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quinta-feira, outubro 31, 2019

Caso Marielle transforma Bolsonaro em destaque no Washington Post e jornais do mundo todo


The Washington Post põe Bolsonaro na primeira página do seu site
Nelson de SáFolha
Pelo mundo, Bloomberg, AFP e outras agências ecoam notícia do JN recorrendo à reação do presidente brasileiro, que Clarín vê ‘exaltado e aos gritos’. No início da manhã desta quarta-feira (dia 30), a notícia do Jornal Nacional de que a investigação da morte de Marielle Franco chegou a Jair Bolsonaro já estava no alto da homepage do Washington Post.
Com foto do presidente brasileiro, o jornal da capital dos EUA destaca em seu noticiário matutino a reação do brasileiro, com a crítica à mídia e a declaração de “não vai colar”.
ABRINDO O TEXTO – “Durante meses, após o assassinato de Marielle Franco no ano passado, o Rio de Janeiro se debateu com perguntas sobre quem havia atingido a vereadora –e quem havia ordenado sua morte misteriosa, à maneira de execução. As autoridades pareciam ter respondido a uma dessas perguntas em março, acusando dois ex-policiais pelo assassinato da política esquerdista, uma estrela em ascensão e feroz defensora dos negros e pobres da cidade. Mas agora a suposta conspiração parece ter envolvido uma nova figura: o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro”, diz o WP.
Antes, reproduzida por Straits Times e outros, a Bloomberg já havia noticiado que “Bolsonaro, do Brasil, está furioso com seu nome citado em caso de assassinato”, também a partir do vídeo gravado pelo presidente na Arábia Saudita, em reação à reportagem.
NAS AGÊNCIAS – Agências internacionais como France Presse e Efe também começam circular a informação pelo mundo, começando por jornais como os franceses Le Figaro e Le Point e o espanhol La Vanguardia, assim como veículos engajados como o alemão Die Tageszeitung. A repercussão é mais extensa, nesta manhã, em veículos latino-americanos, caso dos argentinos La Nación, Página/12 e Clarín, do mexicano Reforma e do paraguaio ABC Color.
Via Twitter, o jornalista americano Glenn Greenwald, que é advogado, explica em inglês a “notícia chocante do Brasil, vinculando a família Bolsonaro ao assassinato”.
Por outro lado, dois diretores da organização Americas Society tuítam que a “Globo deixa muitas questões em aberto” e “não fornece prova de que o clã sabe sabia do plano de execução ou estava envolvido”, enfim, “não é bala de prata” (smoking gun).

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