendemos ainda selos da Barbie falsificados. TB - Então vocês atuam num leque extenso de falsificações? MT - É, tudo que viole direito autoral, sendo propriedade intelectual ou industrial, é de competência do Geppi. A gente trabalha com o leque aberto, para tudo. Mas, existe uma diferença da seguinte forma: Nem todo mundo sabe que existem as ações que são diferenciadas. TB – Quais são essas diferenças? MT - A diferença é que, nos casos de pirataria de CD e DVD, são ações públicas incondicionadas. Quer dizer, independe de uma queixa crime, independe de uma denúncia, de qualquer coisa. A gente tem que ir mesmo que seja na ponta, que é o camelô. Muita gente acha que o trabalho só é feito para descobrir o grande distribuidor, o grande fornecedor, mas não é bem assim. A gente trabalha combatendo diariamente, tanto o camelô quanto o distribuidor. A gente traz o camelô até mesmo para tentar descobrir quem está distribuindo, quem está fornecendo, porém eles, geralmente, não entregam. Eles acabam assumindo aquela quantidade de produtos como se fosse produzido por eles próprios. TB – E nos outros casos? MT - Nos casos de cigarro, tênis, camisa de marca, bolsa falsificada e etc., há uma dependência de representação das associações. Então, você vê o chinês, o camelô, na rua, vendendo tênis de marca, camisas, e outros produtos de várias marcas, nós também vemos, porém, se a gente não tiver uma representação formulada pelas empresas que representam aquelas marcas, nós não podemos fazer nada. Se fizermos, incorre em crime de abuso, porque a gente vai fazer uma coisa que não fomos provocados para fazer. TB – Então, vocês só podem atuar livremente no combate à pirataria de CDs? MT - Sim, CD, DVD e livros – obras fonográficas e literárias. Então, nestes casos, nós temos tranqüilidade para poder trabalhar. Agora, quando se trata de produtos industrializados, marcas, dependemos da representação. TB – Então, o senhor não considera contraditório que, justamente, um dos produtos que vocês têm liberdade quanto ao combate da pirataria seja o mais evidente nas ruas? MT - É verdade, mas é porque não adianta a gente apreender, como lhe disse, 60 mil DVDs se no outro dia a gente volta e encontra o mesmo lugar cheio de CDs e DVDs pirateados. Chega a ser uma coisa chata porque a gente prende todo dia gente e, no outro dia, tem mais camelôs com uma quantidade de produtos piratas, às vezes, até superior. Para se ter uma idéia, fizemos, ano passado, uma operação na rodoviária onde foram mais de 100 mil DVDs apreendidos – numa ação conjunta entre a Polícia Militar, Prefeitura, Receita Federal e Polícia Civil. Quer dizer, um contingente enorme, onde foi preciso cercar todo o perímetro da rodoviária, do Iguatemi e ainda tomar conta das passarelas – e, no outro dia, parecia que não tinha sido apreendido nada. A gente se sente até constrangido. Então, é como dizem: é o mesmo que enxugar gelo. TB - Isso seria por conta da maior facilidade em se falsificar um CD? MT - Sim, acredito que sim. Qualquer vendedor daquele ali pode ser um reprodutor para ele próprio. Até porque um computador, desses normais, é capaz de piratear CD ou DVD. Na Liberdade, por exemplo, apreendemos um computador com quatro torres, com seis baias, e eles usam programas que gastam de um minuto e meio a três minutos para gravar um filme de duas horas. Quer dizer, eles gravam 24 filmes ao mesmo tempo. Então, é fácil produzir e depois colocar alguém ou, até eles mesmos, para vender. TB – O Geppi já conseguiu identificar grandes fornecedores de produtos piratas? Quantos? MT - Não. A gente tem algumas informações em grandes centros do interior, como Feira de Santana e Vitória da Conquista, mas a gente ainda não conseguiu levantar o local. TB – Quais são as dificuldades? MT – O nosso efetivo é a nossa grande dificuldade. São apenas oito pessoas, apenas oito policiais, entre delegado e agentes para todo o Estado da Bahia e somente uma viatura. Então, ficamos limitados porque não tem condição de a gente estar fazendo uma investigação aqui e tentar descobrir uma outra coisa lá em Feira de Santana ou em Teixeira de Freitas, em Barreiras, em Juazeiro...é humanamente impossível, então a gente tenta fazer parceria. Geralmente é o Ministério Público quem solicita as ações de combate à pirataria fora da capital porque, geralmente, em cidades do interior os policiais não têm esse tipo de iniciativa. Então, a gente desloca uma equipe para o município e fazemos uma ação conjunta com policiais da área ou, às vezes, nem avisamos ao pessoal da unidade, vamos lá, fazemos o trabalho, e depois é que apresentamos o resultado. Mas, é como eu disse, nossas condições são muito limitadas. TB – Então, o atendimento aos municípios do interior ocorre somente mediante provocação do MP? MT - Na verdade, temos dificuldade com o efetivo, falta de condição de deslocamento, mas todo mês tem uma equipe viajando pelos municípios do interior, atuando no combate a falsificação de CD e cigarro, e isso é independente. Até porque são mais de 400 municípios e precisamos dar uma resposta, uma atenção, a todos eles. Porém ocorre que, se estamos lá, ficamos sem recursos para atuar aqui. Atualmente, a nossa equipe está em Serrinha e depois irá para o extremo sul do Estado. TB – Não seria hora de mudar a estratégia de combate, então? MT - A gente até já tentou fazer uma parceria com a Receita Federal no sentido de uma operação para tentar coibir a importação das mídias. A intenção era ver se tirando a matéria prima a gente conseguiria frear um pouco a falsificação, mas é difícil, pois as lojas que revendem as mídias são lojas que usam fachadas para outras coisas, então quando a gente tenta fiscalizar parece que não existe problema, está tudo regular. Para fiscalizar de modo mais detalhado a gente precisa de uma informação segura. Até porque para entrar num depósito mantido fora da loja é preciso um mandato e, para isso, necessitamos de informações concretas para que possamos entrar com representação e o juiz autorizar. Então, a gente está tentando ver com a Receita para ver se a gente consegue, pelo menos, nos portos e aeroportos fiscalizar de forma mais rigorosa a importação clandestina desse material. TB – Quer dizer que vocês acabam barrados pela própria Lei? MT - É, mas temos diversas parcerias, com a Receita Federal, com a Polícia Federal...na verdade, a gente precisa se cercar de todo mundo para tentar coibir esse crime. TB – E os compradores desses produtos? Há algum trabalho de conscientização neste sentido? MT - O Geppi não atua diretamente nesta questão, porém há associações que trabalham ostensivamente nesta conscientização. É algo importante até porque já existem estudos que dizem que grandes facções criminosas estão migrando para CD e DVD porque é mais lucrativo. É como no caso das drogas, o consumidor que alimenta o tráfico. A gente atua dando entrevista, esclarecendo à sociedade e, de certo modo, jogando a nossa gota d’água no oceano. TB – Muitas pessoas criticam a apreensão de produtos piratas, pois consideram que os camelôs são trabalhadores, pais de família? A questão social chega a provocar afrouxamento na fiscalização das falsificações? MT - De forma alguma, até porque, para cada camelô desses, existem seis pessoas desempregadas justamente por conta da pirataria. Resumindo, um vendedor equivale a seis pessoas desempregadas. A quantidade de locadoras de CDs e DVDs que fecharam em Salvador deixa isso claro. Quer dizer, as locadoras sentem o reflexo desse tipo de coisa e a conseqüência é demissão de funcionários, demissão de também um pai de família. Pode até ser que o camelô seja pai de família, trabalhador, é verdade, porém não podemos negar que nem todos estão inseridos neste contexto. Já prendemos gente com mandato de busca em aberto, criminosos. TB - O senhor acredita que algum dia a pirataria poderá ser extinta? MT – Acho que sim, porém é preciso haver uma grande mudança no que diz respeito à punição e fiscalização desse tipo de crime. Até agora a pirataria tem esbarrado em questões parecidas com as do tráfico de drogas, onde o traficante é punido com rigor, sem direito a afrouxamento de pena, e o usuário é tratado como doente e o máximo que ocorre é um termo circunstanciado (registro de infração de menor potencial ofensivo). Isso faz com que os camelôs entendam que podem continuar exercendo aquele papel com tranqüilidade. TB – A solução estaria em punições mais rigorosas? MT – Sim, é preciso radicalizar. Até então, eles (os camelôs) olham para o Geppi como se fosse apenas “o rapa”, onde se recolhe mercadorias e pronto. É preciso encarar as coisas de outro modo, até porque há falsificações de filmes pornográficos vendidas sem qualquer restrição. Quer dizer, além de tudo há a falta de respeito com as pessoas, o que ofende o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e o Código Penal. TB – Há alguma ação prevista para os próximos dias? MT - Estamos programando uma com relação a bonecos. Estamos firmando uma parceria com a CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas) e outros órgãos para tentarmos fazer uma operação no comércio da Avenida Sete porque eles (os lojistas) têm reclamado muito de que os camelôs acabam prejudicando as lojas, que pagam impostos e etc. Então, ainda estamos estudando para ver como poderá ser viabilizada uma operação grande como essa.
Produção de oficina do Mais Social é vendida em feira
Ter uma fonte de renda no futuro, com a produção de peças diferenciadas para um público que gosta de exclusividade, pode ser uma saída para as adolescentes de comunidades do bairro da Santa Cruz que freqüentam as oficinas de customização do Programa Mais Futuro, do Mais Social. A oficina acaba de receber uma grande doação de malhas e camisetas da Malharia Colomy, para finalização e exposição para vendas na feira de fim de ano do Mais Social. O programa está aberto às doações e quem quiser ajudar basta procurar o Mais Social no Parque da Cidade. Os tecidos podem ser sobras de produção e retalhos, pois tudo é aproveitado. A renda obtida com as vendas é revertida para a própria oficina. A formação profissional também é direcionada para a produção cênica, tendo as jovens, assim, mais uma alternativa de aprendizado. Além de receberem formação profissional, as 47 garotas de 13 a 18 anos participantes das oficinas de customização são formadas em cidadania e também têm atendimento psicológico, um trabalho de abertura de campo para vida, um trato na elevação da auto-estima. Elas podem ainda participar de outras oficinas socioculturais ancoradas no programa, como dança, teatro e coral. Os integrantes participam de atividades culturais extra classe com visita a museus, exposições e apresentações teatrais. O trabalho de customização das oficinas começa com o reaproveitamento de materiais doados, utilizados, em grande parte, em produções comemorativas do Mais Social, Emtursa e entidades carnavalescas. As meninas também trabalham na produção de camisetas com apliques. Esta produção foi vendida no 3º Encontro da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Sedes), onde o Mais Social instalou barracas.
