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quarta-feira, junho 05, 2019

Crítica de Guedes aos salários dos servidores do Legislativo repercute entre deputados baianos


por Jade Coelho
Crítica de Guedes aos salários dos servidores do Legislativo repercute entre deputados baianos
Foto: Reprodução/G1
A crítica do ministro da Economia Paulo Guedes ao salário dos servidores do Poder Legislativo brasileiro durante a sessão especial que discutia a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (4) (leia aqui) repercutiu e rendeu comentários, críticas e elogios.  Na ocasião, o chefe da Economia falou sobre o combate aos privilégios e exemplificou com a crítica. “Privilégio é um funcionário do Legislativo ter um salário 20 vezes maior do que um trabalhador brasileiro. Isso é que eu entendo por privilégio. R$ 28 mil é o salário do Legislativo. R$ 1.300 é um salário de um aposentado do INSS”, disparou o ministro.

Em defesa de Paulo Guedes, o deputado federal Paulo Azi (DEM) disse que o ministro fez uma comparação “correta”. “Não pode ter a maioria da população se aposentando com R$ 1.300 e determinados setores se aposentando com 17, 20, 28 mil reais. Então a avaliação dele está correta e é esse tipo de privilégio que a gente precisa combater”, defendeu Azi.

As apreciações negativas se estenderam para além da fala do titular do ministério da Economia e se debruçaram até na pessoa de Paulo Guedes. “O ministro só tem olhos para banqueiros, ele raciocina com cabeça de banqueiro. Ele não conhece a realidade do Brasil e fica aí com essa arrogância”, disparou o parlamentar Daniel Almeida (PCdoB). Enquanto isso, Afonso Florence (PT) afirmou que Guedes “é um enganador”, ao chamar de falácia o discurso de combate aos privilégios utilizado pelo membro do governo Bolsonaro.

“O governo tem que abrir os documentos que dispõe sobre o Legislativo, sobre o Judiciário, sobre os salários acima do teto, sobre aposentadorias. Porque reconhecendo esses números é que nós vamos saber de verdade”, disse o petista. “A proposta do ministro não ataca esses privilégios, ataca o salário mínimo”, argumentou Florence.

Para Daniel Almeida, o ministro tem uma interpretação errada do que são privilégios. “[Guedes] Só não vê privilégio nos banqueiros, todo o resto ele vê privilégio. Em servidor público, em trabalhador rural, em quem recebe o BPC”, avaliou o parlamentar.

Como alternativa a redução de privilégios Almeida apontou o ajuste do salário mínimo. “Tem salários mais elevados, isso é verdade, o que nós temos que fazer é elevar a remuneração de quem está embaixo, que ganha muito pouco. O salário mínimo brasileiro é vergonhoso, nós temos que elevar pra diminuir a diferença”, completou o parlamentar do PCdoB.
Bahia Notícias

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