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sábado, abril 20, 2024

Ministro Salomão: independência, competência e coragem

 Corregedor do CNJ desempenha função vital ao desvendar a farsa da operação Lava Jato e enfrentar estrutura que instrumentalizou o Judiciário

Por KAKAY

Publicado em 19/04/2024 às 09:52

Alterado em 19/04/2024 às 10:01




O corregedor nacional de justiça, Luiz Felipe Salomão Foto: Sergio Lima/Poder360


'Se começar nesse tom comigo, 

a gente vai ter problema'

                       Juíza Gabriela Hardt para o

 presidente Lula, exercendo a arrogância do Judiciário

 

O julgamento dos desembargadores 

Eduardo Thompson Flores e Loraci Flores de Lima,

 do TRF 4ª Região, do juiz Danilo Pereira

 Júnior e da juíza Gabriela Hardt pelo Conselho

 Nacional de Justiça foi o anúncio do 

sepultamento definitivo da República de Curitiba e

 da operação Lava Jato. Ainda que por 8 

votos a 7 o plenário tenha revertido o afastamento

 dos juízes, que havia sido determinado pelo

 corregedor, o ministro Luis Felipe Salomão, o

 que foi revelado é a comprovação dos 

abusos que denunciamos há anos. Para reverter o

 afastamento, foi levado a cabo um dos

 maiores lobbies já promovidos pelo corporativismo

 judiciário. Que fracassou ao fim e ao cabo. 

O voto do presidente do STF, Roberto 

Barroso, antecipado para influenciar o colegiado, foi

 uma defesa ampla e corajosa da operação como um todo. 

Lembrou as grandes defesas que  fazia na Corte Suprema

 quando pontificava como advogado.

Ele chegou a ler as cartas de apoio de várias entidades

 de classe. Pouco importa se essas entidades não

 conhecessem absolutamente nada do processo, 

o que interessava era proteger os magistrados.

 Ainda assim, foram mantidos os afastamentos

 dos desembargadores.

Mas é necessário olhar esses processos com 

um olhar mais amplo do que está acontecendo.

 O relatório que foi elaborado para dar~

 suporte à correção feita pelo CNJ na 13ª Vara de

 Curitiba é arrasador. A apuração confirmou

 que o ex-magistrado Sergio Moro, o

 ex-procurador Deltan e a juíza Gabriela

 Hardt agiram em conluio para desviar 

R$ 2,5bilhões provenientes da Lava Jato

 para criar uma fundação privada.

O delegado afirmou que os 3 atuaram junto

 com outros procuradores da República,

 com auxílio de agentes públicos

 norte-americanos e gerentes da Petrobras, para 

desviar R$ 2.567.756.592,09, que seriam

 destinados ao Estado brasileiro. Além de

 documentos, foram ouvidas mais de 10

 pessoas. A abordagem do relatório é sob o

 prisma criminal.

É bom lembrar-nos de uma frase muito

 usada pelo então juiz Sergio Moro: “O DNA

 do combate à corrupção está no meu sangue”.

 Na verdade, está comprovado que não

 era o DNA do combate que estava em seu

 sangue, mas o da própria corrupção.

Ou seja, o que o Conselho Nacional de

 Justiça está julgando é se houve irregularidade

 funcional por parte dos desembargadores

 e juízes. Com a abertura dos processos

 administrativos disciplinares, o máximo,

 e é muito, que pode acontecer é a 

aposentadoria dos magistrados.

Como o senador Sergio Moro não

 é mais juiz, sequer poderia ter sido

 aplicada a ele  qualquer medida cautelar

, mas o CNJ ainda vai decidir sobre a

 sua conduta administrativa e ele deverá

 sofrer sanções.

Mas o jogo mesmo vai começar a ser

 jogado quando todo o material levantado

 chegar à  Procuradoria Geral da República.

 O Ministério Público tem o dever de analisar,

 sob a perspectiva criminal, a atuação de toda

 República de Curitiba. Há indicativos, apontados

 com técnica e precisão pelo ministro Luis Felipe

 Salomão, do cometimento de vários tipos penais

 como corrupção passiva, corrupção privilegiada,

 peculato e prevaricação.

Na realidade, o que está sendo desvendado e

 colocado ao público é aquilo que venho 

denunciando há anos: a Lava Jato foi uma

 operação que tinha um projeto de poder.

 Para tanto, uniu-se a grupos estrangeiros,

 contou com o apoio da grande mídia,

 instrumentalizou parte do Poder Judiciário

 e do Ministério Público e corrompeu o

 sistema de Justiça.

Sem nenhum escrúpulo, empenhou-se na

 aventura fascista de Bolsonaro e foi seu 

principal cabo eleitoral. Chegou a assumir

 o poder com a vitória bolsonarista. Como

 são despreparados e indigentes intelectuais,

 acreditaram nas histórias criadas pela 

imprensa sobre eles. Julgavam-se 

semideuses e heróis nacionais.

A vaidade e a ganância por poder e

 dinheiro dominaram, com facilidade,

 personalidades tíbias e sem estrutura intelectual. 

Demorou muito, mas estão começando a sentir o peso de

 ter agido como uma verdadeira organização criminosa.

Por isso, a importância vital do trabalho desenvolvido

 pelo corregedor do CNJ, ministro Salomão.

 Com independência, competência, determinação e

 coragem, ele está enfrentando toda uma estrutura

 montada dentro do próprio Poder Judiciário.

Essa estrutura vai cair de podre, mas,

 naturalmente, vai resistir enquanto puder.

 Com tod a força acumulada em anos de

 poder e do seu uso sem escrúpulos.

 Uma apuração como essa, com uma

 Polícia Federal séria e técnica, vai

 aprofundar e desvendar os labirintos por

 onde se escondiam essas figuras nefastas

 que se julgavam donos do Brasil.

Ao indicar a “gestão caótica” feita 

pelos heróis da Lava Jato, a investigação

 levanta a tampa do esgoto. Fizeram de

 golpe de bilhões até o sumiço de obras

 de arte, bens e recursos apreendidos. Não havia

 um inventário para identificar todos os itens confiscados.

 Certamente, deve ter muita madame lavajatista com

 joias que deveriam ter sido  devolvidas ao

 verdadeiro dono. É assustador.

O que nos resta é acompanhar, com lupa, 

o desenrolar desses inquéritos. Dando a

 eles os direitos que sempre negaram 

quando eram os donos da caneta, das

 chaves da cadeia e do cofre. Mas

 mostrando a todos que é chegada

 a hora de colocar um ponto final

 nessa operação farsesca e corrupta. 

'Antes de mim coisa alguma foi criada.

Exceto coisas eternas, e eterno eu duro.

Deixai toda esperança, vós que entrais!'

Canto 3, A porta do Inferno -Vestíbulo Rio Aqueronte – 

  Caronte / Dante Alighieri

 – Divina Comédia. 

(artigo originalmente publicado no site Poder 360)

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