Publicado por: Gerlane Neto em
- Notícia em áudio
O jornalista Glenn Greenwald, fundador do The Intercept Brasil, afirmou durante a audiência na Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara dos Deputados que divulgará áudios em breve. “Vamos soltar áudio quando o material estiver publicado e vai se arrepender muito de pedir”, ele foi desafiado pela deputada Carla Zambelli (PSL) a mostrar provas sobre a autenticidade das mensagens publicadas sobre Sérgio Moro e Deltan Dallagnol
“Abrimos o acesso ao material. Convidamos outros jornalistas de outras ideologias para reportar junto conosco. Todos os jornalistas concluíram que o material tem integridade total e não há sinal de que foi alterado”, respondeu o jornalista, reafirmando a autenticidade do conteúdo.
“Se não mostramos provas, por que outros jornais que apoiavam Moro o tempo todo leram as reportagens e disseram que ele deveria renunciar como ministro e que Deltan deve ser afastado? Se não mostramos evidências, por que todos os apoiadores o estão abandonando?”, questionou.
Ele ainda citou a reportagem da Folha de S.Paulo, publicada no domingo, como um trabalho conjunto com o The Intercept e disse que o conteúdo incluiu, além das mensagens, vídeos, áudios e documentos.
Durante a comissão, a ausência de Moro e a viagem aos EUA foi questionada. Greenwald mandou ainda uma mensagem para o ministro:
“Ninguém tem medo dessa tática. Temos uma redação cheia de jornalistas brasileiros que estão ouvindo essas ameaças e continuam reportando. É exatamente isso o que eles vão continuar fazendo. Se sou criminoso e cometi crimes graves, onde está sua evidência? Volto a repetir. Poderia sair a qualquer momento do país, mas não vou. Moro não tem evidência e esse país tem Constituição que garante a liberdade da imprensa”, disse.