"Blog Cláudio Nunes: a serviço da verdade e da justiça
“O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo
"Empresa pernambucana Moura Dubeux acha que Aracaju é terra sem Lei. Invadiu quase toda calçada em enorme área que comprou na Av. Gov. Paulo Barreto (Beira Mar, antes do Bar Rivaldo). O pedestre tem que andar na faixa do ônibus, inclusive tem postes na calçada que prejudicam mais ainda. Cadê a Emurb? Se fosse um cidadão comum seria autuado. Cadê a Sema? O MPE?"
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Nota da redação deste Blog - Empresa parece ter feito curso em Jeremoabo: invadiu calçada e põe vidas em risco em Aracaju
A construtora pernambucana Moura Dubeux parece ter se inspirado no “exemplo” vindo de Jeremoabo-BA, onde, durante a desastrosa gestão do ex-prefeito Deri do Paloma, um " mais igual" se apoderou de uma calçada pública localizada justamente na via mais estreita e movimentada da cidade, sem que qualquer autoridade municipal — prefeito, secretário de Obras, vereadores ou Ministério Público — tomasse providência.
O mais grave é que a calçada invadida em Jeremoabo ficava em frente à casa de parentes de um serventuário da Justiça local, o que levanta um questionamento inquietante: teria sido esse o motivo da impunidade? Seriam os laços de parentesco mais fortes que o respeito à lei e ao espaço público?
Agora, em Aracaju-SE, a Moura Dubeux repete a receita do abuso. Em enorme área que adquiriu na Avenida Governador Paulo Barreto de Menezes (Beira Mar, antigo Bar Rivaldo), a empresa simplesmente tomou a calçada para si, obrigando os pedestres a caminhar na faixa de ônibus, arriscando a própria vida. A situação é ainda pior porque há postes no meio da calçada, o que agrava a insegurança e impossibilita qualquer passagem com dignidade e segurança.
E as autoridades sergipanas? Cumprem o mesmo papel omisso das autoridades jeremoabenses: a EMURB nada faz, a SEMA silencia, e o Ministério Público Estadual (MPE) assiste à cena como se fosse normal. Se fosse um cidadão comum, já teria sido multado, notificado, obrigado a demolir. Mas quando é uma empresa grande, o silêncio impera.
Infelizmente, a impunidade virou método, e a falta de fiscalização virou regra. Enquanto isso, a população paga o preço, caminhando entre carros e ônibus, em pleno risco de vida. Em Jeremoabo, os moradores ainda aguardam justiça. Em Aracaju, parece que a história está se repetindo — com os mesmos ingredientes: poder, omissão e desrespeito.