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domingo, junho 01, 2008

São João de mastro novo.







Por: J. Montalvão

Mesmo fugindo e quebrando toda tradição das festas juninas aqui em Jeremoabo/Bahia, onde por falta de voluntários, o mastro neste ano foi colocado através máquinas.

Como aqui é a terra do “já tinha” ou então do “já teve”, a mim não me causou nenhuma surpresa.

Até pouco tempo atrás já no dia 31 de maio tinha início à festividade junina propriamente dita, era uma empolgação geral, principalmente entre as famílias.

Como hoje só se pensa na politicagem, mentiras e fofocas, seja lá o que Deus quiser, cada qual vive da forma que melhor lhe convier.

O que o povo de Jeremoabo por covardia ou falta de oportunidade tem vontade de falar, mas não fala...


Por: J. Montalvão


Em Jeremoabo mesmo convivendo com o coronelismo se praticava a política e convivíamos civilizadamente, em plena harmonia, todos éramos uma família, sendo que por aqui passaram diversas autoridades merecedoras de todo o nosso respeito e orgulho.

Apenas a titulo de ilustração citaremos Dr. Vieira de Melo, Dr. Oliveira Brito, Dr. Aderbal e muitos outros homens de projeção nacional, Jeremoabo sempre mereceu respeito.

Hoje nos envergonhamos de falar que somos Jeremoabenses porque ultimamente alguns homens que foram e ainda querem ser nossos representantes parece que vivem ainda na idade da pedra, e o pior para chegar ao poder não importam para os meios e sim os fins.

Semana passada devido ao terrorismo psicológico, mentira, baderna, subversão e desrespeito a todas autoridades aqui existentes, um candidato repudiado e rejeito pelo povo em vários pleitos eleitorais, inclusive respondendo a processo na Justiça Federal por desvio de recursos no apagar das luzes do seu governo, orientado por um ex-padre sem nenhuma credibilidade e que ninguém sabe de onde veio e para onde vai, com o apoio irresponsável de gerentes de Bancos, paralisaram nossa cidade, onde pessoas humildes, comerciantes e funcionários ficaram sem receber seus salários ou descontar cheques porque o ex-padre determinou que gerentes bloqueassem a liberação de dinheiro oriundo das contas da prefeitura.

Toda essa esculhambação implantada aqui em Jeremoabo foi somente devido a 20 milhões que o Prefeito conseguiu para o melhoramento do nosso Município, e um ex-Prefeito orientado pelo ex-padre tentando dar o golpe em plena democracia, ou então quem sabe implantar a ditadura ou inquisição.

Um adendo: o povo tem que fazer com esse ex-padre é imitar certo militar daqui de Jeremoabo, que se sentido prejudicado por esse pinóquio, se dirigiu a OAB, deu uma canetada, que até hoje ele anda empenado.

Diante dessa cretinice, irresponsabilidade e falta de respeito aos habitantes de Jeremoabo/Bahia, tiramos a seguinte lição: ou o Prefeito assume o seu Papel de Chefe do Município outorgado pelo povo, enquadrando esses baderneiros no seu devido lugar, ou iremos lamentar mais adiante.

Para resolver essa anarquia basta procurar a Justiça, se não se conformar com a Justiça daqui se procura os Tribunais Superiores, Corregedorias, ou Conselho de Justiça, agora continuar na insegurança aqui implantada é que não poderemos continuar.

Havendo competência e boa vontade tudo se resolve, pois “não existe problema sem solução”.
Temos um exemplo recente de cidadania; notando as dificuldades para encontrar nossos direitos, como cidadão humildemente apelou para a Olvidaria do B. Brasil e BRADESCO, imediatamente a arbitrariedade foi resolvida.

O que está faltando em Jeremoabo é todos cidadãos de bem fazer exercer seu direito de cidadania, e não se acovardar diante de aventureiros irresponsáveis.

O prefeito está aí, continua firme e trabalhando, e só duas pessoa poderá extinguir o seu mandato: o eleitor através do voto, ou a Justiça após TRANSITO E JULGADO, o resto é balela e conversa de quem não tem o que fazer!

Jeremoabo/Bahia não é terra sem dono, tem homens e mulheres de responsabilidade, e merece respeito.






Defesa de Nardoni questiona varredura após caso na PM

Agencia Estado
O advogado que coordena a equipe de defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta suspeitos da morte de Isabella, disse que as informações sobre o suposto envolvimento do tenente Fernando Neves Braz em pedofilia reforçam a tese de que as investigações deveriam ter sido intensificadas em relação a todos que estiveram no Edifício London na noite em que a menina Isabella Nardoni, de 5 anos, foi jogada do 6º andar. "As investigações deveriam ter sido ampliadas. E essa acusação é muito grave", disse o advogado Marco Polo Levorin. "Esse tenente foi o encarregado da varredura no prédio e nem todos os apartamentos foram vistoriados. Na época, ele argumentou que alguns estavam fechados."Suspeito de envolvimento em uma rede de pedofilia, o tenente Neves, de 34 anos, matou-se na manhã de ontem com um tiro na cabeça quando seu apartamento, na Zona Norte de São Paulo, ia ser revistado por policiais da 5ª Delegacia Seccional e da Corregedoria da Polícia Militar. "Esse tenente foi encarregado da varredura. Na época do evento (morte de Isabella), já houve questionamento por parte da defesa em relação à varredura", declarou Levorin. "E sabemos que ele manteve uma conversa, na qual consta o agenciamento de uma criança", declarou. O coordenador da Polícia Técnico-Científica, Celso Perioli, afirmou que não vê nenhuma ligação direta do episódio envolvendo o tenente Neves com o caso Isabella. "O nosso trabalho está entregue", afirmou, sem querer dar mais explicações sobre o assunto. Segundo o delegado André Luiz Pimentel, há 90 dias uma testemunha procurou os policiais informando que recebera propostas para manter sexo com crianças numa sala de bate-papo na internet chamada Incesto. A testemunha foi orientada pela delegacia a prosseguir os contatos. A polícia descobriu que o agenciador das crianças era o operador de telemarketing e pai-de-santo Márcio Aurélio Toledo, de 36 anos. Toledo, segundo a polícia, ofereceu à testemunha a possibilidade de manter relações sexuais com crianças de 7, 9 e 12 anos. "Para impedir que ele entregasse um sobrinho de 9 anos para o cliente, pedimos ao juiz a decretação da prisão do acusado", afirmou o delegado. Na casa de Toledo, em Cidade Ademar, na Zona Sul, os policiais acharam brinquedos, DVDs de crianças praticando sexo e uma lista de 600 nomes no computador. Neles estava o nome do tenente Neves.Na quinta-feira, 29, a delegacia obteve o mandado de busca no apartamento e no armário do tenente Neves no batalhão. Após a revista ao armário do tenente, a política seguiu para o seu apartamento. Ele pediu para que os policiais aguardassem para que avisasse a esposa, que estava dormindo, para se vestir. Ao sair do quarto, o tenente carregava uma pistola e correu para o banheiro, onde se matou. O coordenador da equipe de advogados de Nardoni e Jatobá afirmou que pode requerer essa lista encontrada na casa do pai-de-santo. "Mas a investigação deve ser sigilosa por envolver crianças", afirmou.
Fonte: A TARDE

