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terça-feira, fevereiro 11, 2025

O impacto da taxação de aço e alumínio brasileiros por Trump

Publicado em 11 de fevereiro de 2025 por Tribuna da Internet

Situação pode gerar um confronto diplomático com os EUA

Pedro do Coutto

O presidente americano Donald Trump anunciou que iria impor tarifas sobre o aço e alumínio brasileiros a partir desta segunda-feira, e com a medida atingirá diretamente as exportações do Brasil para o mercado norte-americano. A ação gerou repercussões negativas na economia nacional e poderá impactar no aumento dos preços tanto internamente quanto na redução da produção. Economicamente, o aço e o alumínio vão ficar mais caros, pois exportaremos menos e produziremos menos.

Com isso, o Brasil enfrentará uma sobrecarga interna desses produtos, o que levaria a uma queda nos preços domésticos, impactando diretamente a indústria e o mercado de trabalho. Diante deste cenário, poderemos assistir a uma série de desdobramentos negativos para a economia brasileira, refletidos por menos crescimento, menos arrecadação e menos emprego. Da mesma forma, a taxação pode ainda levar o Brasil a buscar uma solução no âmbito da Organização Mundial do Comércio, onde poderá processar os Estados Unidos e exigir reparações.

TENSÕES DIPLOMÁTICAS – Além do impacto econômico, a medida pode acirrar as tensões diplomáticas entre os dois países, uma vez com os Estados Unidos fazendo a primeira agressão econômica, a resposta do governo brasileiro poderá vir a seguir em uma escalada que não convém a ninguém e uma disputa comercial só trará prejuízos para ambos os lados. Ou seja, uma briga na qual todos saem perdendo.

Por um lado, a taxação também traz à tona uma nova dinâmica geopolítica, pois o governo americano está se isolando no cenário global. É uma oportunidade para o Brasil fortalecer os laços com Europa e Ásia, demonstrando que a ação de Trump pode se revelar um tiro no pé.

Ao mesmo tempo, em relação à competitividade da indústria brasileira, o Brasil é mais eficiente na produção de aço e alumínio do que os EUA. Eles não conseguem produzir aos mesmos preços brasileiros, uma vez que somos mais eficientes. No fundo da questão, a taxação visa proteger os industriais norte-americanos e não a indústria dos Estados Unidos. No entanto, a longo prazo, os impactos dessa decisão devem ser sentidos tanto no campo econômico quanto no campo diplomático. Por fim, resta saber como os governos reagirão a essa escalada de tensões e quais serão as medidas do Brasil na OMC.

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