Fonte: Tribuna da Bahia
O delegado titular do Grupo Especializado na Proteção a Propriedade Intelectual (Geppi), Marcelo Tannus, comparou o combate à pirataria em Salvador à tarefa de “enxugar gelo”. Entre outras coisas, o coordenador do grupo da Polícia Civil responsável pela repressão aos produtos falsificados admitiu certo constrangimento da polícia diante de um número cada vez maior de falsificações e fez críticas ao Código Penal. Pessimista diante do modelo atual de repressão a pirataria, ele comparou o crime ao tráfico de drogas e considerou que somente punições mais rigorosas, inclusive aos ambulantes, seriam capazes de banir o problema. Em recordação a uma operação feita em conjunto com outros órgãos, no ano passado, Tannus resumiu o que, para ele, tem sido o combate à pirataria atualmente: “Apreendemos mais de 100 mil CDs e DVDs piratas, e, no outro dia, era como se não houvesse acontecido nada. É como enxugar gelo”, declarou. Em entrevista à Tribuna da Bahia, Tannus falou sem receios quanto a sua visão de um crime que tem se espalhado com rapidez pelas ruas da capital baiana.
Entrevista
TRIBUNA DA BAHIA - O Geppi foi criado no ano passado. De lá para cá, quantos produtos piratas já foram apreendidos em Salvador? MARCELO TANNUS – O Geppi foi criado em 13 de maio de 2007, porém não temos esse levantamento completo, tenho apenas de julho (último) para cá. Com relação a CDs e DVDs, já há algo em torno de 60 e 70 mil apreendidos, cigarro já foram cerca de 40 mil carteiras. Recentemente fizemos uma apreensão de livros, foram 511. Também apreendemos bonecos, foram 1.090 do modelo batman e 300 de um outro tipo. Na mesma operação apreendemos ainda selos da Barbie falsificados. TB - Então vocês atuam num leque extenso de falsificações? MT - É, tudo que viole direito autoral, sendo propriedade intelectual ou industrial, é de competência do Geppi. A gente trabalha com o leque aberto, para tudo. Mas, existe uma diferença da seguinte forma: Nem todo mundo sabe que existem as ações que são diferenciadas. TB – Quais são essas diferenças? MT - A diferença é que, nos casos de pirataria de CD e DVD, são ações públicas incondicionadas. Quer dizer, independe de uma queixa crime, independe de uma denúncia, de qualquer coisa. A gente tem que ir mesmo que seja na ponta, que é o camelô. Muita gente acha que o trabalho só é feito para descobrir o grande distribuidor, o grande fornecedor, mas não é bem assim. A gente trabalha combatendo diariamente, tanto o camelô quanto o distribuidor. A gente traz o camelô até mesmo para tentar descobrir quem está distribuindo, quem está fornecendo, porém eles, geralmente, não entregam. Eles acabam assumindo aquela quantidade de produtos como se fosse produzido por eles próprios. TB – E nos outros casos? MT - Nos casos de cigarro, tênis, camisa de marca, bolsa falsificada e etc., há uma dependência de representação das associações. Então, você vê o chinês, o camelô, na rua, vendendo tênis de marca, camisas, e outros produtos de várias marcas, nós também vemos, porém, se a gente não tiver uma representação formulada pelas empresas que representam aquelas marcas, nós não podemos fazer nada. Se fizermos, incorre em crime de abuso, porque a gente vai fazer uma coisa que não fomos provocados para fazer. TB – Então, vocês só podem atuar livremente no combate à pirataria de CDs? MT - Sim, CD, DVD e livros – obras fonográficas e literárias. Então, nestes casos, nós temos tranqüilidade para poder trabalhar. Agora, quando se trata de produtos industrializados, marcas, dependemos da representação. TB – Então, o senhor não considera contraditório que, justamente, um dos produtos que vocês têm liberdade quanto ao combate da pirataria seja o mais evidente nas ruas? MT - É verdade, mas é porque não adianta a gente apreender, como lhe disse, 60 mil DVDs se no outro dia a gente volta e encontra o mesmo lugar cheio de CDs e DVDs pirateados. Chega a ser uma coisa chata porque a gente prende todo dia gente e, no outro dia, tem mais camelôs com uma quantidade de produtos piratas, às vezes, até superior. Para se ter uma idéia, fizemos, ano passado, uma operação na rodoviária onde foram mais de 100 mil DVDs apreendidos – numa ação conjunta entre a Polícia Militar, Prefeitura, Receita Federal e Polícia Civil. Quer dizer, um contingente enorme, onde foi preciso cercar todo o perímetro da rodoviária, do Iguatemi e ainda tomar conta das passarelas – e, no outro dia, parecia que não tinha sido apreendido nada. A gente se sente até constrangido. Então, é como dizem: é o mesmo que enxugar gelo. TB - Isso seria por conta da maior facilidade em se falsificar um CD? MT - Sim, acredito que sim. Qualquer vendedor daquele ali pode ser um reprodutor para ele próprio. Até porque um computador, desses normais, é capaz de piratear CD ou DVD. Na Liberdade, por exemplo, apreendemos um computador com quatro torres, com seis baias, e eles usam programas que gastam de um minuto e meio a três minutos para gravar um filme de duas horas. Quer dizer, eles gravam 24 filmes ao mesmo tempo. Então, é fácil produzir e depois colocar alguém ou, até eles mesmos, para vender. TB – O Geppi já conseguiu identificar grandes fornecedores de produtos piratas? Quantos? MT - Não. A gente tem algumas informações em grandes centros do interior, como Feira de Santana e Vitória da Conquista, mas a gente ainda não conseguiu levantar o local. TB – Quais são as dificuldades? MT – O nosso efetivo é a nossa grande dificuldade. São apenas oito pessoas, apenas oito policiais, entre delegado e agentes para todo o Estado da Bahia e somente uma viatura. Então, ficamos limitados porque não tem condição de a gente estar fazendo uma investigação aqui e tentar descobrir uma outra coisa lá em Feira de Santana ou em Teixeira de Freitas, em Barreiras, em Juazeiro...é humanamente impossível, então a gente tenta fazer parceria. Geralmente é o Ministério Público quem solicita as ações de combate à pirataria fora da capital porque, geralmente, em cidades do interior os policiais não têm esse tipo de iniciativa. Então, a gente desloca uma equipe para o município e fazemos uma ação conjunta com policiais da área ou, às vezes, nem avisamos ao pessoal da unidade, vamos lá, fazemos o trabalho, e depois é que apresentamos o resultado. Mas, é como eu disse, nossas condições são muito limitadas. TB – Então, o atendimento aos municípios do interior ocorre somente mediante provocação do MP? MT - Na verdade, temos dificuldade com o efetivo, falta de condição de deslocamento, mas todo mês tem uma equipe viajando pelos municípios do interior, atuando no combate a falsificação de CD e cigarro, e isso é independente. Até porque são mais de 400 municípios e precisamos dar uma resposta, uma atenção, a todos eles. Porém ocorre que, se estamos lá, ficamos sem recursos para atuar aqui. Atualmente, a nossa equipe está em Serrinha e depois irá para o extremo sul do Estado. TB – Não seria hora de mudar a estratégia de combate, então? MT - A gente até já tentou fazer uma parceria com a Receita Federal no sentido de uma operação para tentar coibir a importação das mídias. A intenção era ver se tirando a matéria prima a gente conseguiria frear um pouco a falsificação, mas é difícil, pois as lojas que revendem as mídias são lojas que usam fachadas para outras coisas, então quando a gente tenta fiscalizar parece que não existe problema, está tudo regular. Para fiscalizar de modo mais detalhado a gente precisa de uma informação segura. Até porque para entrar num depósito mantido fora da loja é preciso um mandato e, para isso, necessitamos de informações concretas para que possamos entrar com representação e o juiz autorizar. Então, a gente está tentando ver com a Receita para ver se a gente consegue, pelo menos, nos portos e aeroportos fiscalizar de forma mais rigorosa a importação clandestina desse material. TB – Quer dizer que vocês acabam barrados pela própria Lei? MT - É, mas temos diversas parcerias, com a Receita Federal, com a Polícia Federal...na verdade, a gente precisa se cercar de todo mundo para tentar coibir esse crime. TB – E os compradores desses produtos? Há algum trabalho de conscientização neste sentido? MT - O Geppi não atua diretamente nesta questão, porém há associações que trabalham ostensivamente nesta conscientização. É algo importante até porque já existem estudos que dizem que grandes facções criminosas estão migrando para CD e DVD porque é mais lucrativo. É como no caso das drogas, o consumidor que alimenta o tráfico. A gente atua dando entrevista, esclarecendo à sociedade e, de certo modo, jogando a nossa gota d’água no oceano. TB – Muitas pessoas criticam a apreensão de produtos piratas, pois consideram que os camelôs são trabalhadores, pais de família? A questão social chega a provocar afrouxamento na fiscalização das falsificações? MT - De forma alguma, até porque, para cada camelô desses, existem seis pessoas desempregadas justamente por conta da pirataria. Resumindo, um vendedor equivale a seis pessoas desempregadas. A quantidade de locadoras de CDs e DVDs que fecharam em Salvador deixa isso claro. Quer dizer, as locadoras sentem o reflexo desse tipo de coisa e a conseqüência é demissão de funcionários, demissão de também um pai de família. Pode até ser que o camelô seja pai de família, trabalhador, é verdade, porém não podemos negar que nem todos estão inseridos neste contexto. Já prendemos gente com mandato de busca em aberto, criminosos. TB - O senhor acredita que algum dia a pirataria poderá ser extinta? MT – Acho que sim, porém é preciso haver uma grande mudança no que diz respeito à punição e fiscalização desse tipo de crime. Até agora a pirataria tem esbarrado em questões parecidas com as do tráfico de drogas, onde o traficante é punido com rigor, sem direito a afrouxamento de pena, e o usuário é tratado como doente e o máximo que ocorre é um termo circunstanciado (registro de infração de menor potencial ofensivo). Isso faz com que os camelôs entendam que podem continuar exercendo aquele papel com tranqüilidade. TB – A solução estaria em punições mais rigorosas? MT – Sim, é preciso radicalizar. Até então, eles (os camelôs) olham para o Geppi como se fosse apenas “o rapa”, onde se recolhe mercadorias e pronto. É preciso encarar as coisas de outro modo, até porque há falsificações de filmes pornográficos vendidas sem qualquer restrição. Quer dizer, além de tudo há a falta de respeito com as pessoas, o que ofende o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e o Código Penal. TB – Há alguma ação prevista para os próximos dias? MT - Estamos programando uma com relação a bonecos. Estamos firmando uma parceria com a CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas) e outros órgãos para tentarmos fazer uma operação no comércio da Avenida Sete porque eles (os lojistas) têm reclamado muito de que os camelôs acabam prejudicando as lojas, que pagam impostos e etc. Então, ainda estamos estudando para ver como poderá ser viabilizada uma operação grande como essa.