Geddel: “Uma aliança entre PT e PR terá que ser explicada

O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, participou de entrevista multimídia realizada pelo Grupo A TARDE com a participação do editor de Política, Adilson Borges, do repórter da Agência A TARDE, Biaggio Talento, da editora coordenadora de Brasil, Patrícia Moreira, do editor-chefe, Florisvaldo Mattos, do secretário de Redação, Wilson Gasino, do colunista Levi Vasconcelos (Tempo Presente), e da repórter de meio ambiente Maiza Andrade. Durante a sabatina, que incluiu perguntas enviadas por 168 internautas do portal A TARDE On Line, ele falou sobre política municipal e estadual, os projetos conduzidos por sua pasta, como a transposição do Rio São Francisco, dentre outros temas ligados à política baiana.
O ministro criticou a retirada do PT da aliança que dá sustentação ao governo João Henrique Carneiro: “A boa ética política indicava que o PT mantivesse sua postura de sustentação à administração do prefeito e sinalizasse com seu apoio político a reeleição de João Henrique. Preferiu optar por outro caminho, que deverá ser julgado pela sociedade”, sustentou. Geddel usou um tom de desconfiança ao se referir à aproximação do PT com o PR do senador César Borges. “Como falar em frente de esquerda quando você admite incorporar o Partido da República? Por mais respeito pessoal que tenha por seus integrantes, e tenho e proclamo, mas evidentemente que considerar o Partido da República, com o perfil dos seus integrantes, um partido de esquerda, eu acho que é um pouco exagerado”. Geddel também falou sobre a saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente.
A TARDE O PT acabou de definir seu pré-candidato às eleições de outubro, que é Walter Pinheiro. Como isso vai alterar, impactar a candidatura de João Henrique, que é o nome apresentado por seu partido? Nós queremos saber se isso influencia porque o que se fala é que até para o PMDB, e para o senhor especialmente, o candidato ideal do PT seria Nelson Pelegrino. Pois imagina-se que ele não teria tanto apoio dos aliados como terá certamente Pinheiro?
GEDDEL VIEIRA LIMA Veja bem, para nós do PMDB não altera absolutamente nada a escolha do PT. Alteraria se, como seria a lógica, o PT tivesse permanecido na base de sustentação de João Henrique e tivesse apoiado a candidatura de João Henrique, essa era a nossa expectativa. Esse era nosso entendimento. Entendimento fruto até do fato de que João Henrique, ao vir para o PMDB, veio numa situação previamente ajustada com o governador Jaques Wagner. Entendimento pelo fato de que o PT participou da vitória de João Henrique em segundo turno e participou da gestão de João até bem pouco tempo, sendo portanto, co-responsável pelo que houve de bom, pelo que tem havido de bom, e pelo que eventualmente possa ser considerado equívoco.
AT Está claro que o senhor ainda, digamos assim, não aceitou a saída do PT. Seu discurso está bem forte, inclusive no dia da adesão do professor Edvaldo Brito o senhor fez um discurso forte, disparou contra Antonio Imbassahy (PSDB). Eu presumo que o senhor vai fazer a mesma coisa com o PT, é isso?
GVL Não, veja bem, primeiro não vamos colocar isso na linha do bateu-levou. Esse é um discurso político absolutamente claro, nós vamos ter que nos respeitar, mas vamos ter que fazer o debate com clareza para a sociedade.
AT Ministro, a campanha está começando com um tom mais quente, isso não dificultaria, em um segundo turno, uma aproximação com o próprio PT e PSDB? Enfim, não fecha portas para o segundo turno?
GVL O sistema de eleição em dois turnos existe exatamente para isso. Na eleição em primeiro turno o eleitor escolhe quem acredita ser o melhor. No segundo turno, a eleição se torna uma eleição plebiscitária. Temos que evitar a agressão pessoal. Fora daí, eu não vejo porque o debate, por mais duro, por mais firme que seja, possa inviabilizar a busca de novos encontros numa eleição de dois turnos.
AT Ministro, houve uma provocação, pelo menos eu entendi assim, do secretário de Comunicação do governo do Estado, Robinson Almeida, onde ele faz uma aposta de que o PT ganha a eleição pra qualquer candidato no segundo turno. Eu gostaria de saber se o senhor tem essa mesma convicção de que o PMDB ganha contra qualquer candidato no segundo turno? E o que o senhor achou também dessa aposta? O senhor apostaria hipoteticamente com ele?
GVL Não, cada um tem um hábito. Entre os meus hábitos não está o de apostar. Eu verdadeiramente creio que o PMDB tem a proposta mais coerente. Tem a aliança formada, do ponto de vista ideológico, mais consistente. É a aliança que deverá ter que apresentar menos explicações ao eleitor e quem menos explica tem mais chances de vitória eleitoral. Portanto, a minha crença é de que o prefeito João Henrique chegará ao segundo turno e terá condições de vencer as eleições em segundo turno.
AT Que aliança o senhor imagina que fará o PT?
GVL Estou vendo muita especulação do PT numa conversa com o PR. Eu acho que uma aliança dessa (entre PT e PR) em Salvador terá que ser explicada.
AT O PR não faz parte da base?
GVL Terá que ser explicada (a aliança PT/PR). Por quê? Porque o meu amigo governador do Estado e o PT, a todo instante fazem, por exemplo, referência aos desmandos e desacertos administrativos e outros mais dos últimos 16 anos que ocorreram na Bahia. Que face mais visível podem ter esses desmandos ou esses equívocos administrativos tão ressaltados pelo Partido dos Trabalhadores do que a figura do senador César Borges?
AT Ministro, o pré-candidato Walter Pinheiro foi dos petistas o que mais defendeu a permanência da aliança com João Henrique. Brigou por isso até o último instante. Nelson Pelegrino foi quem mais pregou a separação. O fato de Pinheiro ser o candidato do PT, isso altera o discurso do PT? Vai haver uma relação de compadrismo, por ter essa amizade com o senhor?
GVL Bom, não vamos confundir. A política não permite compadrio. A minha relação civilizada de amizade com Pinheiro existe. O que não nos coloca necessariamente no mesmo campo da defesa de idéias. Ele tem as posições dele, eu tenho as minhas. Eu defenderei as minhas com firmeza. Agora, evidentemente que esta questão que você coloca é algo que não deve ser explicado por mim, quem vai ter que explicar é Pinheiro. A minha relação com Pinheiro se acentuou nesse período final, agora, quando ele foi o grande interlocutor do PT na administração de João Henrique. Todas as conversas que ele teve conosco, do PMDB, era no sentido primeiro de que o PT não deveria sair da administração. Foi o deputado Walter Pinheiro o grande agente da chamada ‘repactuação’, através de ações práticas. Foi o deputado Walter Pinheiro que indicou o ex-secretário Carlão para a Saúde; que indicou o secretário de Governo, doutor Gilmar Santiago. Isso há dois meses. A sociedade vai dizer se é justo ele, a partir de agora, fazer críticas à administração de João Henrique na Saúde, na Infra-Estrutura, na articulação política, tendo sido um árduo, um caloroso defensor da manutenção do PT na sustentação de João Henrique.
AT Mas o senhor não considera que o PMDB também não tem como explicar uma eventual aliança com o Democratas?
GVL Mas quem lhe falou em eventual aliança com o Democratas? Quando surgiu a possibilidade de aliança com o Democratas foi muito fazendo aquilo que vocês jornalistas gostam de fazer, que é especular sobre o futuro, fazer um exercício de futurologia...
Leia íntegra da matéria na versão impressa do jornal ou na versão digital neste domingo. Ouça na A TARDE FM (103.9 mhz), neste domingo, às 21 horas, o que o ministro falou sobre as obras do metrô em Salvador e o PAC do Cacau.
Fonte: A TARDE

