Publicado em 21 de abril de 2024 por Tribuna da Internet
José Antonio Perez
Em quase tudo nessa vida, para dar certo, tem que haver continuidade. É preciso traçar projetos muito bem elaborados, metrificados, quantificados, com avaliações periódicas de resultados para eventuais mudanças de rumo, porque o cenário nacional é instável e o internacional, pior ainda.
Por exemplo, preparem os bolsos, porque o petróleo certamente irá subir. Irä e Arábia Saudita são os maiores produtores e no Oriente Médio e a torneira pode fechar. A Petrobras já trabalha com defasagem, mas agora não terá mais como segurar os preços dos derivados por aqui.
AUTOSSUFICIÊNCIA –Por isso, a Petrobras precisa trabalhar para manter a autossuficiência não só na extração, mas também na capacidade de refino, para evitar importações e impedir a influência dos combustíveis importados na inflação, que sempre ameaça e prejudica nossa economia.
Aqui no Brasil, os cidadãos não conseguem fazer relação entre causa e efeito. Só o que importa é “picanha com cerveja”, repetem aleatoriamente, imitando o grande líder.
Na verdade, o brasileiro já nasce devendo, embora os sucessivos governos procurem ocultar essa realidade. Está ficando difícil financiar e rolar essa dívida trilionária, que chegará a 86% do PIB, segundo o FMI.
ERROS CRUCIAIS – Primeiro, aumentamos muito nossa carga tributária (entre 9 e 10%). Depois, deixamos crescer exponencialmente nossa dívida bruta, que era bilionária antes da era FHC para trilionária hoje em dia, um aumento em bola de neve, segundo o ex-ministro Paulo Guedes, que conseguiu dois anos seguidos de superávits primários (2021 e 2022), é preciso reconhecer.
E agora, como faremos para financiar a dívida? Será via inflação? Certamente, porque já estamos no limite do endividamento e a sociedade não aguenta mais tanta espoliação. Já vimos esse filme antes.
Para aprovar seus projetos, daqui para frente a fatura a ser paga à Câmara de Arthur Lira será inédita e astronômica, certamente. Os deputados vão sugar o sangue ou arruinar a vida de Lula e do PT. O criador de Lira foi Eduardo Cunha, e o deputado alagoano aprendeu depressa.