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segunda-feira, outubro 23, 2023

Guerra urbana, com 24 ônibus incendiados após morte do herdeiro de miliciano no Rio

Publicado em 23 de outubro de 2023 por Tribuna da Internet

Ônibus são incendiados após morte de miliciano no Rio de Janeiro. — Foto: GloboNews/Reprodução

Terror in Rio, em plena luz do dia, nos guetos da milícia carioca

Leslie Leitão, Henrique Coelho, Raoni Alves
TV Globo e g1 Rio

A morte de um chefe da milícia provocou um caos na Zona Oeste do Rio na tarde desta segunda-feira (23). Ao menos 24 ônibus foram queimados a mando de criminosos na região. Outros veículos e pneus também foram incendiados, fechando diversas vias.

Segundo as primeiras informações, os ataques são em represália à morte do sobrinho do miliciano Zinho, na comunidade Três Pontes.

NÚMERO 2 – Matheus da Silva Rezende, conhecido como Teteu e Faustão, era apontado como o número 2 na hierarquia da milícia comandada pelo tio, e foi morto durante uma troca de tiros com a Polícia Civil.

Segundo a MobiRio, empresa pública que opera o sistema BRT, no corredor Transoeste estavam circulando, por volta das 16h, apenas as linhas 13 (Alvorada x Mato Alto – Expressso), 25 (Alvorada x Mato Alto – Parador) e 22 (Jd. Oceânico x Alvorada – Parador).

O Centro de Operações Rio (COR-Rio) informou que o primeiro ônibus que pegou fogo estava na Rua Felipe Cardoso, na altura do BRT Cajueiros, em Santa Cruz.

FAMÍLIA DO CRIME – Faustão morreu após ser baleado em uma troca de tiros com agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE) e da Polinter.

O miliciano é o terceiro da família a morrer em confrontos com a Polícia Civil do Rio. Em 2017, outro tio dele, Carlos Alexandre da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes, morreu em operação da Delegacia de Homicídios da Capital.

Em 2021, mais um tio, Wellington da Silva Braga, o Ecko, morreu depois de reagir à prisão em uma casa em Paciência, na Zona Oeste do Rio. Depois disso, seu irmão, Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, assumiu a maior milícia do Rio.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Nada de novo no front ocidental.    A milícia surge e ganha espaço quando o Estado se omite e não se faz presente. Acontece no Brasil e em outros países subdesenvolvidos. No Rio e nas demais grandes cidades, existem bairro ricos, de classe média, de classe média baixa e os guetos, com as favelas e comunidades dominadas pelas milícias e pelo narcotráfico. Enquanto houver riqueza total em meio à miséria absoluta, nada mudará. (C.N.)


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