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sexta-feira, novembro 18, 2022

Lula e Biden já divergem sobre presidência do BID e financiamento de gestão ambiental

Publicado em 18 de novembro de 2022 por Tribuna da Internet

Agências de notícias comentam divergência do BID

Nelson de Sá
Folha

Há um mês, antes da vitória de Lula, ao noticiar a resistência de sua campanha a uma indicação do presidente Jair Bolsonaro para o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington, a agência Reuters ouviu os ex-ministros Celso Amorim e Guido Mantega.

O primeiro defendeu que o BID adiasse a escolha, para o país participar com “governo legitimado”. O segundo concordou, e “um terceiro disse que Lula estaria inclinado a André Lara Resende”, que presidiu o BNDES, também banco de desenvolvimento. Já especulado então, Ilan Goldfajn, que presidiu o Banco Central, foi indicado dias depois.

DIVERGÊNCIA – Nesta semana, a mesma Reuters despachou que “Lula tem se mantido em silêncio” e “autorizou Mantega a escrever para os EUA para buscar apoio para o adiamento”. Recusando, “o Departamento do Tesouro disse que apoia” manter a escolha no próximo domingo.

A americana Bloomberg entrevistou então Goldfajn, destacando que ele quer “restringir a política” na instituição e “nunca foi membro de partido”. Nas palavras dele, “o BID deve ser menos ideológico, mais técnico. Escolher alguém como eu daria o sinal certo para a região”.

Mas cuidou também de declarar suas prioridades na campanha, aparentemente alinhadas a Lula, pela ordem: “combater a desigualdade” e “construir resiliência aos choques ambientais”. Não foi o bastante e, no dia seguinte, Amorim defendeu um nome de consenso da América Latina, na CNN Brasil:

CUBANOS DE MIAMI – “O BID saiu machucado da última eleição, uma nomeação forçada de um americano ligado aos cubanos de Miami. Quando se falou de postergação, o importante era encontrar um nome de consenso, sem veto a ninguém, mas sem… Não é natural que Lula saia para apoiar um candidato em cuja indicação não teve participação. Não houve nenhuma tentativa de comunicação. Cobrar agora apoio explícito é esperar um pouco demais. Eu e a maioria não temos nada contra, mas não temos razão para ferir o interesse de aliados outros do Brasil”, alegou Amorim.

O site Brazil Journal havia publicado que, “se Lula não apoiar explicitamente” Goldfajn, o governo Joe Biden “já trabalha um plano B: Gerardo Esquivel”, candidato de Obrador, presidente do México e aliado de Lula.

Em entrevista à agência Efe, Esquivel não citou Goldfajn, mas disse que o BID deve ficar “distante dos altos e baixos políticos específicos de cada país”. Sua candidatura é seguida de perto por jornais mexicanos como El Universal: “Todos os olhos voltados para o BID”.

CADÊ O DINHEIRO? – Segundo o Financial Times, “Where’s The Finance?”, onde está o financiamento prometido pelos países ricos, cobrado também por Lula, “é a grande questão na COP27”.

Também sobre a pressão para que “países ricos paguem parte dos danos climáticos nos países em desenvolvimento”, o Wall Street Journal destaca que John Kerry, enviado dos EUA para o clima, afirmou que “isso simplesmente não vai acontecer” —oferecendo em troca os “fundos existentes de instituições como Banco Mundial”, de Washington.

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