Produção de oficina do Mais Social é vendida em feira
Ter uma fonte de renda no futuro, com a produção de peças diferenciadas para um público que gosta de exclusividade, pode ser uma saída para as adolescentes de comunidades do bairro da Santa Cruz que freqüentam as oficinas de customização do Programa Mais Futuro, do Mais Social. A oficina acaba de receber uma grande doação de malhas e camisetas da Malharia Colomy, para finalização e exposição para vendas na feira de fim de ano do Mais Social. O programa está aberto às doações e quem quiser ajudar basta procurar o Mais Social no Parque da Cidade. Os tecidos podem ser sobras de produção e retalhos, pois tudo é aproveitado. A renda obtida com as vendas é revertida para a própria oficina. A formação profissional também é direcionada para a produção cênica, tendo as jovens, assim, mais uma alternativa de aprendizado. Além de receberem formação profissional, as 47 garotas de 13 a 18 anos participantes das oficinas de customização são formadas em cidadania e também têm atendimento psicológico, um trabalho de abertura de campo para vida, um trato na elevação da auto-estima. Elas podem ainda participar de outras oficinas socioculturais ancoradas no programa, como dança, teatro e coral. Os integrantes participam de atividades culturais extra classe com visita a museus, exposições e apresentações teatrais. O trabalho de customização das oficinas começa com o reaproveitamento de materiais doados, utilizados, em grande parte, em produções comemorativas do Mais Social, Emtursa e entidades carnavalescas. As meninas também trabalham na produção de camisetas com apliques. Esta produção foi vendida no 3º Encontro da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Sedes), onde o Mais Social instalou barracas.
Fonte: Tribuna da Bahia
Orla de Itacaré ainda convive com o problema
DENISE ARAÚJO E REDAÇÃO I SUCURSAL ITABUNA
Na orla de Itacaré (a 428 km de Salvador), o problema ainda não foi solucionado, e o turista ou morador fica aborrecido em verificar o óleo presente na praia. Embora as manchas tenham surgido no começo da semana, ainda não foram totalmente eliminadas. Por incrível que pareça, o secretário de Meio Ambiente do município, Paulo Silveira, informou que não teve conhecimento do fato e pondera que não deve causar dano para a cidade. Populares têm opinião diferente. “Estive na Praia da Concha terça-feira e havia muito betume nas pedras e na areia. Acredito que vai danificar a fauna e a flora e prejudicar o turismo”, disse Rosilene Bispo, moradora de Itacaré. Em Ilhéus, os comerciantes disseram que o problema não refletiu no turismo e no movimento das praias. Carmem Santos, proprietária de barraca de praia, declarou que não houve perda nas vendas. “Tudo continua normal”. Alexandre Melquíades, morador, observa que a presença das manchas prejudica o banho. “Tenho medo de entrar na água”, contou. Jorge Fontes, assessor de gabinete do Ibama em Salvador, declarou que agentes estão acompanhando problema. Eles estiveram na praia de Ilhéus e acompanharam a coleta do material para análise. Interrogado sobre fiscalização de navios em alto-mar, disse que cabe a outros órgãos, como, por exemplo, a Marinha. A diretora do IMA, Beth Wagner, acrescentou que não há registro de morte de peixes. Ela disse que o IMA conta com apoio de helicópteros da Petrobras para fazer sobrevôos da região sul do Estado, para fazer um acompanhamento da existência de óleo em outras localidades.
Fonte: A Tarde
Na orla de Itacaré (a 428 km de Salvador), o problema ainda não foi solucionado, e o turista ou morador fica aborrecido em verificar o óleo presente na praia. Embora as manchas tenham surgido no começo da semana, ainda não foram totalmente eliminadas. Por incrível que pareça, o secretário de Meio Ambiente do município, Paulo Silveira, informou que não teve conhecimento do fato e pondera que não deve causar dano para a cidade. Populares têm opinião diferente. “Estive na Praia da Concha terça-feira e havia muito betume nas pedras e na areia. Acredito que vai danificar a fauna e a flora e prejudicar o turismo”, disse Rosilene Bispo, moradora de Itacaré. Em Ilhéus, os comerciantes disseram que o problema não refletiu no turismo e no movimento das praias. Carmem Santos, proprietária de barraca de praia, declarou que não houve perda nas vendas. “Tudo continua normal”. Alexandre Melquíades, morador, observa que a presença das manchas prejudica o banho. “Tenho medo de entrar na água”, contou. Jorge Fontes, assessor de gabinete do Ibama em Salvador, declarou que agentes estão acompanhando problema. Eles estiveram na praia de Ilhéus e acompanharam a coleta do material para análise. Interrogado sobre fiscalização de navios em alto-mar, disse que cabe a outros órgãos, como, por exemplo, a Marinha. A diretora do IMA, Beth Wagner, acrescentou que não há registro de morte de peixes. Ela disse que o IMA conta com apoio de helicópteros da Petrobras para fazer sobrevôos da região sul do Estado, para fazer um acompanhamento da existência de óleo em outras localidades.
Fonte: A Tarde
Emergência decretada em 126 cidades no semi-árido
Alean Rodrigues, da Sucursal Feira de Santana
Reginaldo Pereira/Agência A Tarde
O leito seco do rio torna a ponte um elemento de decoração
A seca e a estiagem são os principais motivos apontados pelos municípios baianos para decretarem situação de emergência. Este ano, 126 cidades do semi-árido já fizeram a decretação. Destas, 73 continuam enfrentando dificuldades e solicitam, entre outras coisas, a instalação de cisternas de PVC com capacidade de armazenar 8 mil litros de líquido, limpeza e reconstrução de aguadas e fornecimento de água através de carro-pipa.
A Coordenação de Defesa Civil (Cordec) recebeu os decretos e explica que nem todos passaram por intervenção do Estado, pois, em alguns casos, o próprio município arcou os custos com recursos próprios.
Segundo o coordenador-executivo da Cordec, Antônio Rodrigues dos Santos, quando as condições básicas de sobrevivência das famílias estão saindo do controle, como, por exemplo, com falta água, alimento e transportes, e o município não tem como atender a estas necessidades, o gestor emite o decreto de situação de emergência.
Com isto, o município passa a ter autonomia de comprar e contratar serviços necessários para sanar o problema sem a necessidade de trâmites burocráticos como licitações ou aprovação da Câmara de Vereadores. Os decretos têm prazo definido de validade que podem ser de 60, 90 ou 120 dias. “Neste caso, a lei dá autonomia ao gestor de resolver o caso de forma emergencial”. Ele explica que o fato de decretar situação de emergência não quer dizer que o Estado tenha de intervir, pois em muitos casos os municípios não necessitam obter recursos do Estado e resolvem o problema com recursos próprios orçamentários ou extra-orçamentários. No caso de intervenção do Estado, o gestor oficializa o pedido de intervenção e a Cordec envia técnicos para o local onde é feito um relatório das reais necessidades e, quando confirmadas, o decreto é homologado pelo governador do Estado. “Assim atendemos às solicitações, que, quando não podem ser atendidas pela defesa civil estadual, encaminhamos para a nacional, que se responsabiliza em prestar o socorro. Como por exemplo, o carro-pipa, que inúmeras vezes atendemos, e em muitos casos a defesa civil nacional conta com a ajuda do Exército para ajudar”, disse. Antônio Rodrigues diz que são vários os serviços atendidos pela defesa civil (Cordec), que vão desde a distribuição de alimentos e água, a instalação de cisterna de emergência, isto tudo dependendo da necessidade de cada município. RECURSOS PRÓPRIOS – Com decreto de emergência válido por 60 dias, o município de Antônio Cardoso é um dos que estão resolvendo a situação com recursos próprios. Segundo o secretário de Administração, José Carlos Sena Leite, várias famílias, principalmente da zona rural, estão enfrentando a falta de água e alimento, e, como saída emergencial, a prefeitura disponibilizou a distribuição de água através de carro-pipa e de cestas básicas para as famílias. Já em Uauá, a situação é mais grave por ser município sem renda própria. O secretário de Administração local, Agenor Francisco dos Santos, explicou que várias medidas foram solicitadas ao governo do Estado, entre elas está o fornecimento de água por meio de carro-pipa, a construção de barragens, instalação de cisternas de PVC, e estão sendo atendidas gradativamente.
Fonte: A Tarde
Reginaldo Pereira/Agência A Tarde
O leito seco do rio torna a ponte um elemento de decoração
A seca e a estiagem são os principais motivos apontados pelos municípios baianos para decretarem situação de emergência. Este ano, 126 cidades do semi-árido já fizeram a decretação. Destas, 73 continuam enfrentando dificuldades e solicitam, entre outras coisas, a instalação de cisternas de PVC com capacidade de armazenar 8 mil litros de líquido, limpeza e reconstrução de aguadas e fornecimento de água através de carro-pipa.
A Coordenação de Defesa Civil (Cordec) recebeu os decretos e explica que nem todos passaram por intervenção do Estado, pois, em alguns casos, o próprio município arcou os custos com recursos próprios.
Segundo o coordenador-executivo da Cordec, Antônio Rodrigues dos Santos, quando as condições básicas de sobrevivência das famílias estão saindo do controle, como, por exemplo, com falta água, alimento e transportes, e o município não tem como atender a estas necessidades, o gestor emite o decreto de situação de emergência.
Com isto, o município passa a ter autonomia de comprar e contratar serviços necessários para sanar o problema sem a necessidade de trâmites burocráticos como licitações ou aprovação da Câmara de Vereadores. Os decretos têm prazo definido de validade que podem ser de 60, 90 ou 120 dias. “Neste caso, a lei dá autonomia ao gestor de resolver o caso de forma emergencial”. Ele explica que o fato de decretar situação de emergência não quer dizer que o Estado tenha de intervir, pois em muitos casos os municípios não necessitam obter recursos do Estado e resolvem o problema com recursos próprios orçamentários ou extra-orçamentários. No caso de intervenção do Estado, o gestor oficializa o pedido de intervenção e a Cordec envia técnicos para o local onde é feito um relatório das reais necessidades e, quando confirmadas, o decreto é homologado pelo governador do Estado. “Assim atendemos às solicitações, que, quando não podem ser atendidas pela defesa civil estadual, encaminhamos para a nacional, que se responsabiliza em prestar o socorro. Como por exemplo, o carro-pipa, que inúmeras vezes atendemos, e em muitos casos a defesa civil nacional conta com a ajuda do Exército para ajudar”, disse. Antônio Rodrigues diz que são vários os serviços atendidos pela defesa civil (Cordec), que vão desde a distribuição de alimentos e água, a instalação de cisterna de emergência, isto tudo dependendo da necessidade de cada município. RECURSOS PRÓPRIOS – Com decreto de emergência válido por 60 dias, o município de Antônio Cardoso é um dos que estão resolvendo a situação com recursos próprios. Segundo o secretário de Administração, José Carlos Sena Leite, várias famílias, principalmente da zona rural, estão enfrentando a falta de água e alimento, e, como saída emergencial, a prefeitura disponibilizou a distribuição de água através de carro-pipa e de cestas básicas para as famílias. Já em Uauá, a situação é mais grave por ser município sem renda própria. O secretário de Administração local, Agenor Francisco dos Santos, explicou que várias medidas foram solicitadas ao governo do Estado, entre elas está o fornecimento de água por meio de carro-pipa, a construção de barragens, instalação de cisternas de PVC, e estão sendo atendidas gradativamente.