Novo serviço liberará PMs para as ruas

Cerca de sete mil homens da Polícia Militar que trabalham fora de suas funções específicas, externamente ou nos quartéis, serão liberados para o trabalho de policiamento com a criação do Serviço Auxiliar Administrativo no âmbito da Secretaria da Segurança Pública. O projeto de lei, encaminhado pelo governador Jaques Wagner e já aprovado na Comissão de Constituição e Justiça, deverá ser votado terça-feira na Assembléia Legislativa e prevê a contratação de jovens de 18 a 23 anos para a execução de tarefas diversas hoje atribuídas a militares. Entre os serviços que serão prestados pelos contratados, estão atividades administrativas, de defesa civil, guarda externa de estabelecimentos públicos estaduais e auxiliar de saúde. As vagas se destinam a jovens de ambos os sexos, que receberão, a depender da função, de um a dois salários mínimos. Serão exigidos bons antecedentes, boas condições de saúde, conclusão do ensino fundamental, atualização com as obrigações eleitorais e, no caso dos homens, com o serviço militar. A perspectiva de aprovação do projeto foi comemorada particularmente pelo deputado Roberto Carlos (PDT), autor de proposta semelhante a que deu entrada em 2003 e cuja tramitação ficou prejudicada porque cria despesas, o que é prerrogativa exclusiva do Executivo. Este ano, o parlamentar apresentou a idéia ao governador, que resolveu apoiá-la. Os auxiliares temporários - assim chamados porque só ficarão um ano na função, com possibilidade de prorrogação por mais um ano - não terão poder de polícia e não usarão arma de fogo. O recrutamento para o serviço dependerá de autorização expressa do governador e se dará mediante seleção pública, não podendo, segundo o projeto, exceder a proporção de um auxiliar para cinco integrantes do efetivo da PM determinado em lei. Na mensagem encaminhada à AL, o governador destaca o objetivo de “proporcionar ocupação, qualificação profissional e renda aos jovens (...) contribuindo para evitar seu envolvimento em atividades anti-sociais”. Roberto Carlos lembrou as dificuldades enfrentadas para aprovação de projetos de autoria de deputados, e por isso ressaltou a iniciativa de Jaques Wagner, “que prova com sua iniciativa que está valorizando o parlamento”. Ele disse que os jovens selecionados receberão treinamento para suas tarefas, usarão uniforme próprio e terão direito a vale-alimentação. “O mais importante é que seu trabalho permitirá que os PMs exerçam suas atividades para maior segurança da população”, completou. (Por Luis Augusto Gomes)
Varela joga as suas cartas e continua à procura do vice
Logo que voltou de Brasília, ao final da frustrada tentativa de união com o tucano Antonio Imbassahy, o apresentador Raimundo Varela, pré-candidato do PRB à prefeitura de Salvador, anunciou “uma bomba” para o seu programa Balanço Geral, apresentado na Rádio Sociedade da Bahia AM e na TV Itapoan. Contudo, Varela parece ter recuado, já que fez apenas algumas insinuações e mandou algumas indiretas para os seus adversários. Durante todo este período ele vem fazendo um jogo de cena no seu programa. No rádio, por exemplo, logo que entra no ar ele faz uma espécie de editorial na sua chegada ao programa e durante o desenrolar do mesmo, ora com indiretas para os seus adversários, ora com “tabelinhas” com os outros atores do programa. Como todo o alvoroço é conseqüência da sua conversa para ser vice de Imbassahy, ele tem feito uma movimentação justamente no sentido contrário, uma forma de desfazer o fato. Assim, ele brinca de vice entre os integrantes da equipe do programa e até com os seus personagens, como Risadinha e seu Asclepíades. Ontem, no Balanço Geral do rádio, Varela voltou a insinuar as brincadeiras, mas, ao mesmo tempo, deixou transparecer que havia algo no ar. Primeiro ele fez rasgados elogios ao vereador Sidelvan Nóbrega (PRB) sobre o seu comportamento no episódio da compra dos veículos pela Câmara de Vereadores de Salvador. “Valeu, Sidelvan, você mostrou como é que um vereador deve agir”. Com isso, Varela mostra que está bem com o seu partido, já que havia boatos de que o próprio vereador não havia ficado satisfeito por Varela não ter comunicado as negociações com o tucano Antonio Imbassahy. A mesma ação Varela teve em relação a Valdir Oliveira, presidente estadual do PRB, a quem também dirigiu elogios e anunciou a sua viagem a Brasília para se reunir com o vice-presidente José Alencar, que tem sido o seu guru político. Mas foi para o Bispo Márcio Marinho (PR), que vem sendo especulado para vice do democrata ACM Neto na corrida para a prefeitura de Salvador, que Varela dedicou mais espaço. Além de colocá-lo no ar e anunciar a sua viagem a Brasília para tratar de assuntos políticos, zombou dos seus concorrentes que têm assediado Marinho. No