Romulo Faro
O resultado da pesquisa CNT/Sensus divulgada na última quinta-feira, que apontou empate técnico entre a Dilma Rousseff (PT) e o tucano José Serra, inevitavelmente acendeu o sinal vermelho nas hostes petistas. Com isso, a movimentação em busca de reverter o atual cenário foi intensa em todo Brasil.
Na Bahia, o governador Jaques Wagner (PT) arregaçou as mangas e teve maratona intensa pró-Dilma esta semana. Quarta-feira ele foi ao Piauí, na capital Teresina, participar de comício e na quinta, também em comício, Wagner foi pedir votos para a “companheira” em Belém-PA.
O governador da Bahia não parou por aí e, ontem, foi a Feira de Santana em companhia dos senadores eleitos pela sua coligação Walter Pinheiro (PT) e Lídice da Mata (PSB), além de deputados federais e estaduais, fazer uma carreata pelas ruas da cidade. Também ontem, no final da tarde, em Salvador, militantes do PT fizeram panfletagem e “adesivaço” nos arredores do Shopping Center Iguatemi.
“A militância está trabalhando. Temos aqui deputados da coligação de Wagner e o objetivo é trabalhar até o dia da eleição de Dilma Rousseff presidente”, disse à Tribuna o presidente estadual do PT, Jonas Paulo.
O PMDB também está fazendo sua parte. Embora seus dirigentes, sobretudo em alguns estados nos quais a relação com o PT ficou um tanto quanto balançada, tentem equilibrar a situação, o clima ainda incendeia, às vezes. Ontem, por exemplo, o jornal O Estado de São Paulo publicou matéria dizendo que Geddel Vieira Lima (PMDB), que saiu derrotado das urnas para Wagner, “não perderá um minuto do seu tempo pedindo votos para a presidenciável petista Dilma Rousseff”.
Geddel, por sua vez, classificou como “ridícula” a publicação, que disse ainda que ele continua magoado e se sente traído pelo PT. “Isso é ridículo. Ninguém me ouviu e escreveram uma matéria dessas”, refutou Geddel. Ele reiterou o apoio a Dilma e disse que estava ontem em Belo Horizonte-MG, em companhia do candidato a vice da petista Michel Temer, fazendo campanha.
Na quinta-feira (14), Geddel esteve em Cuiabá-MT, também em evento de apoio à petista.
O presidente estadual do PMDB, Lúcio Vieira Lima, assim como Geddel, rechaçou as notícias e voltou a afirmar que a aliança PT-PMDB, em nível nacional, permanece inabalada. “Estamos fazendo tudo o que está ao nosso alcance".
Fonte: Tribuna da Bahia