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domingo, dezembro 15, 2019

Sem nenhum evidência, Carlos compartilha vídeo que acusa Witzel de forjar prova contra Bolsonaro


Otoni acusou Witzel de usar a Polícia Civil para forjar conversa
Vinicius Neder
Estadão
O vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PSC), um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, compartilhou em sua conta no Twitter, na noite de sexta-feira, dia 13, um vídeo que acusa o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), de usar a Polícia Civil para envolver a família Bolsonaro no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista, Anderson Gomes, mortos em atentado ocorrido em março de 2018.
No vídeo compartilhado por Carlos, publicado originalmente no YouTube no canal “Folha do Brasil”, o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ), apoiador da família Bolsonaro, faz um discurso de cerca de 20 minutos com acusações.
ACUSAÇÃO – “O governo do Wilson Witzel está colocando, isso a gente já sabe e estou denunciando isso há muito tempo, a máquina do Estado para forjar provas que envolvam a família do presidente no caso Marielle”, diz o deputado num trecho do vídeo.
“Você tem dúvida de que o governo do Rio está atrás de mim? Eu faria um inquérito melhor”, disse o presidente Jair Bolsonaro, perguntado sobre o vídeo neste sábado em Brasília. Otoni de Paula diz no vídeo que as provas “forjadas” seriam conversas entre milicianos do Rio – a participação de grupos de milícia no assassinato de Marielle está entre as linhas de investigação.
“ARMAÇÃO” – O deputado federal aparece no vídeo dizendo que as conversas são “armadas” para “incriminar a família do presidente” e “o próprio presidente da República”.
“Só que, na verdade, não tem conversa nenhuma. A conversa é totalmente montada”, diz Otoni de Paula no vídeo. Ele ainda afirma que recebeu a informação de uma “fonte muito séria”, mas não menciona nomes.
“PODE SER …” – “Conforme Otoni de Paula, “pode ser que eles estejam preparando uma matéria, igual àquela do porteiro, para o ‘Jornal Nacional’ ou para o ‘Fantástico’”, que seria veiculada neste fim de semana.
A “matéria do porteiro”, veiculada no Jornal Nacional, da TV Globo, no fim de outubro, revelou o depoimento de um porteiro do condomínio de casas onde o presidente Bolsonaro mantém residência e morava antes de assumir o cargo, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
Segundo o depoimento, um dos envolvidos no assassinato de Marielle teria dado o nome do presidente ao entrar no condomínio no mesmo dia do crime. Preso sob acusação de matar a vereadora e seu motorista, o ex-agente da Polícia Militar (PM) do Rio Ronnie Lessa morava no mesmo condomínio.
VAZAMENTO – Após a revelação do depoimento do porteiro, o presidente Bolsonaro acusou Witzel de participação no vazamento da informação. O governador refutou a acusação na ocasião. Procurado neste sábado, 14, para comentar as novas acusações do vídeo compartilhado pelo vereador Carlos Bolsonaro, o governo do Estado do Rio ainda não se manifestou.
Ainda no vídeo, Otoni de Paula afirma que a mesma fonte passou a informação sobre as supostas conversas entre milicianos para a família Bolsonaro. Na manhã de sexta-feira, 13, o presidente Bolsonaro voltou a tratar de investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle, sem ser questionado sobre o assunto.
“No caso Marielle, outras acusações virão. Armações, vocês sabem de quem”, disse Bolsonaro, sem especificar quem seria o autor das armações. “Mas a gente tem um compromisso: mudar o destino do Brasil”, completou o presidente, que fez as declarações a apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– No vídeo-denúncia, Otoni de Paula tentou apelar para o drama ao estilo João Kléber. Pena que não deixou os internautas avaliarem seus feições durante o inflamado discurso. O deputado federal tentou convencer o compartilhamento e até se colocou com provável vítima dos inimigos atacados, mas em nenhum momento apresentou qualquer evidência. Pelo contrário. Tudo baseado em suposições de uma “fonte confiável”. Misturando o nome de Deus e xingamentos, não conseguiu persuadir. (Marcelo Copelli)

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