final da participação do líder evangélico, Varela brincou para provar que estavam mais juntos do que antes. “Agora eu sou Raimundo Varela Marinho, e você é Bispo Marinho Varela”, anunciou. Com esta atitude, Varela delimitou espaços, como se dissesse: “O bispo Marinho é meu e ninguém tasca”. Como de costume, antes da chegada de Zé Eduardo, que assume o programa em seu lugar a partir das oito horas, os dois fazem uma rápida tabela e depois chutam a bola para o gol. O tema de ontem, como nos últimos dias, foi sobre a polêmica de ser ou não ser vice. Varela normalmente faz uma proposta a Zé Eduardo, do tipo “você não quer ser o vice de Risadinha, não?” E Zé Eduardo responde, descartando qualquer possibilidade de ser vice “de quem quer que seja”. Percebe-se, sem muito esforço, que o objetivo é desfazer a confusão criada dias atrás. No programa de ontem, o último lance da tabelinha foi sobre a participação do Bispo Marinho no programa. Ao devolver a bola, Zé Eduardo disse a Varela: “Gostei do Bispo. E gostei mais ainda quando ele disse: estamos juntos e misturados”. Ao som das gargalhadas de Risadinha e deles próprios, soa a vinheta da hora certa e um tapa na mesa. “Pronto”, diz Varela, se despedindo do programa e colocando mais enigma sobre a polêmica. Entretanto, todo este quadro vivenciado ontem durante o programa Balanço Geral apresentado por Varela na Rádio Sociedade, mostrou que existe algo no ar. Na noite anterior, o apresentador tinha uma conversa marcada com o governador Jaques Wagner, mas não aconteceu. Com a ida dos principais representantes do seu partido a Brasília conversar com o vice-presidente é sinal de que Varela pode mesmo estar se aproximando de um acordo com o PT. (Por Evandro Matos)
Ex-prefeito é acionado pelo MP por cantratação ilegal
A contratação irregular de cerca de dois mil servidores pelo município de Ilhéus (localizado a 465 km de Salvador) levou o Ministério Público estadual a ingressar com uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o ex-prefeito municipal Valderico Luiz dos Reis. Segundo a promotora de Justiça Karina Gomes Cherubini, autora da ação, durante o período de 2004 a 2007, “houve constante contratação e desligamento de servidores, para dar impressão de temporariedade nas contratações”, embora houvesse candidatos aprovados em concurso público à espera de serem convocados para as vagas, que não eram disponibilizadas para eles e sim para as contratações ilícitas. De acordo com Karina Cherubini, o ex-prefeito teria contratado inúmeros servidores sem observar os requisitos de interesse público e temporariedade. A promotora de Justiça ressalta, ainda, que foi firmado em 2005 um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) no qual o ex-gestor municipal se comprometeu em extinguir todas as contratações temporárias que estivessem ocupando as vagas dos concursados, mas, segundo ela, o TAC não foi cumprido e o prefeito em exercício prosseguiu com as contratações sem prévio concurso público. Na ação, a representante do MP requer que a Justiça condene o ex-prefeito ao ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda da função pública, além da suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa civil e proibição de contratar com o poder público, receber benefícios, incentivos fiscais e creditícios.
Tempo de TV não é prioritário na aliança
Ao comentar um eventual apoio do PR, de César Borges, e do PRB, de Raimundo Varela, ao seu nome, o pré-candidato do PT à prefeitura de Salvador, Walter Pinheiro, disse que o tempo de TV dessas legendas não deve ser o fator mais importante a ser levado em conta para uma aliança. “O que importa é a questão programática, senão vai ser preciso muito tempo de TV para dar explicações”, afirmou Pinheiro, em entrevista a Emmerson José, no Fala Bahia, da Bahia FM. O petista destacou que o PRB é o partido do vice-presidente da República, mas disse que a intenção é formar uma frente com o PCdoB, o PSB e o PV. “Já consolidamos um caminho com as forças populares e democráticas”, disse o deputado. Ao comentar a aproximação do governo do estado com o PR e com o PP, Pinheiro disse não acreditar que haja uma transposição automática das alianças políticas em nível estadual para o plano municipal. “O senador (César Borges) tem uma relação com o governo federal, que não é a mesma com o governo estadual. Estamos tratando a questão com muito cuidado. Não se pode ter uma relação exclusivamente para ganhar tempo de TV. Se temos divergências, não adianta fazer uma aliança”. Pinheiro comentou ainda as declarações de Olívia Santana sobre a possibilidade de o PT não encabeçar uma chapa.
Fonte: Tribuna da Bahia

CPI dos Cartões revela novo ‘falso homem-bomba’ do PT

Ex-secretário da Casa Civil é apenas mais um cercado pela ‘operação abafa’


