por FOLHA ONLINE - 1/10/2010 às 13:34:42 - Atualizada: 1/10/2010 - 13:39:24
A declaração de Avilete, feita durante pergunta ao governador e candidato à reeleição Marcelo Déda (PT), foi considerada "a gota d'água" na conturbada relação entre a candidata e o partido. "Foi uma ofensa típica da direita", diz o vice-presidente do PSOL Sergipe, Odair Ambrósio.
O partido já havia emitido nota, anteontem, em que repudiava a declaração feita no debate, afirmando que "tal postura soma-se à direita mais conservadora de nosso país" e que "todos os que lutaram contra a ditadura militar merecem o respeito do povo brasileiro".
O pedido de retirada da candidatura, protocolado hoje pela manhã no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Sergipe, ainda precisa ser analisado pelo tribunal. Caso aceito, os votos dados a Avilete no próximo domingo serão considerados nulos.
Segundo Ambrósio, a declaração de Avilete foi apenas um dos vários problemas ocorridos entre ela e a direção do partido nesta campanha. A candidata teria se distanciado do diretório e chegou a protocolar no TRE um programa de governo diferente do que havia sido aprovado pelo PSOL. Além disso, havia declarado em seu programa eleitoral que é contra o aborto --posicionamento contrário ao defendido pelo PSOL.
"Isso estava causando uma confusão. Não tinha mais como sustentar a candidata", afirmou Ambrósio.
Avilete era filiada ao PSOL desde sua fundação, em 2004, e foi escolhida para ser candidata por meio de convenção estadual da sigla. A Folha não conseguiu contato com a candidata para que ela comentasse a decisão do partido.
O PSOL anunciou que irá apoiar, a partir de hoje, as candidaturas de Vera Lúcia (PSTU) e Leonardo Victor (PCB) ao governo do Estado.
Fonte: Maceió Agora