Fonte: A Tarde
quinta-feira, outubro 30, 2008
Luta pelo benefício do INSS pode ser árdua
A Justiça pode ser o melhor caminho para que o brasileiro consiga o benefício do auxílio-doença ou a aposentadoria por invalidez. Segundo a Associação em Defesa dos Consumidores e Contribuintes (Adec), só este ano, pelo menos 1,8 milhão de pessoas tiveram o benefício negado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - cerca de 200 mil apenas no Paraná. Muitas delas só conseguiram receber o benefício depois de impetrarem ação na Justiça. É o caso de Maria Luiza Barbosa da Silva, 46 anos, moradora de Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) que, depois de receber auxílio-doença durante quase quatro anos - de 2003 a 2006 -, teve o benefício suspenso pelo INSS.
“Fiquei sem receber nenhum centavo”, disse, referindo-se ao ano de 2007 e parte de 2008, período em que deixou de pagar várias contas e teve seu nome inscrito no SCPC. “Só não passei fome porque meus filhos e meu marido ajudam”, comentou Maria Luiza, que sofre de problemas no coração, tem tendinite, diabetes e fibromialgia. Em março desse ano, ela ingressou com ação na Justiça; o resultado saiu há poucas semanas: ela conseguiu se aposentar por invalidez. A ex-zeladora Maria Luci Cardoso, de 59 anos, que vive no bairro Sítio Cercado, na capital, teve um caso parecido. Há três anos, ela passou a sofrer de artrose, operou os dois joelhos, teve tendinite. Depois de receber auxílio-doença no valor de um salário mínimo durante dois anos, teve o benefício cortado.
“Em maio do ano passado, o INSS mandou eu voltar a trabalhar, mas eu não tinha condições”, contou. A ex-zeladora entrou com recurso na Justiça para tentar se aposentar e teve decisão favorável. “Só em remédios, eu gasto cerca de R$ 400 por mês.” Resultados favoráveisDe acordo com Mário Miyasaki, presidente da Associação em Defesa dos Consumidores e Contribuintes (Adec), mais de 70% das ações impetradas por advogados da entidade têm obtido resultados positivos. “No caso das outras 30%, faltaram documentos”, explicou Miyasaki. Segundo ele, qualquer pessoa que tenha o pedido negado pelo INSS - de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez ou aposentadoria por idade - pode procurar a entidade para se informar a respeito. O primeiro atendimento é gratuito.
A pessoa é orientada, então, a procurar um advogado - caso ela não tenha, a Adec indica um. Só no ano passado, segundo Miyasaki, a entidade conseguiu 2,5 mil resultados positivos na Justiça Federal. “Como o INSS apresenta suposto déficit previdenciário, o próprio instituto cria atos normativos para economizar o dinheiro público”, apontou.De acordo com Miyasaki, a maior parte dos casos que chegam à Adec é de auxílio-doença, seguida por aposentadoria por invalidez, e por idade e tempo de contribuição.
“O perito do INSS não tem equipamento para fazer diagnóstico preciso. Só com estetoscópio não é possível dizer se uma pessoa está apta ou não para trabalhar”, disse. Na Justiça, o segurado é examinado por um perito judicial, que avalia se o trabalhador tem, ou não, condições de exercer a função. “Chegam vários casos até a gente, desde os mais simples, como o de uma pessoa que trabalha há cerca de três anos com carteira assinada e se acidenta. No INSS, ela descobre que não tem direito ao auxílio-doença, porque a empresa não recolhia o imposto”, contou. Entre os documentos necessários para entrar com ação estão a carteira de trabalho, RG, CPF, cópia do carnê de contribuição da previdência social, comprovante de residência, carta de indeferimento do INSS, além do maior número possível de atestados médicos, prontuários, exames. A decisão da Justiça pode levar de 60 dias a dois anos; em média, o período de espera é de dez a doze meses. Fonte: Paraná on-line
“Fiquei sem receber nenhum centavo”, disse, referindo-se ao ano de 2007 e parte de 2008, período em que deixou de pagar várias contas e teve seu nome inscrito no SCPC. “Só não passei fome porque meus filhos e meu marido ajudam”, comentou Maria Luiza, que sofre de problemas no coração, tem tendinite, diabetes e fibromialgia. Em março desse ano, ela ingressou com ação na Justiça; o resultado saiu há poucas semanas: ela conseguiu se aposentar por invalidez. A ex-zeladora Maria Luci Cardoso, de 59 anos, que vive no bairro Sítio Cercado, na capital, teve um caso parecido. Há três anos, ela passou a sofrer de artrose, operou os dois joelhos, teve tendinite. Depois de receber auxílio-doença no valor de um salário mínimo durante dois anos, teve o benefício cortado.
“Em maio do ano passado, o INSS mandou eu voltar a trabalhar, mas eu não tinha condições”, contou. A ex-zeladora entrou com recurso na Justiça para tentar se aposentar e teve decisão favorável. “Só em remédios, eu gasto cerca de R$ 400 por mês.” Resultados favoráveisDe acordo com Mário Miyasaki, presidente da Associação em Defesa dos Consumidores e Contribuintes (Adec), mais de 70% das ações impetradas por advogados da entidade têm obtido resultados positivos. “No caso das outras 30%, faltaram documentos”, explicou Miyasaki. Segundo ele, qualquer pessoa que tenha o pedido negado pelo INSS - de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez ou aposentadoria por idade - pode procurar a entidade para se informar a respeito. O primeiro atendimento é gratuito.
A pessoa é orientada, então, a procurar um advogado - caso ela não tenha, a Adec indica um. Só no ano passado, segundo Miyasaki, a entidade conseguiu 2,5 mil resultados positivos na Justiça Federal. “Como o INSS apresenta suposto déficit previdenciário, o próprio instituto cria atos normativos para economizar o dinheiro público”, apontou.De acordo com Miyasaki, a maior parte dos casos que chegam à Adec é de auxílio-doença, seguida por aposentadoria por invalidez, e por idade e tempo de contribuição.
“O perito do INSS não tem equipamento para fazer diagnóstico preciso. Só com estetoscópio não é possível dizer se uma pessoa está apta ou não para trabalhar”, disse. Na Justiça, o segurado é examinado por um perito judicial, que avalia se o trabalhador tem, ou não, condições de exercer a função. “Chegam vários casos até a gente, desde os mais simples, como o de uma pessoa que trabalha há cerca de três anos com carteira assinada e se acidenta. No INSS, ela descobre que não tem direito ao auxílio-doença, porque a empresa não recolhia o imposto”, contou. Entre os documentos necessários para entrar com ação estão a carteira de trabalho, RG, CPF, cópia do carnê de contribuição da previdência social, comprovante de residência, carta de indeferimento do INSS, além do maior número possível de atestados médicos, prontuários, exames. A decisão da Justiça pode levar de 60 dias a dois anos; em média, o período de espera é de dez a doze meses. Fonte: Paraná on-line
Perdão (?) - Bispo pede perdão aos fiéis por apoio de padres a Marta
O bispo auxiliar de São Paulo, d. Pedro Luiz Stringhuni, divulgou uma nota de esclarecimento sobre o manifesto de apoio, feito por padres vinculados a pastorais sociais, à candidata a prefeitura da capital Marta Suplicy(PT). O bispo pediu "perdão aos fiéis que se sentiram ofendidos" e afirmou que a distribuição de mensagens de apoio a qualquer partido já era proibida há muito tempo. ..()Na nota, o bispo afirma que "a Igreja não aprova a participação de padres em apoio a um manifesto de caráter político, partidário, eleitoral". O chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, que coordena a comissão que idealizou o manifesto, disse que o texto foi mal interpretado e que a carta, assinada pelo Fórum de Católicos pela Justiça, em Favor dos Mais pobres, expressava a posição de uma parcela, e não uma posição oficial, da Igreja Católica. "Eu compreendo a preocupação de d. Pedro de não permitir que a Igreja se posicione eleitoralmente. Mas o Fórum não é de padres, é de católicos", justificou Carvalho. Em contrapartida, o chefe de gabinete lamenta que "em nenhum momento tenha havido manifestação oficial da Igreja sobre o site de Gilberto Kassab(DEM), que ostenta fotos com bispos e padres". O padre Tarcísio Marques Mesquita, participante da reunião que lançou o manifesto pró-Marta, afirmou que o objetivo "não foi produzir animosidade nem ofender o outro candidato e sim defender projetos que contemplam os moradores de rua, os excluídos". O padre Tarcísio relembra, ainda, que "o padre Marcelo apareceu outro dia com um bolo na mão e Kassab apagou as velhinhas. Eu não cantei parabéns para ninguém", em referência a sua visita na Região Episcopal Belém.