BRASÍLIA - O encerramento da CPI dos Cartões nesta semana, com um relatório que poupa a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, não sugere nenhum indiciamento e joga toda a responsabilidade pelo dossiê com gastos exóticos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre José Aparecido Nunes Pires – o ex-secretário de Controle Interno que disse ter deixado vazar o documento por engano – é mais um episódio que retrata o fenômeno dos falsos homens-bomba do PT.
Aparecido, Waldomiro Diniz, Delúbio Soares, Silvinho Pereira, Jorge Lorenzetti, Freud Godoy e muitos outros emergiram no cenário da política tratada como polícia, todos foram personagens centrais em escândalos e todos foram cercados com “operações abafa” que os levaram a proteger o governo e a serem protegidos por ele. Olhando Aparecido na TV do Senado, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) – o único homem-bomba do governo Lula – deu um diagnóstico irônico.
“Como todas as outras, essa bomba já chegou ao Congresso desativada”, disse Jefferson à reportagem, referindo-se ao fato de Aparecido ser a peça-chave no vazamento do dossiê com as despesas de Fernando Henrique, mas se negar a entregar a operação deflagrada na Casa Civil sob promessa de que será poupado na sindicância interna e no inquérito da Polícia Federal, o que facilita a retomada do emprego efetivo que tem, como funcionário de carreira, no Tribunal de Contas da União (TCU).
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), ex-petista, destaca não só a “capacidade de cooptação do governo”, mas também a saída recorrente que todos os falsos homens-bomba usam: “Em tom pós-socrático, eles repetem à exaustão o ‘só sei que nada sei’”. Nesses termos, conclui o deputado, as bombas petistas vão sendo convertidas em “foguetórios de má qualidade, que dão chabu o tempo todo”. Alencar aposta que, dentro em breve, o ex-funcionário da Casa Civil vai voltar para o TCU. “Será mais um ‘Zé desaparecido’ que confirma a trágica profecia de Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT que caiu no escândalo do mensalão), para quem um dia todos vão considerar tudo isso uma piada de salão”.
Aparecido vai ser tratado como se tivesse cometido apenas uma infração administrativa. “Por um descuido”, ele disse à CPI, anexou o dossiê a um e-mail enviado a André Fernandes, assessor do senador tucano Álvaro Dias (PR). Virgílio conclui que o silêncio tem sido “muito bem amparado por um Estado coronelista, que não deixa homem-bomba algum em dificuldade”.
***
Lista foi aberta por Waldomiro Diniz
A lista dos falsos homens-bomba foi aberta, em 2004, pelo assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz, flagrado, em imagens gravadas por um circuito interno de TV, pedindo propina a um bicheiro. Protagonista do escândalo do mensalão, Roberto Jefferson, presidente do PTB, foi o único a detonar seu potencial explosivo. Não implicou diretamente o presidente Lula no escândalo, mas provocou a mais grave crise de seu governo. E, se por um lado teve seu mandato cassado, por outro arrastou consigo o ex-ministro José Dirceu – na época o petista mais poderoso da Esplanada dos Ministérios – e também líderes e dirigentes dos partidos da base aliada.
Além de Dirceu, as denúncias de Jefferson derrubaram o então presidente do PT, José Genoino, e toda a cúpula petista. A assessoria de Dirceu na Casa Civil foi dizimada. Além disso, só em Furnas Centrais Elétricas três diretores caíram, acusados de desviar recursos da empresa para campanhas petistas. Em meio à série de suspeitos de receber e pagar mesada de cerca de R$30 mil, o presidente do PP, Pedro Corrêa (PE), acabou cassado pela Câmara por quebra de decoro.
Aos deputados que temiam o forte risco de degola no julgamento em plenário, como o então líder do PL (hoje PR), Valdemar Costa Neto (SP), sobrou a alternativa da renúncia. As bombas petistas, que faziam política com Jefferson, não detonaram. Todas foram sucessivamente desativadas pelo Planalto, numa política que se mantém ativa nestes cinco anos e meio de governo. “A mim me propuseram o silêncio com algumas garantias”, recorda Jefferson. (AE)
Fonte: Correio da Bahia

Sem líderes, a direita se perdeu

Karla Correia
Brasília
Os 20 anos de ditadura militar e os reflexos do período na sociedade brasileira, somados a uma seqüência de governos auto-intitulados "de esquerda" – em especial os dois mandatos consecutivos de Luiz Inácio Lula da Silva, marcados pela alta popularidade do chefe de governo e pela bandeira dos programas sociais – provocaram um radical encolhimento no espaço ocupado pela direita no espectro partidário do país.
Nos Estados Unidos pós-11 de setembro e na União Européia o conservadorismo voltou ao poder, quatro décadas depois do emblemático ano de 1968, auge da resistência ao regime militar, em nível nacional, e dos protestos ligados a movimentos de esquerda, em todo o mundo. No Brasil, esse mesmo pensamento murchou. E empobreceu o debate político. Ao menos no que diz respeito à representação partidária, à sua presença dentro do Congresso.
– De repente, ninguém é de direita, todo mundo é ‘centro’ – ironiza o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), ele mesmo um dos raros baluartes da chamada extrema-direita no Parlamento.
Pejorativo
A carga pejorativa sobre a direita em comparação à celebração da esquerda seria, em parte, reflexo da ditadura militar, acredita o deputado. Direita era quem estava a favor do regime autoritário e anti-democrático. Já a esquerda ficou identificada com quem se opôs ao comando implementado pelo golpe de 1964, defendeu os direitos humanos e filosofou sobre programas sociais. Muito embora esse bloco tenha pegado em armas para lutar pela ditadura do proletariado, observa Bolsonaro.
– Esse pormenor, entretanto, é esquecido e a idéia que se passa é que os esquerdistas, na época, defendiam a democracia. Nada mais incorreto – reclama o deputado.
A mudança de nome do Partido da Frente Liberal (PFL) que, no ano passado, mudou seu nome para Democratas (DEM), ilustra a resistência que políticos brasileiros têm, hoje, em assumir uma orientação mais inclinada à direita do espectro ideológico. Mesmo mantendo intactos a estrutura partidária, ideário e principais líderes, a legenda antes conhecida como PFL mudou para se livrar da imagem ligada à direita - mais particularmente com a Arena, partido que serviu de sustentáculo do regime militar, nos anos de chumbo - e com o liberalismo. Expurgado do nome da legenda, mas ainda defendido por ela.
Para Dom Bertrand de Orleans e Bragança, membro da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Prosperidade (TFP) e coordenador do movimento Paz no Campo, contraponto ruralista ao Movimento dos Sem Terra (MST), a transformação do PFL em DEM dá a medida do vácuo que existe na representação política do pensamento conservador.
– Não há no Congresso, hoje, nenhum parlamentar que possa ser considerado como um expoente do pensamento de direita – acredita Dom Bertrand.
Segundo ele, muito dessa ausência do pensamento conservador no Parlamento é reflexo do que seria uma tática da esquerda de colar na direita a identificação com movimentos como o nazismo e o fascismo.
– O que é uma total inverdade – argumenta. – O nazismo sempre foi uma expressão do socialismo, do comunismo. Este sim um regime que matou milhões de pessoas em todo o mundo. O resultado dessa contra-propaganda de esquerda foi o gradual esvaziamento da direita na representação partidária. Os políticos hoje podem até defender a livre iniciativa, a propriedade privada e o Estado mínimo. Mas tem vergonha em assumir essas bandeiras como pensamento conservador.
Fonte: JB Online

