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sexta-feira, outubro 04, 2019

Bolsonaro diz que pretende ir atrás dos “mandantes” da facada que levou em Juiz de Fora


Bolsonaro diz que diminuiu o espaço democrático da esquerda
Pedro Caramuru
Daniel Galvão
Tulio Kruse
Estadão
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, dia 3, em transmissão ao vivo pelo Facebook, que pretende “ir atrás dos mandantes” da facada que levou em Juiz de Fora (MG) durante a corrida presidencial. Segundo o presidente, a Polícia Federal teve informações de que um dos advogados de Adélio Bispo, autor da facada, “agiu de modo errado” e, por isso, “fez (operação de) busca e apreensão no escritório dele”.
“Nós queremos que seja investigado o material”, disse Bolsonaro. “Que venha a se saber quem seja ou são os mandantes.  Ainda segundo o presidente, a ação poderá ser decidida pelo Supremo Tribunal Federal.
“ASSASSINO PROFISSIONAL” – A declaração ocorre dias após ele escalar o advogado Frederick Wassef, que já advoga pelo senador Flávio Bolsonaro em processos que tratam de movimentações financeiras atípicas nas contas do parlamentar e de seu ex-auxiliar Fabrício Queiroz, para defender também o presidente no caso do atentado. Em entrevista ao Estado, o advogado disse que Adélio seria um “assassino profissional” e que teria sido pago pela tentativa de assassinato.
As declarações constestam conclusões preliminares da própria PF que, em 2018, apresentou indícios de que Adélio teria agido sozinho, e que seria inimputável pelo crime pois teria distúrbios mentais. Em resposta, o advogado do autor do crime disse que o julgamento “acabou”, pois transitou em julgado, e que era “é politicamente conveniente que este assunto não morra”.
ESPAÇO DA ESQUERDA – Na mesma transmissão, nesta quinta-feira, Bolsonaro comentou a tramitação da reforma da Previdência no Senado. Ele disse que, apesar de não ser pessoalmente favorável ao endurecimento de regras na aposentadoria, a necessidade da reforma “faz parte do jogo, da democracia”.
O presidente aproveitou para, em seguida, dizer que nunca “feriu ou ameaçou” o regime democrático. Mas afirmou que está “diminuindo o espaço democrático da esquerda” por ter saído vitorioso das eleições de 2018.
“Em nenhum momento eu feri ou ameacei a democracia ou, como disse mentirosamente a (ex-presidente do Chile, Michelle) Bachelet mentirosamente, que estou diminuindo o espaço da democracia no Brasil”, disse Bolsonaro. “Eu estou diminuindo o espaço democrático da esquerda, disso não há a menor dúvida. Entrou a direita, agora.”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Guardadas as devidas proporções, é interessante ver a inclinação e dedicação de Bolsonaro em descobrir “cúmplices” de Adélio, considerado inimputável, e a sua vista grossa para colocar em pratos limpos a situação de Queiroz, “ex-braço direito” de Flávio. Essa conversa de diminuir o espaço da esquerda se conflita com as ações parciais do presidente. Até Aras, o “alinhado”, já se pronunciou a respeito do aprofundamento das investigações sobre o o caso de Juiz de Fora. Enquanto tentam desviar a atenção para Adélio, Queiroz foi posto em um saco de guardar confetes na tentativa de, com o tempo, ser esquecido. Sem pudor algum. (Marcelo Copelli)

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