Publicado em 19 de setembro de 2023 por Tribuna da Internet
Fernanda Perrin
Folha
Lula começou o discurso na ONU prestando condolências a vítimas de terremoto no Marrocos, enchentes na Líbia e também do Rio Grande do Sul. O presidente em seguida fala sobre a crise climática. Ele diz que, há 20 anos, na primeira vez que discursou na ONU, o mundo ainda não tinha consciência da gravidade do problema.
Foi Lula aplaudido ao dizer que “o Brasil está de volta”. Ele diz que se está aqui nesta terça-feira, é porque a democracia venceu no país. “O Brasil está se reencontrando consigo mesmo, nossa região, o mundo e o multilateralismo”, disse.
MEIO AMBIENTE – O presidente voltou a apontar que os países mais ricos se desenvolveram com base em um modelo poluente, mas que os países emergentes não querem repetir esse modelo. “Vamos provar de novo que um desenvolvimento justo e sustentável é possível”, disse.
Em seguida, o presidente falou que o Brasil está na vanguarda da transição energética, e que tem uma das matrizes mais limpas do mundo.
Lula apontou a paralisia do Conselho de Segurança, instância máxima da ONU, como uma das razões para a reforma da instituição. Para o presidente, o órgão precisa ser mais representativo e eficaz. Ele encerrou seu discurso cobrando que os países-membros se indignem com a desigualdade e trabalhem para superá-la. Lula foi aplaudido, assim como em diversos outros momentos do discurso.
AMAZÔNIA – ‘Mundo inteiro sempre falou da Amazônia, agora é Amazônia falando por si mesma’, disse Lula, afirmando que seu governo já reduziu o desmatamento na Amazônia em 48% e destaca a Cúpula de Belém, em que países parte do bioma discutiram uma agenda comum.
Em seguida, criticou o neoliberalismo. “Em meio aos escombros do neoliberalismo, surgem aventureiros de extrema direita que negam a política e vendem soluções tão fáceis quanto equivocadas. Muitos sucumbiram à tentação de substituir um neoliberalismo falido por um nacionalismo primitivo, conservador e autoritário. Repudiamos uma agenda que utiliza os imigrantes como bodes expiatórios, que corrói o Estado de bem-estar e que investe contra os direitos dos trabalhadores. Precisamos resgatar as melhores tradições humanistas que inspiraram a criação da ONU.”
GUERRA DA UCRÂNIA -Com Zelenski na plateia, Lula citou o conflito entre Rússia e Ucrânia. Para o presidente, a guerra mostra a incapacidade da comunidade internacional de fazer prevalecer os princípios da Carta da ONU.
Ele em seguida defendeu soluções baseadas no diálogo. Antes de citar o conflito, Lula elencou outras tensões armadas, como no Sudão, em Mali e Níger.
Lula apontou a paralisia do Conselho de Segurança, instância máxima da ONU, como uma das razões para a reforma da instituição. Para o presidente, o órgão precisa ser mais representativo e eficaz. Ele encerrou seu discurso cobrando que os países-membros se indignem com a desigualdade e trabalhem para superá-la. Lula foi aplaudido, assim como em diversos outros momentos do discurso.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Realmente, um belíssimo discurso, mostrando que Lula tem um excelente redator a seu lado. (C.N.)