Do Terra /http://amascaracaiu.blogspot.com/
A DERROTA DO PSDB/DEM
Dizem a PIG e o PSDB que Serra é o grande vencedor da eleição. Que o presidente Lula perdeu para o Serra, que Lula foi humilhado. Então vamos aos fatos. O candidato do partido do Serra em SP, Alckmin, não chegou nem ao segundo turno. Mesmo com toda a celeuma, grande parte dos eleitores não tinha conhecimento das brigas internas do PSDB, não sabia que Serra estava chutando Alckmin que nem bola murcha. Tanto que as pesquisas feitas davam Alckmin como candidato do Serra. Em Guarulhos, segundo maior colégio eleitoral de SP, o candidato do Serra, do PSDB, perdeu para o PT. E ele recebeu apoio formal do Serra. Sebastião Almeida, do PT, recebeu apoio formal e pessoal do presidente Lula e ganhou.Em São Bernardo do Campo, o candidato do Serra, do PSDB, recebeu apoio formal de Serra e perdeu para o PT, venceu Luiz Marinho, candidato do presidente Lula. Em Bauru, o candidato do PSDB recebeu apoio formal do Serra e perdeu para o candidato da coligação PMDB/ PT. Em Osasco o candidato do PSDB, Celso Giglio, que teve o apoio de Serra, perdeu para o atual prefeito, do PT. Em Embu, o candidato do PSDB, com o apoio de Serra, perdeu para o do PT. Em Mauá, o candidato do PSDB, do Serra, não foi nem para o segundo turno, venceu Osvaldo Dias, do PT. Em Campinas, o candidato do PSDB, com apoio do Serra, Carlos Sampaio, teve 14% de votos, e o candidato apoiado pelo PT, Dr. Hélio venceu com 67%. Tem outras cidades em SP nas quais o PSDB do Serra perdeu feio, só citei algumas.Venceu o DEM em SP, o rabo do PSDB (agora não sei mais quem é rabo de quem). Venceu graças à mentira, à enganação, ao uso da máquina da prefeitura e do estado. Venceu com o apoio do PMDB de Quércia, que proporcionou mais tempo na TV, venceu com o apoio da mídia de SP, dos jornalões do PIG, que esconderam as mazelas da prefeitura de SP. Venceu o DEM graças aos votos da elite branca de SP, que diz que vota no bandido Marcola do PCC, e não vota na Marta e no PT. É o preconceito misturado com burrice e ignorância política, como sempre, que elegeu Kassab em SP. Não foi o apoio de Serra, como quer fazer crer a mídia de SP e a Globo. Claro que essa vitória do DEM em SP vai ajudar Serra. Em 2010, Serra vai contar com a máquina da prefeitura e do estado, vai contar com o PMDB do Quércia, que quer ser senador, e com a FIESP, que abriga a liderança da elite branca e cansada de SP, sem falar nos jornalões, na Globo. O PSDB, DEM e PPS, foram os grandes derrotados nas urnas nas eleições municipais, o PMDB só teve vitórias porque está na base apoio ao governo Lula. Tem vários ministros do PMDB no governo Lula, e os candidatos do PMDB tiveram apoio do presidente Lula. No segundo turno, o PT foi o partido mais votado, com 5,1 milhões de votos. O PT disputou quinze segundos turnos e venceu oito. Fora as conquistas no primeiro turno. Entre as cidades com mais de 150 mil eleitores, o PT passou de 22 para 31, crescimento de 40,9%.O PT obteve também a maior taxa de reeleição entre os partidos: 56% dos prefeitos e prefeitas do PT reelegeram-se ou fizeram o sucessor. A base municipal do governo Lula cresceu fortemente e vai governar 72% do eleitorado brasileiro, incluindo 20 das 26 capitais. O PT teve um crescimento de 36%, elegeu 559 prefeitos (em 2004 o PT tinha 411 prefeitos). O PSDB elegeu 786 prefeitos em 2008, e ele tinha 871 prefeitos em 2004, ou seja, perdeu eleitorado em 2008, perdeu 85 prefeituras. O PT teve ganho de 148 prefeituras. O DEM perdeu nada mais nada menos do que 290 prefeituras, ganhou apenas SP, onde os eleitores da elite branca elegeriam até Marcola do PCC. Diz o Sergio Guerra, presidente do PSDB, que o presidente Lula foi humilhado nessa eleição, Que é isso senador, fugiu da escola, não sabe fazer contas? Humilhado saiu o PSDB com a derrota de Alckmin em SP, capital do estado que ele governou em dois mandatos. Humilhado saiu o PSDB, com derrotas e mais derrotas em cidades de SP que tinham candidatos do PSDB apoiados por Serra. Humilhado está FHC, que não pode aparecer nas campanhas dos candidatos do PSDB, tal a sua rejeição. Os vitoriosos nessas eleições foram o PT e os partidos da base de apoio do governo Lula. A oposição ao governo Lula foi a grande derrotada nas eleições de 2008. É matemática, não dá para manipular, como costuma e quer o PSDB.Jussara Seixas
Fonte: Por Um Novo Brasil
Fonte: Por Um Novo Brasil
Ex-jornalista da Globo denuncia
No seu blog, o ex-jornalista da Globo Rodrigo Viana diz que leitores e ouvintes mais atentos perceberam na demissão do âncora da CBN no Rio de Janeiro, Sidney Rezende, os preparativos para a cobertura das eleições 2010. ''A moto-serra dos tucanos vai passar sobre várias cabeças no jornalismo global'', diz Viana, referindo-se a demissão de profissionais que supostamente não concordariam com uma cobertura favorável à candidatura do governador de São Paulo, José Serra, à Presidência da República em 2010.
“CBN demite âncora independente – Operação 2010 já começou?”, questiona no título do comentário postado. Ele diz não conhecer o jornalista Sidney Rezende pessoalmente, mas que era considerado pelos colegas “como um jornalista que exercia sua independência, apesar de a CBN também estar sob os tentáculos de Ratzinger - o agente das sombras do jornalismo global, o homem que articula a candidatura Serra.” Rodrigo Viana afirmou que conversou com um âncora da CBN, que pediu para não ser identificado, que teve sua cabeça pedida pelo governador de São Paulo. Serra não teria gostado “de entrevista feita pelo âncora com um economista, questionando a forma como a Prefeitura de São Paulo – na época administrada por Serra - investia suas sobras de caixa.”
“Esse outro âncora conseguiu preservar a cabeça sobre o pescoço. E segue fazendo bom jornalismo. Até quando?”, volta a questionar. O jornalista também coloca em evidência a demissão de Luiz Carlos Braga da Globo de Brasília e diz que a operação desencadeada lembra o que foi feito em 2006. “Há dois anos, às vésperas da eleição presidencial, a Globo livrou-se do comentarista Franklin Martins (ele conta os bastidores completos, numa bela entrevista à revista Caros Amigos) porque este não fechava com a linha oficial da emissora de sentar a pancada em Lula, e dar aquela mãozinha pros tucanos”, lembra Viana.
Após a demissão de Franklin Martins, Viana se coloca na lista de outros jornalistas que foram “limados” por discordarem da conduta jornalística da emissora na cobertura das eleições. Constam dessa relação Luiz Carlos Azenha, Carlos Dornelles e o editor de política Marco Aurélio Mello. ''As Organizações Globo estão demitindo todos os jornalistas moderados, isentos. Será um tiro no pé se a Lucia Hippolito assumir o lugar do Sidney. Primeiro porque ela é de São Paulo, agora mora no Rio e sempre morou na zona sul e não conhece o subúrbio, zona norte, oeste, etc, ao contrário do Sidney que morou em Bangú. Segundo porque todos sabem que as opiniões dela não são isentas, sempre com viés partidário tucano”, comentou Stanley Burburinho, um leitor do blog rodrigoviana.com.br
Sem detalhes, diretora nega motivação política - No mesmo espaço, a diretora executiva de jornalismo da emissora, Marisa Tavares, negou a motivação política da demissão. Num curto comunicado, ela diz que a direção da CBN tomou a decisão baseada “em novos desafios que surgiram para a programação e agradeceu a Sidney Rezende pela dedicação à emissora. “Gostaria apenas de observar que todos os profissionais da CBN compartilham os mesmos valores e trabalham para, diariamente, levar a seus ouvintes e internautas um noticiário isento e de credibilidade. O próximo responsável pela ancoragem do CBN Rio não se distanciará minimamente deste código que pauta nossa conduta”, diz a diretora. De Brasília, Iram Alfaia - Vermelho.
“CBN demite âncora independente – Operação 2010 já começou?”, questiona no título do comentário postado. Ele diz não conhecer o jornalista Sidney Rezende pessoalmente, mas que era considerado pelos colegas “como um jornalista que exercia sua independência, apesar de a CBN também estar sob os tentáculos de Ratzinger - o agente das sombras do jornalismo global, o homem que articula a candidatura Serra.” Rodrigo Viana afirmou que conversou com um âncora da CBN, que pediu para não ser identificado, que teve sua cabeça pedida pelo governador de São Paulo. Serra não teria gostado “de entrevista feita pelo âncora com um economista, questionando a forma como a Prefeitura de São Paulo – na época administrada por Serra - investia suas sobras de caixa.”
“Esse outro âncora conseguiu preservar a cabeça sobre o pescoço. E segue fazendo bom jornalismo. Até quando?”, volta a questionar. O jornalista também coloca em evidência a demissão de Luiz Carlos Braga da Globo de Brasília e diz que a operação desencadeada lembra o que foi feito em 2006. “Há dois anos, às vésperas da eleição presidencial, a Globo livrou-se do comentarista Franklin Martins (ele conta os bastidores completos, numa bela entrevista à revista Caros Amigos) porque este não fechava com a linha oficial da emissora de sentar a pancada em Lula, e dar aquela mãozinha pros tucanos”, lembra Viana.
Após a demissão de Franklin Martins, Viana se coloca na lista de outros jornalistas que foram “limados” por discordarem da conduta jornalística da emissora na cobertura das eleições. Constam dessa relação Luiz Carlos Azenha, Carlos Dornelles e o editor de política Marco Aurélio Mello. ''As Organizações Globo estão demitindo todos os jornalistas moderados, isentos. Será um tiro no pé se a Lucia Hippolito assumir o lugar do Sidney. Primeiro porque ela é de São Paulo, agora mora no Rio e sempre morou na zona sul e não conhece o subúrbio, zona norte, oeste, etc, ao contrário do Sidney que morou em Bangú. Segundo porque todos sabem que as opiniões dela não são isentas, sempre com viés partidário tucano”, comentou Stanley Burburinho, um leitor do blog rodrigoviana.com.br
Sem detalhes, diretora nega motivação política - No mesmo espaço, a diretora executiva de jornalismo da emissora, Marisa Tavares, negou a motivação política da demissão. Num curto comunicado, ela diz que a direção da CBN tomou a decisão baseada “em novos desafios que surgiram para a programação e agradeceu a Sidney Rezende pela dedicação à emissora. “Gostaria apenas de observar que todos os profissionais da CBN compartilham os mesmos valores e trabalham para, diariamente, levar a seus ouvintes e internautas um noticiário isento e de credibilidade. O próximo responsável pela ancoragem do CBN Rio não se distanciará minimamente deste código que pauta nossa conduta”, diz a diretora. De Brasília, Iram Alfaia - Vermelho.
Fonte: Desabafo País
PMDB vai consumar a traição e dar cargos ao DEM na prefeitura
É inevitável. Se o prefeito de Salvador, João Henrique (PMDB), voltou às suas origens ao se coligar com o DEM para se manter no poder, necessariamente ele vai nomear neo-carlistas para cargos municipais. Quem tem cargos na prefeitura pode botar as barbas de molho. Alguém vai sobrar. Aliás, João fará isso sem o menor constrangimento, já que na sua primeira gestão trocou 120 cargos de confiança e 57 secretários.Com o DEM não existe “compromisso programático”. Ou dá ou desce. Ao consumar a nomeação de seus novos parceiros do DEM, o prefeito João Henrique (PMDB) estará traindo a aliança PT/PMDB no âmbito estadual. Na prática, o prefeito estará se colocando a serviço do renascimento do carlismo – as forças de direita que sempre usaram chicote e dinheiro para comprar consciências.
