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domingo, dezembro 12, 2010

Na política do interior, 2012 chegou antes de 2011

Glauco Wanderley | Sucursal de Feira de Santana

Ainda faltam um ano, nove meses e 20 dias para as eleições municipais de 2012. Porém, a disputa já é realidade em três das principais cidades do interior baiano: Feira de Santana, Vitória da Conquista e Juazeiro. Tamanha antecipação deve-se ao resultado das eleições de 3 de outubro, quando o eleitor apostou na renovação para Câmara e Assembleia.

Derrotados, políticos tradicionais agora vislumbram retornar às bases municipais. Vão enfrentar ex-apadrinhados, velhos e novos adversários. O cenário aponta ainda para disputas de três ou mais forças, enterrando de vez um antigo cenário estadual de polarização que era repetido nos municípios.

Feira de Santana -
Em 5 de outubro, dois dias depois do primeiro turno da eleição presidencial, a eleição municipal de 2012 foi lançada em Feira de Santana. A primeira candidata anunciada foi Eliana Boaventura (PP). A ex-deputada não conseguiu se reeleger, destilou ressentimentos em uma entrevista de rádio e afirmou a vontade de suceder o atual gestor, Tarcízio Pimenta (DEM), a quem apoiou em 2008 e de quem não teria tido o apoio que achava merecedor este ano.

O que você acha da antecipação da disputa pelas prefeituras?

No dia seguinte, em resposta à ex-aliada, foi a vez de o próprio prefeito admitir a candidatura à reeleição no próximo pleito. Desde então, quando é assunto é política – seja em bares, seja na imprensa –, o único tema passou a ser a eleição de 2012.

O prefeito diz que é natural quem está no poder ser candidato à reeleição e, sem querer antecipar ataques, disse ser precipitado “sair de uma eleição e começar a falar em outra”. Tarcízio sabe que tão natural quanto querer estar no poder é o prefeito da vez se tornar alvo preferencial de críticas de adversários. E o que não falta ao prefeito feirense é adversário.

Um deles é tradicional: o deputado federal Colbert Filho (PMDB), que não conseguiu se reeleger para a Câmara. Depois de quatro tentativas, Colbert, oficialmente, admite apenas que o PMDB não vai abrir mão de ter candidato.

Outro deve ser o ex-prefeito José Ronaldo (DEM), que foi o padrinho de sua candidatura em 2008. Depois de encerrar dois mandatos com boas taxas de popularidade, Ronaldo elegeu Tarcízio e disputou, em outubro, uma vaga no Senado Federal. Na disputa disputa interna pela indicação no DEM, Ronaldo tem a vantagem de ser mais próximo do presidente estadual do partido, o ex-governador Paulo Souto.

De seu lado, Tarcízio, de posse da caneta e do Diário Oficial, tem se aproximado de antigos aliados de Ronaldo. Nas eleições de outubro, ele elegeu a mulher, Graça, deputada estadual pelo PR, partido da base do governo federal e que pode voltar ao governo estadual.

Um terceiro adversário será do PT, partido da presidente Dilma Rousseff e do governador Wagner. O nome de Zé Neto saiu fortalecido das eleições de outubro por ter sido o mais votado da legenda em todo o Estado para ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa.

Seu principal oponente interno, Sérgio Carneiro, não conseguiu se reeleger para a Câmara dos Deputados. Os dois disputaram prévias internas em 2008, em uma batalha apertada que contou até com denúncias de compra devotos.

Vencedor, Sérgio sequer conseguiu levar a disputa contra Tarcízio para o segundo turno. “Hoje pode-se dizer que 2012 é a grande chance do PT e que o meu nome é o mais forte. Daqui a dois anos, pode não ser”, disfarça Neto. Contudo, na mesma resposta, faz suas primeiras promessas: um centro de convenções (que Paulo Souto começou a construir e Jaques Wagner paralisou), um polo de logística e um aeroporto para cargas.

Leia mais sobre o tema na edição impressa de A TARDE deste domingo,

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