sábado, maio 31, 2008

Como fazer o saque do FGTS e do PIS em caso de doença grave?

Vida pregressa - Câmara pode consultar TSE sobre candidato com processo

Jeremoabo em rítmo do São João









Seguindo a tradição da cidade, hoje 31 de maio, voluntários retiram da frente da Igreja de Jeremoabo/Bahia o mastro (mastro de São João), para que o mesmo retorne coberto de ramos, folhagem com uma nova bandeira.

Portanto, já podemos dizer que Jeremoabo/Bahia está em ritmo de festa Junina.

Esperamos que como se angaria dinheiro para bancar as novenas, festejos com queima de fogos, flores, zabumbeiros etc., o ex-padre Moura (junto ao seu pupilo e meia dúzia de gatos pintados como sempre diria o Monsenhor Francisco), não apelem para boataria infundada, e peticione ação tentando afastar o nosso Padroeiro São João BatistA do Cargo de padroeiro.

Outrossim, esperamos também que os bancos local, não aceitem orientação bocal do ex-padre, no intuito de não receber doações na conta de São João Batista, se por acaso existir.

Nós de Jeremoabo e os demais irmãos que aqui vieram para ajudar o Município no seu desenvolvimento e progresso, pacificamente vamos isolar os baderneiros, e mostrar que Jeremoabo é uma cidade de paz e desenvolvimento, e que o resto continua sendo o resto, pois a violência é a arma dos fracos.

Jeremoabo se livrando da escravidão dos patrões politiqueiros.











Por: J.Montalvão

Acima uma pequena amostra de como o atual Prefeito Dr. Spencer recebeu da (in)adiministração passada o nosso Munícipio, onde o ex-padre boateiro que veio do Piaui também fazia parte.
1 - Canal a céu no meio das casas, sem nenhuma manutenção nem higiênização;
2) - Lixão na rua, para trafegar por perto tinha que tapar as narinas;
3) - Abatedouro interditado pela Justiça, sem a mínima condição de funcionamento.
4) - Abatedoro clandestino na cidade.
Embora ainda em caso restrito se consiga carta de auforria para praticar corrupção em nosso Município, mesmo em passos lentos Jeremaobo começa a mudar e reagir.


Acima mostramos o minimo do desmando de como foi encontrado o Município ao término da Administração passada.


Eu não vou chegar neste site e colocar que o governo do atual Prefeito está sendo o ideal, seria uma irresponsabilidade da minha parte, no entanto, digo que está sendo o possível.

Temos autoridade para falar de gestão municipal de Jeremaobo/Bahia, porque que nos prestigiou visitando o site www.jeremoabohoje.com.br, deve ter notado que o mesmo já nasceu criticando e combatendo as irregularidades existentes aqui no nosso município.

Denunciamos o abandono do cemitério, irresponsabilidade do hospital, falta de segurança principalmente concernente ao transito, o abate clandestino da carne, falta de saneamento principalmente esgoto e esgoto a céu aberto, denunciamos o lixão no meio do povo no bairro São José, e elaboramos inúmeras matérias denuncias a respeito do Rio Vaza Barris, e até a Pedra Furada que tentaram retirar de utilidade pública na área ecológica.

Todas essas deficiências todos aceitaram caladinhos, não sei se por conveniência ou por covardia.

Hoje os mesmo que nunca se manifestaram, são os primeiros a exigir que o atual Prefeito se torne um milagreiro, resolvendo problemas seculares num toque de mágica.

Vamos devagar com o andor que o santo é de barro e pode quebrar.

Como nada é eterno, o Gestor Municipal, como paladino abnegou de quase tudo em torno de uma nobre causa, conseguir uma Certidão Negativa do INSS, para que com isso pudesse angariar recursos em prol de Jeremoabo, custou mais chegou.

Hoje iremos ter um pontilhão ligando Jeremoabo a Paulo Afonso, para quando chofer não ficarmos ilhados e morrer a mingua por falta de assistência; a rede de esgotos será aumentada consideravelmente, calçamento praticamente na cidade toda, e muitas outras benfeitorias.

Tudo isso vem causando inveja aos “administradores” ultrapassados “que passaram uma eternidade só dando esmola ao povo com o seu, esmola essa do seu próprio imposto, e que sempre apostaram na manutenção dos bolsões da miséria, pois povo sem cultura, doente e faminto não terá tempo para racionar nem tão pouco reagir”.