Fonte: Bahia de Fato
Fonte: Bahia de Fato
A matemática não mente. O PT cresceu, o PSDB encolheu. O DEM puff..
A oposição briga com a matemática para ocultar a derrota nas eleições. Cada partido dá sua própria interpretação. Mas, matemática é matemática. O PT cresceu. O PSDB encolheu. O DEM encolheu mais ainda. O PT saiu maior nas cidades com mais de 150 mil habitantes, saiu maior em número de vereadores. Os partidos da base do Governo Lula cresceram. O PT cresceu, o PMDB cresceu, o PSB cresceu, o PCdoB cresceu. Basta consultar a relação do TSE. Dos grandes partidos, o PT foi quem fez mais prefeitos das capitais. Em Salvador, onde João Henrique (PMDB) venceu, o PT saiu do quarto lugar para chegar ao segundo turno com mais de 500 mil votos e seis vereadores. João vai ter que rebolar para cumprir suas 64 promessas eleitoreiras.
Fonte: Bahia de Fato
Fonte: Bahia de Fato
O primeiro grande teste
Por: Carlos Chagas
BRASÍLIA - Assentada a poeira das eleições municipais, voltam-se as atenções para o primeiro grande teste a que se submete o governo Lula desde o longínquo janeiro de 2003. Porque, apesar de explosivos, viraram fumaça o mensalão, as quedas de José Dirceu e Antônio Palocci, até a plácida reeleição de 2006. Não sobrevieram, desde a primeira posse, crises econômicas mundiais capazes de nos atingir.
Agora é diferente. Fomos atingidos. Desenvolve-se grave crise econômica, em condições de consagrar ou de destruir o governo Lula e sua popularidade. O País, também. No comportamento do Palácio do Planalto e adjacências estará a chave para a sucessão presidencial de 2010. Fator até menos importante do que as conseqüências de uma débâcle da economia nacional.
Criatividade e coordenação tornam-se a maior necessidade, neste final de ano e nos dois anos seguintes. Haverá que enfrentar a crise com mecanismos próprios, brasileiros, sem perder de vista o que fazem outros países diante do mesmo desafio.
Adianta pouco o governo ficar alardeando não haver restrição no crédito, porque há. Os bancos, mal ou bem, defendem-se e são defendidos. Já impuseram seletividades férreas na concessão de empréstimos rigorosas e, a arriscar, preferem comprar títulos do governo. Ao mesmo tempo, credenciam-se para receber dinheiro fácil dos cofres públicos, apesar das afirmações do próprio presidente de não estar ajudando quantos especularam com o dólar futuro. Está, porque todos especularam, no sistema financeiro e nas grandes empresas privadas e públicas.
Em paralelo, é imprescindível o governo uniformizar o seu discurso. Presidente, ministro da Fazenda, Banco Central, BNDES e penduricalhos precisam unificar ações e afirmações. Chega de ficarem batendo cabeça.
Passou o prolongado período das vacas gordas, da multiplicação das exportações, do agronegócio, da expansão de empresas como a Vale e a Petrobras, da indústria automobilística e outras. Agora, o Luiz Inácio precisa ser rebatizado de José, aquele primeiro-ministro do faraó, referido na Bíblia. E se o nosso presidente não poupou como o outro, pior ainda.
Abrem-se dois cenários principais, na dependência do sucesso ou do malogro daquilo que o governo vier a fazer para enfrentar a crise. Dando certo, dificilmente deixará de crescer a importância de os atuais detentores do poder continuar onde estão, seja através de uma candidatura tipo Dilma ou por meio da tese do terceiro mandato, da prorrogação por dois anos ou coisa parecida. Não se muda a tripulação do barco em meio à tempestade.
No reverso da medalha, sobrevindo o empobrecimento nacional, a inflação, as falências, o desemprego e a desilusão, não haverá como evitar a vitória de um candidato de oposição, muito possivelmente José Serra. Em suma, está o governo numa encruzilhada.
Até que ele aceita
Admitiu o presidente Lula que não premiará nem punirá vencedores ou derrotados nas eleições passadas. Traduzindo: não abrirá mais espaço para o PMDB, dado o aumento dos votos e das representações do partido, assim como não reconvocará Marta para o ministério.
Atribui-se ao presidente outra diretriz: não exigiria do PMDB apoio irrestrito e fechado a uma candidatura do PT para a presidência do Senado, no caso, Tião Viana. Acomodar-se-ia à decisão do maior partido nacional de presidir as duas casas do Congresso, em especial em torno de Michel Temer e de José Sarney.
O diabo para Lula é como conter a reação entre os companheiros, mas já se sabe que seus deputados não declarariam guerra ao PMDB por conta dos reclamos de seus senadores. Os companheiros sabem quando ser radicais e quando botar na cabeça o chapéu da conciliação.
A aglutinação de senadores em torno de Sarney transcende a bancada de seu partido. Ontem mesmo, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, declarou a disposição de sua bancada no Senado apoiar o ex-presidente, da mesma forma como se oporá à candidatura de Tião Viana. O mesmo deve acontecer com o DEM, e a razão parece uma só: as oposições começam a namorar o PMDB, que se integra à aliança governista e apóia Lula, quem sabe não mude de postura até 2010, apoiando Serra? Tudo depende de negociar...
Lições de Milton Campos
Teria sido bem diferente a história do Brasil no caso da vitória de Milton Campos, da UDN, em 1960, candidato que era a vice-presidente na chapa liderada por Jânio Quadros, apoiado por diversos partidos. Naqueles idos, votava-se em separado para presidente e para vice. Era candidato pelo governo o marechal Teixeira Lott, com João Goulart, do PTB, para vice. Um terceiro candidato disputava o cargo, Fernando Ferrari, dissidente do PTB.
O resultado foi a vitória de Goulart, peça chave para o golpe intentado por Jânio Quadros em agosto de 1961, quando renunciou imaginando que o povo o reconduziria dois dias depois, como ditador. Renunciou por saber que os militares não admitiriam a posse de João Goulart. Assim, tivesse Milton Campos sido eleito, o presidente nem pensaria em renunciar.
Tempos depois, já no Senado, pediram ao dr. Milton explicações sobre por que havia perdido a eleição, não tendo o mesmo número de votos de Jânio Quadros. Esperavam que ele vibrasse tacape e borduna no lombo do renunciante, então cassado e no ostracismo, mas preferiu a resposta mais educada e verdadeira: "Porque o meu adversário teve mais votos do que eu...".
A história se conta para ajudar a fazer cessar as mil e uma explicações e protestos pelas derrotas de domingo passado. Gabeira, Marta, Maria do Rosário, Leonardo Quintão e outros perderam porque seus adversários tiveram mais votos. Ponto final.
Homenagem ao comandante
O presidente Lula estará em Cuba, neste fim de semana. Se Fidel Castro estiver bem de saúde, irá visitá-lo. Prevista há meses a viagem, não deixa de ser singular a coincidência com a proximidade da reunião de Lula com o presidente George W. Bush e outros potentados do mundo rico, em Washington. Não se adotará a imagem de estar uma vela sendo acesa para Deus e outra para o Diabo, até porque existem dúvidas sobre quem é quem, nessa peregrinação pelo Hemisfério Norte. Mas o Aerolula voltará ao Brasil com um certo cheiro de enxofre...
Fonte: Tribuna da Imprensa
BRASÍLIA - Assentada a poeira das eleições municipais, voltam-se as atenções para o primeiro grande teste a que se submete o governo Lula desde o longínquo janeiro de 2003. Porque, apesar de explosivos, viraram fumaça o mensalão, as quedas de José Dirceu e Antônio Palocci, até a plácida reeleição de 2006. Não sobrevieram, desde a primeira posse, crises econômicas mundiais capazes de nos atingir.
Agora é diferente. Fomos atingidos. Desenvolve-se grave crise econômica, em condições de consagrar ou de destruir o governo Lula e sua popularidade. O País, também. No comportamento do Palácio do Planalto e adjacências estará a chave para a sucessão presidencial de 2010. Fator até menos importante do que as conseqüências de uma débâcle da economia nacional.
Criatividade e coordenação tornam-se a maior necessidade, neste final de ano e nos dois anos seguintes. Haverá que enfrentar a crise com mecanismos próprios, brasileiros, sem perder de vista o que fazem outros países diante do mesmo desafio.
Adianta pouco o governo ficar alardeando não haver restrição no crédito, porque há. Os bancos, mal ou bem, defendem-se e são defendidos. Já impuseram seletividades férreas na concessão de empréstimos rigorosas e, a arriscar, preferem comprar títulos do governo. Ao mesmo tempo, credenciam-se para receber dinheiro fácil dos cofres públicos, apesar das afirmações do próprio presidente de não estar ajudando quantos especularam com o dólar futuro. Está, porque todos especularam, no sistema financeiro e nas grandes empresas privadas e públicas.
Em paralelo, é imprescindível o governo uniformizar o seu discurso. Presidente, ministro da Fazenda, Banco Central, BNDES e penduricalhos precisam unificar ações e afirmações. Chega de ficarem batendo cabeça.
Passou o prolongado período das vacas gordas, da multiplicação das exportações, do agronegócio, da expansão de empresas como a Vale e a Petrobras, da indústria automobilística e outras. Agora, o Luiz Inácio precisa ser rebatizado de José, aquele primeiro-ministro do faraó, referido na Bíblia. E se o nosso presidente não poupou como o outro, pior ainda.
Abrem-se dois cenários principais, na dependência do sucesso ou do malogro daquilo que o governo vier a fazer para enfrentar a crise. Dando certo, dificilmente deixará de crescer a importância de os atuais detentores do poder continuar onde estão, seja através de uma candidatura tipo Dilma ou por meio da tese do terceiro mandato, da prorrogação por dois anos ou coisa parecida. Não se muda a tripulação do barco em meio à tempestade.
No reverso da medalha, sobrevindo o empobrecimento nacional, a inflação, as falências, o desemprego e a desilusão, não haverá como evitar a vitória de um candidato de oposição, muito possivelmente José Serra. Em suma, está o governo numa encruzilhada.
Até que ele aceita
Admitiu o presidente Lula que não premiará nem punirá vencedores ou derrotados nas eleições passadas. Traduzindo: não abrirá mais espaço para o PMDB, dado o aumento dos votos e das representações do partido, assim como não reconvocará Marta para o ministério.
Atribui-se ao presidente outra diretriz: não exigiria do PMDB apoio irrestrito e fechado a uma candidatura do PT para a presidência do Senado, no caso, Tião Viana. Acomodar-se-ia à decisão do maior partido nacional de presidir as duas casas do Congresso, em especial em torno de Michel Temer e de José Sarney.
