No último artigo, sob o título PODERÁ FALTAR CONSISTÊNCIA, chamei a
atenção de que Marina que era tudo alegria, começara a pagar seus próprios
pecados. No trato sobre política LGBT e das usinas nucleares mostrara insegurança.
Na primeira arremetida do Pastor Malafaia ela alterou seu programa de governo
para não se incompatibilizar com os evangélicos que ela também faz parte.
Noutro ângulo, ela se recursou a divulgar os nomes das pessoas, empresas ou
instituições que pagaram a ela por suas palestras, faltando transparência a
quem pretenda ser o cidadão acima de qualquer suspeita.
Malgrado o esforço do sentimento
conservador defendido pelos meios de comunicação como O Globo, Veja, Folha de
São Paulo, Época e Estado de São Paulo de construir uma candidatura plausível
de Aécio Neves, a tentativa não passou de ensaio em face das conquistas do povo
brasileiro com os governos Lula e Dilma. Com Marina viera a surgir uma linha de
esperança a se contrapor aos benefícios econômicos e sociais da política de
Lula e Dilma em favor dos menos favorecidos. O certo é que nos mandatos de Lula
e Dilma a economia brasileira e o povo tiveram indicativos altamente positivos,
proporcionando o Brasil como uma nau segura em meio à tempestade econômica internacional.
O interessante é que além da
imprensa entreguista nacional, os editoriais das revistas financeiras
internacionais passaram a pregar derrota para Dilma. As empresas de cotações de
confiabilidade das economias dos países também passaram a vociferar contra a
candidatura dela, como se os milhões de brasileiros beneficiado pelas políticas
sociais do Brasil decente e desenvolvido, na hora de votar, fossem ouvir
empresas sediadas em Nova Iorque e em Londres. O Brasil é dos brasileiros e
quem decide nosso futuro somos nós mesmos.
Recentemente, a Presidente Dilma
participou de reunião em Fortaleza com dirigentes da China, Rússia, Índia,
África do Sul, quando se resolveu fundar um Banco de desenvolvimento para os
países em desenvolvimento e da constituição de um Fundo Internacional contra as
crises dos países do BRIC, o que a pôs em rota de colisão com o FMI, o Banco
Mundial e banqueiros e investidores dos Estados Unidos e do Brasil, as conhecidas
aves de rapina que sitiaram Getúlio em 1954.
Quando os banqueiros, o
empresariado nacional e a mídia cooptada se unem aos banqueiros e especuladores
internacionais contra uma candidatura a Presidente da República, como fazem em
relação a Presidente Dilma, fique com a presidente e contra eles. Quem se
beneficiou com as políticas públicas dos governos Lula e Dilma foram os que
ascenderam socialmente, quem ingressou nas universidades públicas e
particulares pelos programas governamentais, teve garantidos emprego e renda e
se incorporou ao mercado de consumos, ostentando vida diversa da que tinha
anteriormente nos governos PSDB-DEM.
Marina não tinha e nem tem consistência política
para o bem do Brasil, e por isso eu voto
em Dilma. Infelizmente a ex-seringueira e hoje chic palestrante, de igreja
fundamentalista, se colocando a serviços dos banqueiros nacionais e
internacionais passou a pregar um Banco Central com autonomia, como o Senhor
dos Anéis, acima de politicas públicas e dos Poderes da República, se colocando
mais a direita de que qualquer pensador ultra
direitista pátrio. Ela conseguiu ficar a direita de Aécio Neves que reúne em
torno de si um verdadeiro entulho político.
O instituto Datafolha divulgou na
manhã de hoje, 19.09.2014, números significativos na corrida presidencial.
Pelos números divulgados, no primeiro turno, hoje, Dilma teria 37% dos votos,
vindo Marina em queda livre com 30% dos votos, e na lanterna, Aécio com 17% dos
votos. Para o segundo turno, hoje, a projeção é de 46% para Marina e 44% para
Dilma, tecnicamente empatadas. Em agosto, a diferença pró Marina era de 10% e
hoje foi reduzida para apenas 2%, o que revela viés de baixa para a ex-ministra
e viés de alta para Dilma.
Outros dados interessantes
projetam viés de vitória de Dilma no segundo turno. No Norte se projeta Dilma
com 49% e marina com 28%, e Aécio com 9%; No Centro-oeste, Dilma 32%, marina
31% e Aécio 23%; No Nordeste, Dilma 49%, Marina 32% e Aécio 8%; Sul, Dilma 35%,
Marina 25% e Aécio 22%; Sudeste, Dilma 28%, Marina 32% e Aécio 20%.
Paulo Afonso, 19 de setembro de 2014.