Jeremoabo saiu da contramão da história, estamos na era da Internet, e o povo já começar a engatinhar em busca da informação e dos seus direitos, principalmente a Juventude de Jeremoabo que já começar a se livrar do cabresto e da propaganda enganosa de politiqueiros ultrapassados e oportunista, a mudança demora, mas chega.
Nós de Jeremoabo/Bahia embora com muito sacrifício saímos do isolamento, e hoje nos comunicamos com o mundo, pois qualquer acontecido aqui, na mesma hora o universo toma conhecimento, é bom que os coronéis politiqueiros






Órgãos ambientais mudarão de nome

Maiza de Andrade, do A TARDE
O Centro de Recursos Ambientais (CRA) e a Superintendência de Recursos Hídricos (SRH) passarão a se chamar, respectivamente, Instituto do Meio Ambiente (IMA) e Instituto de Gestão de Águas e Clima (Ingá). Ambos são órgãos da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), que passará a se chamar apenas Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema).
Essas mudanças estão previstas no projeto de lei encaminhado pelo governo do Estado, na última quarta-feira, à Assembléia Legislativa para reforma administrativa do sistema estadual de meio ambiente. A medida “é um freio de arrumação”, na avaliação do secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Juliano Matos.
Segundo ele, a reforma vai tornar a atuação dos órgãos ambientais “mais lógica e coerente” e é resultado da identificação das “fragilidades” do sistema identificadas após 1,5 ano de gestão do atual governo. A exclusão dos termos “recursos hídricos e recursos ambientais” dos nomes atuais foi intencional, segundo Matos, porque “deixa de ver o meio ambiente apenas como recurso material a ser explorado”. “Às vezes, é fundamental entender o meio ambiente como patrimônio e não como recurso”, filosofa o secretário.
Além de mudanças na estrutura do CRA, que vai incorporar o setor de licenciamento para supressão florestal, hoje dentro da Semarh, e da SRH, a medida altera também o perfil da Companhia de Engenharia Rural da Bahia (Cerb), criada em 1971. De acordo com o secretário, a empresa, de capital misto, passará a se chamar Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos e vai lidar com mais ênfase em tecnologias ambientais.
Concursos – Na nova estrutura proposta pelo governo, está prevista a contratação de servidores públicos por concurso público e pelo regime especial de de direito administrativo (Reda). Para o IMA (atual CRA), a previsão é do ingresso de 100 servidores, metade por concurso e a outra por Reda. Já no futuro Ingá (atual SRH), devem ser contratados 100 por concurso e 175 por Reda.
O superintendente da SRH, Júlio Rocha, destacou ainda a mudança da sede da autarquia, que vai funcionar no Centro Administrativo da Bahia (CAB), na também nova sede da Semarh, que hoje fica no prédio da Governadoria. O sugestivo nome de Ingá, para a atual SRH, segundo ele remete ao fruto da ingazeira, árvore presente nas matas ciliares. “Traduz a ligação da água com o solo e com a flora”, explica.
Sem discussão – O coordenador do Grupo Ambientalista da Bahia, Renato Cunha, ressaltou a falta de discussão da reforma do sistema estadual de meio ambiente. “Nem no Cepram (Conselho Estadual de Meio Ambiente) passou. Espero que as mudanças não sejam apenas no nome dos órgãos, porque, com certeza, têm muito o que melhorar”, disse ele.
Fonte: A TARDE

Para o presidente da OAB-RJ, decisão é inaceitável e açodada

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro, Wadih Damous, classificou como uma decisão açodada, corporativista e política a atitude dos deputados de soltar o colega parlamentar e ex-chefe da Polícia Civil, Álvaro Lins (PMDB). Na avaliação de Damous, não houve tempo hábil para que os legisladores pudessem analisar o conteúdo dos autos.
– Temos um processo judicial instruído com documentos e gravações telefônicas – ressaltou o presidente da Ordem. – Este conjunto de provas convenceu o juiz sobre a necessidade de prisão do deputado. Não é possível que 24 horas depois, a Alerj derrube a decisão do juiz. Isto é inaceitável e incoerente.
A Procuradoria da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) considerou a prisão de Lins arbitrária tendo como base o artigo 53 da Constituição, que prevê que "desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável".
Para o presidente da OAB-RJ o artigo 53 deveria ter sido interpretado com mais rigor e cuidado para não configurar um grave desrespeito à Justiça o que, para ele, acabou acontecendo.
– Eles não tinham condição, nem tempo para julgar o caso. A decisão tem todos os contornos de corporativismo. Foi um ato político, açodado. É um coleguismo inoportuno, muito mais do que uma reação a uma suposta decisão arbitrária e ilegal da Justiça. A decisão acabou criando um confronto indevido entre legislativo e judiciário.
Ainda na opinião do presidente da OAB fluminense, o melhor caminho para o deputado seria se defender perante o próprio Poder Judiciário, com a utilização dos devidos recursos processuais que o ordenamento jurídico-constitucional brasileiro oferece:
– A decisão causa perplexidade em toda a população, nas pessoas que acreditavam que o crime estava sendo punido. O acusado deveria ter se defendido no judiciário, poderia ter tentado um habeas corpus.
Dúvida jurídica
Lins possui imunidade parlamentar, mas foi preso em flagrante delito. A brecha que permitiu a soltura do parlamentar surgiu porque Lins foi preso com base na alegação de que lavagem de dinheiro seria um crime permanente. Mas, uma decisão do Superior Tribunal de Justiça afirmou que "para a configuração do estado flagrancial, mesmo nos casos dos crimes classificados como permanentes, faz-se necessário que a prisão ocorra no momento em que o agente esteja em situação demonstrativa da conduta delitiva. Com efeito, a prisão desta natureza não pode fundamentar-se, apenas, em investigações policiais."
Fonte: JB Online

Opinião - Desenvolvimento sustentável já!