O diabo para Lula é como conter a reação entre os companheiros, mas já se sabe que seus deputados não declarariam guerra ao PMDB por conta dos reclamos de seus senadores. Os companheiros sabem quando ser radicais e quando botar na cabeça o chapéu da conciliação.
A aglutinação de senadores em torno de Sarney transcende a bancada de seu partido. Ontem mesmo, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, declarou a disposição de sua bancada no Senado apoiar o ex-presidente, da mesma forma como se oporá à candidatura de Tião Viana. O mesmo deve acontecer com o DEM, e a razão parece uma só: as oposições começam a namorar o PMDB, que se integra à aliança governista e apóia Lula, quem sabe não mude de postura até 2010, apoiando Serra? Tudo depende de negociar...
Lições de Milton Campos
Teria sido bem diferente a história do Brasil no caso da vitória de Milton Campos, da UDN, em 1960, candidato que era a vice-presidente na chapa liderada por Jânio Quadros, apoiado por diversos partidos. Naqueles idos, votava-se em separado para presidente e para vice. Era candidato pelo governo o marechal Teixeira Lott, com João Goulart, do PTB, para vice. Um terceiro candidato disputava o cargo, Fernando Ferrari, dissidente do PTB.
O resultado foi a vitória de Goulart, peça chave para o golpe intentado por Jânio Quadros em agosto de 1961, quando renunciou imaginando que o povo o reconduziria dois dias depois, como ditador. Renunciou por saber que os militares não admitiriam a posse de João Goulart. Assim, tivesse Milton Campos sido eleito, o presidente nem pensaria em renunciar.
Tempos depois, já no Senado, pediram ao dr. Milton explicações sobre por que havia perdido a eleição, não tendo o mesmo número de votos de Jânio Quadros. Esperavam que ele vibrasse tacape e borduna no lombo do renunciante, então cassado e no ostracismo, mas preferiu a resposta mais educada e verdadeira: "Porque o meu adversário teve mais votos do que eu...".
A história se conta para ajudar a fazer cessar as mil e uma explicações e protestos pelas derrotas de domingo passado. Gabeira, Marta, Maria do Rosário, Leonardo Quintão e outros perderam porque seus adversários tiveram mais votos. Ponto final.
Homenagem ao comandante
O presidente Lula estará em Cuba, neste fim de semana. Se Fidel Castro estiver bem de saúde, irá visitá-lo. Prevista há meses a viagem, não deixa de ser singular a coincidência com a proximidade da reunião de Lula com o presidente George W. Bush e outros potentados do mundo rico, em Washington. Não se adotará a imagem de estar uma vela sendo acesa para Deus e outra para o Diabo, até porque existem dúvidas sobre quem é quem, nessa peregrinação pelo Hemisfério Norte. Mas o Aerolula voltará ao Brasil com um certo cheiro de enxofre...
Fonte: Tribuna da Imprensa
PT decide apoiar Temer na Câmara
BRASÍLIA - Entre a candidatura do senador Tião Viana (PT-AC) a presidente do Senado e a estabilidade política do governo Lula, o PT ficou com a segunda opção. Foi com este discurso que o partido recuou da queda-de-braço travada nos últimos dias com o PMDB do candidato a presidente da Câmara, Michel Temer (SP), e se comprometeu a apoiar o PMDB na sucessão da Câmara, sem exigir reciprocidade para eleger Viana no Senado.
O recuo foi decidido durante jantar da bancada de senadores do PT na terça-feira, em que o partido não só oficializou a candidatura de Viana como decidiu que vai sustentá-la "até o fim", apesar de o PMDB do Senado insistir que as regras da Casa garantem aos peemedebistas o direito de indicar o candidato a presidente, na condição de maior bancada. Neste quesito, o PT vem em quarto lugar, atrás do DEM e do PSDB.
"Temos uma aliança estratégica com o PMDB há seis anos, que foi decisiva para a governabilidade, e não podemos pôr essa governabilidade em risco", argumentou o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), poucas horas depois de deputados do PMDB terem ensaiado uma rebelião contra o PT, ameaçando romper a coalizão e a parceria que o presidente Lula quer estender à sucessão de 2010. "O governo precisa ter estabilidade parlamentar, especialmente durante a crise financeira internacional", emendou.
A avaliação geral dos petistas foi de que era preciso repensar a tática da pressão sobre o PMDB da Câmara, que cobrava o cumprimento do acordo que garantiu a eleição do atual presidente, Arlindo Chinaglia (PT-SP), dois anos atrás, em troca do apoio a Temer agora. "Retiramos o condicionamento e ajustamos o tom para fazer uma construção política em torno de Tião, como um nome da instituição, para fortalecer e melhorar a imagem do Senado", disse a líder petista Ideli Salvatti (SC), reformulando o próprio discurso, em que exigia a reciprocidade. "A queda-de-braço não é boa para ninguém, inclusive porque cria um campo fértil para a candidatura do deputado Ciro Nogueira (PP-PI)", concluiu Ideli.
Fechada a nova estratégia do PT, o presidente do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP), foi ao jantar em que líderes da base aliada e da oposição declararam apoio a Temer na noite de terça-feira. O jantar foi oferecido pelo líder do PR na Câmara, Luciano Castro (RR), que prometeu os 43 votos de sua bancada ao candidato do PMDB.
Tranqüilizada pelo comunicado, a cúpula do PMDB na Câmara passou a defender o acordo no Senado. "Achamos que, diante de uma base ampla, com 14 partidos, ninguém gostaria de ver o PMDB com poder absoluto, comandando as duas Casas. Todos esperam do partido um gesto de parceria", disse o líder na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN).
Alves fez questão de lembrar declarações de senadores peemedebistas, como José Sarney (AP), que colocou a candidatura de Temer como prioridade de todos. "Temer não é um simples deputado, mas o nosso presidente nacional que construiu a unidade partidária. O que de ruim acontecer a ele, atinge o PMDB", disse o líder. Não é o que pensa a bancada do Senado. Mesmo sem ter um nome forte para apresentar ao plenário, o PMDB insiste em ter o comando da Casa.
Fonte: Tribuna da Imprensa
O recuo foi decidido durante jantar da bancada de senadores do PT na terça-feira, em que o partido não só oficializou a candidatura de Viana como decidiu que vai sustentá-la "até o fim", apesar de o PMDB do Senado insistir que as regras da Casa garantem aos peemedebistas o direito de indicar o candidato a presidente, na condição de maior bancada. Neste quesito, o PT vem em quarto lugar, atrás do DEM e do PSDB.
"Temos uma aliança estratégica com o PMDB há seis anos, que foi decisiva para a governabilidade, e não podemos pôr essa governabilidade em risco", argumentou o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), poucas horas depois de deputados do PMDB terem ensaiado uma rebelião contra o PT, ameaçando romper a coalizão e a parceria que o presidente Lula quer estender à sucessão de 2010. "O governo precisa ter estabilidade parlamentar, especialmente durante a crise financeira internacional", emendou.
A avaliação geral dos petistas foi de que era preciso repensar a tática da pressão sobre o PMDB da Câmara, que cobrava o cumprimento do acordo que garantiu a eleição do atual presidente, Arlindo Chinaglia (PT-SP), dois anos atrás, em troca do apoio a Temer agora. "Retiramos o condicionamento e ajustamos o tom para fazer uma construção política em torno de Tião, como um nome da instituição, para fortalecer e melhorar a imagem do Senado", disse a líder petista Ideli Salvatti (SC), reformulando o próprio discurso, em que exigia a reciprocidade. "A queda-de-braço não é boa para ninguém, inclusive porque cria um campo fértil para a candidatura do deputado Ciro Nogueira (PP-PI)", concluiu Ideli.
Fechada a nova estratégia do PT, o presidente do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP), foi ao jantar em que líderes da base aliada e da oposição declararam apoio a Temer na noite de terça-feira. O jantar foi oferecido pelo líder do PR na Câmara, Luciano Castro (RR), que prometeu os 43 votos de sua bancada ao candidato do PMDB.
Tranqüilizada pelo comunicado, a cúpula do PMDB na Câmara passou a defender o acordo no Senado. "Achamos que, diante de uma base ampla, com 14 partidos, ninguém gostaria de ver o PMDB com poder absoluto, comandando as duas Casas. Todos esperam do partido um gesto de parceria", disse o líder na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN).
Alves fez questão de lembrar declarações de senadores peemedebistas, como José Sarney (AP), que colocou a candidatura de Temer como prioridade de todos. "Temer não é um simples deputado, mas o nosso presidente nacional que construiu a unidade partidária. O que de ruim acontecer a ele, atinge o PMDB", disse o líder. Não é o que pensa a bancada do Senado. Mesmo sem ter um nome forte para apresentar ao plenário, o PMDB insiste em ter o comando da Casa.
Fonte: Tribuna da Imprensa
CCJ dá parecer favorável a infiel
Comissão de Constituição e Justiça da Câmara contraria decisão do Tribunal Superior Eleitoral
BRASÍLIA - Por 30 votos a favor e cinco contra, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou parecer favorável à manutenção do mandato do deputado Walter Brito (PB), que trocou o DEM pelo PRB e foi o primeiro deputado federal cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por infidelidade partidária.
O TSE determinou que Brito entregasse o mandato ao partido em março deste ano, por ter trocado o DEM pelo PRB, em setembro de 2007. A troca de legenda foi feita depois de 27 de março de 2007, data a partir da qual o TSE estabeleceu que os mandatos pertencem aos partidos e não aos parlamentares. A decisão do TSE previa que o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), deveria ter empossado o suplente de Walter Brito há 15 dias.
A decisão da CCJ poderá provocar uma crise entre os Poderes Judiciário e Legislativo. A CCJ aprovou parecer do deputado Régis Oliveira (PSC-SP) mantendo Walter Brito na Câmara sob a alegação de que o caso ainda não foi julgado em última instância da Justiça. A argumentação é a de que Brito entrou com um agravo de instrumento no Supremo Tribunal Federal (STF), até hoje não analisado.
Na avaliação de Régis Oliveira, a resolução do TSE que determina a perda de mandato não pode ser obedecida enquanto não houver uma decisão final do Supremo. "A Câmara dos Deputados não está subordinada a prazos fixados em resolução, que é ordem de eficácia interna.
A Câmara dos Deputados deve exaurir o que se denomina de ampla defesa, nos exatos termos do que dispõe a Constituição. Na hipótese de decisão final e transitada em julgado por decisão do Supremo Tribunal Federal é que caberá à Mesa da Câmara, independentemente de prazo, cumprir a ordem dele emanada", diz o parecer de Oliveira.
Fonte: Tribuna da Imprensa
BRASÍLIA - Por 30 votos a favor e cinco contra, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou parecer favorável à manutenção do mandato do deputado Walter Brito (PB), que trocou o DEM pelo PRB e foi o primeiro deputado federal cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por infidelidade partidária.
O TSE determinou que Brito entregasse o mandato ao partido em março deste ano, por ter trocado o DEM pelo PRB, em setembro de 2007. A troca de legenda foi feita depois de 27 de março de 2007, data a partir da qual o TSE estabeleceu que os mandatos pertencem aos partidos e não aos parlamentares. A decisão do TSE previa que o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), deveria ter empossado o suplente de Walter Brito há 15 dias.
A decisão da CCJ poderá provocar uma crise entre os Poderes Judiciário e Legislativo. A CCJ aprovou parecer do deputado Régis Oliveira (PSC-SP) mantendo Walter Brito na Câmara sob a alegação de que o caso ainda não foi julgado em última instância da Justiça. A argumentação é a de que Brito entrou com um agravo de instrumento no Supremo Tribunal Federal (STF), até hoje não analisado.
Na avaliação de Régis Oliveira, a resolução do TSE que determina a perda de mandato não pode ser obedecida enquanto não houver uma decisão final do Supremo. "A Câmara dos Deputados não está subordinada a prazos fixados em resolução, que é ordem de eficácia interna.
A Câmara dos Deputados deve exaurir o que se denomina de ampla defesa, nos exatos termos do que dispõe a Constituição. Na hipótese de decisão final e transitada em julgado por decisão do Supremo Tribunal Federal é que caberá à Mesa da Câmara, independentemente de prazo, cumprir a ordem dele emanada", diz o parecer de Oliveira.
Fonte: Tribuna da Imprensa
"Gabeiristas" organizam protesto pela internet
Simpatizantes do deputado Fernando Gabeira, candidato derrotado do PV à Prefeitura do Rio, estão usando a internet, instrumento estimulado por ele durante a campanha, para organizar um protesto, amanhã, contra o resultado da eleição. Gabeira perdeu para Paes por apenas 55 mil votos, num segundo turno marcado pela campanha negativa de panfletos apócrifos e flagrantes de boca-de-urna.
Logo após a apuração, no domingo, amigos criaram uma página no site de relacionamentos Orkut para discutir os flagrantes de boca-de-urna do segundo turno, que favoreciam Paes em sua maioria. Em três dias, a comunidade já contava dez mil adeptos. Um manifesto do intitulado "Movimento Pró-Democracia" se espalhou pela internet em blogs, messengers e correntes de e-mails.
Panfletos virtuais convocam "indignados" para uma passeata no Centro do Rio. Vestindo preto, os jovens que têm trocado mensagens freneticamente nos últimos dias pretendem se concentrar na Cinelândia e seguir até a sede do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), para pressionar a Justiça a investigar denúncias de propaganda negativa contra Gabeira. Eles levarão denúncias que estão reunindo pela internet.
Embora o movimento se defina como "apartidário, pacífico, espontâneo e democrático", os envolvidos não escondem que são eleitores de Gabeira. A manifestação está sendo planejada seguindo as linhas da campanha do verde, como uso intensivo da internet, material artesanal e cidade limpa. Cada grupo tem a missão de certificar que panfletos não serão jogados no chão durante a caminhada. As convocações são distribuídas pela internet e cada um imprime quantos quiser para cumprir a tarefa de atrair participantes no boca-a-boca.
Os organizadores pedem que os manifestantes levem câmera para registrar tudo no Youtube. Não são permitidas bandeiras ou cartazes alusivos a partidos políticos e entidades de classe, nem mesmo de times de futebol. Já narizes de palhaço, cornetas e até "pinturas no corpo" são bem-vindos. Os manifestantes devem usar preto, mas é proibido qualquer alusão a candidato ou partido político. Nem mesmo a Gabeira, assunto da maior parte das recomendações nos posts do blog e da comunidade do movimento.
"Cogitamos entrar em contato com o Gabeira, mas percebemos que isso ia contra um dos ideais do movimento, o apartidarismo. Mesmo ele participando como cidadão, as pessoas teriam uma visão errada. Por essas e outras queremos distância dos políticos em nosso protesto", disse Matheus Tavares, de apenas 17 anos, que foi o autor do manifesto que deu origem ao movimento.
Apesar se não esconder sua preferência pelo verde, ele se recusa a declarar voto para tentar manter a ação distante da disputa eleitoral. Embora, alguns membros defendam a anulação do pleito, Matheus afirma que não é esse o objetivo. "Não queremos ser tachados de eleitores chorões do Gabeira. Queremos que o TRE investigue os crimes. Avalie a gravidade e puna adequadamente. Anular as eleições ou não, é com o TRE", argumenta.
Matheus tirou o título de eleitor em janeiro, mas se diz decepcionado com a guerra suja na eleição em que estreou nas urnas. Ele ficou surpreso com a adesão à comunidade criada por seus amigos sem grandes pretensões, mas considera um reflexo de que a maior parte dos jovens rejeita a política feita nos moldes tradicionais. Ele confessa não ter informações sobre a União Nacional dos Estudantes (UNE), nem mesmo que a entidade apoiou Paes no segundo turno. "Admiro e me motivo com a atuação da UNE contra a ditadura militar."
Os fóruns no Orkut e no blog oficial abrigam discussões sobre a ação do movimento que vão do que escrever nas placas até a convocação ou não de artistas, que apoiaram Gabeira em sua maioria. Alguns se posicionam contra, alegando que o movimento se trata de revanchismo inútil. Mas a maioria concorda com uma coisa: querem ficar longe de políticos e partidos.
Gabeira diz ter sabido do movimento dos jovens pela imprensa, mas não participa. Ele disse que seu partido acompanha a apuração de irregularidades pela Justiça Eleitoral, mas não manifestou expectativa de anulação da eleição. Ele considerou a mobilização de jovens pela internet um dos principais legados de sua campanha. "Fico muito feliz de ter chegado aos jovens, até a crianças que ainda não votam. Isso envolve o futuro. A resposta a uma aliança diferente, com a sociedade. É uma mensagem que vai ser levada para os políticos em geral", disse Gabeira.
O coordenador da fiscalização da propaganda eleitoral, Luiz Fernando Santa Brígida, informou que foram flagrados cabos eleitorais fazendo boca-de-urna para os dois candidatos no dia da eleição. No entanto, a maioria era ligada a Paes. Ele está finalizando um relatório que será entregue aos juízes e ao Ministério Público Eleitoral, que poderão estabelecer punições.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Logo após a apuração, no domingo, amigos criaram uma página no site de relacionamentos Orkut para discutir os flagrantes de boca-de-urna do segundo turno, que favoreciam Paes em sua maioria. Em três dias, a comunidade já contava dez mil adeptos. Um manifesto do intitulado "Movimento Pró-Democracia" se espalhou pela internet em blogs, messengers e correntes de e-mails.
Panfletos virtuais convocam "indignados" para uma passeata no Centro do Rio. Vestindo preto, os jovens que têm trocado mensagens freneticamente nos últimos dias pretendem se concentrar na Cinelândia e seguir até a sede do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), para pressionar a Justiça a investigar denúncias de propaganda negativa contra Gabeira. Eles levarão denúncias que estão reunindo pela internet.
Embora o movimento se defina como "apartidário, pacífico, espontâneo e democrático", os envolvidos não escondem que são eleitores de Gabeira. A manifestação está sendo planejada seguindo as linhas da campanha do verde, como uso intensivo da internet, material artesanal e cidade limpa. Cada grupo tem a missão de certificar que panfletos não serão jogados no chão durante a caminhada. As convocações são distribuídas pela internet e cada um imprime quantos quiser para cumprir a tarefa de atrair participantes no boca-a-boca.
Os organizadores pedem que os manifestantes levem câmera para registrar tudo no Youtube. Não são permitidas bandeiras ou cartazes alusivos a partidos políticos e entidades de classe, nem mesmo de times de futebol. Já narizes de palhaço, cornetas e até "pinturas no corpo" são bem-vindos. Os manifestantes devem usar preto, mas é proibido qualquer alusão a candidato ou partido político. Nem mesmo a Gabeira, assunto da maior parte das recomendações nos posts do blog e da comunidade do movimento.
"Cogitamos entrar em contato com o Gabeira, mas percebemos que isso ia contra um dos ideais do movimento, o apartidarismo. Mesmo ele participando como cidadão, as pessoas teriam uma visão errada. Por essas e outras queremos distância dos políticos em nosso protesto", disse Matheus Tavares, de apenas 17 anos, que foi o autor do manifesto que deu origem ao movimento.
Apesar se não esconder sua preferência pelo verde, ele se recusa a declarar voto para tentar manter a ação distante da disputa eleitoral. Embora, alguns membros defendam a anulação do pleito, Matheus afirma que não é esse o objetivo. "Não queremos ser tachados de eleitores chorões do Gabeira. Queremos que o TRE investigue os crimes. Avalie a gravidade e puna adequadamente. Anular as eleições ou não, é com o TRE", argumenta.
Matheus tirou o título de eleitor em janeiro, mas se diz decepcionado com a guerra suja na eleição em que estreou nas urnas. Ele ficou surpreso com a adesão à comunidade criada por seus amigos sem grandes pretensões, mas considera um reflexo de que a maior parte dos jovens rejeita a política feita nos moldes tradicionais. Ele confessa não ter informações sobre a União Nacional dos Estudantes (UNE), nem mesmo que a entidade apoiou Paes no segundo turno. "Admiro e me motivo com a atuação da UNE contra a ditadura militar."
Os fóruns no Orkut e no blog oficial abrigam discussões sobre a ação do movimento que vão do que escrever nas placas até a convocação ou não de artistas, que apoiaram Gabeira em sua maioria. Alguns se posicionam contra, alegando que o movimento se trata de revanchismo inútil. Mas a maioria concorda com uma coisa: querem ficar longe de políticos e partidos.
Gabeira diz ter sabido do movimento dos jovens pela imprensa, mas não participa. Ele disse que seu partido acompanha a apuração de irregularidades pela Justiça Eleitoral, mas não manifestou expectativa de anulação da eleição. Ele considerou a mobilização de jovens pela internet um dos principais legados de sua campanha. "Fico muito feliz de ter chegado aos jovens, até a crianças que ainda não votam. Isso envolve o futuro. A resposta a uma aliança diferente, com a sociedade. É uma mensagem que vai ser levada para os políticos em geral", disse Gabeira.
O coordenador da fiscalização da propaganda eleitoral, Luiz Fernando Santa Brígida, informou que foram flagrados cabos eleitorais fazendo boca-de-urna para os dois candidatos no dia da eleição. No entanto, a maioria era ligada a Paes. Ele está finalizando um relatório que será entregue aos juízes e ao Ministério Público Eleitoral, que poderão estabelecer punições.
Fonte: Tribuna da Imprensa
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