Aspásia Camargo
vereadora
A saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente demonstra que o Brasil não incorporou a questão ambiental como variável estratégica e que sucessivos governos têm sido incompetentes em utilizar as oportunidades do desenvolvimento sustentável. Meio ambiente não é problema, é solução.
Se o Brasil fosse a China, não deixaria de aproveitar melhor suas florestas como ativos econômicos e ambientais. Nós, filhos do Império Lusitano, improvisamos e até o etanol está levando pancadas, enquanto os chineses vendem quinquilharias com sucesso. Lula, que tem o mérito de se comunicar bem com o seu povo, tem também o defeito de olhar o mundo com visão antiquada que não percebe que vivemos hoje em um mundo de escassez de recursos naturais e de turbulências climáticas.
Um secretário do Amazonas disse um dia que o Brasil vê a Amazônia com binóculos ao contrário. À distância e com visão distorcida, preferindo a Transamazônica a usar caudalosos rios como hidrovias.
A política ambiental brasileira foi construída com brilho pelas mãos de Paulo Nogueira Neto, o homem que inventou, junto com Gro Brundtland, o desenvolvimento sustentável. Ele construiu o sistema ambiental a partir de 12 instrumentos de controle mas nossa preguiça nos faz usar apenas o licenciamento e a fiscalização de maneira abusiva e imprópria.
O licenciamento é lento porque os instrumentos de informação e planejamento que o viabilizam são pobres. Não devemos licenciar uma hidrelétrica e sim uma rede de fontes energéticas para servir a vocações bem definidas. Definir vocações depende de um instrumento fundamental: o zoneamento econômico-ecológico, que os políticos desprezam mas que classifica e hierarquiza áreas e tipos de produção, além de zonas de uso limitado ou proibido, para uso econômico, conservação ou proteção ambiental A missão, lenta e cara para os apressados que trabalham no varejo, é indispensável e barata para solucionar os problemas da Amazônia por atacado, promovendo o desenvolvimento durável.
A Amazônia não é intocável mas precisa de um modelo de desenvolvimento e de empresários que conservem seu patrimônio natural. Por que não instalar um grande pólo de biotecnologia, produzindo medicamentos e cosméticos de altíssimo valor agregado? E também o ecoturismo, a indústria de sucos naturais e a moveleira, como a sueca, com recursos renováveis?
Os políticos do passado preferem a indústria itinerante da destruição para vender madeira para a Europa e produzir depois gado e soja, matando sem remorsos a galinha de ovos de ouro da biodiversidade planetária. Este tem sido nosso destino desde a colônia. Sem alternativas, Estados e municípios não temem a desertificação nem alimentar uma briga internacional que pode comprometer nossa soberania. Enquanto isto, contrabandistas da biodiversidade ocupam os territórios que abandonamos à própria sorte.
Para acabar com este desatino, só o presidente, o zoneamento e a transversalidade do desenvolvimento sustentável. Lula precisa reciclar-se. Carlos Minc, chegou a sua hora. Seja duro na aplicação imediata de todos os instrumentos, mas exija investimentos, compatibilize e negocie prazos e metas. Conquiste Mangabeira Unger, como conquistou Lula. Apenas o comando e controle – licenciamento e fiscalização – não bastam para salvar a Amazônia e nossas florestas.
Fonte: JB Online

Coisas da Política - Receita do golpe feito em casa

Villas-Bôas Corrêa
"Quando cheguei ao Palácio do Planalto na manhã de 25 de agosto de 1961, seriam 10h, 10h30. Estivera até quase o amanhecer no apartamento de Pedroso Horta e de lá seguira com José Aparecido para seu quarto de hotel.
Era uma manhã fresca e tranqüila. No terceiro andar do Palácio, um funcionário chamou-me a um canto e disse que algo ocorria. Aparecido ordenara-lhe retirar documentos importantes e arrumar toda a papelada.
Pouco depois, chegou Aparecido.
– O presidente renunciou, disse-me em voz baixa. – Já está voando para São Paulo".
Transcrevo parágrafos que abrem o livro A renúncia de Jânio, da Editora Renan, de 1996. Seu autor identifica-se pelo estilo enxuto e impecável de Carlos Castello Branco, o maior jornalista político do Brasil e assessor de Jânio Quadros no seu curtíssimo mandato de desastrosas conseqüências.
Se suas origens podem ser pesquisadas na sucessão de erros e azares que reincidem com intervalos, desde a sucessão do presidente-marechal Eurico Dutra, eleito na alvorada da redemocratização depois da ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas, a renúncia de Jânio deu o empurrão de morro abaixo para o repeteco dos quase 21 anos da ditadura militar de 1964 e é um fantasma a rondar o segundo mandato do presidente Lula.
A narrativa de Castelinho, que é de leitura obrigatória para quem se interessa pelo presente e pelo futuro do país, ensina como o golpe, assumido ou dissimulado como o do Jânio, brota na treva dos cochichos e pode pipocar de surpresa, como na manhã brasiliense.
A morte do senador Jefferson Péres, lamentada com o unânime destaque da sua impecável conduta ética, "o compromisso de toda a vida", despertou a estranheza do coro de elogios, a sugerir uma raridade, quase uma exceção no que deveria ser – e já foi – a regra, com raras exceções.
O foco no Congresso é de obviedade que dispensa justificativa. Não é o único responsável. Mas o mais exposto nas recaídas do desatino. A receita de todo o golpe começa pela censura à imprensa e o controle do Congresso.
Experimentamos ambos. A ditadura de Vargas foi às do cabo, com a criação do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) para a censura e a corrupção da imprensa. Dose repetida na ditadura fardada no longo período das torturas até o alívio no final do governo do general-presidente Ernesto Geisel.
O golpe de 1º de abril de 64 foi articulado na conspiração de civis e militares. Mas o terreno foi arado com a incompetência política de Jango, eleito graças à traição ao cabeça de chapa, o marechal Teixeira Lott.
A bruxa voltou às suas transas, com a série de operações e a morte, antes de tomar posse do presidente eleito Tancredo Neves. A Constituinte convocada para traçar o modelo da redemocratização, ficou sem o líder com autoridade para articular a maioria e fechar os acertos na linha da coerência do projeto que chegou a ser antecipado em entrevistas e pronunciamentos. E que começou a ser montado com a clara tendência majoritária para a adoção do parlamentarismo. Na undécima hora, a virada do grupo conservador impôs a continuidade do presidencialismo em remendo alinhavado às carreiras.
Do governo conciliador do vice José Sarney, que exerceu os cinco anos do mandato com a vigilância do PMDB, que se considerava dono do governo, para cá passamos pela decepção de Fernando Collor, cassado pelo Congresso, do mandato de Itamar Franco, que elegeu o seu sucessor, Fernando Henrique Cardoso, inventor da praga da reeleição.
Estamos no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma jornada de êxitos e contradições. Com a popularidade nas alturas, com o pretexto da visita às obras do PAC, mergulhou na campanha proibida para eleger em 2010 o seu sucessor ou sucessora, Dilma Rousseff.
A solidez da democracia é o refrão das análises. Mas com a crise moral e ética do Congresso, convém botar as barbas no molho da prudência.
Temos razoável experiência em matéria de golpes. Inclusive a receita do que é feito em casa, como bolo de aniversário.
Fonte: JB Online

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